Peruíbe tem pior indicador geral de criminalidade de SP

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O Índice de Exposição à Criminalidade Violenta (IECV) geral de 2020 mostrou a cidade de Peruíbe, no litoral, com o pior indicador entre os 141 municípios com mais de 50 mil habitantes no Estado. A melhor posição no ranking elaborado pelo Instituto Sou da Paz foi alcançada pela cidade de Santa Bárbara d'Oeste, na região de Campinas.

O IECV leva em consideração registros proporcionais de roubos, estupros, homicídios e latrocínios para avaliar a recorrência desses crimes nas médias e grandes cidades paulistas. O índice geral do Estado registrou queda em relação ao ano de 2019, variação que é atribuída às reduções nas ocorrências de roubos e estupros. Esses dois tipos de crime sofreram influência das restrições impostas em decorrência da pandemia de covid-19.

Peruíbe chegou ao topo do ranking após registrar no ano passado 324 ocorrências de roubo, 39 de estupro e 14 de homicídio, além de um latrocínio. Para um município de cerca de 70 mil habitantes, os números são elevados em três tipos de crime diferentes. Em contraste, Santa Bárbara d'Oeste, com 195 mil habitantes, teve 269 roubos, 11 estupros e 7 homicídios.

As dinâmicas da criminalidade no litoral e o fluxo de turistas, ainda que em menor grau durante a pandemia, são fatores que especialistas levam em consideração para explicar a recorrência de cidades na região entre as mais violentas. Apesar de ter estacionado no IECV entre 2019 e 2020, Peruíbe viu a vizinha Itanhaém, líder anterior do ranking, reduzir indicadores. Itanhaém ocupa agora a segunda posição entre as cidades mais expostas à criminalidade.

Combate

Tanto a área de São José dos Campos, que lidera no ranking de assassinatos, como a Baixada Santista, com cidades entre as piores no indicador geral, são regiões onde a atuação do crime organizado está presente. "A área de São José dos Campos é importantíssima para o crime porque é onde está a Via Dutra, com histórico fortíssimo da presença do crime organizado. Isso também é notado na Baixada, onde tem áreas que a polícia não entra sem ser recebida a tiros", avalia o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Rafael Alcadipani.

Ele pede que o governo atue com urgência na compreensão das causas que levaram ao aumento de homicídios no ano passado. "A Polícia Civil tem boa resposta para os homicídios, mas pode melhorar sua capacidade de investigação. O mesmo vale para as ações preventivas. Tem de analisar os dados e atuar com foco."

Peruíbe tem pior índice e S. Bárbara d'Oeste, o melhor

Dados da Secretaria da Segurança Pública mostram que os chamados conflitos interpessoais foram a possível motivação para 46,4% dos homicídios no Estado em 2020. A classificação engloba brigas entre conhecidos, parentes e casais, além de casos entre desconhecidos sem sinais, por exemplo, de execução. O número é menor que os 49,3% de 2019. Assassinatos com indícios de execução representaram 19,4% dos registros no ano passado, ante 18,1% em 2019.

Medidas

O secretário executivo da Polícia Militar de São Paulo, coronel Alvaro Batista Camilo, disse que o governo trabalha para reforçar as áreas mais críticas do Estado. Na visão do oficial, a alta dos homicídios se deve aos crimes interpessoais.

Contra as taxas em alta, Camilo diz que o Estado tem investido na instalação de batalhões especializados da PM, os Baeps, e em delegacias especializadas da Polícia Civil, os DEICs. "Há um trabalho muito forte das polícias no combate ao crime. Temos a expectativa de que os indicadores voltem rapidamente a cair e estamos trabalhando para que isso aconteça", disse.

Camilo destaca que São Paulo permanece tendo a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes entre todos os Estados do País. A taxa em 2020 ficou em 6,5 homicídios por 100 mil. "É de longe a melhor do Brasil. Estamos estacionados, com aumento em um lugar ou em outro, e desviamos esforços para essas regiões. Há espaço para queda desse indicador com mais investimentos, como estamos fazendo."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Arlindo Cruz está internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do hospital Barra D'Or, no Rio de Janeiro. O cantor, de 66 anos, foi diagnosticado com pneumonia. A informação foi confirmada por meio de nota oficial publicada no perfil do artista e também compartilhada por sua mulher, Babi Cruz, nesta terça-feira, 29.

Segundo o comunicado, Arlindo permanece clinicamente estável, com sinais vitais preservados, mas recebe cuidados intensivos em razão de sua condição de saúde já considerada delicada. O cantor enfrenta sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico desde 2017, vive com traqueostomia e é alimentado por gastrostomia.

"O caso inspira cuidados redobrados, sendo acompanhado de perto por sua equipe médica", diz a nota. "Agradecemos o carinho, as orações e o respeito de todos os fãs, amigos e da imprensa neste momento."

A última internação de Arlindo havia ocorrido em julho de 2024, quando ele foi hospitalizado para tratar um quadro de bradicardia. Na época, Babi Cruz relatou que o sambista estava em casa e reagia bem à recuperação: "Ele quer viver, ele tem força para viver, ele quer ficar por aqui", disse.

A Academia Brasileira de Letras (ABL) vai eleger hoje, 30, a partir das 16h, o novo ocupante para a cadeira 7, que era ocupada pelo cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro, aos 84 anos.

Ao todo, são 13 concorrentes, incluindo Míriam Leitão, Cristovam Buarque, Tom Farias e Marcia Camargos. O novo ocupante da cadeira deve ser revelado em 30 minutos.

A ABL divulgou também os nomes dos concorrentes às vagas que pertenceram aos imortais Heloisa Teixeira e Marcos Vilaça. Heloisa ocupava a cadeira 30 da Academia. Em abril de 2023, tomou posse como a 10ª mulher eleita imortal. Escritora, crítica cultural e importante nome do feminismo brasileiro, ela morreu dia 28 de março, aos 85 anos.

O advogado, jornalista e escritor Marcos Vilaça morreu no dia seguinte, 29 de março, também aos 85 anos. Ele ocupava a cadeira 26 desde 1985. As eleições para as vagas dos acadêmicos serão nos dias 22 e 29 de maio, respectivamente.

CONCORRENTES

Disputam a vaga que pertenceu a Heloisa o poeta, professor e tradutor Paulo Henriques Britto, e o poeta e compositor Salgado Maranhão. Também estão inscritos Arlindo Miguel, Paulo Roberto Ceratti, Spencer Hartmann Júnior e Eduardo Baccarin Costa.

Entre os inscritos para a sucessão da cadeira 26, que era de Vilaça, estão o advogado, escritor e professor universitário José Roberto de Castro Neves e o escritor, editor, tradutor e historiador Rodrigo Lacerda. Completam a lista Diego Mendes Sousa, Sivaldo Venerando do Nascimento e Evandro Aléssio Rodrigues Pereira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.