Reflexão sobre o teatro negro

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Um dos benefícios trazidos pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, criado em 2002, foi o de democratizar e documentar as práticas realizadas por diversos grupos e companhias teatrais da metrópole, muitas delas por meio de publicações em revistas e livros que são ofertados de maneira gratuita a quem possa interessar.

E isso se mostra de maneira notória, com total acabamento de estilo e conteúdo, no terceiro número da Legítima Defesa - Uma Revista de Teatro Negro, publicação da Cia. Os Crespos, que, em 2020, completou 15 anos de trajetória.

A revista traz, em 12 capítulos, reflexões sobre o teatro negro e apontamentos para se pensar práticas futuras da cena preta artística brasileira.

Com o título poético A Caçadora de Vaga-lumes, Sidney Santiago, um dos artistas da Cia., faz um breve relato sobre a trajetória de Ruth de Souza, atriz que morreu em 2019, aos 98 anos, e que transitou de maneira intensa pelo teatro, cinema e televisão. Ruth, que faria cem anos no dia 12 de maio, participou ativamente da construção e consolidação do Teatro Experimental do Negro, liderado pelo dramaturgo e militante político Abdias do Nascimento, e que viria a ser uma das experiências mais bem-sucedidas da luta antirracista da América Latina.

A trajetória de Ruth nas artes, que se iniciou em meado dos anos 1950, em um contexto político e social diferente do que se apresenta hoje, é tão exemplar quanto o trabalho realizado atualmente pelo coletivo cearense Nóis de Teatro e apresentado em artigo de Altemar Di Monteiro.

O grupo, que iniciou seus trabalhos em 2002 focados na periferia urbana, é composto em sua maioria, por atores e atrizes pretos e pretas. Em 2014, eles estrearam o espetáculo Todo Camburão Tem um Pouco de Navio Negreiro e, nas palavras de Santiago, o espetáculo, "que já passou por mais de 30 comunidades periféricas de Fortaleza, faz crescer em nosso corpo a nossa pretidão, para afirmar não mais a dor, mas a boniteza de dizer: A periferia tem sua cor".

O teatro negro é refletido também em capítulo dedicado ao teatro para infância e juventude, escrito por Lucélia Sergio, artista integrante do coletivo Os Crespos e também responsável pelo processo editorial da revista, ao lado de Sidney Santiago e do editor Nabor Júnior. Ela faz um paralelo entre os elementos estéticos e culturais com o político, no desenvolvimento da criação teatral para este público específico. "Arte e vida estão, assim, conjugadas para a possível compreensão do ser, podendo mobilizar os parâmetros de construção das identidades dos seres históricos, inseridos em seus grupos culturais", afirma a atriz e diretora, em artigo que aponta a importância do Teatro Negro para o desvelamento de temas e abordagens estéticas do teatro feito para a infância e juventude.

Há também um intercâmbio com a África do Sul, em texto escrito pela poeta e dramaturga Napo Masheane, em que ela faz uma excelente contextualização da história do teatro africano, destacando nomes de mulheres negras do palco sul-africano, já que, segundo ela, "a indústria do teatro sul-africana e a poesia (spoken word) têm sido dominadas por dois grupos de pessoas: praticantes de teatro brancos e homens negros. Isso foi, e ainda é, um grande desafio para nós".

No capítulo Oraturas, Napo ressalta a importância da tradição oral na construção do teatro africano e cita as Cerimônias de Nomeação do povo himba, originário da Namíbia, que realiza cerimônias de cantos de nascimento, em que a data de nascimento de uma criança não é contada desde seu nascimento, mas desde o momento em que ela passou a ser um pensamento na mente de sua mãe. Quando uma mulher imagina ter um bebê, ela se retira, senta debaixo de uma árvore e fica escutando até ouvir a música da criança que quer vir. A partir daí, tal canção estará presente em todo o percurso dessa criança: no momento em que ela e seu pai fazem amor para concebê-la, na gestação, no parto, no seu crescimento. Todos os demais aldeões aprendem essa canção. Se ela se machucar, a canção será entoada. Quando a criança crescer e se, por ventura, cometer algum crime, ela será chamada para o centro da aldeia e, em um círculo, as pessoas interpretarão a canção. Até no momento de sua morte, ela ouvirá a música para que seus ancestrais a recebam do outro lado.

Como uma forma de afirmação de sua existência, o povo himba entoa a canção, o que se faz necessário para a afirmação da trajetória e prática do teatro negro.

A publicação desse terceiro número da revista já pode ser acessada gratuitamente na página da companhia (www. ciaoscrespos.com.br) e, para festejar o lançamento, estão marcados três encontros virtuais nos dias 27, 28 e 29 de abril, às 20h, pelo YouTube do Sesc Pompeia, no qual serão abordados temas da revista com convidados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Vitória Strada mal saiu de um paredão acirrado e já é líder no BBB 25. A atriz foi a vencedora da Prova do Líder na quinta, 27, e, na sexta, 28, ela teve de indicar cinco pessoas para o seu Na Mira do Líder. O próximo Paredão do reality será formado no domingo, 2.

Durante a madrugada após a Prova do Líder, a atriz já tinha elencado possíveis alvos. Na ocasião, ela citou João Gabriel, João Pedro, Eva, Renata e Maike. Saiba abaixo quem ela realmente indicou.

A dinâmica da semana terá uma novidade. Desta vez, o anjo terá poderes em dobro e, além de imunizar uma pessoa, também indicará um colega para o próximo Paredão. A Prova do Anjo ocorre no sábado, 1º.

Outro impacto relevante no jogo será feito por Diego Hypolito, que ganhou o Poder Curinga. O benefício será o Poder Pirata, em que o ex-ginasta terá a chance de roubar o voto de um colega e votar duas vezes na formação do Paredão. Saiba mais detalhes sobre a dinâmica da semana aqui.

Veja quem Vitória indicou para o Na Mira do Líder:

- Vilma

- João Gabriel

- Eva

- Renata

- João Pedro

As mortes do ator Gene Hackman e de sua esposa, Betsy Arakawa, provavelmente aconteceram nove dias antes da polícia encontrar seus corpos na quinta-feira, 27. Foi o que disse o xerife Adan Mendoza, do condado de Santa Fe, no Novo México, em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 28.

A investigação, que continua em andamento, chegou a essa conclusão após analisar dados do marca-passo de Hackman. O último sinal do aparelho é de 17 de fevereiro.

A autópsia preliminar indica que Hackman e Arakawa não sofreram trauma externo. A polícia suspeita de duplo homicídio, suicídio, morte acidental ou causas naturais. Nenhuma hipótese está descartada.

Gene Hackman, Betsy Arakawa e um cachorro do casal foram encontrados mortos na última quinta-feira, 27. Eles estavam na casa onde moravam, no estado do Novo México, nos Estados Unidos.

Ao chegar ao local, a polícia encontrou a porta da casa aberta. Betsy foi encontrada no banheiro. Ao seu lado, havia um aquecedor de ambiente e um frasco de comprimidos aberto, com pílulas espalhadas ao redor. Já Gene estava em uma sala separada da residência.

Vitória Strada teve uma longa conversa com Thamiris na tarde desta sexta-feira, 28, no Big Brother Brasil 25. Ela começou a cogitar os nomes que poderá indicar ao Paredão no próximo domingo, 2. A sister deu suas impressões dos brothers e ouviu a opinião da carioca.

Vitória pensou inicialmente em colocar Vilma, que acredita não movimentar a casa, mas Thamiris tentou dissuadi-la ao afirmar que colocar Eva e Renata seria melhor. "A verdade é que eu tenho muitas opções mesmo. Eu posso botar a Vilma", começou Vitória. "Mas entre Eva e Vilma? A Renata é votada pela casa. Entre Eva e Vilma, tu prefere botar a Vilma?", questionou Thamiris.

"Eu estou pensando em pessoas que eu tenho mais certeza de que saem. (...) Se o meu objetivo é botar alguém que eu acho que vai sair, a Vilma é que eu mais tenho achismo de que sai. Porque, gente, ela não... No início, eu achava que podia ser uma opinião só minha, que não estou tão próxima, mas todo mundo tem essa opinião. Ela não conversa com ninguém. Ela não troca com ninguém", explicou a atriz.

E continuou: "Eu fico pensando como telespectador o que eu quero assistir. Eu gostaria de assistir mais a Eva e a Renata do que a Vilma". Ao que Thamiris contra-argumentou: "Eu não gostaria de assistir a Eva e a Renata, não. Elas também não fazem nada. O que elas fazem?".

Thamiris elencou Eva, Renata e Vilma como elimináveis. Sobre Vilma, a carioca disse que ainda acha a participação dela mais bonita, por se tratar de um sonho. "Eu só não gosto do fato dela não conversar muito com as pessoas. Entendo ser uma pessoa fechada, mas eu me esforço muito aqui também. É o meu sonho, é o sonho da minha mãe. Então, tipo assim, eu tenho que viver direito", disse. E falou sobre Eva e Renata: "A nível de jogo, não fazem nada. Qual o 'trelelê' que elas arrumam?" E lembrou de que elas colocaram Mateus no Paredão, que levou à sua eliminação.

Mas Vitória ainda disse: "Eu sei, amor, mas antes disso, quem foi a primeira pessoa que me colocou no alvo de tudo aqui na casa foi a Vilma e o Diogo". Por outro lado, a atriz trouxe outro ponto: "É, mas eu tenho mais vontade de ver a Eva e a Renata no paredão do que a Vilma. Além de que Vilma já foi para o paredão, já perdeu o filho aqui dentro. Tudo bem, já ganhou todos os prêmios possíveis, né? Já ganhou carro, casa, já tá com mais de 600 mil Reais na conta…"

Vitória colocará cinco pessoas na mira na noite desta sexta-feira, 28, e indicará uma ao Paredão no próximo domingo, 2.