Crianças não sabem ler, mas sabem colocar camisinha, diz ministro da Educação

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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que as crianças brasileiras não sabem ler apropriadamente, mas sabem até colocar uma camisinha. A fala ocorreu durante aula magna proferida na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) na segunda-feira, 26. Ribeiro disse que "estava na hora de dar um basta nisso" e citou uma disputa, que foi levada ao Tribunal de Contas da União (TCU), envolvendo o tema em livros didáticos.

"O presidente da República pediu para mim: 'Milton, cuide das crianças'. Professora Ludmila, crianças com nove anos, dez anos, não sabe ler (sic). Sabe tudo, com respeito a todas as senhoras aqui presente, sabe até colocar uma camisinha, mas não sabe que 'b' mais 'a' é 'ba'", disse, se dirigindo a uma plateia que acompanhava presencialmente o evento.

Na sequência, disse que precisava "dar um basta nisso". "É por isso que esse pessoal do contra me levou agora para o Tribunal de Contas da União porque eu retirei do edital do livro didático questões de gênero para crianças de 6 a 10 anos", contou o ministro. A questão no TCU, segundo Ribeiro, foi decidida a seu favor.

"Onde já se viu, começar a discutir esses assuntos… Não que eu sou contra as discussões desses assuntos, respeito a orientação de todos, mas acho que a gente não tem o direito de violar a inocência de uma criança nessa idade de 6 a 10 anos trazendo questões...Se você quer ser homem, é homem, se quer ser mulher, é mulher. A biologia, a natureza diz que ele é homem, é xy, mas eles querem dizer que a pessoa pode escolher o que quer", continuou o ministro em sua fala na UFPB.

Sobre o tema, Ribeiro disse que é "bem radical". "Se querem me chamar de radical, eu sou. Acho que existe idade para tudo, e eu não permiti e o melhor o TCU por unanimidade me apoiou e disse que não era a hora de discutir esse assunto com crianças de 6 anos a 10 anos, era um tema que não poderia estar no edital que lancei para os livros didáticos."

Em fevereiro, a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) questionou mudanças no edital do Programa Nacional do Livro Didático. Ela apontou que o edital havia retirado dos critérios para a escolha das obras temas como violência contra a mulher, racismo e preconceito regional. "Pluralismo de ideias e respeito à diversidade são base da educação!", disse a parlamentar na oportunidade.

Essa não é a primeira fala do ministro sobre o tema de gênero e diversidade. Em depoimento à Polícia Federal em março, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, pediu desculpas sobre as declarações feitas em entrevista ao Estadão, em que afirmou que o "homossexualismo (sic)" é "fruto de famílias desajustadas". Aos investigadores, Ribeiro disse que não quis "desrespeitar ninguém" com a fala e afirmou que, na sua visão, "a família dos gays são famílias como a sua".

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".