SP registra 5,6 mil casos de covid nas escolas e 39 mortes

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Após mudar a metodologia na divulgação de infecções pela covid-19 nas escolas, o governo de São Paulo informou nesta sexta-feira, 7, que foram registrados 5.651 casos "prováveis" da doença entre professores, alunos e servidores desde janeiro e 39 óbitos, sem detalhar quantas mortes foram de docentes ou estudantes. A incidência da covid-19 é maior entre professores.

Segundo a pasta, foram 1.229 infecções de professores para cada 100 mil docentes. O universo de docentes considerado engloba todos os professores da rede estadual ativos no ano de 2021, mesmo que não tenham ido à escola. Entre os alunos, são 27 casos para cada 100 mil e, entre os servidores, a incidência é de 719 casos para cada 100 mil. Considerando toda a comunidade escolar, a incidência é de 98 casos para cada 100 mil pessoas.

O novo balanço da Secretaria Estadual da Educação, apresentado pelo secretário Rossieli Soares e pelo epidemiologista Wanderson de Oliveira, coordenador da Comissão Médica da Educação do Estado de São Paulo, leva em conta os registros de 3 de janeiro a 1º de maio. O levantamento foi apresentado um mês após a última divulgação dos dados. Naquela época, havia 4.084 casos confirmados entre alunos, professores e funcionários e 21 mortes (dois estudantes e 19 servidores).

As escolas foram reabertas no Estado de São Paulo no dia 8 de fevereiro, mas as aulas acabaram suspensas um mês depois com o recrudescimento da pandemia. Em abril, a rede estadual retomou as classes presenciais, com frequência de 35% dos alunos. Para monitorar infecções tanto na rede pública quanto na rede privada, o governo criou o Sistema de Informação e Monitoramento da Educação para Covid-19 (Simed), que reúne dados sobre a covid-19 na comunidade escolar informados pelas escolas.

Para o novo levantamento, a pasta passou a chamar de casos "prováveis" os registros de alunos, professores e funcionários que apresentam testes positivos do tipo RT-PCR (considerado padrão-ouro) ou de antígeno, mas cujos dados ainda não foram validados pela Secretaria da Saúde. Quando o registro provável na escola é confirmado pela Saúde, o caso passa a ser chamado de "confirmado". A pasta, no entanto, não apresentou quantos são os registros confirmados, além dos 5,6 mil "prováveis".

Há ainda, segundo a Seduc, 8.010 casos "em investigação", assim chamados quando há campos em aberto no preenchimento pela escola, e 7.844 registros inconclusivos, quando o teste feito foi o sorológico (que não detecta a infecção ativa) ou quando o registro está em aberto por mais de 60 dias. Outros 6.559 casos foram descartados. Entre prováveis, inconclusivos, descartados e em investigação, são 28.064 notificações no Simed. A linha do tempo das notificações no Simed mostra que houve um pico de registros nos períodos de 21 de fevereiro a 6 de março nas escolas.

A rede estadual concentra 65,6% das infecções pela covid-19, enquanto a rede privada tem 1.764 casos (31%). Entre os 5.651 casos prováveis da doença, 2.300 são de professores, 2.798 são de alunos e 553 são de servidores. O número de óbitos passou de 21 para 39, mas, diferentemente do que ocorreu na última divulgação, o governo informou não ser possível detalhar quantos óbitos são de professores. "Nos reservamos o cuidado de não informar esse dado agora até que tenhamos a certificação de todos os casos graves que evoluíram para óbito", disse Oliveira.

Questionado sobre por que os casos confirmados não aparecem na conta do total de infecções nas escolas, Oliveira disse que houve "muita confusão" após o primeiro boletim e os números informados nas escolas não batiam com os da Saúde. "Se a escola tiver falado a verdade, esses casos (prováveis) todos são potencialmente confirmados. O problema é que a escola é leiga, ela não é da área da saúde, não é a escola que classifica os casos. Quem tem de fechar os casos é a Saúde", disse Oliveira.

O epidemiologista defendeu a manutenção da abertura das escolas e rebateu comentários de quem acompanhava a transmissão ao vivo. "Vamos parar com essa coisa de achar que escola não pode ser aberta. Vamos tirar a politização desse debate, isso não leva para lugar nenhum e quem sofre são as crianças", disse Oliveira, que destacou o caso da filha, com deficiência, que segundo ele "não pode se dar ao luxo de não ter aula presencial".

Oliveira disse que a criança está frequentando a escola, pegou covid e os parentes estão em isolamento. "Fizemos o teste de RT-PCR, fizemos tudo o que tinha que ser feito", disse. Ele também chamou quem não acredita que criança pega menos covid-19 e tem menor risco de "tão negacionista quanto quem acredita que cloroquina é tratamento".

Defendida pelo secretário Rossieli, a reabertura das escolas enfrenta resistência de professores, que temem contaminação nas escolas. A categoria pede a vacinação dos profissionais com menos de 47 anos, mas, apesar de ter sido o primeiro Estado a vacinar professores no País, o governo de São Paulo não tem qualquer previsão para continuar a imunizar os trabalhadores de educação mais jovens.

Governo estuda mudar regra de ocupação de escolas

O secretário Rossieli Soares disse ainda, durante a coletiva de imprensa para apresentar os dados, que estuda mudar as regras de ocupação das escolas e passar a considerar a capacidade dos prédios e não mais o total de matrículas. Hoje, se uma escola tem mil matriculados, só pode receber 350 alunos, respeitando o limite de 35% definido pelo Plano São Paulo, que orienta a reabertura das atividades econômicas na pandemia. Com a mudança, uma escola com mais espaço físico poderia passar a receber mais alunos.

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O festival Turá anunciou nesta segunda-feira, 5, as atrações de sua quarta edição, que acontece nos dias 28 e 29 de junho, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Seu Jorge, Raça Negra e Só Pra Contrariar são alguns nomes da programação, exclusiva de artistas nacionais, cuja proposta é a diversidade de gêneros e ritmos musicais.

No sábado, 28, line-up conta com Só Pra Contrariar, Seu Jorge, Lenine e Spok Frevo Orquestra, Pretinho da Serrinha convida Criolo e Leci Brandão, Bonde do Tigrão, Forró das Minas, e os DJs Luísa Viscardi e Trepanado.

Já no domingo, 29, o evento terá Gloria Groove, Raça Negra, Saulo convida Luiz Caldas, Samuel Rosa, Gabriel O Pensador, Samba de Dandara, e os DJs Millos Kaiser e Linda Green.

Os ingressos para o Turá já estão a venda no site da Tickets For Fun ou na bilheteria física oficial (sem taxa), no Teatro Renault. A entrada para apenas um dos dias do festival custa entre R$ 228 (meia) e R$ 456. O passaporte (combo de entradas para os dois dias), R$ 330 (meia) e R$ 660. Clientes Banco do Brasil Ourocard Visa têm desconto de 15% na compra e possibilidade de parcelamento em até 10 vezes sem juros.

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A A24 e a Apple lançaram, nesta segunda-feira, 5, o primeiro trailer de Highest 2 Lowest, novo filme de Spike Lee estrelado por Denzel Washington. No longa, o vencedor do Oscar vive um magnata da indústria musical, conhecido por ter "os melhores ouvidos do negócio", que é envolvido em uma trama com reféns e se vê dividido em um dilema de vida ou morte.

Inspirado em Céu e Inferno, filme de 1963 dirigido por Akira Kurosawa, Highest 2 Lowest é o quinto trabalho de Lee estrelado por Washington. Os dois trabalharam juntos em Mais e Melhores Blues (1990), Malcolm X (1992), Jogada Decisiva (1998) e O Plano Perfeito (2006).

O elenco de Highest 2 Lowest conta ainda com Jeffrey Wright (Ficção Americana), Ilfenesh Hadera (Godfather of Harlem), Aubrey Joseph (Manto e Adaga) e o cantor A$AP Rocky.

O longa será lançado nos cinemas norte-americanos em 22 de agosto e estreia no Apple TV+ em 5 de setembro.

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Desde o lançamento da primeira prévia de Superman, fãs do personagem têm se mostrado extremamente ansiosos para ver mais de Krypto, o Supercão, mascote histórico do Homem de Aço. Diretor do longa, James Gunn revelou em postagem nas redes sociais que o agitado cãozinho foi criado usando seu próprio cachorro, um vira-lata chamado Ozu, como modelo.

Em um vídeo que mostra Ozu latindo para uma televisão que exibia o teaser mais recente do filme, Gunn disse que "Krypto foi modelado tridimensionalmente a partir do corpo de Ozu". "Fizemos a captura em 3D de Ozu e o transformamos em Krypto, deixamos ele branco, [e agora] toda vez que ele se vê na tela, ele tenta se assassinar", contou o cineasta.

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Em uma postagem de outubro de 2024, Gunn já havia contado um pouco sobre a relação entre Krypto e Ozu, que ele adotou no começo do processo de escrita do roteiro de Superman. Segundo ele, o cachorro, que foi encontrado em meio a dezenas de outros cachorros abandonados, nunca havia interagido com humanos e teve adaptação difícil à nova casa. "Ele imediatamente entrou e destruiu nossa casa, nossos sapatos, nossos móveis - ele até comeu meu laptop. Demorou muito para ele nos deixar tocá-lo. Lembro de pensar 'Deus, quão difícil seria a vida se Ozu tivesse superpoderes?' - e assim, Krypto entrou no roteiro e mudou o curso da história como Ozu estava mudando minha vida", escreveu ele.

Escrito e dirigido por Gunn, Superman estreia nos cinemas brasileiros em 11 de julho. O elenco conta com David Corenswet (Twisters) como Clark Kent/Superman, Rachel Brosnahan (Marvelous Mrs. Maisel) como Lois Lane, Nicholas Hoult (Jurado Nº 2) como Lex Luthor, Skyler Gisondo (The Righteous Gemstones) como Jimmy Olsen e Milly Alcock (A Casa do Dragão) como a Supergirl. Nathan Fillion (Recruta), Anthony Carrigan (Barry), Isabela Merced (The Last of Us) e Edi Gathegi (For All Mankind) completam o elenco como Lanterna Verde, Metamorfo, Mulher-Gavião e Sr. Incrível, respectivamente.