Sem calendário oficial, Enem pode ficar para janeiro

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Sem data oficialmente divulgada, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2021 poderá ficar para janeiro do ano que vem. Informações sobre a data da prova foram transmitidas pelo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Danilo Dupas, ao Conselho Nacional da Educação (CNE) na quinta-feira, 13.

À imprensa, depois que a informação foi divulgada, Dupas negou que tenha decidido adiar a prova e disse que o Inep, responsável pelo exame, ainda avalia quando o teste será realizado. O Enem, principal porta de entrada para o ensino superior, ocorre tradicionalmente em outubro ou novembro e atrai milhares de estudantes em todo o País. A última edição, prevista para novembro de 2020, teve de ser adiada para janeiro deste ano por causa da crise sanitária da covid-19. A prova teve abstenção recorde e falhas logísticas.

Segundo o Estadão apurou, o presidente do Inep disse ontem ao CNE haver problemas no orçamento para a realização da prova. Estaria pronta inclusive uma portaria sobre o adiamento do exame para janeiro de 2022, que seria publicada hoje. Após a divulgação de que o Enem deveria ficar para janeiro, Dupas passou a enviar como resposta um trecho de áudio da reunião com o CNE em que ele não deixava claro quando seria a prova. No áudio, uma voz creditada pelo Inep a Dupas afirma que "o Enem está nesse processo de planejamento" e que "neste mês (maio) vamos definir a data". A fala ocorreu durante reunião virtual da Câmara de Educação Básica do CNE. Dupas afirma ainda que é preciso "atender plenamente os requisitos sanitários e segurança dos candidatos". "Sabemos que isso impacta na logística. Tem o Revalida (prova para médicos estrangeiros) também. Outras avaliações sensíveis. Estamos engajados para que o Enem ocorra este ano, mas temos essas variáveis sensíveis que estamos alinhando junto ao MEC (Ministério da Educação) e em breve vamos alinhar com vocês a data".

Outro integrante do CNE afirmou ao Estadão ter ouvido de Dupas apenas que ainda não havia uma data definida para a realização do Enem, sem menção a adiamento da prova para janeiro. Em nota oficial, o Inep nega problemas financeiros para aplicar o exame e garante ter orçamento suficiente para realizar a prova ainda este ano.

Nas edições anteriores, a data do Enem foi confirmada no início do ano e as inscrições já estavam abertas em maio. Em 2019, por exemplo, a data do exame foi anunciada em fevereiro e as inscrições foram abertas no dia 6 de maio. Em 2018, o anúncio da data da prova ocorreu em janeiro, com inscrições também no mês de maio. Este ano, porém, só foi publicado até agora um edital para pedidos de isenção da taxa de inscrição.

Nesta semana, a publicação de uma portaria com as metas institucionais do Inep lançou dúvidas sobre a realização do Enem este ano. A publicação definiu como meta apenas o "planejamento e a preparação técnica" do Enem. A portaria prevê as atividades até o dia 31 de dezembro. Outros exames descritos na mesma publicação aparecem de outra forma, como meta de "exame realizado".

Parlamentares temem que a não inclusão do Enem nas metas do Inep coloque a avaliação fora do planejamento orçamentário. "Essa indefinição em relação ao Enem é muito perigosa. Deixar a prova sem o orçamento é a pior das hipóteses", afirma o presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, deputado Israel Batista (PV-DF).

Saeb

Na reunião com o CNE, Dupas afirmou ainda que uma versão apenas com uma amostra de alunos do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) será feita em novembro. O Inep não havia confirmado ainda se faria o exame este ano, o que levou a críticas de educadores. A prova é importante para manter a série histórica de avaliações no País e diagnosticar déficits por causa do tempo de escolas fechadas na pandemia. A partir do Saeb que é feito o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

Chico Rubens Paiva, neto de Eunice e Rubens Paiva, compartilhou os bastidores da vitória histórica de Ainda Estou Aqui neste domingo, 2, durante a cerimônia do Oscar. O longa de Walter Salles venceu na categoria de Melhor Filme Internacional e faturou o primeiro Oscar da história do Brasil.

Em sua conta no Instagram, o executivo postou uma sequência de fotos que mostra Fernanda Torres, Walter Salles e demais membros da equipe do longa celebrando a conquista. A imagem de destaque, no entanto, mostra o neto ao lado de sua tia, Nalu Paiva. No longa, a filha de Eunice e Rubens foi interpretada por Bárbara Luz.

"A última sequência de uma noite incrível. E não poderia ser diferente: nós, em família", escreveu. Chico é filho de Vera Paiva - interpretada por Valentina Herszage no filme - e o neto mais velho de Eunice e Rubens.

Ainda na rede social, ele também postou um vídeo do momento em que a vitória de Ainda Estou Aqui foi anunciada no Dolby Theatre. "Viva a democracia, viva o cinema brasileiro!", escreveu.

Por fim, o neto de Eunice ainda publicou uma série de vídeos que mostram os bastidores após a premiação. Nela, podemos ver Adrien Brody andando com seu Oscar, Fernanda Torres conversando com Mikey Madison e Walter Salles tirando uma foto com Gints Zilbalodis.

Adrien Brody entrou para a história do Oscar mais uma vez, mas não foi apenas por sua atuação. Na cerimônia de 2025, realizada no último domingo, 2, o ator bateu o recorde do discurso mais longo já feito em um agradecimento na premiação, com um total de cinco minutos e 40 segundos. O título pertencia a Greer Garson, que, em 1943, falou por cinco minutos e 30 segundos ao vencer por Rosa da Esperança.

Brody conquistou a estatueta de Melhor Ator por sua interpretação do arquiteto húngaro-judeu László Tóth em O Brutalista. Ao subir ao palco do Dolby Theatre, em Los Angeles (EUA), ele não se preocupou com o tempo regulamentar de 45 segundos e aproveitou a ocasião para abordar temas como antissemitismo, racismo e a fragilidade da carreira artística.

"Estou aqui, mais uma vez, para representar os traumas persistentes, as repercussões da guerra, da opressão sistêmica, do antissemitismo, do racismo e da exclusão. Oro por um mundo mais saudável, feliz e inclusivo", afirmou durante o discurso.

O ator ainda relembrou sua primeira vitória no Oscar, em 2003, quando levou o prêmio por O Pianista e teve sua fala interrompida pela música de encerramento. Desta vez, ao ouvir os primeiros acordes que indicavam o fim do tempo, reagiu rapidamente: "Desliguem a música! Eu já fiz isso antes. Não é meu primeiro rodeio, mas serei breve".

Ao final de sua fala, Brody agradeceu pelo reconhecimento e deixou uma mensagem de união e esperança. "Vamos lutar pelo que é certo, continuar sorrindo, amando uns aos outros e reconstruindo juntos. Obrigado".

O carnaval de Salvador foi palco de um desentendimento entre Daniela Mercury e Tony Salles na madrugada desta terça-feira, 4, no circuito Dodô (Barra-Ondina). A cantora reclamou publicamente da proximidade do trio elétrico do cantor, que interferiu na qualidade do som de sua apresentação.

A situação aconteceu por volta da 1h, quando Daniela interrompeu a música Maimbê Dandá e encarou o trio de Tony Salles antes de se manifestar. "Muito feio encostar na gente assim, viu? Carnaval não pode ser assim não, viu Tony? Respeite que não sou moleque, rapaz. Ficou feio, viu bicho", reclamou a cantora.

O marido de Scheila Carvalho, por sua vez, respondeu sem citar o nome da artista. Ele explicou que seu trio precisou acelerar o percurso por causa de atrasos na programação.

"A gente está um pouco corrido hoje. Eu peço mil desculpas a vocês, porque atrasou muito a saída lá e vocês precisam de uma explicação. O percurso é para ser feito dentro de um tempo e as pessoas, às vezes, acabam segurando o percurso e atrasa", disse ao público.

O cantor também criticou a retenção dos trios ao longo do circuito e mencionou que ainda tinha um show para realizar em um camarote na mesma noite. "O trio precisa andar. Foi feito para andar. A gente precisa se respeitar, não é porque sou uma banda de pagode, que sou periférico, suburbano, que é para me desrespeitar", afirmou.

O Estadão procurou a assessoria de Tony Salles, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação. Já a equipe de Daniela Mercury informou que o posicionamento da cantora está no depoimento escrito por sua esposa, Malu Verçosa. Leia na íntegra:

"Sou da época do encontro de trios, da festa da música no Carnaval de Salvador, da magia da percussão e da nossa cultura. Mas a cena que vi no desfile dessa segunda no circuito Barra Ondina foi de desrespeito, principalmente com o público, mas também com a minha artista. O cantor Tony Salles chegou atrasadíssimo no Farol da Barra e o fiscal nos pediu para passar na frente já que estávamos prontos. Passou o artista Guga Meira e em seguida Daniela, tamanho o atraso dele. Aliás é assim que tem que ser para o carnaval não parar e não atrasar o desfile. Registre-se que seguimos o fluxo do desfile respeitando a distância do trio da nossa frente. O trio do cantor Tony Salles veio colado no nosso trio a partir do Cristo da Barra até Ondina, atrapalhando o desfile ao ponto de fazer Daniela parar de cantar em alguns momentos. Ao ponto da Band noticiar isso (que vergonha). E ele justifica dizendo que estava atrasado pro show no camarote. Chegasse no horário então. Quem tem compromisso, não atrasa. Coisa feia. E sabe o que é pior? Encerramos o desfile e ele, que estava atrasado, ainda ficou mais meia hora cantando. Respeite a rainha, Tony Salles."