Morte de grávidas por covid em 5 meses já supera 2020; letalidade está em alta

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O número de grávidas mortas por covid-19 nos primeiros cinco meses de 2021 já supera o total registrado ao longo de todo o ano passado, de acordo com dados do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19. Em 2020, foram 554 óbitos em todo o País, ante 911 registrados até 26 de maio. A infecção pelo Sars-CoV2 já é a principal causa de morte materna no Brasil.

Dados divulgados na noite desta sexta-feira pela Fiocruz mostram que no ano passado a média semanal de mortes de gestantes e puérperas por covid-19 era de 12,1. Este ano, a média já chega a 47,9 - confirmando um agravamento da situação. Além disso, apontam especialistas, a taxa de letalidade entre essas mulheres é altíssima, 7,2%, mais que o dobro do índice do País, que é de 2,8%.

"Diante do agravamento da pandemia este ano, o aumento mais notório foi entre as grávidas e puérperas; foi uma explosão de casos e mortes", resumiu o pesquisador especializado em saúde pública Raphael Guimarães, do Observatório Fiocruz Covid-19, responsável pela análise dos números. "Os dados são muito preocupantes."

O especialista alerta que as gestantes podem desenvolver formas graves de covid-19, com descompensação respiratória e problemas circulatórios, sobretudo as que estão em torno da 32.ª e da 33.ª semanas de gestação. Em muitos casos, há necessidade de antecipar o parto. O quadro aumenta a preocupação em relação à disponibilidade de leitos de UTI para essas mulheres e de leitos de UTI neonatais - ainda mais escassos - para os bebês prematuros.

"A situação das grávidas já era um escândalo no ano passado e, neste ano, está ainda pior", resume a obstetra Melania Amorim, da Universidade Federal de Campina Grande (PB), integrante do Observatório Obstétrico. "A morte de uma gestante é uma tragédia que não vem isolada; é uma tragédia para a família e para toda a sociedade, que deixa uma legião de órfãos."

Para os especialistas, as grávidas precisam ser incluídas urgentemente entre as prioridades da vacinação de forma nacional. "O ideal é que essa vacinação ocorra ainda no primeiro trimestre da gravidez", afirma Guimarães. "A partir do terceiro mês, ocorrem mudanças circulatórias importantes no corpo da gestante e o ideal seria que ela já estivesse imunizada nesta fase."

Ontem, a Prefeitura de São Paulo confirmou o início da vacinação contra a covid-19 de todas as gestantes com mais de 18 anos a partir de segunda-feira. Até o momento, estavam sendo vacinadas somente as com comorbidades. Também será antecipada para segunda a vacinação de pessoas com comorbidades a partir de 18 anos.

Para a vacinação de gestantes e puérperas, mulheres que deram à luz até 45 dias, acima dos 18 anos, é necessário apresentar uma indicação médica que ateste que a mulher possa tomar a vacina. Para este público serão utilizadas vacinas da Pfizer e a Coronavac. Assim como os demais grupos, pessoas com comorbidades e gestantes podem ser imunizadas nas 468 Unidades Básicas de Saúde (UBS), AMA/UBS Integradas, nos dez megapostos, farmácias e drive thru implementados no Município. Quem precisar tomar a segunda dose deve procurar uma das UBSs da cidade - hoje em todo o Estado é o "Dia D" da imunização com a segunda dose.

Síndrome respiratória

O Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz constatou ainda tendência de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em 12 Estados do País e no Distrito Federal, na 21.ª semana epidemiológica, entre 23 e 29 de maio. Há duas semanas, a tendência de aumento era registrada em apenas 8 das 27 unidades da federação.

Segundo o boletim, todas as regiões apresentam indicadores preocupantes, mas a situação é mais grave nos Estados das Regiões Sul e Centro-Oeste. Aproximadamente 96% dos casos de SRAG são causados pelo novo coronavírus. Os especialistas alertam para o risco iminente de um recrudescimento da pandemia no País nas próximas semanas e chamam a atenção para a proximidade do inverno, quando o atual cenário da pandemia pode se exacerbar, com o surgimento de mais casos de covid e de outras doenças respiratórias, que também demandam leitos hospitalares.

A situação é igualmente preocupante no que diz respeito à ocupação de leitos de UTI para covid-19. Todos os Estados das Regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste e a maior parte da Sudeste (com exceção do Espírito Santo) estão com a ocupação em níveis considerados críticos (igual ou maior que 80%) ou extremamente críticos (igual ou maior que 90%). Dezessete capitais também estão em níveis críticos ou extremamente críticos.

Especialistas explicam que as taxas de ocupação de leitos de UTI são "a ponta do iceberg" e que o Brasil ainda não alcançou uma queda sustentada do número de casos e óbitos. "Há duas semanas, já havia um sinal de piora da situação que agora se confirmou", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe. "Quando olhamos a tendência de crescimento nesses Estados e de estabilização nos outros, isso aponta para um piora da situação. Nos próximos dias vamos ver também um aumento no número de óbitos."

Gomes voltou a falar da importância da adoção de medidas preventivas e da manutenção do distanciamento social. "Neste momento, ainda não podemos contar com o efeito de proteção coletivo das vacinas", explicou. "Então a única saída é adotarmos o quanto antes as medidas que já conhecemos: distanciamento social, redução de serviços presenciais, evitar aglomerações. Não tem outro jeito." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O cantor Netinho, de 58 anos, revelou nesta segunda-feira, 3, que já recebeu um diagnóstico e iniciou o tratamento para seu problema de saúde. Ele está internado há sete dias no Hospital Aliança Star, em Salvador, após sentir fortes dores e dificuldades para se locomover.

Por meio de um vídeo publicado no Instagram, Netinho informou que começou o tratamento no sábado, 1º, mas não divulgou detalhes sobre o diagnóstico.

Segundo ele, o momento é de total dedicação da equipe médica. "Quando tudo acabar, vou pedir um relatório completo e vou divulgar", afirmou.

Estado de saúde evolui positivamente

Apesar da internação, o cantor relatou que não sente mais dores e já consegue caminhar sem dificuldades. Ele comparou a situação atual com seu quadro de saúde de 2013, quando sofreu três AVCs e perdeu a voz devido ao uso de anabolizantes.

Netinho prometeu compartilhar sua rotina no hospital, mas sem falar sobre medicamentos ou procedimentos médicos. "Dessa vez estou lúcido e vou todo dia seguir fazendo vídeos", disse o cantor.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) anunciou nesta segunda-feira, 3, a compra e desapropriação do imóvel onde foi gravado o filme Ainda Estou Aqui, vencedor do primeiro Oscar do Brasil. O local, segundo Paes, será transformado na Casa do Cinema Brasileiro, um museu dedicado à memória do cinema nacional. A decisão será publicada em edição extra do Diário Oficial do Rio.

O espaço, que homenageia a história de Eunice Paiva e sua família, também será um tributo às atrizes Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, que deram vida aos personagens no longa. "Faremos da casa onde foi gravado o filme um lugar de memória permanente da história de Eunice Paiva e sua família, da democracia e ainda uma homenagem às duas grandes mulheres que orgulham o Brasil e deram vida a ela - Fernanda Torres e Fernanda Montenegro", escreveu o prefeito em sua conta no X (antigo Twitter).

Segundo Paes, o espaço será aberto para visitação do público e contará com exposições interativas sobre a história do País na premiação. O local também servirá como sede da Rio Film Commission, órgão responsável por atrair produções audiovisuais para a cidade.

"A Casa do Cinema Brasileiro vai estar pronta para receber a nossa primeira estatueta. Quem sabe ela não vem morar aqui? Nós vamos sorrir", brincou o prefeito. Pela tradição da categoria, a estatueta não fica com o diretor do filme, Walter Salles, para quem é entregue o prêmio durante a cerimônia. Ela se torna posse do país que o longa representa.

Casa está à venda por quase R$ 14 milhões

A casa do filme Ainda Estou Aqui não é a mesma onde vivia a família Rubens Paiva, que já não existe mais. O imóvel à venda foi aquele escolhido pela produção do filme por conta da proximidade estética com a propriedade original. A mansão está localizada na esquina da Avenida João Luiz Alves com a Rua Roque Pinto, e está a venda por R$ 13,9 milhões

Localizado na Urca, bairro da zona sul da cidade, o imóvel de 500 m² se tornou um cartão postal do Rio. Além de ambientar um dos filmes brasileiros mais importantes da década, o imóvel se destaca pela arquitetura e pela vista privilegiada. Da casa é possível observar a Baía de Guanabara, o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor - três pontos turísticos significativos da capital carioca. A propriedade também conta com cozinha planejada, piscina aquecida, terraço privativo e até elevador.

A jovem Lívia Savini, que morou no local com sua família, antes de ele se transformar na locação para o longa com Fernanda Torres, tem publicado vídeos caseiros para revelar o ambiente por outro ângulo. Lívia compartilhou uma série de vídeos em seu perfil no TikTok, mostrando que a casa passou por algumas adaptações a fim de se adequar ao período histórico do longa de Walter Salles e ficar mais parecida com a antiga residência da família Paiva, que era localizada no Leblon.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas publicou uma foto de Fernanda Torres em suas redes sociais na noite deste domingo, 2.

A brasileira concorreu ao Oscar de Melhor Atriz por sua atuação em Ainda Estou Aqui, mas foi superada por Mikey Madison, que atuou em Anora, longa que foi eleito o Melhor Filme.

A publicação conta com mais de 566 mil curtidas e 114 mil comentários. Veja aqui

"Do coração do cinema brasileiro para o coração de Hollywood - a indicada a Melhor Atriz, Fernanda Torres", diz a legenda.

Os comentários da publicação foram tomados por brasileiros. "Só falta o Oscar na mão dela, Academia", escreveu Camila Queiroz. "Estamos aqui esperando para ver Fernanda Torres totalmente premiada", disse um internauta.

Apesar de Fernanda Torres não ter ganhado sua estatueta, Ainda Estou Aqui se consagrou como Melhor Filme Internacional, rendendo o primeiro Oscar ao Brasil.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais