10 filmes românticos para comemorar o Dia dos Namorados

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Existem as histórias de amor clássicas e os grandes filmes românticos que atravessam gerações, falando ao coração do público de diferentes épocas. Casablanca, o agora renegado - por seu racismo implícito - ...E o Vento Levou, Tarde Demais para Esquecer, Uma Linda Mulher, Ghost - Do Outro Lado da Vida, Titanic. Vamos fugir um pouco ao lugar-comum. Outros romances podem enternecer seu Dia dos Namorados, neste sábado, 12. Assista-os!

Uma Boa Ação

Tyler Perry vem sendo um fenômeno da indústria há mais de uma década. Em 2011, a Forbes listou-o como o homem, não só o afro-americano, mais bem pago do entretenimento. Ator, autor, roteirista, diretor, produtor, empreendedor, ele é tudo. Neste ano recebeu o Oscar humanitário e foi reverenciado por seu trabalho social durante a pandemia. Uma Boa Ação é um clássico da Sessão da Tarde. Tyler faz empresário que herdou o negócio bem sucedido do pai, mas vive controlado pela mãe. O encontro com a funcionária da limpeza do escritório fará uma revolução em sua vida. Uma Cinderela às avessas? Thandie Newton, a atriz de Assédio, de Bernardo Bertolucci, é quem faz o papel. Tem química com Tyler.

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Coincidências do Amor

Desde a cultuada série Friends, Jennifer Aniston virou favorita do público, mas não consegue ser unanimidade. Tem gente que a considera a pior atriz do mundo. Não é verdade. A comédia de Josh Gordon e Will Speck é outra que volta e meia cativa os espectadores da Sessão da Tarde. Jennifer está sem relacionamento, mas quer ser mãe. Recorre à inseminação artificial, pensando que o pai de seu filho será um, mas é outro. Seu melhor amigo, completamente bêbado, substitui o esperma no material de coleta. Sete anos depois, reencontram-se - e o filho é a cara dele. Jason Bateman faz o gênero homem-menino com competência. Conseguirá recuperar a amada - Jen - que está de casamento marcado?

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A Razão do Meu Afeto

Jennifer Aniston de novo. Ela vai morar com o amigo gay, Paul Rudd. Quando engravida do namorado, resolve continuar morando com ele. E mais - que ele seja o pai de seu filho. Nicholas Hytner dirige e o filme possui um encanto especial. De forma humorada e afetiva, propõe novas formas de organização familiar. E você vai torcer pelo gay!

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Casa Comigo?

Uma love story que se passa, em boa medida, na estrada. Amy Adams cansou de esperar que o namorado oficialize o compromisso. Como existe uma tradição irlandesa, segundo a qual o homem não pode recusar o pedido de casamento feito no dia 29 de fevereiro, ela vai atrás dele - na Irlanda! O problema é Matthew Goode, o motorista com quem Amy cai na estrada. O cinema celebrou muitas mulheres doces, mas um homem? Dirigidos por Anand Tucker, Amy e Goode formam uma das duplas mais perfeitas da história da comédia romântica.

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Feitiço da Lua

Cher e Olympia Dukakis ganharam os Oscars de melhor atriz e melhor coadjuvante do ano, 1987. Cher faz viúva que cede à pressão da família e está para se casar com Danny Aiello quando descobre o irmão dele - e apaixona-se! Nicolas Cage é complexado porque tem uma mão artificial. Norman Jewison dirige o roteiro - também vencedor do Oscar - de John Patrick Shanley. Na cena decisiva, Cher e Cage vão à ópera e a ária é Che Gelida Manina, de La Bohème. Tudo a ver.

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Moulin Rouge

O fecho da trilogia da cortina vermelha de Baz Luhrmann, que começou com Vem Dançar Comigo e prosseguiu com Romeu + Julieta. Desde a abertura, ao som de Nature Boy - There was a boy, a very stranged enchanted boy -, o filme mostra a chegada de Ewan McGregor ao cabaré e o seu envolvimento com a estrela da casa, Satine/Nicole Kidman. Mas ela tem um amante que exige exclusividade. Desista do realismo. Luhrmann teceu uma obra-prima de artifício, usando uma tragédia de amor para refletir sobre o mundo do espetáculo.

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Um Lugar Chamado Notting Hill

A estrela do cinema e o tímido dono de uma livraria em Londres. Julia Roberts entra por acaso na loja de Hugh Grant e a vida dele muda para sempre. A química do casal, os amigos ao redor, a trilha com She. Roger Michell fez um daqueles filmes em que tudo parece perfeito. Não por acaso, tem gente que considera o resultado 'a' maior comédia romântica do cinema. Mesmo que não seja, tem encanto de sobra, e a cena da coletiva, quase no final, é um regalo.

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Diário de Uma Paixão

O velho que cuida da paciente com Alzheimer numa clínica. Ele conta uma história. A menina rica que se apaixona por garoto pobre, os pais dela que se opõem e fazem de tudo para afastar o indesejável. Ele vai para a guerra, o tempo passa e terminam por se reencontrar. O que as duas histórias têm em comum? Nick Cassavetes dirige sua mãe, a grande Gena Rowlands. James Garner faz o idoso cheio de amor, mas são os jovens que cativam, Rachel McAdams e Ryan Gosling. Tente não chorar, se for capaz.

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A Dama e o Vagabundo

Pensaram que o clássico da Disney ficaria de fora? A cachorrinha criada com toda mordomia na casa dos ricaços e o vira-latas da rua. A vida dela muda quando o casal de donos tem um bebê e a velha tia vem ajudar a cuidar da casa, com aqueles gatos diabólicos, Si e Ão. A cena da cantina, quando Lady e Tramp compartilham a pasta e o fio puxado de lado a lado termina num beijo, mostra que o amor pode não ser exclusividade de humanos. Os diretores Clyde Geronimi, Hamilton Luske e Wilfred Jackson conseguiram dosar aventura, romance, comédia e até suspense. O rato que se aproxima do berço conseguirá fazer mal ao pimpolho?

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Hiroshima, Meu Amor

Uma love story cabeça para diversificar a lista. Emmanuelle Riva faz uma atriz francesa que participa de um filme contra a bomba atômica que está sendo rodado em... Hiroshima. Ela se envolve com um japonês e um gesto de Eiji Okada, na cama, lhe traz de volta um amor da juventude, na França ocupada pelos nazistas. Dois tempos, duas histórias, duas cidades - Hiroshima e Nevers. O roteiro de Marguerite Duras, a direção de Alain Resnais, a química de Emmanuelle e Okada. Um dos maiores filmes do cinema pode ser visto, também, como romance.

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Airyn De Niro, filha do ator Robert De Niro e da atriz Toukie Smith, decidiu contar sua própria história como mulher trans negra. Aos 29 anos, ela falou à revista Them sobre sua experiência com a transição de gênero, os desafios da autoaceitação e a escolha por trilhar uma trajetória profissional independente.

Durante a conversa, Airyn relatou que sua primeira ida a um salão especializado em cabelos afros marcou um momento importante de transformação. Inspirada pelo visual da atriz Halle Bailey em A Pequena Sereia, ela deixou o local com dreadlocks rosa e, pela primeira vez, sentiu-se confortável com o que via no espelho. "Foi como se tudo se encaixasse", disse. "Senti que era isso que eu deveria estar fazendo."

Dias depois, fotos suas ao lado do pai chamaram atenção da imprensa internacional, que noticiou sua aparência de forma sensacionalista, segundo ela, muitas vezes com informações incorretas ou sem citá-la diretamente. "Há uma diferença entre estar visível e ser vista. Eu estive visível, mas nunca senti que fui realmente vista", desabafou.

Airyn decidiu iniciar o uso de hormônios em novembro de 2024 como parte do processo de transição. "Sempre fui muito feminina, mesmo antes de saber exatamente o que isso significava", contou.

Com o tempo, começou a pensar em como manter essa feminilidade ao envelhecer. "Quem quer ser um homem velho?", questionou. Ela também revelou que, ao ver outras mulheres trans sendo abertas sobre suas experiências, passou a imaginar que talvez não fosse tarde para ela - se referindo a si mesma como uma "late bloomer" (alguém que floresce mais tarde).

Filha de pais famosos, mas criada longe dos holofotes, ela contou ter enfrentado exclusão na adolescência por ser uma jovem negra, fora dos padrões de beleza e com expressão de gênero que fugia ao esperado. "Sempre me diziam que eu era demais ou de menos em alguma coisa: grande demais, pouco magra, pouco negra, pouco branca, muito feminina ou pouco masculina", relembrou. Mesmo com o apoio da família em manter sua vida privada, afirmou ter vivenciado isolamento entre colegas de escola e dificuldade em se reconhecer nas representações midiáticas.

Ela destacou que a transição também a aproximou de referências femininas negras que sempre admirou, como Laverne Cox, Marsha P. Johnson e Michaela Jaé Rodriguez. "A transição também me aproximou da minha negritude. Me sinto mais próxima dessas mulheres quando abraço essa nova identidade", afirmou ela, que diz também se inspirar na própria mãe.

No campo profissional, Airyn tenta construir sua carreira por conta própria, apostando em testes para voz original de videogames e audições para séries, como Euphoria. "Quero que pessoas negras, LGBT+ e de corpos maiores tenham suas próprias referências. Sempre quis modelar, como minha mãe. Estar em uma capa de revista ao lado dela seria um sonho", disse.

Atualmente, ela estuda para se tornar conselheira em saúde mental e deseja oferecer apoio a jovens em situação de vulnerabilidade. "Pessoas negras e LGBT+ precisam de mais acolhimento e acesso a profissionais que entendam suas vivências", afirmou. "É muito benéfico trabalhar com alguém que compartilhe parte da sua experiência."

Ao final da entrevista, ao ser questionada sobre o que gostaria que o público enxergasse nela, Airyn foi direta: "Alguém que está tentando se curar de não ter se sentido bem consigo mesma por muito tempo. E, nesse processo, buscando ajudar outras pessoas a também se sentirem melhor com quem são."

Wagner Moura participou do podcast Dinner's On Me, apresentado por Jesse Tyler Ferguson, o Mitchell de Modern Family, divulgado na última terça-feira, 29.

No episódio, o ator fala sobre a entrada de última hora em Ladrões de Drogas, série da AppleTV+ dirigida por Ridley Scott, relembra o início do relacionamento com a mulher, Sandra Delgado, e comenta sua relação com novelas brasileiras: "Eu amo novelas. Cresci assistindo".

Como Wagner Moura entrou para o elenco de 'Ladrões de Drogas'

Moura contou que foi chamado às pressas para substituir outro ator na série. "Me ligaram na sexta-feira para embarcar no sábado, experimentar o figurino no domingo e gravar na segunda", disse. "Falei: 'Sou um ator sério, gosto de me preparar'. Mas também pensei: talvez isso vá me sacudir de um jeito novo. Fui."

Ele gravou as primeiras cenas praticamente sem conhecer o personagem. "Estava ali escutando o Brian e respondendo, tentando entender o personagem enquanto a câmera rodava. Ridley Scott grava com seis câmeras ao mesmo tempo. Foi mais rápido que novela."

Além de destacar a intensidade do processo, Moura também mencionou como as novelas brasileiras influenciaram sua formação como ator. "Eu amo novelas. Cresci assistindo", afirmou.

Na série, Wagner vive um personagem que se passa por agente da DEA para realizar assaltos com o parceiro, interpretado por Brian Tyree Henry. "Ele é um cara que passa a série inteira tentando sair desse ciclo de violência. Mas, para isso, ele precisa se separar do Ray, que é o personagem do Brian, o amor da vida dele."

Segundo o ator, a série evita estereótipos e aposta em uma abordagem mais sensível. "São dois homens, um latino e um negro. Quando você se aproxima dos personagens, vê que são o oposto do clichê. São pessoas muito vulneráveis, que não querem estar ali."

"Se o sistema não fosse tão brutal, essas pessoas poderiam ter uma vida completamente diferente. Isso me interessou. Os personagens são interessantes, não são aquele clichê de testosterona. Tem muita ternura."

Vida pessoal e volta ao teatro

Na conversa, o ator relembrou como conheceu a mulher, Sandra Delgado. "A gente se conheceu no Carnaval de Salvador. No dia seguinte, ela já estava dormindo lá em casa. Três meses depois, a gente já morava junto."

Eles estão juntos há mais de 20 anos e têm três filhos. "Acho que sou um pai muito melhor agora do que quando tinha 30 anos. Muito melhor", disse.

Além dos projetos para TV, o ator contou que voltará ao teatro com uma adaptação de Inimigo do Povo, de Henrik Ibsen. "Não é exatamente a peça, mas uma adaptação. Vamos começar no Brasil e depois levar para a Europa - Avignon, Edimburgo, esses festivais."

"Estou muito animado, mas também apavorado", disse, lembrando que sua última peça foi Hamlet, em 2009. "O teatro exige outra escuta. Preciso disso agora."

Míriam Leitão foi eleita imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) nesta quarta-feira, 30. A jornalista e escritora de 72 anos ocupará a cadeira 7, que pertenceu ao cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro.

A eleição aconteceu na sede da ABL no Rio de Janeiro, com urnas eletrônicas cedidas pelo TRE-RJ. Míriam venceu com 20 votos, superando o economista, ex-senador e ministro Cristovam Buarque, que recebeu 14 votos. No total, 16 nomes estavam inscritos na disputa, incluindo Tom Farias, Rodrigo Cabrera Gonzales e Edir Meirelles.