Com 'Army of the Dead', Zack Snyder prova que é autor que cresce na adversidade

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Em 2017, Zack Snyder dirigia Liga da Justiça quando sua filha Autumn, de 20 anos, suicidou-se. Ele travou, e Joss Whedon foi chamado para concluir a filmagem e a edição. A marca de Snyder permanece na produção, com a morte e ressurreição do Superman. Estaria ele pensando na filha? Ajuda um pouco a definir quem é esse homem lembrar que, no começo dos anos 2000, ele fundou com a mulher, Deborah, e um amigo a produtora Cruel and Unusual Films. Em 2004, estreou na direção com Madrugada dos Mortos, reabrindo a senda dos mortos vivos. O filme integrou a seleção oficial de Cannes, na mostra Un Certain Regard.

Vieram depois os comics. 300, Watchmen e o Universo Estendido DC. Superman, Batman Vs. Superman, a versão do diretor de Liga da Justiça, etc. Há tempos, Snyder vem anunciado um reboot, mais que remake, de The Fountainthead, romance de Ayn Rand que deu origem ao clássico Vontade Indômita, de King Vidor, com Gary Cooper e Patricia Neal, de 1949. Com carta branca da Netflix, ele usou a parceria com a operadora de streaming para voltar aos zumbis. Army of the Dead - Invasão em Las Vegas já está entre os mais vistos da Netflix no Brasil. E tem também o making of - Os Bastidores de Army of the Dead.

Snyder é um diretor bem sucedido, mas polêmico. Rodrigo Santoro, que trabalhou com ele em 300, diz que ninguém conhece tanto os quadrinhos. Conhecer não significa seguir fielmente. Snyder subverte o cânone para humanizar seus super-heróis. Superman é sobre a ligação de Henry Cavill com o pai adotivo, Kevin Costner. Batman Vs Superman começa com a morte da mãe do Cavaleiro das Trevas e prossegue sobre a mãe do Homem de Aço. Liga da Justiça é sobre a ressurreição de Superman.

É curioso, senão significativo, que Snyder esteja retornando aos mortos vivos. À revista norte-americana Total Film, ele definiu Army of the Dead como 'meu pequeno filme", não em escala, bem entendido, mas em sensibilidade. "Não fiz esse filme como encomenda. Ele nasceu de uma forma super intimista, e muito pessoal." Só para lembrar, Madrugada dos Mortos era sobre os sobreviventes de uma praga que está transformando a humanidade em zumbis. Eles se refugiam num shopping, o símbolo do consumismo da 'América'. Os zumbis agora ocuparam Las Vegas, e a cidade foi sitiada. Para acabar com a nova praga, o presidente dos EUA anuncia que vai lançar uma bomba atômica sobre a Sin City.

É nesse quadro que Scott Ward é procurado por Hiroyuki Sanada - que também está nos cinemas, em Mortal Kombat - para uma missão suicida. Com a promessa de ganhar US$ 50 milhões, Dave Bautista terá de formar uma equipe de profissionais para entrar na cidade sitiada e assaltar o cofre de um hotel-cassino. Sanada não está atrás do dinheiro, esse é só um McGuffin, como diria Alfred Hitchcock. Tudo isso terá de ser feito em quatro dias, mas o prazo reduz-se dramaticamente quando a operação já está em andamento. O presidente, como um Doutor Fantástico, anuncia que vai explodir a bomba em menos de duas horas!

Army vira uma corrida contra o tempo, e os mortos vivos. Como costuma fazer, Snyder desconstrói os códigos do gênero, ao mesmo tempo que o leva ao limite da sofisticação tecnológica. Assalto + zumbis. Ele próprio faz a fotografia, com a câmera - digital - na mão. Cria zumbis trôpegos, aos quais o público está acostumado, mas propõe uma nova raça evoluída - os alfas. O rei e a rainha não apenas copulam, como ela engravida. A Las Vegas em ruínas causa forte impressão visual, e você ainda precisa ver as novidades - o tigre morto vivo, o cavalo zumbi. O grupo heterogêneo é formado por personagens que ecoam Os Doze Condenados, de Robert Aldrich, e os Bastardos Inglórios, de Quentin Tarantino. Mas o filme não seria tão intimista, nem tão de Snyder, se não tivesse complexas relações familiares. Dave Bautista tem uma filha - que abandonou, o público saberá o motivo. Tenta uma difícil reaproximação. O desfecho é trágico, como foi na vida do diretor, mas, calma, não tire conclusões apressadas.

A vida tem colocado Snyder à prova. Um dos atores contratados, Chris D'Elia, teve de ser substituído, em plena rodagem, devido a acusações de assédio de menores. Em seu lugar, entrou Tig Notaro, numa mudança de gênero, e algo mais. Tig é lésbica assumida. Faz a piloto de helicóptero. Conseguirá tirar o grupo, ou o que sobrou dele, de Las Vegas a tempo de escapar do holocausto nuclear? Como se não bastasse o problema com D'Elia e a praga na tela, houve a covid. Army of the Dead foi finalizado na pandemia. Zack Snyder é um verdadeiro autor. E cresce na adversidade.

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Artistas como Ben Stiller, Paul McCartney e Aubrey Plaza estão pressionando a administração do presidente Donald Trump a se opor às propostas da OpenAI e do Google que permitiriam que as gigantes da tecnologia usassem mais facilmente material protegido por direitos autorais para treinar inteligência artificial.

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Essa razão, no entanto, não foi bem recebida pelos artistas, que entraram em contato com o governo. "Acreditamos firmemente que a liderança global dos EUA em IA não deve vir às custas de nossas indústrias criativas essenciais", disse a carta, acrescentando ainda que trata-se de uma questão que ameaça não apenas a indústria do entretenimento, mas "impacta todas as indústrias do conhecimento dos EUA."

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A música Mãe Solteira é, no momento, a mais ouvida do Brasil no Spotify, com mais de 20 milhões de reproduções. No último domingo, 16, a faixa motivou uma polêmica nas redes sociais, quando MC Davi, um dos autores da canção, acusou de má-fé o cantor e ex-BBB Fiuk, um dos nomes também creditados na faixa.

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A participação passou a ser comentada nas redes sociais, e o filho de Fábio Jr. comemorou o alcance do hit em seu perfil. Confira o vídeo aqui.

Incomodado, MC Davi publicou no Instagram alguns stories, agora excluídos, em que acusa Fiuk de se promover com a música, supostamente pagando perfis de fofoca para divulgarem sua autoria. De acordo com ele, a contribuição de Fiuk na música teria sido mínima.

"Fiuk quer pagar de malucão, dizendo que fez a música, mas não está certo, não. Eu nem tinha conversado com esse cara antes, nem convidei ele pro estúdio. Ele apareceu, fez uma melodia, os caras abraçaram a ideia, mas agora ele quer levar todo o crédito. Que loucura!", começou MC Davi.

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O que Fiuk disse

Em resposta, Fiuk publicou uma cena gravada no estúdio, da ocasião mencionada por Davi. "Uma imagem fala mais que mil palavras. Só gratidão por todas as coisas boas", escreveu. Na sequência, publicou um vídeo nos stories dizendo que preferia aproveitar o momento de sucesso da música e prometeu que, mais tarde, esclarecia os detalhes do seu lado da história. "Contra fatos não há argumentos. Hoje eu não vou cair energia", disse.

Pouco depois, MC Davi apagou do perfil os stories em que criticava Fiuk. "Apaguei porque é hora de comemorar. Não é mérito meu, nem de ninguém. A real é que Deus quis que acontecesse, gratidão", escreveu o funkeiro em uma nova publicação.