Peça traz a tensão que atinge casais LGBT na busca de um filho

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Léo é professor em uma escola de natação, vive um relacionamento estável há 10 anos e reconhece a hora de adotar um filho. Sim, Léo é homossexual e, durante um trabalho voluntário para menores carentes, enxerga um garoto de pele parda, cicatriz na bochecha, que sonha em ser astronauta. É o seu filho, Téo, só poderia ser ele, e, com o processo de adoção tramitando, um incidente em sua rotina profissional muda, quer dizer, soterra seus planos. Este é o ponto de partida da peça Monstro, que tem dramaturgia de Ricardo Corrêa, também protagonista, e direção de Davi Reis, os dois representantes da Cia. Artera de Teatro. O espetáculo online estreou na quinta, 24, na temporada digital do Teatro Sérgio Cardoso, com sessões de quinta a domingo, às 21h, até 11 de julho. Os ingressos, gratuitos, devem ser reservados na plataforma Sympla.

Desde 2007, a Cia. Artera de Teatro pesquisa a temática LGBT. Coração Dark Room, Não Conte a Ninguém e Bug Chaser, Coração Purpurinado são espetáculos que abordaram sob diferentes enfoques questões relacionadas à sexualidade, comportamento e preconceito. Em março, Corrêa e Reis lançaram uma das mais provocativas criações remotas. CAM, peça interativa transmitida pelo Instagram em dez apresentações, mostrou um rapaz (interpretado por Reis) que se despe diante do vídeo enquanto espera a resposta do teste para um reality show. "Comecei a ver trabalhos virtuais que apenas usavam o zoom e não levavam em consideração a plataforma, então a gente quis explorar o veículo e abordar a questão prática da sobrevivência financeira na pandemia", conta Corrêa, responsável pela direção.

Em Monstro, a proposta comportamental e política assume o primeiro plano, devido a uma tensão crescente verificada nos últimos anos, que atinge em cheio as minorias, entre elas os homossexuais. Em 2018, Corrêa, hoje com 35 anos, começou a sentir a vontade de ser pai, formar uma família e, ao mesmo tempo, se viu inseguro por causa de uma onda conservadora disseminada no Brasil. "Fiquei pensando muito em como seria se os LGBTs perdessem gradativamente os direitos conquistados e voltassem para a estaca zero", questiona ele.

Para formatar o espetáculo, a dupla de artistas entrevistou casais homoafetivos que venceram batalhas burocráticas e preconceitos até obter a guarda dos filhos, além de psicólogos e advogados especialistas em adoção. "Como não somos pais, muita coisa a gente desconhecia, ficava no imaginário, então foi importante levantar o que envolve o processo, os cursos preparatórios e até a investigação sofrida pelo candidato", declara Reis. O primeiro resultado do projeto é o documentário Monstro Também Tem Sentimento, que se encontra disponível há três meses no YouTube e esclarece pontos sobre os entraves de legitimação de guarda. "São questões que ficam obscuras, não se fala e, inclusive no teatro, vimos que existia um ineditismo em relação ao tema da adoção homoafetiva que consideramos pertinente tratar", completa Reis.

Com o agravamento da crise sanitária e a impossibilidade de uma temporada presencial, restou à dupla adaptar a dramaturgia para a linguagem digital. "Foi a melhor solução, porque essa espera e o abre e fecha dos teatros já estavam nos fazendo muito mal, ficamos frustrados e preocupados porque parecia cada vez mais difícil trazer esse projeto à tona", afirma Corrêa.

A primeira cena mostra Léo em um diálogo com a câmera. Ele grava uma mensagem para Téo, aquele que seria seu filho, o filho que, como ele mesmo antecipa ao espectador, não teve o direito de ter. A dramaturgia oferece pistas gradativas sobre os traumas que o personagem carrega do passado. A dificuldade de responder para a assistente social sobre suas referências paternas é uma delas. A reação impulsiva ao discutir com um aluno de 9 anos depois de ser chamado de gay em uma aula de natação é outra.

A polêmica com o menino é o momento em que Léo se vê como uma vidraça incapaz de se defender do apedrejamento social e, aos poucos, é convertido no tal monstro. Com a estreia digital, o espetáculo poderá aquecer o debate sobre a adoção e os modelos de família e, no formato online, esse alcance provavelmente será ampliado. A ideia de ser pai não foi abandonada por Corrêa, só parece adiada. "Neste momento, estamos mais preocupados com a nossa sobrevivência", avisa ele, pausando o assunto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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As decisões de Vitória Strada no Big Brother Brasil 25 voltaram a ser assunto dentro da casa. Durante uma conversa neste domingo, 2, Eva e Renata analisaram a possibilidade de serem indicadas pela líder e refletiram sobre os critérios que podem influenciar sua decisão.

'Tinha uma carta na mão muito boa'

Eva demonstrou preocupação com a chance de ser indicada e mencionou que outros participantes já indicavam essa possibilidade. "O Gui e a Dona Delma falaram na festa: 'Se você for, você volta'. Mas eu não quero experimentar nem ir", disse a sister.

Ela também levantou a hipótese de que Vitória poderia justificar a escolha usando a eliminação de Matheus. "Eu botei ele no paredão porque o meu problema era com ele, mas quem tirou foi o público. Ela teve problemas bem maiores do que comigo aqui. Ela simplesmente teve todo aquele BO com as meninas e pronto. Aí no outro dia estava tudo bem", avaliou.

Eva também comentou que Vitória poderia ter adotado outra abordagem no jogo. "Ela tinha uma carta na mão muito boa. Se quisesse fazer um jogo muito f*, conseguiria, mas ela não quer machucar a Camilla", observou.

Renata questiona justificativas de Vitória

Renata também comentou sobre as decisões da líder e considerou algumas incoerências. "Ela votou na gente primeiro, eu só retribuí esse voto duas semanas depois. Ela queria que eu fizesse o quê? Mandar flores pra ela?", disse.

A sister ainda destacou que, mesmo após demonstrar empatia quando Vitória estava fragilizada, ela pareceu manter um embate com Eva e Renata. Além disso, Renata relatou uma conversa de Camilla na Xepa sobre Vitória. "Ela disse: 'Se for o meu VIP, só são quatro pessoas. Eu só vou dar a pulseira para a Vitória se tiver a quinta e essa é a última chance dela'", contou.

Neste domingo, 2, Lexa, de 30 anos, compartilhou um relato sobre a perda de sua filha, Sofia. A bebê, fruto do relacionamento com Ricardo Vianna, nasceu prematura no dia 2 de fevereiro e morreu três dias depois.

Depois de um mês, a cantora publicou uma série de fotos da gestação e prestou uma homenagem à filha. "Há um mês eu dava à luz! Filha, mamãe nunca esquecerá o dia 2/2!", escreveu na legenda.

Em seu depoimento, Lexa relembrou os primeiros dias de luto e como lidou com a dor intensa da perda. "No começo, o desespero tomou conta de mim. Não queria ver nada de bebês, nenhuma foto minha grávida... queria apagar tudo. A dor é dilacerante!", desabafou.

Com o tempo, a artista contou que passou a olhar as imagens da gravidez com um novo sentimento. "Hoje eu consigo contemplar essas fotos com muito amor no coração. Não tem um dia que eu não lembre de você, minha filha, e assim será para sempre. Dia 2/2 é o dia da minha anjinha", escreveu.

Lexa também mencionou o apoio do noivo, Ricardo Vianna, nesse processo de luto. "Parabéns pra nós, Ricardo, que fizemos essa princesa linda e fizemos tudo da melhor maneira possível. Quando te abraço, sinto a Sofia. Eu vejo você, Sofia! Para sempre verei! E eu sei que você me vê aí de cima também."

O que aconteceu com Lexa e Sofia

A perda de Sofia foi anunciada publicamente no dia 10 de fevereiro. Lexa e Ricardo Vianna comunicaram que a bebê não resistiu às complicações do parto prematuro.

A cantora estava internada desde 21 de janeiro com um quadro grave de pré-eclâmpsia precoce, uma condição que pode levar a complicações graves para mãe e bebê. Durante a internação, ela desenvolveu a síndrome de HELLP, que afeta o funcionamento do fígado e dos rins, tornando sua gravidez ainda mais delicada.

"Foram 25 semanas e 4 dias de uma gestação muito desejada! Uma pré-eclâmpsia precoce com síndrome de HELLP, 17 dias de internação, Clexane, mais de 100 tubos de sangue na semi-intensiva e 3 na UTI, sulfatando e lutando pelas nossas vidas, minha filha", escreveu Lexa na época.

A cantora destacou que, mesmo tendo feito um pré-natal rigoroso e seguindo todas as recomendações médicas, a gravidade do quadro surpreendeu a equipe médica. "Tomei AAS e cálcio na gestação toda, fiz um pré-natal perfeito, fiz tudo, mas minha pré-eclâmpsia foi muito precoce, extremamente rara e grave… O meu fígado começou a comprometer, os meus rins e o doppler da minha bebezinha também. Mais um dia e eu não estaria aqui pra contar nem a minha história e nem a dela", revelou.

Luto e apoio dos fãs

Desde a perda, Lexa tem recebido o carinho do público e de amigos do meio artístico. Na publicação mais recente, em que relembra a filha, diversas mensagens de apoio surgiram nos comentários. Fãs, familiares e outros artistas manifestaram solidariedade à cantora, que segue se recuperando do trauma.

Lexa, que havia decidido não participar do carnaval 2025 por questões de saúde, ainda não revelou quando retornará aos palcos, mas segue compartilhando seu processo de luto com o público. "Minha filha sempre estará comigo", declarou.

Gene Hackman deixou uma herança milionária estimada em R$ 526 milhões, que será dividida entre seus três filhos. O valor foi calculado com base na sua fortuna, que, segundo o site Bioscops, é de aproximadamente 90 milhões de dólares.

Hackman, que faleceu aos 95 anos em sua residência em Santa Fé, no Novo México, no dia 26 de fevereiro, foi um dos maiores astros de sua geração, com uma carreira que inclui mais de 80 filmes, entre eles títulos lendários como Operação França, Bonnie e Clyde, e Superman - O Filme.

A soma da sua fortuna vem não apenas de sua extensa carreira no cinema, mas também de investimentos em imóveis no Novo México e Califórnia. De acordo com o Bioscops, o ator teve uma média de ganhos anuais de 6 milhões de dólares ao longo de sua trajetória, acumulando cerca de 30 milhões de dólares nos últimos cinco anos.

Além de sua carreira artística, Hackman era conhecido por seus investimentos financeiros e sua vida discreta, especialmente após casar-se com a pianista Betsy Arakawa em 1991. A casa onde o ator e sua esposa foram encontrados mortos faz parte de seu legado, e a herança será dividida entre seus filhos, frutos de seu casamento com Faye Maltese, sua primeira esposa.

Fim trágico e mistério no caso das mortes

O ator e sua mulher, Betsy Arakawa, foram encontrados mortos ao lado do cachorro do casal. A polícia inicialmente descartou a possibilidade de crime, mas a falta de explicações claras levou a uma reavaliação do caso, agora tratado como suspeito. A filha do ator, Elizabeth Jean Hackman, sugeriu a hipótese de envenenamento por monóxido de carbono, mas a investigação continua sem uma conclusão oficial.

A cena encontrada pela polícia levantou mais questionamentos: Betsy Arakawa foi localizada no banheiro, com um frasco de remédio aberto e pílulas espalhadas pelo chão. Gene Hackman foi encontrado em um cômodo próximo à cozinha, com roupas casuais e sem sinais aparentes de violência. Um dos cachorros do casal, um pastor alemão, foi encontrado também sem vida no armário do banheiro, ao lado de Betsy. No entanto, havia mais outros dois cães, vivos e saudáveis. Um deles foi localizado também ao lado da pianista, e o outro andava solto pelo quintal.

A porta da frente da casa estava aberta, mas não havia sinal de arrombamento, violência ou roubo. A morte do casal segue envolta em mistério.