Série musical 'Central Park' usa doçura e pureza para enfrentar tempos sombrios

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A ideia de fazer uma série de animação musical para adultos foi recebida com muitos pontos de interrogação e exclamação quando Josh Gad e seus parceiros Loren Bouchard e Nora Smith (ambos de Bob's Burgers) anunciaram Central Park. Após uma indicação ao Emmy e críticas quase unanimemente positivas, a série volta nesta sexta-feira, 24, com três episódios, seguidos de cinco estreando semanalmente, na Apple TV+. Haverá uma segunda parte lançada ainda este ano, e a terceira temporada já foi confirmada. "A primeira temporada tratou de fazer o impossível: um musical semanal. Queríamos provar que éramos capazes", disse Josh Gad, criador, produtor e um dos atores da série, em entrevista exclusiva ao Estadão. "Na segunda, nos sentimos muito mais seguros, mesmo tendo de realizá-la durante a quarentena."

Central Park é uma grande homenagem ao famoso parque de Nova York e daquelas séries que deixam um sorriso no rosto. Gad faz Birdie, o narrador bisbilhoteiro. A trama é centrada na família Tillerman, que mora dentro do parque. O pai é o tenso Owen (voz de Leslie Odom Jr.), responsável pela administração do parque.

Sua mulher, Paige (Kathryn Hahn), trabalha como repórter de um jornal local, e os dois filhos adolescentes, Molly (Emmy Raver-Lampman) e Cole (Tituss Burgess), não são os mais populares da escola. Eles amam o parque e vão defendê-lo da poderosa Bitsy Brandenham (Stanley Tucci), herdeira de uma rede de hotéis, que quer transformar a área verde em um grande empreendimento imobiliário, tirando da cidade seu maior espaço comunitário. A assistente Helen (Daveed Diggs) sofre nas mãos da mimada Bitsy na esperança de receber sua herança. "A série continua explorando como alcançar seus objetivos frente à adversidade, e ninguém enfrenta mais adversidade do que os Tillermans. Mas eles sempre vão mostrar o que é ser uma família e ser apaixonado pela vida", disse Gad.

A série reúne alguns dos maiores nomes dos musicais e de Hollywood. Muitos também são amigos - um conselho de Bouchard, que tem experiência com séries longas, foi se cercar de pessoas de fácil convivência. Leslie Odom Jr., que estourou em Hamilton e concorreu a dois Oscars este ano por Uma Noite em Miami, é amigo de Gad da época da Universidade Carnegie Mellon. Stanley Tucci trabalhou com Gad em A Bela e a Fera, Burgess brilhou em musicais como A Pequena Sereia. Kathryn Hahn é Kathryn Hahn. Daveed Diggs também é de Hamilton, assim como Raver-Lampman, que substituiu Kristen Bell, amiga de Gad desde Frozen, no papel de Molly depois de críticas sobre uma atriz branca fazer o papel de uma garota birracial. Bell graciosamente se retirou. "Nós todos estamos reconhecendo como a representação importa", disse Gad. "E eu tenho orgulho da representação que temos na série. Ainda temos de trabalhar muito, precisamos encontrar outras oportunidades e estarmos disponíveis para todos os tipos de vozes. Nossa série vai ficar mais rica por isso. E nós tivemos essa experiência em primeira mão."

O ator e produtor foi só elogios para Raver-Lampman, que também está na série The Umbrella Academy. "Ela trouxe nuances que refletem sua própria experiência como uma mulher birracial. Emmy viveu na pele de Molly", disse Gad. A heroína de quadrinhos criada pela personagem extrai sua força dos cabelos, por exemplo, o que certamente adquire uma camada mais profunda de significado com a interpretação da atriz.

Cada episódio contém em média quatro canções originais. As compositoras oficiais são Kate Anderson e Elyssa Samsel, mas há participações especiais, como Cyndi Lauper e Sara Bareilles na primeira temporada, e They Might Be Giants, Shaggy, Big Boi e Danny Elfman na segunda. "Ano passado, estávamos ligando para os amigos. Desta vez, recebemos as ligações, e os convites todos tiveram respostas afirmativas", contou Gad. Para ele, os musicais estão vivendo uma era de ouro, que começou com The Book of Mormon, que Gad fez, e passou por Hamilton e Dear Evan Hanson, só para ficar na Broadway. "O musical certo se conecta com as pessoas. Fora que todo o mundo gosta de cantar no banheiro", disse.

Como a primeira temporada, a segunda chega em meio à pandemia. "Mais do que nunca, precisamos de luz na escuridão. O mundo já teve cinismo suficiente para várias gerações", disse Gad. O sucesso de Ted Lasso, também da Apple TV+ e igualmente doce, é uma confirmação de sua tese. "Central Park tenta fazer as pessoas sorrirem. A série aposta na pureza e ternura, na celebração da vida com suas belezas e complicações, em lidar com seus obstáculos e alcançar seus objetivos apesar das adversidades. Foi isso que tentamos fazer. Espero que as pessoas tenham uma conexão da mesma forma como eu tive."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

Após a vitória histórica do Brasil no Oscar neste domingo, 2, a atriz Fernanda Torres celebrou o prêmio de Melhor Filme Internacional conquistado por Ainda Estou Aqui. Apesar de ter sido derrotada na categoria de Melhor Atriz, a brasileira não demonstrou nenhuma tristeza nos bastidores da premiação.

"Nós vamos sorrir. Sorriam", escreveu a atriz em seu perfil no Instagram, relembrando uma fala marcante de sua personagem no filme. A publicação veio acompanhada de duas imagens simbólicas: uma do envelope que revelou a vitória brasileira e outra do diretor Walter Salles segurando a estatueta dourada na premiação.

Mais cedo, a atriz apareceu com a estatueta do Oscar em mãos e brincou nas redes sociais: "Ainda estamos aqui comemorando", escreveu. Ao receber o prêmio de Melhor Filme Internacional, Walter Salles dedicou o prêmio a Eunice Paiva, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro.

"Isso vai para uma mulher que, após uma perda sofrida durante um regime autoritário, decidiu não se curvar e resistir. Então este prêmio vai para ela. Seu nome é Eunice Paiva", disse ele.

Fernanda disputava o prêmio de Melhor Atriz, mas a estatueta acabou nas mãos de Mikey Madison, de Anora. Ainda Estou Aqui também foi indicado na categoria de Melhor Filme, mas o prêmio ficou com Anora.

Em um vídeo divulgado pelo portal Deadline, no entanto, a brasileira aparece cumprimentando a vencedora e trocando gestos carinhosos com a protagonista do filme de Sean Baker. No registro, Torres dá os parabéns à jovem de 25 anos e chega a beijá-la no rosto. As duas ainda posaram para fotos ao lado do diretor Walter Salles.

Depois que o sétimo Paredão foi formado no Big Brother Brasil 25, os brothers e sisters passaram a madrugada desta segunda-feira, 3, debatendo o jogo. Surpresa com o voto de Diego Hypolito, Vilma discutiu com o ex-atleta dentro da casa.

O BBB 25 formou mais um Paredão triplo neste domingo, 2. Renata, Vilma e Camilla disputam a eliminação na terça-feira, dia 4.

A Líder da semana, Vitória Strada, ativou a Central do Líder no momento exato em que João Gabriel, João Pedro, Maike, Renata e Eva falavam sobre ela. A atriz se chocou ao ser chamada de "Maria vai com as outras" e decidiu se justificar com os brothers.

Veja o resumo da madrugada:

Vilma se irrita com Diego

Após a formação do Paredão, Diego foi justificar os dois votos que deu em Vilma. No entanto, o ex-ginasta não foi bem recebido pela estudante de nutrição. Vilma chamou Diego de falso e negou diálogo com o brother.

A sister continuou a queixa e disse ao brother que não vai mais segurar suas reclamações. "Não gosta de mim melhor nem falar comigo, nem olhar na minha cara. Não vem me beijar, me abraçar e depois dá punhalada nas minhas costas."

Diego se justifica para Vilma

Apesar de ter votado duas vezes em Vilma, após o desabafo da sister, Diego diz que ela não era nem sua terceira opção de voto. A carioca não entendeu a justificativa e disse que Diego "morde e assopra". Vilma ainda afirmou que mesmo sendo eliminada na terça-feira, vai sair do reality falando o que acredita.

Daniele Hypolito entra na mira

Após desabafar com Diego, Vilma também chamou a irmã do ex-ginasta de "falsa". A sister afirmou que Daniele é "Maria vai com as outras" e que agora, sem Diogo no reality, está livre para falar o que pensa. Vilma ainda compartilhou a revolta com os brothers na área externa e contou que não deixou Diego falar porque já sabia que ele estava de "conversinha". A carioca ainda reforçou que Daniele Hypolito também vai ouvir suas opiniões.

Diego lamenta discussão com Vilma

Ao voltar para o Quarto Anos 50, Diego Hypolito se deitou sozinho e lamentou a discussão com Vilma. Minutos depois, Guilherme entrou no quarto e perguntou o motivo da chateação de Hypolito. Diego comentou a reação de Vilma a sua tentativa de diálogo e disse que entende a sister.

Indicação da líder Vitória é questionada

Na área externa, os brothers conversam sobre a justificativa usada por Vitória Strada na indicação de Renata ao Paredão. Aline tenta explicar a visão da líder relembrando o discurso de Vitória, mas é rebatida pelas dançarinas. "Ela não pode tomar uma atitude que incomoda a casa, tem que ser [um motivo] que incomoda ela", afirmou Renata.

Casa toda contra Renata?

Após a conversa com Aline, Renata, Eva e Maike analisaram as falas da sister e chegaram à conclusão de que ela deixou escapar que a professora de dança seria indicada ao Paredão pela casa, se não fosse pela líder.

Renata ainda mencionou o comportamento dos gêmeos João Gabriel e João Pedro, e afirmou que apesar de circular por todos os grupos da casa, eles não recebem críticas dos outros participantes.

Daniele conta percepção da casa sobre seu jogo

Em conversa com Camilla, Thamiris, Gracyanne e Vitória Strada, Daniele Hypolito comentou sobre as percepções da casa a cerca do seu jogo. A sister disse que os gêmeos acreditam que ela joga com o grupo do Quarto Nordeste e lembrou um diálogo que teve com Eva.

O jogo pede posicionamento

No Quarto Anos 50, Delma repercute voto em Camilla e diz que vai virar alvo da sister caso ela volte do Paredão. A pernambucana ainda reforçou que apesar de sua popularidade entre os brothers acontecer de forma natural, ela precisa se posicionar no jogo.

A popularidade de Delma

Na área externa, Gracyanne e Camilla comentam sobre Delma e a musa fitness diz que a sister só vai receber voto se um líder tiver coragem de indicá-la. "Eu tenho", responde Camilla.

Renata reflete sobre o jogo

Renata comenta com Maike que se voltar do Paredão, será escolhida por Vitória Strada na quarta-feira, 5, para não participar da festa da líder. A sister ainda refletiu os comportamentos na casa e disse que não sabe como reagir, pois todas as atitudes são julgadas de forma negativa pelos participantes.

Vitória se justifica no Quarto Fantástico

Vitória Strada ativou a Central do Líder no momento em que João Gabriel, João Pedro, Maike, Renata e Eva falavam sobre ela. Os brothers a classificaram como "Maria vai com as outras" e ela resolveu se justificar. Maike disse que por não ter acesso aos motivos da sister, seu comportamento em relação a Renata e Eva é visto dessa maneira no grupo. Vitória se defendeu e disse que suas aliadas não votariam em Renata, então sua atitude é oposta ao que foi julgada pelos participantes.

A repercussão internacional da vitória de Ainda Estou Aqui no Oscar 2025 destacou a superação do brasileiro sobre o filme francês Emilia Pérez, que liderava a corrida ao maior prêmio do cinema com 13 indicações.

O brasileiro Ainda Estou Aqui ficou com a estatueta de Melhor Filme Internacional, superando não só Emilia Pérez (França), como também A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha), A Garota da Agulha (Dinamarca) e Flow (Letônia), que já tinha levado a estatueta de Melhor Animação no momento do anúncio.

A mídia internacional destacou a surpresa do filme brasileiro superando Emília Pérez, que era considerado o favorito nos primeiros momentos da disputa, mas acabou se envolvendo em diversas polêmicas nas últimas semanas.

'Variety': "Para a alegria do Brasil, 'Ainda Estou Aqui' prevaleceu"

O veículo especializado classificou a vitória de Ainda Estou Aqui como "surpresa" em um artigo que apontou os "esnobados e surpresas" do Oscar 2025.

"Dadas as 13 indicações que 'Emilia Pérez' teve sobre as 3 indicações para 'Ainda Estou Aqui', parecia estatisticamente provável que o primeiro levasse a estatueta de destaque internacional. Mas, para a alegria do Brasil, Ainda Estou Aqui prevaleceu", apontou a Variety.

'The Hollywood Reporter': 'Notavelmente, o filme superou o francês'

"O Brasil ganhou seu primeiro Oscar de longa-metragem internacional por 'Ainda Estou Aqui', a história de uma família desfeita em meio a uma ditadura. Notavelmente, o filme superou o francês 'Emilia Pérez', que levou para casa vários Oscars no início da noite."

'The Guardian': 'Se beneficiou das dificuldades'

"É provável que 'Ainda Estou Aqui' tenha se beneficiado das dificuldades que afetaram 'Emilia Pérez' - quando as indicações ao Oscar foram anunciadas, este último filme liderou, mas a campanha foi abalada depois de terem sido descobertas mensagens preconceituosas no feed das redes sociais de Karla Sofía Gascón, juntamente com reclamações sobre a representação do México e da sua história."

'Vanity Fair': 'Reviravolta notável'

"Alguns meses atrás era uma certo de que 'Emilia Pérez' ganharia o prêmio de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. Mas devido a uma reviravolta notável nos acontecimentos desde então, o polêmico rolo compressor da Netflix chegou ao Oscar de domingo como o azarão na categoria - e, na verdade, acabou perdendo para 'Ainda Estou Aqui', o drama brasileiro dirigido por Walter Salles."