Câmara do Rio cassa mandato do vereador Doutor Jairinho por 49 votos

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O médico Jairo Souza Santos Junior, o doutor Jairinho (sem partido), de 43 anos, teve o mandato de vereador no Rio de Janeiro cassado por quebra de decoro parlamentar nesta quarta-feira, 30, 114 dias após a morte de seu enteado Henry Borel, de 4 anos, crime pelo qual Jairinho é réu. O debate começou às 16h30 e se estendeu até as 19h40, quando 49 dos 50 vereadores votaram pela perda do mandato dele. O vereador Doutor Gilberto (PTC) não votou porque pediu licença do cargo. Entre os vereadores que participaram da sessão, portanto, houve unanimidade pela perda do mandato. Para a cassação bastariam os votos de 34 parlamentares.

O agora ex-vereador está preso desde 8 de abril na penitenciária Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu (zona oeste do Rio). Em seu lugar tomará posse Marcelo Dibiz Anastácio (Solidariedade), de 34 anos, ex-presidente da Associação de Moradores da Muzema, região da zona oeste onde dois prédios desabaram, em 12 de abril de 2019, matando 24 pessoas.

Jairinho estava afastado do cargo de vereador desde 9 de maio, quando completou um mês sem cumprir suas funções parlamentares, já que estava preso desde 8 de abril. No dia em que foi preso, Jairinho teve o salário de vereador cortado e foi expulso do Conselho de Ética da Câmara e do Solidariedade, partido pelo qual foi eleito em 15 de novembro passado para o quinto mandato seguido como vereador. Desta vez obteve 16.061 votos, tornando-se o 26º vereador mais votado dentre os 51 eleitos. Jairinho é filho do também político Coronel Jairo, que foi deputado estadual e não se reelegeu em 2018.

Em 2004, mesmo ano em que concluiu a faculdade de Medicina na Unigranrio, universidade particular em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Jairinho concorreu pela primeira vez a vereador, então pelo PSC, e se elegeu com 23.541 votos (foi o 24º mais votado daquela eleição). Em sua carreira política, Jairinho foi líder do governo durante a segunda gestão de Eduardo Paes, de 2013 a 2016, e durante o governo de Marcelo Crivella, de 2018 a 2020, além de ter presidido a Comissão de Justiça e Redação, a mais importante da Câmara Municipal do Rio.

Em 11 de março, três dias após a morte de seu enteado, Jairinho foi eleito pelos seus pares para integrar o Conselho de Ética da Câmara. Em 8 de abril, após ser preso, ele foi expulso do colegiado e sua vaga foi ocupada pelo vereador Luiz Ramos Filho (PMN). Ramos Filho foi sorteado para ser o relator do processo de cassação de Jairinho. Após colher e analisar provas, depoimentos e arguições, Ramos Filho compôs um relatório pela cassação do colega, que foi aprovado por unanimidade pelo Conselho de Ética na última segunda-feira, 28. Foram sete votos pela cassação do mandato do então vereador. Nesta quarta-feira o mesmo relatório foi submetido ao plenário.

A sessão começou com a leitura do relatório pelo vereador Ramos Filho. Em seguida diversos vereadores discursaram, todos com intensas críticas ao colega. Carlos Bolsonaro comparou a morte de Henry Borel à facada sofrida em 2018 por seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e chegou a ficar com a voz embargada.

Após os discursos dos vereadores, o advogado de Jairinho, Berilo Martins da Silva Neto, fez sua explanação. Ele afirmou que não há nenhum vídeo mostrando agressões de seu cliente a crianças e que a imprensa fez sensacionalismo sobre o caso. "Falaram que ele usa terno Armani, mas nunca usou. Ele usa terno Brooksfield", argumentou. "Nós não estamos fazendo justiça, mas sim judicialização, ou seja, linchamento", reclamou. Em outro momento, comparou a situação de Jairinho à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que depois de ser preso teve a condenação anulada.

Medicina

Desde 10 de junho, Jairinho também está proibido de exercer a medicina no Estado do Rio de Janeiro, por decisão do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj). O órgão aplicou uma interdição cautelar por possível infração ao Código de Ética Médica, ao não socorrer o enteado na noite de 7 de março. Simultaneamente tramita em sigilo um processo contra o médico. Ele pode ser punido com advertência ou até cassação definitiva do registro. Jairinho nunca exerceu a medicina, segundo ele próprio contou após a morte do enteado.

Henry

Desde 7 de maio, Jairinho e Monique são réus perante a 2ª Vara do Tribunal do Júri do Estado do Rio por homicídio triplamente qualificado e tortura qualificada de Henry Borel, de 4 anos, filho de Monique e enteado de Jairinho. Além desse processo, Jairinho responde por outras três acusações de tortura, que teriam sido praticadas contra filhos de outras namoradas.

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Após uma confusão que envolveu o seu e o trio elétrico de Daniela Mercury no carnaval de Salvador, o cantor Tony Salles pediu desculpas à artista nesta segunda-feira, 4. Na ocasião, o artista se apresentava em mais um bloco da capital baiana.

Tony afirmou "ter um carinho muito grande" por Daniela. "Me perdoe pelo que aconteceu ontem, porque não foi intencional. Estávamos atrasados, com toda a correria do carnaval, tínhamos outro show para fazer... Infelizmente, aconteceu aquele fato", descreveu.

O cantor disse que "nunca na vida" quis criar problemas com a artista. "Uma referência da nossa música baiana, uma referência do axé, em pleno ano de comemoração dos 40 anos do axé", disse sobre Daniela.

Tony comentou que "em momento algum" citou o nome da cantora durante o desentendimento. "Existe uma coisa que eu aprendi com a minha mãe que se chama respeito. Eu respeito, principalmente quando se tem uma coisa chamada hierarquia. Hierarquia é para isso: é para você respeitar quem está lá na frente, quem chegou primeiro."

Entenda o que aconteceu

Daniela Mercury e Tony Salles se desentenderam na madrugada desta terça-feira no circuito Dodô (Barra-Ondina). A cantora reclamou publicamente da proximidade do trio elétrico do cantor, que interferiu na qualidade do som de sua apresentação.

A situação aconteceu por volta da 1h, quando Daniela interrompeu a música Maimbê Dandá e encarou o trio de Tony Salles antes de se manifestar. "Muito feio encostar na gente assim, viu? Carnaval não pode ser assim não, viu, Tony? Respeite que não sou moleque, rapaz. Ficou feio, viu bicho", reclamou a cantora.

O marido de Scheila Carvalho, por sua vez, respondeu sem citar o nome da artista. Ele explicou que seu trio precisou acelerar o percurso por causa de atrasos na programação.

"Estamos um pouco corridos hoje. Eu peço mil desculpas a vocês, porque atrasou muito a saída lá e vocês precisam de uma explicação. O percurso é para ser feito dentro de um tempo e as pessoas, às vezes, acabam segurando o percurso e atrasa", disse ao público.

O cantor também criticou a retenção dos trios ao longo do circuito e mencionou que ainda tinha um show para realizar em um camarote na mesma noite. "O trio precisa andar. Foi feito para andar. Não é porque sou uma banda de pagode, que sou periférico, suburbano, que é para me desrespeitar", afirmou.

O que disse Daniela Mercury

Procurada pelo Estadão, a equipe da cantora informou que o posicionamento da cantora está no depoimento escrito por sua esposa, Malu Verçosa. Leia na íntegra:

"Sou da época do encontro de trios, da festa da música no Carnaval de Salvador, da magia da percussão e da nossa cultura. Mas a cena que vi no desfile dessa segunda no circuito Barra Ondina foi de desrespeito, principalmente com o público, mas também com a minha artista.

O cantor Tony Salles chegou atrasadíssimo no Farol da Barra e o fiscal nos pediu para passar na frente, já que estávamos prontos. Passou o artista Guga Meira e, em seguida, Daniela, tamanho o atraso dele. Aliás, é assim que tem que ser para o carnaval não parar e não atrasar o desfile. Registre-se que seguimos o fluxo do desfile respeitando a distância do trio da nossa frente.

O trio do cantor Tony Salles veio colado no nosso trio a partir do Cristo da Barra até Ondina, atrapalhando o desfile ao ponto de fazer Daniela parar de cantar em alguns momentos. Ao ponto da Band noticiar isso (que vergonha). E ele justifica dizendo que estava atrasado para o show no camarote. Chegasse no horário então. Quem tem compromisso, não atrasa. Coisa feia. E sabe o que é pior? Encerramos o desfile e ele, que estava atrasado, ainda ficou mais meia hora cantando. Respeite a rainha, Tony Salles."

No fim da tarde desta terça, 4, Camilla fez reflexões sobre sua participação no Big Brother Brasil 25 e caiu no choro. Emparedada, a trancista estava ansiosa com a possibilidade de ser eliminada e Thamiris foi se juntar à irmã.

As irmãs conversaram sobre a relação com Vitória Strada, que está ainda mais abalada depois de terem falas expostas no Sincerão. Thamiris opinou: "Eu acho que a Vitória tem um público muito forte, sempre achei." A trancista concordou: "Eu também acho, principalmente o público teen. Ela é muito princesinha". E a irmã alertou: "Agora, eu não sei como ficou a briga, entendeu? Porque eu não acho que você tenha feito nada demais nessa parada, mas dentro da briga, não sei como isso ficou, entendeu? Eu sempre falei pra ela que eu achava que ela era uma das queridas. Porque ela é muito fofa mesmo."

Ansiosa com a possibilidade da eliminação, Camilla refletiu sobre seu jeito e sua relação com as pessoas na casa: "Eu não sei forçar. E tipo assim, se eu tiver que toda semana ser votada, um abraço, porque eu não vou forçar. Eu vou ter que ir pro paredão toda semana. É isso que eu tô pensando, sabe? Se eu voltar, eu vou pro paredão sempre, porque eu não consigo ficar fazendo média com os outros", desabafou a carioca.

Gracyanne Barbosa se uniu às irmãs, perguntando como Camilla estava e ela respondeu: "Tô ansiosa, tô doida pra anoitecer logo. Ou vai ou racha. Uma ansiedade da p***. Mas assim, não ansiedade de estar se sentindo mal, mas trabalhando ali na cabeça. Várias possibilidades, várias coisas lá fora. Não de coisas ruins, mas de muita coisa mesmo, muita informação na cabeça", disse Camilla.

E continuou, refletindo sobre sua permanência ou não na casa: "Meu jeito é esse, não querer mudar meu jeito, mas quero melhorar algumas coisas."

Em seu primeiro Paredão, Camilla enfrenta Vilma e Renata.

A atriz Demi Moore comentou sobre sua derrota no prêmio de Melhor Atriz no Oscar no último domingo, 2. Mikey Madison foi a grande vencedora da categoria - e Demi também aproveitou para parabenizá-la.

"Mal posso esperar para ver o que você fará a seguir", escreveu ela sobre Mikey em uma postagem no Instagram na segunda, 3. Demi ainda falou sobre a sua trajetória com A Substância, filme que lhe rendeu a indicação, e se disse "honrada" por ter trabalhado com a diretora Coralie Fargeat e a atriz Margaret Qualley.

"Eu estou cheia de gratidão por essa jornada", afirmou Demi. "Tem sido a viagem de uma vida inteira e estamos apenas começando."

Na segunda, Fernanda Torres também falou sobre Mikey e pediu para que as pessoas "mandem só amor" à atriz. "Aquela mulher é muito legal", disse Torres em um evento para a imprensa em um hotel em Los Angeles - e acompanhado pelo Estadão.