Prefeitura de SP vê alta de famílias sem-teto e prevê novo abrigo

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A secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, Berenice Giannella, disse que, com o avanço da pandemia e a alta do desemprego, o número de famílias sem-teto aumentou no último ano. Segundo ela afirmou em entrevista à Rádio Eldorado, a Prefeitura abriu desde maio 340 novas vagas para esse público e prevê inaugurar um novo abrigo na próxima semana. Entidades relatam mortes de moradores de rua este ano no inverno.

Antes composta principalmente por homens desacompanhados, a população em situação de rua em São Paulo adquiriu novo perfil na pandemia. O desemprego no País, que manteve taxa recorde de 14,7% no trimestre encerrado em abril, é uma das principais causas, na opinião de Berenice.

"Notamos aumento no número de famílias na rua, o que não é comum", afirmou. "Tivemos, inclusive por conta da pandemia, muitas pessoas que perderam o emprego e a moradia. Dependemos de um aquecimento desse cenário econômico para ter diminuição dessas pessoas na rua."

O último levantamento foi em 2019, quando 24.344 pessoas moravam nas ruas da cidade. O próximo deveria ser apenas em 2023, mas a secretaria optou por antecipar a contagem. "Vamos fazer dois censos, um de crianças e adolescentes e outro de adultos. A proposta é realizar o de crianças em setembro e o de adultos em outubro."

Segundo Berenice, um abrigo especial para essas famílias foi aberto no final de 2020 no centro da cidade. Na ocasião, foram oferecidas 260 vagas em um hotel antigo. Outras 170 vagas serão abertas na próxima semana, com a inauguração de um novo espaço também na região central. Nesta quarta-feira, 30, a capital registrou a noite mais fria em cinco anos.

Questionada sobre as mortes em decorrência do frio relatadas por entidades ligadas à proteção da população de rua, a secretária declarou que, até o momento, a Prefeitura ainda não foi comunicada por nenhum órgão oficial do Estado a respeito de óbitos na cidade. O Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) fala em sete óbitos de sem-teto neste inverno.

Neste ano, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social antecipou a Operação Baixas Temperaturas para o final de abril por causa da pandemia e a previsão de ondas de frio. O programa intensifica as ações de acolhimento para a população em situação de rua quando as temperaturas são iguais ou inferiores a 13ºC.

"Abrimos novas vagas de acolhimento e emergenciais, no caso daqueles que só querem passar a noite. Também reforçamos as abordagens com nossas equipes nas ruas e aumentamos a distribuição cobertores", afirmou Berenice.

Ela considera que existem vagas suficientes em abrigos para essa população. "Tem muita gente na rua, mas infelizmente muitas pessoas não aceitam o acolhimento por uma série de razões."

A administração municipal abriu 340 vagas extras durante o inverno. São 200 no Centro Esportivo Tietê, na Luz, e 140 no Clube Municipal Pelezão, na Lapa. Segundo a secretária, há uma média de 150 a 170 pessoas acolhidas por noite. "Acolhemos desde o início da operação, em 30 de abril, mais ou menos 11 mil pessoas."

Berenice esclarece que os ônibus são disponibilizados diariamente em pontos da região central para o transporte até os abrigos Tietê e Pelezão. "Se elas quiserem voltar para o centro [da cidade] no dia seguinte, o ônibus as traz de volta", garante.

Mortes por covid-19

A cidade de São Paulo registrou 44 óbitos entre a população de rua em decorrência da covid-19, disse a secretária. Segundo Berenice, 2.874 pessoas com casos suspeitos ou confirmados já passaram pelos dois centros de acolhida e atendimento disponibilizados durante a crise sanitária.

Nos últimos quatro meses, mais de 21,7 mil doses de vacinas contra o novo coronavírus foram aplicadas em centros de acolhida. Em uma nova etapa de imunização iniciada nesta segunda-feira, 28, a Prefeitura reservou 14 mil doses recebidas da Janssen para completar a vacinação de parte dessa população que não está cadastrada nesses locais.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".