A musa Tilda Swinton

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Durante a pandemia, Tilda Swinton não teve descanso. Ela rodou em Madri o curta A Voz Humana, com Pedro Almodóvar, exibido no Festival de Veneza, onde também recebeu o Leão de Ouro pela carreira. No País de Gales, filmou The Eternal Daughter, com Joanna Hogg, e foi à Austrália para fazer Three Thousand Years of Longing, com George Miller. Em Cannes, que vai até o dia 17, a atriz, que já esteve no festival dez vezes representando seus trabalhos, além de duas no júri, aparece em seis obras, duas delas em competição - ou seja, dá para dizer que é a edição Tilda Swinton do Festival de Cannes.

Memória, que está na disputa, é o primeiro filme internacional do tailandês Apichatpong Weerasethakul, vencedor da Palma de Ouro em 2010 com Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas. No filme, rodado na Colômbia, Tilda Swinton faz Jessica, que está no país para visitar a irmã. Depois de levar um susto com um enorme estrondo, ela não consegue mais dormir. Fica amiga de Agnes (Jeanne Balibar), uma arqueóloga que estuda restos mortais encontrados na construção de um túnel, e acaba indo com ela para uma pequena cidade do interior.

Weerasethakul, ou Joe para os íntimos, sempre foi fascinado pelas histórias míticas de aventureiros buscando tesouros de civilizações perdidas na América do Sul. Mas apesar de ter visitado Brasil, Peru e Colômbia, nunca foi à Floresta Amazônica, berço desses mitos, porque se apaixonou pelas cidades. Ele escolheu Bogotá e Pijao como cenários de seu longa-metragem, que, como toda a sua obra anterior, trata de sonhos e sonos, de memórias, de presentes e passados.

O cineasta conhece a atriz há tempos, desde que ela escreveu um ensaio citando Mal dos Trópicos, seu longa de 2004. Setornaram amigos por correspondência e foram curadores do Festival Rocks Yao Noi, na Tailândia. Memória foi pensado para ela. "Além da melancolia interna de Tilda, como amigo, admiro seu espírito, elegância e humor", diz Weerasethakul no material de imprensa do filme.

Tilda costuma dizer que não é uma atriz, mas uma integrante da equipe, uma colaboradora. O diretor entendeu isso no processo. "Ela se preocupa com sua 'atuação' não apenas com outros membros do elenco, mas também com a câmera, as luzes, o cenário." E o melhor de tudo, segundo ele, é que no momento em que se grita "Corta", ela volta a si imediatamente. Depois de uma cena longa e emotiva, enquanto membros da equipe enxugavam lágrimas, Swinton já estava lá fora tirando fotos de porquinhos recém-nascidos.

Já A Crônica Francesa, que também concorre à Palma de Ouro, é seu quarto filme dirigido por Wes Anderson, depois de Moonrise Kingdom (2012), O Grande Hotel Budapeste (2014) e Ilha dos Cachorros (2018). No filme, que se passa numa cidade francesa, ela faz a crítica de arte J.K.L. Berensen, do periódico do título.

Segundo sua definição para a revista Variety, o longa é uma carta de amor para o internacionalismo americano e para jornalistas como James Thurber, Rosamond Bernier e James Baldwin. No elenco, estão outras figuras conhecidas do cinema de Anderson, como Bill Murray, Owen Wilson, Jason Schwartzman, Frances McDormand, Adrien Brody e Edward Norton, além de novos membros da trupe como Timothée Chalamet e Jeffrey Wright.

Um set de Anderson é sempre divertido. O elenco e a equipe ficam todos no mesmo lugar, os camarins são os próprios quartos de cada um, e as refeições são conjuntas. A atriz também estará no próximo filme do cineasta, a ser rodado na Espanha.

Swinton gosta de famílias cinematográficas. Ela estreou no cinema com Caravaggio (1986), de Derek Jarman, e fez outros cinco longas com o diretor. Também filmou quatro vezes com Luca Guadagnino, outras quatro com Jim Jarmusch, duas com os irmãos Coen e duas com Bong Joon-ho. Também fez o primeiro curta de sua amiga de infância Joanna Hogg, Caprice. Neste ano, a Quinzena dos Realizadores, mostra paralela do Festival de Cannes, Hogg apresenta The Souvenir (2019) e The Souvenir: Part II (2021), ambos estrelados por Tilda Swinton e por sua filha, Honor Swinton Byrne.

Swinton também aparece em The Storms of Jeremy Thomas, documentário sobre o produtor inglês dirigido por Mark Cousins, conhecido pela série A História do Cinema: Uma Odisseia, que passa na seção Cannes Classics. Cousins é amigo de Tilda e parceiro no Festival Ballerina Balroon Cinema of Dreams, na Escócia. Na mesma mostra, dá para ver a atriz em um de seus primeiros trabalhos, Friendship's Death, dirigido por Peter Wollen.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um novo documentário produzido pelo diretor Martin Scorsese apresentará uma conversa inédita com o falecido papa Francisco sobre o esforço apoiado pelo pontífice para oferecer educação por meio do cinema, anunciaram os produtores do filme nesta quarta-feira, 30.

Chamado Aldeas - A New Story, o documentário está "enraizado na crença do papa na sagrada natureza da criatividade", disse um comunicado dos cineastas. Não foi anunciada uma data de lançamento.

Segundo eles, a conversa inédita com Scorsese foi a "última entrevista aprofundada do papa para o cinema".

Antes de morrer, Francisco chamou o documentário de "um projeto extremamente poético e muito construtivo porque vai às raízes do que é a vida humana, a sociabilidade humana, os conflitos humanos... a essência da jornada de uma vida", disseram os cineastas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Morreu nesta quarta-feira, 30, o jornalista Luiz Antonio Mello, aos 70 anos. A informação foi publicada pelo jornal A Tribuna, do Rio de Janeiro, em que ele atuava como editor desde 2021. Mello teve uma parada cardíaca enquanto fazia um exame de ressonância, e se recuperava de uma pancreatite no Hospital Icaraí.

Nome importante para o rock nacional, Luiz Antonio Mello (conhecido como LAM) passou por veículos como Rádio Tupi, Rádio Jornal do Brasil e Última Hora. No entanto, foi na Rádio Fluminense FM que ele esteve à frente do programa Maldita, criado em 1981 e responsável por dar visibilidade a grandes nomes da música, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Legião Urbana. A história foi contada no longa-metragem Aumenta que é Rock'n Roll, estrelado por Johnny Massaro e dirigido por Tomás Portella.

Após a passagem pela Fluminense FM, que deixou em 1985 para participar da implantação da Globo FM, trabalhou como consultor de marketing para uma gravadora, foi diretor de TV e produtor musical. Colaborou com vários veículos, entre eles o Estadão, e é autor dos livros Nichteroy, Essa Doida Balzaka (1988), A Onda Maldita (1992), Torpedos de Itaipu (1995), Manual de Sobrevivência na Selva do Jornalismo (1996), Jornalismo na Prática (2006) e 5 e 15, Romance Atonal Beta (2006).

A prefeitura de Niterói declarou três dias de luto em homenagem ao jornalista.

"Luiz Antônio Melo era um niteroiense apaixonado por nossa cidade e que tinha uma mente, uma capacidade inventiva e criativa extraordinária. Participou diretamente de um dos momentos mais marcantes da música brasileira e do rock nacional através da rádio fluminense na década de 80. Lembro que ele ficou muito grato e feliz quando apoiamos a realização do filme Aumenta que isso aí é Rock and Roll, baseado no livro de sua autoria. Recentemente, conduzia com maestria as edições do jornal A Tribuna. Niterói, o rock e o jornalismo estão de luto com a sua partida. Mas ele deixou um legado, suas ideias", afirmou o prefeito Rodrigo Neves.

Renata Saldanha, campeã do Big Brother Brasil 25, respondeu a algumas perguntas enviadas por fãs no Instagram na madrugada desta quarta-feira, 30. Ela aproveitou o momento para tranquilizar os admiradores do casal "Reike", formado por ela e Maike na reta final do reality.

"Gente, essa pergunta é campeã! Só para avisar, nós estamos bem, está tudo bem entre nós, para quem tinha dúvidas", começou a bailarina. "É como lidamos com outros relacionamentos na vida. A gente está se conhecendo, estamos nesse momento de entender um pouco tudo isso, que é novidade para ele - e muito para mim também. Então é isso, estamos nos conhecendo", concluiu a campeã.

Maike e Renata se reencontraram em público durante o Prêmio gshow, na última quarta-feira, 23, quando receberam o troféu da categoria "Melhor Conexão" e deram um beijo no palco. Antes da cena, estiveram juntos nos bastidores.

Apesar do clima de intimidade, Renata disse que ainda era cedo para definir qualquer rótulo. "A gente não teve a oportunidade de conversar aqui fora ainda, a gente mal se encontrou. No dia que a gente resolveu ficar, acho que ele ficou uns cinco dias na casa e depois saiu. Então, é muito breve para eu dizer algo", falou ao gshow.

Maike foi eliminado no 15º Paredão do BBB. Poucos dias antes, havia sido advertido pela produção e por Tadeu Schmidt por causa de atitudes abusivas com Renata, como mordida e puxão de cabelo. Nas imagens, a bailarina aparentava desconforto e pedia para que ele parasse. A sequência de ações gerou revolta entre os internautas e pedidos de expulsão nas redes. Do lado de fora da casa, o ex-brother assistiu às cenas e pediu desculpas, dizendo estar envergonhado.

Após cumprir a agenda atribulada no Rio de Janeiro desde o fim do reality, no último dia 22, Renata voltou para Fortaleza nesta quarta junto de Eva, sua dupla no início da competição. Ela foi recebida por uma multidão no aeroporto, e comemorou o retorno para casa.