Mortalidade pela covid aumentou entre picos da 1ª e 2ª onda, diz estudo

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Estudo de cientistas brasileiros publicado nesta quarta-feira, 14, na edição online da Lancet -uma das principais revistas médicas do mundo- revela que a mortalidade por covid-19 nos hospitais brasileiros (públicos e privados) aumentou entre a primeira e a segunda onda da pandemia. A pesquisa analisa dados entre fevereiro de 2020 e maio deste ano, e não do período mais recente. Nas últimas semanas, com o avanço da vacinação, hospitais pelo Brasil já dão sinais de queda da mortalidade e de lenta melhora da crise sanitária.

Conforme essa nova pesquisa, no primeiro semestre deste ano a doença se agravou ainda mais depois da expansão da variante Gama, identificada originalmente em Manaus, no País. A mortalidade entre pacientes internados passou de 35,6% para 38,7% e chegou a 40,3% depois da predominância da nova cepa do vírus. O aumento aconteceu apesar de a idade média dos pacientes ter caído de 63 para 59 anos. E foi registrado em todas as faixas etárias, dos mais novos aos mais idosos.

"O ponto muito triste dessa história é que, quando fizemos o levantamento da primeira onda, no ano passado, todo mundo ficou horrorizado com a alta mortalidade hospitalar", afirma o infectologista Fernando Bozza, da Fiocruz, um dos autores do trabalho. "Então, a pergunta é: por que, depois de um ano de pandemia, o País não só não foi capaz de reduzir a mortalidade como, pior ainda, aumentou?"

Os cientistas atribuem o aumento na mortalidade ao relaxamento das medidas de isolamento social no fim do ano passado, ao colapso do sistema de saúde e à predominância da nova variante. Mas houve também, dizem, falta de preparo por parte do governo federal para uma eventual segunda onda.

"Acho que foi uma combinação entre a flexibilização progressiva das medidas de isolamento, as festas de fim de ano, a introdução da nova variante mais transmissível e a sincronização da epidemia por todo o País", afirma Bozza. "Na primeira onda, a pandemia tinha dinâmicas próprias, dependendo da região do Brasil; na segunda houve uma sincronização em todo o País."

O infectologista Otávio Ranzani, do Instituto de Saúde Global de Barcelona, na Espanha, e da Universidade de São Paulo (USP) cita também a sobrecarga do sistema de saúde. No primeiro semestre, houve registros de mortes de pacientes por falta de oxigênio, como ocorreu em janeiro em Manaus, desabastecimento de sedativos e insuficiência de leitos.

"Nosso estudo revela que a pressão no sistema de saúde brasileiro foi ainda maior na segunda onda, por conta do maior número de casos e por ter sido tudo sincronizado", diz Ranzani, que também assina o trabalho. "Se até então tínhamos tido como pico aproximadamente 14 mil internações que necessitaram de algum suporte ventilatório em uma semana, na segunda onda esse número saltou para 40 mil. Acho até difícil dimensionar esse número, mesmo em um país imenso como o Brasil. É um volume muito grande de doentes críticos que necessitam de equipe multidisciplinar treinada. Isso certamente também refletiu na mortalidade dentro dos hospitais."

Num estudo inicial, publicado em meados do ano passado também na Lancet, o mesmo grupo analisou os primeiros 250 mil casos de hospitalizações por covid no País e seu impacto na mortalidade dos hospitais. Agora, eles comparam a pressão, gravidade (número de pacientes com hipoxemia, baixos níveis de oxigênio no sangue), recursos (unidades de terapia intensiva, internações e suporte respiratório) e mortalidade entre os pacientes internados na segunda onda em comparação com a primeira.

A partir de dados da base SIVEP-Gripe, foram analisados 1.217.840 casos de internação por covid entre 16 de fevereiro de 2020 e 24 de maio de 2021. Comparando a segunda onda com a primeira, a média de hospitalizações aumentou 59% (de 14,2 mil para 22,7 mil por semana). A demanda por ventilação não invasiva aumentou 74% (de 6,7 mil para 11,7 mil por semana) e a por ventilação mecânica saltou 53% (2,4 mil para 3,7 mil por semana).

A idade média dos pacientes caiu de 63 para 59 anos. Ainda assim, a mortalidade hospitalar aumentou de 35,6% na primeira onda para 38,7% e chegou a 40,3% depois da predominância da mutação Gama. "Aprendemos muita coisa entre uma onda e outra, mas perdemos a oportunidade de aplicar esses conhecimentos para nos prepararmos para a segunda onda", constata Bozza. "Passamos um ano discutindo coisas que sabidamente não funcionavam, e não fizemos o que deveria ter sido feito, como antecipar a vacinação e treinar equipes médicas."

Em outra categoria

Após a vitória histórica do Brasil no Oscar neste domingo, 2, a atriz Fernanda Torres celebrou o prêmio de Melhor Filme Internacional conquistado por Ainda Estou Aqui. Apesar de ter sido derrotada na categoria de Melhor Atriz, a brasileira não demonstrou nenhuma tristeza nos bastidores da premiação.

"Nós vamos sorrir. Sorriam", escreveu a atriz em seu perfil no Instagram, relembrando uma fala marcante de sua personagem no filme. A publicação veio acompanhada de duas imagens simbólicas: uma do envelope que revelou a vitória brasileira e outra do diretor Walter Salles segurando a estatueta dourada na premiação.

Mais cedo, a atriz apareceu com a estatueta do Oscar em mãos e brincou nas redes sociais: "Ainda estamos aqui comemorando", escreveu. Ao receber o prêmio de Melhor Filme Internacional, Walter Salles dedicou o prêmio a Eunice Paiva, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro.

"Isso vai para uma mulher que, após uma perda sofrida durante um regime autoritário, decidiu não se curvar e resistir. Então este prêmio vai para ela. Seu nome é Eunice Paiva", disse ele.

Fernanda disputava o prêmio de Melhor Atriz, mas a estatueta acabou nas mãos de Mikey Madison, de Anora. Ainda Estou Aqui também foi indicado na categoria de Melhor Filme, mas o prêmio ficou com Anora.

Em um vídeo divulgado pelo portal Deadline, no entanto, a brasileira aparece cumprimentando a vencedora e trocando gestos carinhosos com a protagonista do filme de Sean Baker. No registro, Torres dá os parabéns à jovem de 25 anos e chega a beijá-la no rosto. As duas ainda posaram para fotos ao lado do diretor Walter Salles.

Depois que o sétimo Paredão foi formado no Big Brother Brasil 25, os brothers e sisters passaram a madrugada desta segunda-feira, 3, debatendo o jogo. Surpresa com o voto de Diego Hypolito, Vilma discutiu com o ex-atleta dentro da casa.

O BBB 25 formou mais um Paredão triplo neste domingo, 2. Renata, Vilma e Camilla disputam a eliminação na terça-feira, dia 4.

A Líder da semana, Vitória Strada, ativou a Central do Líder no momento exato em que João Gabriel, João Pedro, Maike, Renata e Eva falavam sobre ela. A atriz se chocou ao ser chamada de "Maria vai com as outras" e decidiu se justificar com os brothers.

Veja o resumo da madrugada:

Vilma se irrita com Diego

Após a formação do Paredão, Diego foi justificar os dois votos que deu em Vilma. No entanto, o ex-ginasta não foi bem recebido pela estudante de nutrição. Vilma chamou Diego de falso e negou diálogo com o brother.

A sister continuou a queixa e disse ao brother que não vai mais segurar suas reclamações. "Não gosta de mim melhor nem falar comigo, nem olhar na minha cara. Não vem me beijar, me abraçar e depois dá punhalada nas minhas costas."

Diego se justifica para Vilma

Apesar de ter votado duas vezes em Vilma, após o desabafo da sister, Diego diz que ela não era nem sua terceira opção de voto. A carioca não entendeu a justificativa e disse que Diego "morde e assopra". Vilma ainda afirmou que mesmo sendo eliminada na terça-feira, vai sair do reality falando o que acredita.

Daniele Hypolito entra na mira

Após desabafar com Diego, Vilma também chamou a irmã do ex-ginasta de "falsa". A sister afirmou que Daniele é "Maria vai com as outras" e que agora, sem Diogo no reality, está livre para falar o que pensa. Vilma ainda compartilhou a revolta com os brothers na área externa e contou que não deixou Diego falar porque já sabia que ele estava de "conversinha". A carioca ainda reforçou que Daniele Hypolito também vai ouvir suas opiniões.

Diego lamenta discussão com Vilma

Ao voltar para o Quarto Anos 50, Diego Hypolito se deitou sozinho e lamentou a discussão com Vilma. Minutos depois, Guilherme entrou no quarto e perguntou o motivo da chateação de Hypolito. Diego comentou a reação de Vilma a sua tentativa de diálogo e disse que entende a sister.

Indicação da líder Vitória é questionada

Na área externa, os brothers conversam sobre a justificativa usada por Vitória Strada na indicação de Renata ao Paredão. Aline tenta explicar a visão da líder relembrando o discurso de Vitória, mas é rebatida pelas dançarinas. "Ela não pode tomar uma atitude que incomoda a casa, tem que ser [um motivo] que incomoda ela", afirmou Renata.

Casa toda contra Renata?

Após a conversa com Aline, Renata, Eva e Maike analisaram as falas da sister e chegaram à conclusão de que ela deixou escapar que a professora de dança seria indicada ao Paredão pela casa, se não fosse pela líder.

Renata ainda mencionou o comportamento dos gêmeos João Gabriel e João Pedro, e afirmou que apesar de circular por todos os grupos da casa, eles não recebem críticas dos outros participantes.

Daniele conta percepção da casa sobre seu jogo

Em conversa com Camilla, Thamiris, Gracyanne e Vitória Strada, Daniele Hypolito comentou sobre as percepções da casa a cerca do seu jogo. A sister disse que os gêmeos acreditam que ela joga com o grupo do Quarto Nordeste e lembrou um diálogo que teve com Eva.

O jogo pede posicionamento

No Quarto Anos 50, Delma repercute voto em Camilla e diz que vai virar alvo da sister caso ela volte do Paredão. A pernambucana ainda reforçou que apesar de sua popularidade entre os brothers acontecer de forma natural, ela precisa se posicionar no jogo.

A popularidade de Delma

Na área externa, Gracyanne e Camilla comentam sobre Delma e a musa fitness diz que a sister só vai receber voto se um líder tiver coragem de indicá-la. "Eu tenho", responde Camilla.

Renata reflete sobre o jogo

Renata comenta com Maike que se voltar do Paredão, será escolhida por Vitória Strada na quarta-feira, 5, para não participar da festa da líder. A sister ainda refletiu os comportamentos na casa e disse que não sabe como reagir, pois todas as atitudes são julgadas de forma negativa pelos participantes.

Vitória se justifica no Quarto Fantástico

Vitória Strada ativou a Central do Líder no momento em que João Gabriel, João Pedro, Maike, Renata e Eva falavam sobre ela. Os brothers a classificaram como "Maria vai com as outras" e ela resolveu se justificar. Maike disse que por não ter acesso aos motivos da sister, seu comportamento em relação a Renata e Eva é visto dessa maneira no grupo. Vitória se defendeu e disse que suas aliadas não votariam em Renata, então sua atitude é oposta ao que foi julgada pelos participantes.

A repercussão internacional da vitória de Ainda Estou Aqui no Oscar 2025 destacou a superação do brasileiro sobre o filme francês Emilia Pérez, que liderava a corrida ao maior prêmio do cinema com 13 indicações.

O brasileiro Ainda Estou Aqui ficou com a estatueta de Melhor Filme Internacional, superando não só Emilia Pérez (França), como também A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha), A Garota da Agulha (Dinamarca) e Flow (Letônia), que já tinha levado a estatueta de Melhor Animação no momento do anúncio.

A mídia internacional destacou a surpresa do filme brasileiro superando Emília Pérez, que era considerado o favorito nos primeiros momentos da disputa, mas acabou se envolvendo em diversas polêmicas nas últimas semanas.

'Variety': "Para a alegria do Brasil, 'Ainda Estou Aqui' prevaleceu"

O veículo especializado classificou a vitória de Ainda Estou Aqui como "surpresa" em um artigo que apontou os "esnobados e surpresas" do Oscar 2025.

"Dadas as 13 indicações que 'Emilia Pérez' teve sobre as 3 indicações para 'Ainda Estou Aqui', parecia estatisticamente provável que o primeiro levasse a estatueta de destaque internacional. Mas, para a alegria do Brasil, Ainda Estou Aqui prevaleceu", apontou a Variety.

'The Hollywood Reporter': 'Notavelmente, o filme superou o francês'

"O Brasil ganhou seu primeiro Oscar de longa-metragem internacional por 'Ainda Estou Aqui', a história de uma família desfeita em meio a uma ditadura. Notavelmente, o filme superou o francês 'Emilia Pérez', que levou para casa vários Oscars no início da noite."

'The Guardian': 'Se beneficiou das dificuldades'

"É provável que 'Ainda Estou Aqui' tenha se beneficiado das dificuldades que afetaram 'Emilia Pérez' - quando as indicações ao Oscar foram anunciadas, este último filme liderou, mas a campanha foi abalada depois de terem sido descobertas mensagens preconceituosas no feed das redes sociais de Karla Sofía Gascón, juntamente com reclamações sobre a representação do México e da sua história."

'Vanity Fair': 'Reviravolta notável'

"Alguns meses atrás era uma certo de que 'Emilia Pérez' ganharia o prêmio de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. Mas devido a uma reviravolta notável nos acontecimentos desde então, o polêmico rolo compressor da Netflix chegou ao Oscar de domingo como o azarão na categoria - e, na verdade, acabou perdendo para 'Ainda Estou Aqui', o drama brasileiro dirigido por Walter Salles."