Fila de pacientes com câncer em SP ultrapassa 1,5 mil; espera pode ser de 7 meses

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O secretário de Saúde do Estado, Eleseus Paiva, no dia 2 de janeiro, se deparou com 1.560 pacientes oncológicos em fila de espera por tratamento em São Paulo, conforme constava na Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross). Hoje, segundo a Secretaria de Saúde, o número está em 1.536. "O que nos preocupou não foi o tamanho da fila, e sim uma gama grande, cerca de 50% desses pacientes tinham de 7 a 8 meses em fila. Algo inaceitável", afirmou.

O número real daqueles que esperam, de fato, por tratamento e/ou cirurgia tem certo grau de incerteza. "Quando a gente fala de número de pessoas na fila, temos de entender de que fila estamos falando, e, por incrível que pareça, nós não temos esse controle. A forma de gestão da fila tem que ser regionalizada para saber exatamente qual a situação, quem está na fila, se não há contagem dupla, para que a gente possa fazer uma gestão correta", disse o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), em fala que englobou outras filas de procedimentos represados.

"O tempo de espera em oncologia está ligado proporcionalmente à resolutividade, ao prognóstico deste paciente", disse o secretário, ao destacar que o Estado quer atingir a meta de "razoabilidade" de 60 dias de espera, cumprindo a Lei 12.732/2012. Para tanto, o foco do governo estadual será aproveitar a capacidade da rede pública instalada.

Nesta terça-feira, 24, por exemplo, foi anunciada a abertura de 45 leitos - 30 de enfermaria e 15 unidades de terapia intensiva (UTI) - e três salas cirúrgicas do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), que integra o Hospital das Clínicas (HC), que já existiam, mas por falta de recursos, não eram utilizados. Com o incremento, o Instituto passa a ter 490 leitos e pode operar na sua capacidade máxima.

Com isso, o secretário espera que 1.250 paciente a mais sejam atendidos dentro de 12 meses, além de 840 cirurgias a mais por ano. Segundo a pasta da Saúde, isso representa um incremento de 20% do que originalmente estava previsto para o período, e a iniciativa visa a reduzir a fila atual de pacientes oncológicos em cerca de 40%, nos primeiros três meses da ação. Também será possível aumentar a oferta de tratamentos clínicos em quimioterapia (2,3 mil sessões) e radioterapia (2,7 mil sessões).

Paiva destacou que o governo também conversa com outros hospitais estratégicos - Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) e Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) -, inclusive os hospitais universitários, para saber quantos leitos já prontos podem ser abertos. Ao mesmo tempo, o secretário afirmou que o governo está em contato e busca pactuação com os municípios, para que não aconteça das administrações municipais reduzirem atendimentos, por exemplo.

"Esperamos que nos próximos 90 a 120 dias possamos ter a fila com números razoáveis para que as pessoas possam ser atendidas dentro de uma razoabilidade e ter seu problema resolvido", afirmou Paiva.

Quanto isso vai custar efetivamente para o Estado ainda não é sabido. "Estamos em um relação, num primeiro momento, pedindo a parceria dessas instituições para que ampliem seus atendimentos, a partir daí, nós vamos ver a capacidade instalada, o que foi ampliada e fazer uma discussão com cada unidade para vermos a remuneração adequada", disse Paiva.

Tarcísio explicou que a ideia é "investir primeiro no que já se tem". "Porque o grande erro é você sair construindo instalações, que você vai ter pronto daqui 2 ou 3 anos, tendo capacidade instalada."

"Existem, hoje, de 7 a 9 mil leitos fechados no Estado de São Paulo, isso não é razoável, temos de apostar na reabertura desses leitos. É preciso aumentar a nossa disponibilidade e as vagas. Estamos aqui celebrando o início desse movimento", afirmou Tarcísio.

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A influenciadora Camila Loures teve seu voo para Tel Aviv, em Israel, cancelado após um míssil atingir uma localidade próxima ao aeroporto, nesta segunda-feira, 5. Nas redes sociais, ela deu mais detalhes do ocorrido.

Camila explicou que a viagem seria junto de uma caravana, que adiou o compromisso após o incidente: "Hoje era minha viagem para Israel, eu já estou aqui no aeroporto, [estava] tudo pronto, tudo certo. Mas hoje de manhã, caiu um míssil perto do aeroporto de Isreal e o voo foi cancelado."

"Na verdade nosso voo é do Brasil para Madrid e de Madrid para Tel Aviv. O que foi cancelado foi o de Madrid para Tel Aviv. Até [termos] mais informações, não podemos ir daqui para Madrid. Os dois trechos tem que estar liberados para nós sairmos do Brasil", disse também.

Entretanto, mais tarde, ela confirmou que teria ido até Madrid, mas que o voo para Tel Aviv foi cancelado novamente. A influenciadora finalizou, sobre a viagem: "A gente está aguardando por mais informações do que vai acontecer. Mas vai acontecer."

Fabiana Justus usou as redes sociais na noite deste domingo, 4, para contar que recebeu uma resposta de seu doador de medula. Em vídeo publicado no Instagram, a empresária e influenciadora digital relatou a emoção de, pela primeira vez, ter algum contato com a pessoa que ajudou a salvar sua vida durante o tratamento contra a leucemia.

Ao completar um ano do transplante, pacientes têm o direito de enviar uma carta anônima com até seis linhas para o doador. Fabiana contou que, depois de enviar a mensagem, passou a checar frequentemente se havia alguma resposta. Na última sexta-feira, 2, durante um jantar em família, foi questionada sobre isso e, ao verificar novamente, encontrou a tão esperada carta.

"Uma das coisas mais especiais da minha vida", descreveu ela. "Comecei a chorar. (...) Foi muito mágico. Li a carta, e ela não podia ser mais perfeita. É uma emoção muito grande, surreal... porque sou profundamente conectada com uma pessoa que não conheço e ainda não posso conhecer."

A influenciadora ainda não tem muitas informações sobre seu doador - sabe apenas que é um homem de 25 anos que vive nos Estados Unidos. Eles só poderão trocar contatos após um ano e meio do transplante, e Fabiana já está ansiosa por esse momento. "Aí sim vamos poder nos conhecer. Pela carta, acho que ele vai querer também, mas só vou saber quando chegar esse momento", afirmou.

Ela explicou que não pretende divulgar o conteúdo completo da carta, por enquanto. "Quero preservar a intimidade dele. Depois que eu conhecer, ele vai acabar sabendo que eu divido as coisas aqui com vocês, e aí vou pedir permissão para dividir um pouquinho com vocês de tudo isso."

Fabiana ainda reforçou a importância do gesto do doador e refletiu: "Porque Deus colocou esse ser humano, esse anjo, na minha vida, e de alguma forma nossos caminhos se cruzaram e a gente deu match na compatibilidade. Meus médicos falam que é basicamente um gêmeo meu que eu não conheço. É uma sensação muito indescritível."

Juliette Freire relatou uma crise de ansiedade durante o show de Lady Gaga em Copacabana, na zona sul do Rio, que ocorreu neste sábado, 3. A campeã do BBB 21 falou que não é a primeira vez que lida com a situação, em suas redes sociais: "Eu tive um episódio de ansiedade. Eu já tive antes do BBB, depois do BBB eu [também] tive algumas vezes."

"Normalmente fico sufocada, vai faltando ar e, quando eu entendi que estava tendo isso ontem (sábado), comecei a ficar mais desesperada porque estava em público. Não tinha para onde eu sair, fui para uma parede, estava chorando e tentando me acalmar e tal, respirar, em um lugar mais distante", completou.

A influenciadora também falou sobre o desconforto de ter sido filmada em um momento vulnerável: "Uma moça filmou. Eu disse: 'Moça, por favor, estou passando mal, não poste isso'. Ela apagou. Depois, a galera do evento estava comigo, eu estava me acalmando, aí a moça me filmou de longe. No próprio evento eu já fiquei boa, fui aproveitar."

"Isso é uma coisa que eu tenho há muito tempo, e eu já levo para a terapia há muito tempo. Não é constante, mas acontece", finalizou.