'Schmigadoon!': protagonistas e espectador em musical clássico desconstruído

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Quando as coisas estão ruins, não existe lugar melhor para se refugiar do que um musical. Na série Schmigadoon!, do Apple TV+, é meio o que acontece com Josh (Keegan-Michael Key) e Melissa (Cecily Strong), um casal em crise que vai passar um fim de semana num acampamento para reaproximação e termina no meio de um musical à la Brigadoon, transformado em filme com Gene Kelly e Cyd Charisse em 1954. Eles não poderão sair até encontrar o amor verdadeiro. A série estreia novos episódios todas as sextas.

Mas ninguém vai ver sinais de Hamilton, O Livro de Mórmon ou Querido Evan Hansen em Schmigadoon!. A série em seis capítulos é uma grande e bem-humorada homenagem aos musicais das décadas de 1940, 1950 e 1960. Quando Josh, que odeia musicais, e Melissa, que adora, chegam à cidade são recepcionados por moradores que cantam e dançam para expressar seus sentimentos, mesmo que ele seja simplesmente o amor por suflê de milho. São muitas as referências aos clássicos do gênero, de Oklahoma! a Carrossel, passando por No Sul do Pacífico, Eles e Elas e Sete Noivas para Sete Irmãos. Não que seja obrigatório ter visto nenhum deles, mas os fãs vão ser presenteados com easter eggs. "Para mim, não é exatamente uma paródia, mas uma desconstrução dos musicais", disse o ator Keegan-Michael Key, que esteve recentemente nos musicais A Festa de Formatura e Uma Invenção de Natal.

Assim, mesmo se espelhando em musicais da era de ouro, Schmigadoon! é uma obra de 2021. "Para nós, era importante que o elenco não fosse como os dos filmes da época, mas que estivesse de acordo com os Estados Unidos de hoje", disse o produtor executivo, showrunner e autor das músicas originais Cinco Paul, que é mais conhecido por animações como Meu Malvado Favorito. Paul é criador da série, dirigida por Barry Sonnenfeld, em parceria com Ken Dario. Os personagens fazem comentários sobre a diversidade do elenco, que conta com o mexicano Jaime Camil (Jane the Virgin) como o médico Lopez, Ariana DeBose no papel da professora Emma e Ann Harada como a conformada Florence Menlove, mulher do prefeito.

Alguns temas que eram tratados de maneira velada ou simplesmente ignorados nos clássicos puderam ser explorados. "Nós homenageamos os musicais antigos, mas, como Keegan disse, é uma chance de desconstruí-los e de comentar aspectos que eram problemáticos, melhorando algumas coisas", disse Paul. Alguns personagens são familiares, como a beata Mildred (Kristin Chenoweth), casada com o Reverendo Layton (Fred Armisen), a ninfeta ingênua Betsy (Dove Cameron), o rapaz que não quer compromisso (Aaron Tveit). O médico bonitão namora a Condessa (Jane Krakowski), como em A Noviça Rebelde. Mas suas atitudes e circunstâncias são colocadas em discussão. Mildred é uma antagonista e fica claro que Betsy é tratada de maneira machista. O prefeito Menlove (Alan Cumming), como o sobrenome indica, esconde sua orientação sexual.

O elenco, dá para perceber, é dos melhores. Chenoweth venceu o Tony por You're a Good Man, Charlie Brown e ficou famosa por Wicked. Krakowski levou o Tony por Nine. Cumming também é ganhador do Tony por Cabaret. Tveit fez Hairspray e Moulin Rouge! na Broadway, Harada esteve em Avenue Q e Ariana DeBose participou de Summer: The Donna Summer Musical e Hamilton. "Nós queríamos talentos musicais genuínos e variados, porque precisávamos que todos cantassem e dançassem de verdade", disse Cinco Paul. Para o diretor Barry Sonnelfeld, havia um desafio adicional. "O tom da série é tanto naturalista quanto teatral. Então as interpretações tinham de ser tanto teatrais quanto naturalistas, e nós tivemos muita sorte porque todo o elenco foi capaz de fazer."

Foi ainda mais especial porque a série foi rodada e lançada durante a pandemia, quando a Broadway estava fechada - a reabertura está prevista para setembro. "Ao andar em Nova York, vemos todos os teatros fechados. É triste ver a Broadway assim, mas nós conseguimos fazer um musical nessa época tão dura. Foi maravilhoso. É nossa carta de amor à Broadway", disse Cecily Strong. Para a atriz, estamos em um momento que parece um filme de terror. "Schmigadoon! é um lugar de sonho, onde gostaríamos de viver agora", disse Cinco Paul. Um abrigo para tempos difíceis. É preciso ter um coração muito duro para resistir à graça e positividade de Schmigadoon!, mais um acerto do Apple TV+, que adoça esta pandemia também com a animação musical Central Park e a comédia otimista.

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Preta Gil usou suas redes sociais nesta segunda-feira, 28, para se declarar ao pai, Gilberto Gil. Os dois se apresentaram juntos no final de semana e cantaram Drão, música escrita em homenagem a Sandra Gadelha, mãe da cantora.

Atualmente, o cantor está em sua turnê de despedida, chamada de Tempo Rei. Os dois dividiram palco no Allianz Parque, em São Paulo.

"No palco, de mãos dadas com meu pai, cantando Drão, foi impossível não me emocionar. Drão fala sobre o amor que permanece, mesmo depois das grandes transformações da vida", escreveu Preta.

A artista ainda disse que o momento viverá para sempre em sua memória. "Cantar essa música com você, pai, foi sentir na pele tudo o que vivemos: o amor, a música e a história que carregamos juntos."

Ela finalizou o texto agradecendo ao pai pelos ensinamentos sobre o amor e afirmou que a música dos dois é a maneira mais bonita de eternizar isso.

Lady Gaga desembarcou no Brasil na madrugada desta terça-feira, 29, para iniciar os preparativos do show que fará no sábado, 3, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Até então, Gaga só tinha visitado o País uma única vez, em 2012 - e foi o suficiente para ir embora com uma tatuagem nova.

A artista nutre carinho especial pelos little monsters brasileiros e, naquela ocasião, resolveu marcar na pele a palavra "Rio". Gaga recebeu um desenho de fãs durante a passagem pela capital fluminense e decidiu tatuá-lo na nuca, com a letra I estilizada em formato de cruz, em referência ao Cristo Redentor.

O responsável pelo traço foi o tatuador Daniel Tucci, que tinha um estúdio entre Copacabana e Ipanema. "Era um domingo, eu estava almoçando com o meu filho, à época com 4 anos, e a produção dela me ligou e disse: 'É hoje, vamos nessa!', contou Tucci em entrevista ao g1.

Gaga estava acompanhada de amigos, que ficaram cerca de 3 horas bebendo cerveja e conversando no estúdio. Tara Savelo, então maquiadora da artista, também acabou tatuando o Cristo. "Foi tudo muito tranquilo, ela é muito gente boa. Foi uma tarde divertida", lembra o tatuador. Ele ainda revelou que a cantora pediu por "uma coisa meio tosca, uma tatuagem estilo cadeia".

Em uma postagem no Facebook, a estrela explicou que "a fonte foi criada a partir das assinaturas de três fãs, todos de bairros e idades diferentes" do Rio. "Representa como a música nos une", escreveu.

Naquele ano, Gaga fez três shows da turnê Born This Way Ball no Brasil, no Rio, em São Paulo e em Porto Alegre. Em 2017, ela retornaria ao País para participar do Rock in Rio, mas precisou cancelar de última hora por questões de saúde. A cantora sofre de fibromialgia e enfrentava dores intensas.

Nas redes sociais, ela publicou uma foto da tatuagem e relembrou os fãs da homenagem. "Por favor, não se esqueçam do meu amor por vocês. Lembram quando tatuei 'Rio' no pescoço, anos atrás? A tatuagem foi desenhada por crianças das favelas. Vocês têm um lugar especial no meu coração, eu te amo", escreveu Gaga.

A escritora alemã Alexandra Fröhlich, de 58 anos, foi encontrada sem vida na casa flutuante em que morava em Hamburgo, na Alemanha. Segundo informações da polícia local, o corpo foi descoberto na última terça-feira, 22, por um dos filhos da autora. Até o momento, não há informações sobre suspeitos; a polícia investiga o caso.

"De acordo com as informações atuais, um membro da família encontrou a mulher de 58 anos sem vida na sua casa flutuante e alertou os bombeiros, que conseguiram confirmar sua morte", diz um comunicado da polícia de Hamburgo. Agora, os investigadores estão em busca de possíveis suspeitos e qualquer testemunha que possa fornecer informações relevantes.

Autora de romances e jornalista

Considerada uma das romancistas de maior sucesso dos últimos anos na Alemanha, Fröhlich começou a carreira como jornalista na Ucrânia, onde fundou uma revista feminina na capital, Kiev, e começou a ficar conhecida. Mais tarde, já na Alemanha, trabalhou como escritora e repórter freelancer para algumas publicações voltadas para o público feminino.

Em 2012, Alexandra publicou seu livro de estreia, Minha Sogra Russa e outras Catástrofes (em tradução livre). A obra é inspirada em suas próprias experiências com a sogra e vendeu mais de 50 mil cópias, figurando na lista dos mais vendidos da revista semanal Der Spiegel.

Nos anos seguintes, ela lançou mais três livros: Viajando com Russos (2014), sequência de seu primeiro romance, As Pessoas Sempre Morrem (2016) e Esqueletos no Armário (2019). Lançadas em outras países como França, Rússia e Inglaterra, nenhuma das obras tem edição lançada em português - as traduções dos títulos são livres.

A imprensa alemã descreve o texto de Fröhlich como bem-humorado e ao mesmo tempo profundo, mesclando temas como romance policial e suspense psicológico dentro da ficção. Ela deixa três filhos.