'Ana Paula Arósio tinha a garra da personagem', diz Glória Perez

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A plataforma Globoplay, assim como outros serviços de streaming, tem como praxe não divulgar os números de audiência. Porém, basta olhar para o ranking de conteúdos mais vistos para perceber que a minissérie Hilda Furacão - exibida originalmente pela TV Globo em 1998 - ficou 15 dias na primeira colocação desde sua reestreia, em 19 de julho (atualmente, está na quinta posição). A produção desbancou o documentário Você Nunca Esteve Sozinha, sobre a ex-BBB Juliette Freire, o conteúdo até então preferido pelos assinantes.

Adaptada por Glória Perez, baseada no romance homônimo do escritor e jornalista mineiro Roberto Drummond (1933-2002), e dirigida por Wolf Maya, a minissérie de 32 capítulos conta a história de Hilda (Ana Paula Arósio), uma menina da tradicional família mineira dos anos 1950 que, no dia do seu casamento, foge para a zona de meretrício da cidade, onde vira uma das prostitutas mais desejadas do lugar.

Era no Maravilhoso Hotel que Hilda e outros personagens, como o travesti Cintura Fina (Matheus Nachtergaele) e as prostitutas Maria Tomba Homem (Rosi Campos) e Leonor (Paloma Duarte), respiravam ares de liberdade em um Brasil em que as ligas de senhoras tentavam ditar as regras da boa moral e o governo caçava comunistas.

A trama é narrada pelas memórias de Roberto Drummond, vivido pelo ator Danton Mello, um jornalista e militante político. Ele é amigo de Malthus (Rodrigo Santoro), um jovem frei que se envolve com Hilda e vive o dilema entre viver o amor e continuar na vida religiosa, e Aramel, o Belo (Thiago Lacerda), que detestava política e sonhava em ser um astro de Hollywood.

Com outros nomes de peso no elenco, como Paulo Autran (o severo Padre Nelson) e Mário Lago (o boêmio Olavo), Hilda Furacão foi lançada em DVD em 2002 e reprisada pelo canal Viva por duas vezes.

Em entrevista por e-mail ao Estadão, a autora Glória Perez fala sobre a escolha de Ana Paula Arósio como protagonista - à época, a atriz era contratada do SBT -, das impressões de Drummond sobre a adaptação, entre outras histórias de bastidores.

Você postou em suas redes sociais que a TV Globo te pediu para fazer a adaptação do livro, mas você estava comprometida com a novela Barriga de Aluguel. Anos depois, enfim, você adaptou a obra. Conta como isso aconteceu.

Em 1991, Mário Lúcio (Vaz, diretor da Central Globo de Produção à época) me chamou à sala dele e entregou o livro para que eu lesse e fizesse a minissérie. Era mineiro, amigo do Roberto Drummond, e seu faro dizia que tínhamos ali uma ótima história. Não tive tempo de abrir o livro. Dali saí para uma reunião com Geraldinho Carneiro (roteirista), que estava encarregado do projeto Você Decide, e eu deveria ser incluída nele. No meio da reunião, fui chamada de volta à sala do Mário: tinham decidido fazer Barriga de Aluguel. Hilda correu pelas mãos de muitos autores até voltar pra mim em 1997. Por isso, eu e Roberto brincávamos muito com a frase que escrevi para a cartomante que lê a sorte de Hilda: "o que Deus risca ninguém rabisca".

O que o Roberto Drummond, que, aliás, é o narrador-personagem do livro e que você levou para a série, achou da adaptação?

Ele amou e disse isso em todas as entrevistas. Nos demos muito bem, ficamos amigos. De início ele estava preocupado em não se reconhecer na série, porque eu lhe disse que muita coisa teria de mudar para que a história fosse contada em outro formato. E não o deixei ver essa adaptação nem ler os capítulos. Mas lhe prometi que ele se reconheceria na série, que o sabor de sua história e de suas personagens estaria lá. Teve um fato engraçado. No livro, Hilda já começa na zona boêmia. Na série, não. Liguei para ele e disse: Roberto, vou te contar como termina o primeiro capítulo "Hilda entrando na zona boêmia vestida de noiva, ao som da Ave Maria". Foi aquele silêncio e ele bateu o telefone. Uns cinco minutos depois ligou de novo, emocionado: "Glória, sou eu! Essa cena sou eu! Me reconheço nela".

Hilda virou meio que um mito na época, mexeu com a curiosidade das pessoas. Mas ela não existiu de fato, não? Aliás, a minissérie tem esse mistério e curiosidade de quais personagens existiram ou não...

Hilda é ao mesmo tempo um livro de memórias. As personagens, tipos, pessoas que ele conheceu - algumas com os nomes reais, outras não. Quanto à Hilda, ela é uma síntese das mulheres que povoaram a fantasia dos adolescentes da época. Um dia falei para o Roberto: vamos dizer que ela existiu, vai ser ótimo. Ele gostou da ideia e a gente se divertiu muito com a quantidade de Hildas e amantes de Hilda que começaram a aparecer.

A forma como a Ana Paula Arósio participou da minissérie foi curiosa. Ela ainda era contratada pelo SBT e foi cedida para a minissérie. O que você pode contar sobre isso? A Ana foi uma escolha sua?

Ana foi uma sacada do Wolf. Achei perfeita, mas havia esse empecilho: ela era do SBT, estava comprometida lá. Mesmo assim resolvemos falar com o Boni (então diretor geral da TV Globo). E falamos, falamos... Boni embarcou na nossa e conseguiu o acerto. Desses bastidores não participamos, só ele para contar como convenceu o Silvio (Santos, dono do SBT). A vinda da Ana Paula foi um milagre do Boni.

A Ana já havia feito novelas no SBT, mas foi em Hilda que ela se projetou e se mostrou uma atriz poderosa. Você se surpreendeu pela forma como ela abraçou a personagem?

Quando ela veio conversar (comigo), eu senti que era Hilda. Ela tinha a força, a garra da personagem. A partir dali não conseguiria pensar em mais ninguém para o papel.

Você já tinha trabalhado com o Rodrigo Santoro em Explode Coração. Como foi a escolha dele para ser o frei Malthus?

Em Explode Coração, ele fazia um personagem secundário, mas forte na trama. E já se podia enxergar o tamanho de seu talento. Apostamos nele sem medo de ser feliz.

Os personagens Maria Tomba Homem e Cintura Fina trouxeram essa questão de gênero, de maneira não caricata, em uma época em que essa discussão era incipiente, ou quase inexistente. E foram muito bem aceitos. Gostaria que você falasse sobre eles.

Esses foram personagens reais. A única preocupação foi fazê-los humanos, e quando você leva a personagem para a dimensão do humano, você anula a possibilidade da caricatura.

O elenco ainda tinha Paulo Autran - uma das poucas participações dele na TV e a última em que ele fez de forma completa. Como foi convencê-lo?

Não tivemos trabalho. Ele gostou da personagem. Conheceu padres como o padre Nelson, como eu também conheci. E se divertiu muito fazendo-o.

Você contou com a participação de Mário Lago, que, além de um grande artista, também foi ativista político importante da época em que a minissérie se passava - além de ter sido um boêmio. Vocês conversaram sobre esses temas?

Mário era muito amigo. Conversávamos muito, antes e depois de Hilda. Fizemos muitos trabalhos juntos. De um modo ou de outro, ele sempre passava pelos meus trabalhos. Alegre, bem-humorado, contava histórias ótimas da boemia e dos bastidores da militância política.

O PSD do Rio de Janeiro chegou a pedir a suspensão da minissérie na época. Como esse episódio foi contornado?

O partido alegou que estávamos num período em que, por lei, não se podia falar de política em TV. O fato não rendeu, era uma bobagem. A minissérie era de época, retratava uma realidade bem diferente da que tínhamos então. E as curiosidades sobre a militância juvenil, mostradas ali, são memórias de quem as viveu. Além do Roberto, o Mário Lago também me contou muitas histórias sobre como funcionavam esses grupos. Até o Apolônio de Carvalho (militante comunista) eu entrevistei na época.

Uma parte não menos importante foi a música-tema de abertura, Resposta ao Tempo, cantada por Nana Caymmi. Sei que ela não foi composta especialmente para a série, mas acabou fazendo parte dela de uma maneira muito especial - e se tornou um clássico da música brasileira. Como ela foi escolhida?

Mérito do Mariozinho Rocha (diretor musical da TV Globo à época). A música chegou a ele exatamente quando estávamos escolhendo a trilha. E vestia como uma luva a história de Hilda.

Você palpita na escolha da trilha de suas produções?

Ah, sim. Música é dramaturgia.

Hilda Furacão tem 32 capítulos. Amazônia tem 54. Uma minissérie grande. Talvez daria duas ou três temporadas das séries atuais, no modelo atual do streaming. Esse formato te atrai?

Me atrai e muito. Como me atraem as novelas. São desafios diferentes para quem gosta de contar histórias.

Desde o ano passado, o Globoplay vem disponibilizando o acervo de novelas em sua plataforma, para felicidade dos fãs de telenovela, que agora podem maratoná-las. O que pensa dessa forma de assistir às novelas?

É perfeito. Comecei num tempo em que os capítulos só viviam uma noite. Se você não assistisse ali, não assistiria mais. Para o telespectador era como ler um livro com algumas páginas arrancadas. Com o streaming, temos nossas obras ali, numa estante que pode ser revisitada sempre.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Esta matéria complementa com mais informações o texto enviado anteriormente.

Mais uma Prova do Anjo foi disputada na casa do Big Brother Brasil 25 neste sábado, 15 de março. João Gabriel saiu como vencedor e poderá escolher uma pessoa para imunizar do Paredão neste domingo, 16.

Antes da disputa, os brothers realizaram um sorteio e cada sorteado teve que vetar outra pessoa da Prova. Veja quem foi vetado:

- Diego Hypolito vetou Gracyanne Barbosa

- Renata vetou Aline

- João Gabriel vetou Vitória Strada

- Vinícius vetou Renata

- Aline vetou Eva

Já na Prova, os brothers precisavam jogar um dado por cima de uma trave e, dependendo do resultado, avançar por um tabuleiro. Quem caísse na Casa Dilema teria que enfrentar desafios que resultariam em atalhos ou caminhos mais longos.

Vencia quem chegasse primeiro ao final do tabuleiro. Além de se tornar o Anjo da semana, João Gabriel levou um prêmio de R$ 4,5 mil para casa, acumulado conforme ele avançava no jogo.

Nas primeiras três rodadas, Dona Delma saiu com vantagem e avançou na frente no tabuleiro. Nas rodadas seguintes, teve menos sorte e foi alcançada por João Gabriel, que empatou com a dona de casa na nona rodada. Depois disso, o brother assumiu a liderança e conquistou a vitória na 11ª rodada.

Quem foi para o Castigo do Monstro?

Após a vitória, João precisou escolher uma pessoa para sofrer o Castigo do Monstro. Ele escolheu Aline, que também perdeu 300 estalecas. Nesta semana, o desafio é chamado de "Repescagem" e consiste em vestir uma fantasia de pescador e pescar os peixes que surgirem na piscina.

"Vou escolher a Aline pelos negócios que nós já tivemos aí", disse João Gabriel. O apresentador Tadeu Schmidt não ficou satisfeito com a justificativa e pediu para o brother explicar melhor. Ele, então, elaborou: "O meu embate aqui é com ela, mais direto e eu não podia escolher outra pessoa aqui."

Fernanda Torres surpreendeu os estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) nesta sexta-feira, 14, ao visitar a instituição para assistir à defesa de mestrado de Joaquim, seu filho mais velho, de 25 anos, que é formado em Filosofia.

A presença da atriz, que fez sucesso internacional nos últimos meses com o filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, causou alvoroço entre alunos da universidade. Um vídeo mostra a artista acompanhada de um segurança e sendo seguida por um grupo de estudantes.

Em outro ângulo, é possível Fernanda deixando o prédio da universidade, no Campus Maracanã, localizado na zona norte do Rio, e acenando para fãs. Além disso, ela posou para fotos e cumprimentou admiradores.

Alguns dias antes, a atriz apareceu na pré-estreia de Vitória, filme estrelado por sua mãe, Fernanda Montenegro, e dirigido por seu marido, Andrucha Waddington. Até então, ela havia escolhido o sítio da família em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, para descansar após a maratona para o Oscar.

Fernanda trabalhou por meses no exterior na divulgação de Ainda Estou Aqui, filme sobre a história de Eunice Paiva que rendeu a ela um Globo de Ouro de Melhor Atriz Dramática e que deu ao Brasil seu primeiro Oscar, na categoria de Melhor Filme Internacional.

A madrugada deste sábado, 15, no Big Brother Brasil 2025 foi marcada pela festa com shows de Alcione e Seu Jorge. Após as apresentações, os brothers discutiram e repercutiram as informações trazidas de fora da casa por Renata, que estava na Vitrine do Seu Fifi.

Ainda no início da festa, a sister e Gracyanne Barbosa discutiram sobre a acusação de que a musa fitness estaria roubando comida dentro da casa. A influenciadora chorou, lembrando do período em que passou fome quando era criança.

Momentos depois, Renata contou sobre a conversa para Eva e Vilma. "Ela chorava tanto. Ela falou assim: 'Eu sei que é errado, eu não consigo me controlar, porque isso é uma coisa que acessa uma dor que eu tive há muito tempo, que eu comi comida do lixo. Só a sensação de que eu vou passar fome e tal, ter que dividir a comida isso me gera uma compulsão e me dá muito medo'", disse.

A bailarina, então, disse que ficou "se sentindo péssima" e que pediu desculpas para Gracyanne: "Eu não quis te ofender como pessoa, eu não sabia da sua dor, me desculpe se eu te ofendi como pessoa. Não sabia da sua dor e do que você estava passando. Eu não falei isso nessa intenção."

Mais tarde, Gracyanne chorou novamente e desabafou para Daniele Hypólito e Vinicius no Quatro Nordeste. "Me lembrou de coisas que eu passei que eu achei que eu nunca mais ia pensar. Eu achei que ia conseguir esconder isso para o resto da minha vida. Quando eu passei fome, eu pegava comida do lixo."

Briga entre João Pedro e João Gabriel

Ainda durante a madrugada, os gêmeos João Pedro e João Gabriel tiveram uma discussão. A conversa começou enquanto os dois discutiam terem sido colocados Na Mira do Líder por Guilherme (veja quem mais está na lista).

João Pedro questionou o irmão sobre suas atitudes na festa de Vitória Strada, afirmando que o comportamento dele pode ter irritado o atual líder. Segundo ele, João Gabriel deu um chute em uma mesa e, com isso, um prato caiu no pé de Guilherme.

"Eu estava feliz que você tinha voltado [do Paredão]", justificou João Gabriel, dizendo que chutou a mesa por felicidade pelo irmão. O salva-vidas se exaltou e começou a chorar: "É f*** escutar isso de você, porque eu estava do seu lado."

"Você não foi homem agora. Eu estou chorando porque... Quem viu viu, está gravado. Eu falei: 'Meu irmão vai voltar'", continuou. João Pedro rebateu, dizendo que o irmão não precisava ter agido daquela forma. Os dois se estressaram, e João Gabriel saiu da conversa.

A situação entre os gêmeos só foi resolvida mais tarde, quando Vinícius tentou intermediar a situação. "Nós somos irmãos. É só nós por nós, aí você quer ficar brigando", disse João Gabriel. "Eu queria terminar de falar e você não deixou", respondeu João Pedro. Com isso, Vinícius separou os irmãos e disse para conversarem no dia seguinte. "Não fique chateado, porque ele também quer cuidar de você", disse a João Gabriel.

Pela manhã, os gêmeos conversaram e reclamaram do Quarto Fantástico, onde estão dormindo. "Toda vez que a gente fala alguma coisa, [a Eva] olha pra Renata, ou olha pro Maike, e começam a rir os três. O Maike, não. O Maike não ri, não. Mas as duas riem. Não quero isso mais, não", disse João Pedro. Gabriel, então, sugeriu que os dois mudassem de quarto, completando: "Nesse quarto só tem cobra."

Dummy chama a atenção de Diego

Um momento inusitado da madrugada ocorreu com Diego Hypolito. O ginasta estava brincando em uma das panelas giratórias, brinquedo que foi disponibilizado entre as atrações da festa, e acabou girando rápido demais.

Com isso, um dos dummys se aproximou do brother e fez sinal para que ele reduzisse a velocidade. O momento, claro, virou piada nas redes sociais. Veja: