Seis ações a serem adotadas contra o colapso climático

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O alerta do relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) é claro: deve-se imediatamente reduzir as emissões de gases do efeito estufa a ponto de zerarmos o balanço entre o que é lançado e o que é retirado da atmosfera até meados deste século. Ferramentas para isso existem e tendem a se tornar mais e mais presentes no cotidiano. O Estadão ouviu especialistas e lista seis delas, das mais simples e efetivas às mais inovadoras formas de sequestro de carbono da atmosfera.

Manter florestas naturais em pé

De todas as formas possíveis de sequestro de carbono, é a mais efetiva. As árvores retiram dióxido de carbono (CO2) do ar ao fazerem fotossíntese. Logo, mantê-las vivas é o meio mais lógico para diminuir a concentração no ar do principal gerador do efeito estufa. Diferentes estimativas comprovam esse fato. Estudo realizado pela USP, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, estimou que cada árvore da Mata Atlântica absorve 163,14 quilos de gás carbônico equivalente ao longo dos primeiros 20 anos. Estudos conduzidos entre a década de 1990 e o início deste século apontam que a Amazônia era, então, responsável pela absorção de 1 a 9 toneladas de carbono por hectare por ano. Apesar de ser o mais lógico, esse ainda não parece ser o meio mais simples. O desmatamento está em alta. Para se ter ideia do tamanho do problema, algumas partes da Amazônia brasileira já se transformaram em geradoras do principal gás causador do efeito estufa. A conclusão é de pesquisa do Instituto Nacional de Investigação Espacial (Inpe), que descobriu que emissões de carbono são maiores na parte oriental da Amazônia, na comparação com a ocidental, sobretudo por incêndios.

Plantio direto

Esse sistema faz o plantio sem que o solo seja revolvido antes por implementos agrícolas, como arado e grade niveladora. Outras características são a semeadura feita sobre os restos de culturas anteriores no solo, a chamada palhada, e a rotação de culturas. "Isso evita que o solo fique descoberto em algumas partes do ano, emitindo CO2", diz o professor de uso, manejo e preservação do solo da Unesp, Iraê Guerrini.

No início, essa técnica de plantio era usada para combater a erosão do solo, por protege-lo da ação da chuva. Aos poucos, no entanto, foram notados os benefícios também em relação à emissão de gases. A técnica se mostrou eficiente por promover acúmulo de matéria orgânica no solo ao longo do tempo.

Cultivo mínimo florestal

"Esse sistema virou uma referência no Brasil que hoje é copiado no exterior", diz Guerrini. Assim como o plantio direto, o cultivo mínimo em áreas florestais empregado em plantações de eucalipto e pinus, por exemplo, mantém a matéria orgânica entre as árvores. Antigamente, colocava-se fogo nesse material para limpar o terreno. Além de fixar nutrientes e o carbono no solo, a técnica mescla o plantio de espécies com a manutenção de florestas nativas e biodiversidade.

Mercado de crédito de carbono

Desde a década de 1990, o mercado de crédito de carbono começou a se expandir no mundo, impulsionado pelo Protocolo de Kyoto, em 1997. Trata-se da emissão de créditos pela não emissão de carbono para a atmosfera que podem ser comercializados. A premissa básica é de que os países que reduzem suas emissões podem negociar com aqueles que têm mais dificuldade para cumprir as próprias metas. Mas a definição do mercado global de carbono foi um dos principais entraves nas negociações da Cúpula do Clima das Nações Unidas, a COP-25, em 2019. "Algumas medidas como essas eram vistas como varrer a sujeira para baixo do tapete, mas os mecanismos para diminuir as emissões estão aí, o ser humano tem tecnologia e capacidade para isso", diz a ocenógrafa Letícia Cotrim da Cunha, professora da UERJ e uma autora do relatório do IPCC.

Injeção de CO2 no subsolo

O projeto Sleipner, da Statoil, na Noruega, foi o primeiro no mundo a armazenar o gás carbônico separado na produção de gás natural e injetá-lo em um reservatório subterrâneo no Mar do Norte, em 1996. Apesar de ser inovadora, a técnica exige grandes investimentos e tecnologia de ponta para ser aplicada. Críticos desses projetos de geosequestro também questionam a segurança e a estabilidade do armazenamento no subsolo.

'Semear' o mar

As plantas marinhas são extremamente eficazes no sequestro de carbono da atmosfera. Estudo publicado pela revista Science, em 2019, apontou que os oceanos são responsáveis por retirar um terço do CO2 da atmosfera. Pensando nisso, a Running Tide, uma empresa americana do Maine, resolveu investir nessa ideia cultivando algas marinhas gigantes. Conforme crescem e se tornam pesadas demais, acabam por afundar, levando com elas o gás retirado da atmosfera.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um novo documentário produzido pelo diretor Martin Scorsese apresentará uma conversa inédita com o falecido papa Francisco sobre o esforço apoiado pelo pontífice para oferecer educação por meio do cinema, anunciaram os produtores do filme nesta quarta-feira, 30.

Chamado Aldeas - A New Story, o documentário está "enraizado na crença do papa na sagrada natureza da criatividade", disse um comunicado dos cineastas. Não foi anunciada uma data de lançamento.

Segundo eles, a conversa inédita com Scorsese foi a "última entrevista aprofundada do papa para o cinema".

Antes de morrer, Francisco chamou o documentário de "um projeto extremamente poético e muito construtivo porque vai às raízes do que é a vida humana, a sociabilidade humana, os conflitos humanos... a essência da jornada de uma vida", disseram os cineastas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Morreu nesta quarta-feira, 30, o jornalista Luiz Antonio Mello, aos 70 anos. A informação foi publicada pelo jornal A Tribuna, do Rio de Janeiro, em que ele atuava como editor desde 2021. Mello teve uma parada cardíaca enquanto fazia um exame de ressonância, e se recuperava de uma pancreatite no Hospital Icaraí.

Nome importante para o rock nacional, Luiz Antonio Mello (conhecido como LAM) passou por veículos como Rádio Tupi, Rádio Jornal do Brasil e Última Hora. No entanto, foi na Rádio Fluminense FM que ele esteve à frente do programa Maldita, criado em 1981 e responsável por dar visibilidade a grandes nomes da música, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Legião Urbana. A história foi contada no longa-metragem Aumenta que é Rock'n Roll, estrelado por Johnny Massaro e dirigido por Tomás Portella.

Após a passagem pela Fluminense FM, que deixou em 1985 para participar da implantação da Globo FM, trabalhou como consultor de marketing para uma gravadora, foi diretor de TV e produtor musical. Colaborou com vários veículos, entre eles o Estadão, e é autor dos livros Nichteroy, Essa Doida Balzaka (1988), A Onda Maldita (1992), Torpedos de Itaipu (1995), Manual de Sobrevivência na Selva do Jornalismo (1996), Jornalismo na Prática (2006) e 5 e 15, Romance Atonal Beta (2006).

A prefeitura de Niterói declarou três dias de luto em homenagem ao jornalista.

"Luiz Antônio Melo era um niteroiense apaixonado por nossa cidade e que tinha uma mente, uma capacidade inventiva e criativa extraordinária. Participou diretamente de um dos momentos mais marcantes da música brasileira e do rock nacional através da rádio fluminense na década de 80. Lembro que ele ficou muito grato e feliz quando apoiamos a realização do filme Aumenta que isso aí é Rock and Roll, baseado no livro de sua autoria. Recentemente, conduzia com maestria as edições do jornal A Tribuna. Niterói, o rock e o jornalismo estão de luto com a sua partida. Mas ele deixou um legado, suas ideias", afirmou o prefeito Rodrigo Neves.

Renata Saldanha, campeã do Big Brother Brasil 25, respondeu a algumas perguntas enviadas por fãs no Instagram na madrugada desta quarta-feira, 30. Ela aproveitou o momento para tranquilizar os admiradores do casal "Reike", formado por ela e Maike na reta final do reality.

"Gente, essa pergunta é campeã! Só para avisar, nós estamos bem, está tudo bem entre nós, para quem tinha dúvidas", começou a bailarina. "É como lidamos com outros relacionamentos na vida. A gente está se conhecendo, estamos nesse momento de entender um pouco tudo isso, que é novidade para ele - e muito para mim também. Então é isso, estamos nos conhecendo", concluiu a campeã.

Maike e Renata se reencontraram em público durante o Prêmio gshow, na última quarta-feira, 23, quando receberam o troféu da categoria "Melhor Conexão" e deram um beijo no palco. Antes da cena, estiveram juntos nos bastidores.

Apesar do clima de intimidade, Renata disse que ainda era cedo para definir qualquer rótulo. "A gente não teve a oportunidade de conversar aqui fora ainda, a gente mal se encontrou. No dia que a gente resolveu ficar, acho que ele ficou uns cinco dias na casa e depois saiu. Então, é muito breve para eu dizer algo", falou ao gshow.

Maike foi eliminado no 15º Paredão do BBB. Poucos dias antes, havia sido advertido pela produção e por Tadeu Schmidt por causa de atitudes abusivas com Renata, como mordida e puxão de cabelo. Nas imagens, a bailarina aparentava desconforto e pedia para que ele parasse. A sequência de ações gerou revolta entre os internautas e pedidos de expulsão nas redes. Do lado de fora da casa, o ex-brother assistiu às cenas e pediu desculpas, dizendo estar envergonhado.

Após cumprir a agenda atribulada no Rio de Janeiro desde o fim do reality, no último dia 22, Renata voltou para Fortaleza nesta quarta junto de Eva, sua dupla no início da competição. Ela foi recebida por uma multidão no aeroporto, e comemorou o retorno para casa.