Alunos da USP fazem vaquinha para recuperar dinheiro da formatura desviado

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Os alunos de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que tiveram o dinheiro da sua festa de formatura desviado por Alicia Dudy Muller Veiga, de 25 anos, que presidia a comissão da turma, criaram neste domingo, 22, uma vaquinha online para tentar arrecadar os R$ 927 mil perdidos e viabilizar a comemoração. Para incentivar as doações, os estudantes estão oferecendo convites para a festa para quem doar a partir de R$ 1,5 mil.

"O dinheiro arrecadado foi pago em parcelas ao longo de 4 anos e muitos colegas nossos e seus familiares se sacrificaram pela realização de ter uma festa de formatura. Fomos a primeira turma a incluir a adesão social para aqueles que tinham esse sonho, mas não conseguiam encarar o valor integral", diz a comissão na postagem sobre a vaquinha no Instagram.

"Sabemos que as doações serão de pessoas que se importam conosco, empatizam com a causa e entendem a importância do evento tanto como nós. Agradecemos de coração qualquer quantia doada para a realização da festa", finalizam.

Para contribuir, é necessário acessar um link de uma plataforma comumente utilizada para a venda de eventos universitários. Os possíveis valores de contribuição vão de R$ 5 até R$ 9 mil. Quem doar R$ 1,5 mil ganha um ingresso para a festa. Doações de R$ 3 mil dão direito a três ingressos e R$ 9 mil a uma mesa.

A atitude se deu após a comoção de internautas sobre o caso. Com a ampla divulgação do desvio do dinheiro, muitas pessoas se solidarizaram com os estudantes e sugeriram a criação do meio de arrecadação coletiva.

No sábado, 21, a comissão também fez postagens pedindo o apoio do influenciador Casimiro Miguel e da cantora Anitta. As postagens têm centenas de comentários em apoio. Até o momento, nenhum dos dois famosos respondeu.

Entenda o caso

Dois boletins de ocorrência vão contar, no futuro, a história da formatura de uma das turmas da Faculdade de Medicina da USP. No início da noite de 10 de janeiro, um aluno do curso entrou em uma delegacia da capital paulista para registrar um BO contra uma de suas colegas, Alicia Dudy Muller Veiga, por ter se apropriado indevidamente de uma quantia aproximada de R$ 920 mil, que seria usada para a formatura dos futuros médicos no final deste ano.

Ao Estadão, a Secretaria da Segurança Pública informou que, ainda conforme a vítima, ele e os demais alunos descobriram a farsa só no dia 6 de janeiro, quando a própria aluna suspeita teria contado para os colegas em um grupo no WhatsApp que o fundo para a formatura havia sido perdido.

Outro boletim de ocorrência, de julho do ano passado, anterior ao do estudante da USP, portanto, foi aberto contra a jovem no Departamento Estadual de Investigações Criminais, de São Bernardo do Campo. Ali, Alicia é investigada por lavagem de dinheiro e estelionato em uma lotérica na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo.

De acordo com a SSP, uma representante da lotérica compareceu ao Deic e relatou que a jovem vinha realizando apostas em valores altos diariamente, sempre pagos por meio de transferência via Pix. No dia 12 de julho, porém, "a mulher teria deixado prejuízo de R$ 192.908,47, após ter feito o agendamento do valor via Pix, sem pagar efetivamente pelas apostas que realizou". O caso foi registrado como lavagem de dinheiro e estelionato.

Alicia ganhou cinco vezes na loteria em 2022 com apostas feitas após transferir, no fim de 2021, o montante pertencente aos estudantes para sua conta pessoal. De acordo com a Polícia Civil, ela faturou, no total, R$ 326 mil em premiações da Lotofácil depois de realizar dezenas de jogos de alto valor em uma lotérica da zona sul de São Paulo entre abril e julho de 2022.

Em depoimento à Polícia Civil, ela admitiu ter sacado o dinheiro da turma e relatou ter usado parte dele para pagar despesas pessoais como alugueis de imóvel e de carro e um iPad. Alicia reforçou aos policiais a versão dada a colegas de que teria investido parte do dinheiro em aplicações financeiras e tido prejuízo. Ela disse que tomou a decisão de sacar o dinheiro porque desconfiava da gestão que vinha sendo feita pela empresa contratada para a formatura.

Segundo a delegada Zuleika Gonzalez Araújo, do 16.º DP (Vila Clementino), a jovem foi indiciada por apropriação indébita, crime com pena máxima de quatro anos de reclusão e multa. Ela responderá em liberdade.

Em outra categoria

Selton Mello postou cenas dos bastidores de Ainda Estou Aqui em suas redes sociais na segunda, 24. Nas imagens aparecem os atores do filme, como Fernanda Torres e Valentina Herszage.

Nas cenas, é possível ver o elenco dentro do carro, nos ensaios e também descansando, descontraído. Os comentários da publicação ressaltaram a intimidade entre os atores. "Coisa boa de ver: leveza, alegria, profissionalismo, amor, cuidado", disse um usuário. "O 'making off' aos olhos do Selton", completou outra. Na legenda, o ator escreveu: "Bastidores inéditos".

Ainda Estou Aqui é uma obra baseada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, que narra a história da família do escritor após o desaparecimento de seu pai, o ex-deputado Rubens Paiva, durante a Ditadura Militar. A trama acompanha a luta de sua mãe, Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, que busca pelo paradeiro do marido enquanto cuida dos filhos e constrói uma carreira como advogada e defensora dos direitos das comunidades indígenas no Brasil. Selton Mello interpreta Rubens Paiva na adaptação cinematográfica.

O filme concorre ao Oscar em três categorias, sendo elas Melhor Filme, Melhor Filme Internacional, e com Fernanda Torres para Melhor Atriz. A cerimônia ocorrerá em 2 de março, no domingo.

Preta Gil compartilhou com seus seguidores a canção inédita Tudo Vai Passar, que integra a trilha sonora original do filme Câncer com Ascendente em Virgem. Composta por Flavia Tygel, a música carrega uma mensagem de resiliência e fé, temas que tocam diretamente a trajetória pessoal de Preta, que está em tratamento contra o câncer de intestino.

O clipe da música foi gravado em julho do ano passado, antes da cantora dar continuidade ao seu tratamento. Dirigido pela atriz Jeniffer Dias, o videoclipe contou com a participação de várias mulheres da equipe do filme.

"Com muita felicidade, compartilho com vocês Tudo Vai Passar. Uma canção que mostra o quanto seguir em frente é um ato de coragem, e acreditar que vai passar é também um exercício diário de fé. Me sinto honrada de ter minha voz nessa trilha, que diz muito sobre o meu momento atual. Tudo vai passar… Com fé, amor, luta", escreveu Preta.

A estreia do filme está marcada para o dia 27 de março nos cinemas e é inspirado na história da produtora do filme, Clélia Bessa, que, em 2008, durante seu tratamento contra o câncer de mama, lançou o blog Estou com Câncer, e Daí?, que mais tarde foi transformado no livro homônimo.

A música Tudo Vai Passar representa, na trama, a jornada de cura da personagem Clara (interpretada por Suzana Pires) após o diagnóstico de câncer de mama. Ao longo do filme, Clara repensa suas relações familiares, aproximando-se da mãe, Leda (Marieta Severo), e da filha, Alice (Nathália Costa). O filme também destaca a importância da rede de apoio, representada pelas amigas Dircinha (Fabiana Karla) e Paula (Carla Cristina Cardoso), que trazem leveza e bom humor ao enredo.

A influenciadora Maya Massafera rebateu neste domingo, 23, críticas feitas por alguns de seus seguidores sobre a magreza do seu corpo. Após postar uma foto vestindo um biquíni, diversos fãs da youtuber questionaram o estado de saúde de Maya. A resposta da apresentadora, no entanto, gerou polêmica.

Em seu perfil no Instagram, Maya afirmou que "gente rica é apaixonada pela magreza". "No mundo da moda, a gente gosta de mulher muito magra. É gosto. Tem gente que gosta de mulher mais sarada, de mulher gorda. Eu acho mais bonito mulher magra", afirmou em uma série de vídeos publicados nos Stories.

"Minha avó é mais simples e ela fala: 'May, engorda um pouco, parece que está passando fome'. Então, gente mais simples gosta de gente mais cheinha", continuou.

"Gente rica ou francesa, ou que entende muito de moda, é apaixonada por magreza. Eu não estou nada magra pra eles ou pra brasileiros da elite. Agora, gente mais simples vai me achar magra".

A declaração viralizou nas redes sociais e foi bastante criticada. Para muitos internautas, a fala foi considerada elitista.

"Os desfiles de moda, a elite, gostam de uma pessoa magra. Então, não tem por que a gente atacar o outro: você aprendeu a gostar de gente mais gorda por causa da sua condição financeira. E quem é magro, vice-versa", falou a apresentadora, ressaltando que tal gosto é algo "cultural".