Devoção a Shakespeare na obra cênica 'Hamlet: 16 x 8'

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O ator Rogério Bandeira, de 51 anos, acostumou-se a enfrentar pequenos exílios desde cedo. Seu pai, o advogado Iberê Zeferino Bandeira de Mello (1939-2020), defendeu presos políticos nas décadas de 1960 e 1970 e era comum o garoto ser surpreendido com a notícia de que a família precisaria dar um tempo fora da cidade, seja em um sítio ou em uma praia sossegada. Esta é uma das histórias que norteiam o solo Hamlet: 16 x 8, dirigido por Marco Antonio Rodrigues e protagonizado por Bandeira, que estreou temporada híbrida no sábado, 21. Sessões presenciais serão realizadas para 60 espectadores no Teatro Sérgio Cardoso - Sala Paschoal Carlos Magno, aos sábados e domingos, às 18 h, até 12 de setembro, simultaneamente às exibições pela plataforma Sympla de uma apresentação gravada.

Não se engane, porém, de pensar que Hamlet: 16 x 8 é uma peça autobiográfica. Passagens da vida do ator aparecem na dramaturgia, mas a mola propulsora vem de um livro alheio, Hamlet e o Filho do Padeiro: Memórias Imaginadas, publicado em 2000 pelo diretor Augusto Boal (1931-2009). Nele, o criador do Teatro do Oprimido estabelece conexões entre a história de seu pai, um padeiro português do subúrbio carioca, e o encanto do futuro artista pelos palcos, passando pelas experiências coletivas do Teatro de Arena e a devoção pela obra-prima de Shakespeare sobre o príncipe da Dinamarca. "Descobri o livro em 2011 e fui trabalhando aos poucos, tudo amadureceu com tempo", conta Bandeira. "Até que veio a pandemia, aquela loucura de ficar em casa sem ter o que fazer, e resolvi finalizar um texto para montar, apoiado em alguns capítulos."

Com o projeto estruturado, o artista recorreu a Marco Antonio Rodrigues, o Marcão, um fiel parceiro de sua trajetória profissional. O primeiro encontro dos dois se deu no espetáculo Verás que Tudo É Mentira, em 1995, um embrião do Grupo Folias, fundado dois anos depois pela dupla e outros amigos embebidos pelas expressões de um teatro popular e engajado. Só que o diretor, com sua fúria criativa, apontou caminhos nem imaginados pelo intérprete. "O livro é muito mais potente que isso e podemos expandir o enfoque, até porque sua vida e a de Boal se relacionam em diversas questões", sugeriu Marcão.

Bandeira levou um susto, mas confiante na inquietude do parceiro se permitiu dar corda ao nunca imaginado. O diretor e, a partir daí, coautor do texto, conectou as experiências de teatro de grupo de Boal e o papel de Bandeira no Folias e na Companhia do Latão e o enfrentamento político do velho Bandeira de Mello e a repressão sofrida pelo teatrólogo e seus exílios na Argentina, em Portugal e na França. Também foi sublinhado o fato de os dois terem crescido diante da imagem de pais fortes que poderiam servir de sombra e, assim, volta a aparecer a relação com Shakespeare. "Existem pais combativos, como o do Boal e o meu, e pais destrutivos, como o do Hamlet, cujo fantasma precisa ser exorcizado", compara Bandeira.

Hamlet: 16 x 8 foi levantado em menos de dois meses em um outro exílio. Bandeira, Marcão e suas famílias passaram parte de junho e julho em um sítio em Paraibuna, no interior paulista. Acordavam cedo, ensaiavam à exaustão e brigavam, sim, brigavam porque a intimidade veio à tona. "Eu lutei por um caminho lírico, queria trabalhar a indignação com amor, e o Marcão, muito mais raivoso com tudo o que acontece no País, foi cedendo aos poucos e comprou minhas ideias, uma prova de que estamos mais maduros", ironiza o ator.

A estreia também marca o fim de mais um exílio para Bandeira - e, aqui, não se trata só da clausura pandêmica. Em 2017, o artista descobriu um câncer no rim que, depois de uma operação, deveria ter sido totalmente extirpado. Fortes dores no estômago, durante uma sessão da peça O Patrão Cordial, meses depois, mostraram que parte do tumor abrira espaço para uma metástase. "Atravessei um processo de vida e morte, emagreci quinze quilos, me despedi várias vezes da minha mulher e do meu filho, mas hoje vejo o câncer até como um presente, tudo ganhou um outro olhar", declara ele, que volta ao palco depois de quase quatro anos. Em meio ao tratamento, Bandeira gravou participações na série Carcereiros, da Rede Globo, deu aulas no Célia Helena Centro de Artes e Educação e, há um mês, trabalhou em outra série da emissora, Aruanas. "Enfrentei medos, exílios e tudo desencadeou em um espetáculo que ganha a cena na pandemia, o que não deixa de ser um ato de rebeldia e de resistência pela vida."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Mikey Madison, vencedora do Oscar de Melhor Atriz por seu papel em Anora, comentou sobre o seu encontro com Fernanda Torres após a cerimônia da premiação, que ocorreu no último domingo, 2. A atriz americana derrotou a brasileira em uma das categorias mais disputadas da noite.

Ao ser questionada se conversou com alguma das colegas indicadas após vencer o Oscar, Mikey mencionou Fernanda. "Sim, eu vi. Eu vi a Fernanda e nós nos abraçamos", afirmou a jovem de 25 anos à revista norte-americana Hollywood Reporter.

Na interação, Torres deus os parabéns à atriz e chegou a beijá-la no rosto. As duas ainda posaram para fotos ao lado do cineasta Walter Salles, que dirigiu Ainda Estou Aqui. O longa venceu na categoria de Melhor Filme Internacional, se tornando o primeiro filme brasileiro a receber tal prêmio.

Na mesma entrevista, Mikey revela que mandou uma mensagem para Demi Moore após a cerimônia. Moore, que protagoniza A Substância, era considerada a favorita para vencer na categoria de Melhor Atriz.

"Eu mandei mensagem para Demi, que eu adoro. Ela é uma das mulheres mais doces e gentis que eu já conheci, e eu sou muito grata por testemunhar seu brilhantismo e talento. Eu a adoro e mal posso esperar para ver o que ela fará a seguir, que tipo de personagens ela nos trará. Eu acho que estamos todos muito animados para ver", comentou a atriz.

O ator Rafael Cardoso, de 39 anos, assumiu publicamente sua luta contra a dependência química em uma entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, exibida no último domingo, 2, no Domingo Espetacular, da Record TV.

Durante a conversa, ele revelou que ainda enfrenta dificuldades em sua recuperação e desabafou sobre as consequências de seus atos. "Não estou curado. E se errar de novo, não terei outra oportunidade", afirmou.

Na entrevista, Cardoso admitiu ter minimizado seu problema por muito tempo e revelou que gastou toda sua fortuna com drogas, álcool e decisões impulsivas. "Me tornei refém das drogas. Estou quebrado, falido. Joguei tudo fora por causa da adicção", desabafou. Segundo ele, seu último uso de drogas ocorreu há um ano e dois meses.

A declaração ocorre após uma série de polêmicas envolvendo o ator nos últimos meses. Além do impacto de sua dependência em sua vida profissional, Cardoso está afastado dos filhos, Aurora, de 10 anos, e Valentim, de 6, há mais de um ano. A decisão judicial que impede o contato entre eles foi tomada após pedidos da ex-mulher, Mari Bridi, e da ex-sogra, a jornalista Sonia Bridi.

Sonia solicitou medidas protetivas contra Rafael Cardoso, alegando que ele teria cometido violência psicológica, moral e patrimonial contra a família. O ator também enfrenta investigações policiais sobre sua conduta, embora não tenham sido divulgados detalhes sobre as denúncias.

Carreira na televisão

Rafael Cardoso iniciou sua trajetória na TV em 2007. Na Rede Globo iniciou com pequenas participações em seriados e na novela O Profeta. Seu primeiro grande papel veio em A Vida da Gente (2011), onde Rodrigo protagonizou como par romântico de Ana (Fernanda Vasconcellos) e Manu (Marjorie Estiano). Desde então, consolidou-se como um dos galãs da emissora, estrelando tramas como Império (2014), Além do Tempo (2015), Espelho da Vida (2018) e Cara e Coragem (2022). Seu último trabalho na TV Globo foi em Terra e Paixão (2023), quando se afastou, após as polêmicas.

Após compartilhar com seus seguidores a internação do filho, a apresentadora Virginia Fonseca está sendo criticada por celebrar o engajamento em suas redes sociais decorrente da exposição de José Leonardo, seu bebê de cinco meses.

Nos Stories, a influenciadora celebrou a alta do garoto e comemorou a marca de 15 milhões de visualizações em uma das publicações sobre o tema. "Foram 15 milhões de pessoas aqui com a gente esses dias. Eu só tenho a agradecer, primeiramente a Deus e a todos vocês, pelo carinho e pela paciência!!!", escreveu.

No último sábado, 1º, o filho de Virginia e Zé Felipe foi internado com um quadro de bronquiolite. Em suas redes sociais, a influenciadora compartilhou fotos da internação. Inúmeros internautas criticaram a atitude da apresentadora, questionando até onde ela iria pelo engajamento.

Na manhã desta quarta-feira, 5, o bebê teve alta. Ele estava sob cuidados intensivos no Hospital Pediátrico Jutta Batista, no Rio de Janeiro.

"Sentimento de mais uma batalha vencida, e que batalha….. a pior sensação do mundo é ver quem a gente ama ruim e tudo que eu fiz por você esses dias meu filho, eu faria 1000x mais se precisasse, eu te amo mais que tudo no mundo, saiba que eu estarei SEMPRE ao seu lado!!!", desabafou nas redes sociais.

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