Juíza proíbe DF de usar R$ 117 mi do Fundo de Apoio à Cultura para outros fins

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A juíza Sandra Cristina Candeira de Lira, da 6ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, determinou que o governo Ibaneis se abstenha de aplicar cerca de R$ 117 milhões do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) em atividades que não tenham relação com o fomento à cultura. A decisão se deu no âmbito de ação impetrada pela Associação dos Produtores e Realizadores de Longas Metragens de Brasília (Aprocine) e o Sindicato dos Servidores e Empregados da Assistência Social e Cultural do Governo do Distrito Federal (Sindsasc-DF). As entidades apontam que o valor foi acumulado entre o2017 e 2020.

A Aprocine e o Sindsasc acionaram a Justiça alegando que o governo do DF deixou de aplicar a integralidade dos valores destinados ao fundo nos anos em questão, o que teria gerado o saldo pendente de aplicação para o fomento das atividades culturais.

Ao analisar o caso, a juíza observou que na gestão do Fundo de Apoio à Cultura há "obrigações específicas de publicação do saldo remanescente até 31 de janeiro de cada exercício, de publicação de um primeiro bloco de editais até 30 de abril de cada ano e, ainda, de um segundo bloco de editais até 30 de agosto, além da expressa previsão de proibição de contingenciamento ou de remanejamento dos seus recursos para quaisquer outras finalidades, desde que excluídas do advento de força maior".

Nessa linha, Sandra Cristina acolheu em parte os pedidos da ação civil pública por considerar, a partir dos documentos juntados aos autos, que o governo do DF "não faz a publicação dos saldos remanescentes em janeiro de cada ano e que nunca foram respeitadas as datas para publicações do primeiro e do segundo bloco de editais, nem tampouco, em todo o período, a regular aplicação da totalidade dos recursos do Fundo para as finalidades".

Assim, a juíza determinou que o governo do DF, calcule o superávit das fontes de recursos do FAC - que segundo os autores da ação já passa de R$ 117 milhões, não corrigidos - e se abstenha de usar os valores do saldo acumulado dos exercícios anteriores (2017, 2018, 2019 e 2020) para destinação diversa que não o fomento à Cultura, até final julgamento da ação.

COM A PALAVRA, A SECRETARIA DE CULTURA DO DF

A reportagem entrou em contato, por e-mail, com a Secretaria. O espaço está aberto para manifestações.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO DANILO PRUDENTE LIMA, UM DOS ADVOGADOS RESPONSÁVEIS PELA AÇÃO

"Diante do movimento recente do governo de buscar alternativas para desviar a aplicação do saldo remanescente do fundo, a associação e o sindicato se viram instados a buscar o Judiciário como forma de garantir a aplicação da Lei Orgânica da Cultura do Distrito Federal. A decisão representa uma importante vitória do movimento cultural na busca pela garantia do regular funcionamento do Fundo de Apoio à Cultura, após anos de descumprimento reiterado por parte do Governo do Distrito Federal"

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Preta Gil usou suas redes sociais nesta segunda-feira, 28, para se declarar ao pai, Gilberto Gil. Os dois se apresentaram juntos no final de semana e cantaram Drão, música escrita em homenagem a Sandra Gadelha, mãe da cantora.

Atualmente, o cantor está em sua turnê de despedida, chamada de Tempo Rei. Os dois dividiram palco no Allianz Parque, em São Paulo.

"No palco, de mãos dadas com meu pai, cantando Drão, foi impossível não me emocionar. Drão fala sobre o amor que permanece, mesmo depois das grandes transformações da vida", escreveu Preta.

A artista ainda disse que o momento viverá para sempre em sua memória. "Cantar essa música com você, pai, foi sentir na pele tudo o que vivemos: o amor, a música e a história que carregamos juntos."

Ela finalizou o texto agradecendo ao pai pelos ensinamentos sobre o amor e afirmou que a música dos dois é a maneira mais bonita de eternizar isso.

Lady Gaga desembarcou no Brasil na madrugada desta terça-feira, 29, para iniciar os preparativos do show que fará no sábado, 3, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Até então, Gaga só tinha visitado o País uma única vez, em 2012 - e foi o suficiente para ir embora com uma tatuagem nova.

A artista nutre carinho especial pelos little monsters brasileiros e, naquela ocasião, resolveu marcar na pele a palavra "Rio". Gaga recebeu um desenho de fãs durante a passagem pela capital fluminense e decidiu tatuá-lo na nuca, com a letra I estilizada em formato de cruz, em referência ao Cristo Redentor.

O responsável pelo traço foi o tatuador Daniel Tucci, que tinha um estúdio entre Copacabana e Ipanema. "Era um domingo, eu estava almoçando com o meu filho, à época com 4 anos, e a produção dela me ligou e disse: 'É hoje, vamos nessa!', contou Tucci em entrevista ao g1.

Gaga estava acompanhada de amigos, que ficaram cerca de 3 horas bebendo cerveja e conversando no estúdio. Tara Savelo, então maquiadora da artista, também acabou tatuando o Cristo. "Foi tudo muito tranquilo, ela é muito gente boa. Foi uma tarde divertida", lembra o tatuador. Ele ainda revelou que a cantora pediu por "uma coisa meio tosca, uma tatuagem estilo cadeia".

Em uma postagem no Facebook, a estrela explicou que "a fonte foi criada a partir das assinaturas de três fãs, todos de bairros e idades diferentes" do Rio. "Representa como a música nos une", escreveu.

Naquele ano, Gaga fez três shows da turnê Born This Way Ball no Brasil, no Rio, em São Paulo e em Porto Alegre. Em 2017, ela retornaria ao País para participar do Rock in Rio, mas precisou cancelar de última hora por questões de saúde. A cantora sofre de fibromialgia e enfrentava dores intensas.

Nas redes sociais, ela publicou uma foto da tatuagem e relembrou os fãs da homenagem. "Por favor, não se esqueçam do meu amor por vocês. Lembram quando tatuei 'Rio' no pescoço, anos atrás? A tatuagem foi desenhada por crianças das favelas. Vocês têm um lugar especial no meu coração, eu te amo", escreveu Gaga.

A escritora alemã Alexandra Fröhlich, de 58 anos, foi encontrada sem vida na casa flutuante em que morava em Hamburgo, na Alemanha. Segundo informações da polícia local, o corpo foi descoberto na última terça-feira, 22, por um dos filhos da autora. Até o momento, não há informações sobre suspeitos; a polícia investiga o caso.

"De acordo com as informações atuais, um membro da família encontrou a mulher de 58 anos sem vida na sua casa flutuante e alertou os bombeiros, que conseguiram confirmar sua morte", diz um comunicado da polícia de Hamburgo. Agora, os investigadores estão em busca de possíveis suspeitos e qualquer testemunha que possa fornecer informações relevantes.

Autora de romances e jornalista

Considerada uma das romancistas de maior sucesso dos últimos anos na Alemanha, Fröhlich começou a carreira como jornalista na Ucrânia, onde fundou uma revista feminina na capital, Kiev, e começou a ficar conhecida. Mais tarde, já na Alemanha, trabalhou como escritora e repórter freelancer para algumas publicações voltadas para o público feminino.

Em 2012, Alexandra publicou seu livro de estreia, Minha Sogra Russa e outras Catástrofes (em tradução livre). A obra é inspirada em suas próprias experiências com a sogra e vendeu mais de 50 mil cópias, figurando na lista dos mais vendidos da revista semanal Der Spiegel.

Nos anos seguintes, ela lançou mais três livros: Viajando com Russos (2014), sequência de seu primeiro romance, As Pessoas Sempre Morrem (2016) e Esqueletos no Armário (2019). Lançadas em outras países como França, Rússia e Inglaterra, nenhuma das obras tem edição lançada em português - as traduções dos títulos são livres.

A imprensa alemã descreve o texto de Fröhlich como bem-humorado e ao mesmo tempo profundo, mesclando temas como romance policial e suspense psicológico dentro da ficção. Ela deixa três filhos.