Quadrilha em Araçatuba teve informação privilegiada, diz secretário de Segurança

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O secretário de Segurança Pública de São Paulo, coronel Álvaro Batista Camilo, afirmou que a quadrilha que invadiu e atacou pelo menos três agências bancárias de Araçatuba, no interior do Estado, na madrugada desta segunda-feira (30), se beneficiou se informação privilegiada para executar a ação. Camilo confirmou que a operação deixou ao menos três mortos, sendo dois moradores da cidade e um assaltante.

Não se sabe o número exato de feridos, mas há relatos de pessoas que deram entrada no Pronto-Socorro Municipal com ferimentos provenientes de arma de fogo. Um homem teve a perna amputada após passar de bicicleta próximo a um artefato explosivo. Segundo o secretário, dois suspeitos foram detidos, sendo que um deles se encontra ferido, e três pessoas estão feridas, sendo um morador de rua.

"Precisamos trabalhar melhor a informação com os bancos e com a área federal. Ali era uma tesouraria do banco, uma central de distribuição de recursos do Banco do Brasil. É mais uma ação com informação privilegiada, e as investigações já estão andando para chegar aos autores", afirmou Camilo em coletiva de imprensa de entrega de doses da vacina da Coronavac ao Ministério da Saúde nesta manhã.

O secretário classificou a ação da quadrilha como "fato grave", mas ponderou que, apesar dos esforços em atrapalhar o trabalho da polícia, houve uma reação rápida. De acordo com Camilo, por volta das 10h a região de Araçatuba se encontrava com cerca de 350 a 400 homens, Polícia Civil e dois helicópteros águia para ajudar na investigação. "Estamos vasculhando toda aquela cidade", destacou.

Apesar de serem recorrentes assaltos a bancos, o secretário pontua que foi a primeira vez neste ano que uma ação deste tipo ocorreu na região. Enquanto isso, a ação representa o nono caso de estouro de caixa eletrônico em 2021. "Então, o trabalho da polícia tem sido muito forte e esses crimes, tanto estouro de caixa eletrônico quanto assalto a banco têm sido reduzidos", destaca.

Camilo garantiu que a inteligência da Polícia já está empenhada nas investigações, mas a quantia roubada ainda não foi quantificada. A recomendação à população de Araçatuba é que os cidadãos permaneçam em suas casas, uma vez que os criminosos podem ter esparramado artefatos explosivos nas vias enquanto fugiam.

A ação de quadrilhas especializadas em grandes assaltos, como este em Araçatuba, é conhecida nos meios policiais como "novo cangaço". No entanto, Camilo pediu para, até o momento, não se fazer qualquer relação com quadrilhas existentes e focar na investigação.

Explosivos

A polícia informou que os criminosos deixaram explosivos em pelo menos 14 pontos da cidade, incluindo em um caminhão deixado em frente a uma das agências atacadas. Estima-se que a quadrilha tenha pelo menos 15 integrantes. Eles teriam utilizado drones para monitorar a ação e se esquivar dos policiais, tanto na chegada à cidade quanto na fuga para a zona rural.

Pelo menos duas agências bancárias tiveram seus caixas danificados por ação de explosivos, e outras tiveram disparos de arma de fogo. Durante a fuga, veículos utilizados no assalto foram deixados para trás com munição e armas de grosso calibre, como fuzis e "miguelitos", artefatos de metal utilizados para furar pneus.

Ainda segundo a Polícia, os criminosos incendiaram veículos em locais estratégicos para dificultar o acesso à cidade. A quadrilha ateou fogo em carros deixados nas pontes do Rio Tietê em Buritama e Santo Antônio do Aracanguá, no trevo de Guararapes, na praça de pedágio em Glicério e no centro de Araçatuba.

O designer gráfico Amylton Quirino de Oliveira estava na cidade durante o assalto e relata ter começado a ouvir tiros contínuos a partir da meia-noite. Mais tarde, passou, também, a ouvir explosões muito fortes. Da janela do hotel em que estava, no centro, ele diz ter visto um caminhão incendiado para impedir o trânsito, carros passando em alta velocidade e pessoas correndo. "O som das bombas explodindo era muito forte, parecia uma zona de guerra", disse.

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O Prêmio Platino, que destaca filmes e séries ibero-americanos, divulgou sua lista de ganhadores em 2025 neste domingo, 27, no palácio municipal Ifema, em Madri, na Espanha. As produções brasileiras Ainda Estou Aqui e Senna foram premiadas.

O destaque ficou por conta do longa Ainda Estou Aqui, que ganhou nas categorias mais importantes, como melhor filme ibero-americano, melhor atriz (Fernanda Torres) e melhor direção (Walter Salles). Já Senna venceu a categoria de melhor criador de série (Vicente Amorim, Fernando Coimbra, Luiz Bolognesi, Patrícia Andrade).

Os brasileiros vencedores do Prêmio Platino 2025

Ainda Estou Aqui (melhor filme ibero-americano de ficção)

Walter Salles (melhor direção, por Ainda Estou Aqui)

Fernanda Torres (melhor atriz, por Ainda Estou Aqui)

Vicente Amorim, Fernando Coimbra, Luiz Bolognesi e Patrícia Andrade (melhor criador de série, por Senna)

Outros indicados brasileiros ao Prêmio Platino 2025

O Brasil ainda contou com outros indicados que não faturaram nenhum prêmio neste ano. Foram eles:

Arca de Noé (melhor animação)

Cidade de Deus - A Luta Não Para (melhor série, minissérie de ficção ou documentário)

Senna (melhor série, minissérie de ficção ou documentário)

Alexandre Rodrigues, o Buscapé de Cidade de Deus (melhor ator de série)

Gabriel Leone, o Ayrton de Senna (melhor ator em série)

Andreia Horta, a Jerusa de Cidade de Deus (melhor atriz em série)

Hugo Bonemer, o Nelson Piquet de Senna (melhor ator coadjuvante de série)

Os ganhadores do Prêmio Platino 2025

Melhor estreia de ficção: El Ladrón de Perros

Melhor filme de animação: Mariposas Negras

Melhor atriz coadjuvante de série: Carmen Maura (Tierra de Mujeres)

Melhor ator coadjuvante de série: Jairo Camargo (Cien Años de Soledad)

Melhor documentário: El Eco

Melhor música original: Alberto Iglesias (La Habitación de Al Lado)

Melhor criador de série: Vicente Amorim, Fernando Coimbra, Luiz Bolognesi, Patricia Andrade (Senna)

Melhor comédia iberoamericana de ficção: Buscando a Coque

Melhor direção de arte: Eugenio Caballero, Carlos Y. Jacques (Pedro Páramo)

Melhor direção de fotografia: Edu Grau (La Habitación de Al Lado)

Melhor direção de som: Diana Sagrista, Alejandro Castillo, Eva Valiño, Antonin Dalmasso (Segundo Premio)

Melhor direção de edição: Victoria Lammers (La Infiltrada)

Prêmio Platino ao cinema e educação em valores: Memorias de Un Cuerpo que Arde

Melhor ator coadjuvante: Daniel Fanego (El Jockey)

Melhor atriz coadjuvante: Clara Segura (El 47)

Prêmio Platino de honra 2025: Eva Longoria

Melhor ator em série: Claudio Cataño (Cien Años de Soledad)

Melhor atriz em série: Candela Peña (El Caso Asunta)

Melhor roteiro: Arantxa Echevarria, Amelia Mora (La Infiltrada)

Melhor direção: Walter Salles (Ainda Estou Aqui)

Melhor atriz: Fernanda Torres

Melhor ator: Eduard Fernández (Marco)

Melhor série, minissérie de ficção ou documentário: Cien Años de Soledad

Melhor filme iboeroamericano de ficção: Ainda Estou Aqui

Renato Aragão relembrou o dia em que subiu em um dos braços e beijou a mão da estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, em entrevista ao Jornal Nacional em ocasião dos 60 anos da TV Globo.

O humorista, conhecido por seu trabalho com o grupo Os Trapalhões, se emocionou ao rever as imagens e explicou o porquê de ter feito o que fez: "Consegui chegar no Rio de Janeiro, fazer sucesso na vida. Daí eu agradecia, mas eu queria simbolicamente estar lá agradecendo a imagem de Deus."

Questionado sobre como resumiria o momento em uma frase, disse: "Obrigado, meu bom Deus. Essa fé não vai acabar nunca. Nem depois que eu for."

Por que Renato Aragão subiu no Cristo Redentor

O eterno 'Didi Mocó' chamou atenção ao 'escalar' um dos braços do Cristo Redentor em 28 de julho de 1991, em ocasião dos 25 anos do grupo Os Trapalhões, no Criança.

Em depoimento ao projeto Memória Globo, há alguns anos, Renato Aragão já havia abordado o tema, negando que o tivesse feito por exibicionismo. "Eu queria ir lá à noite, escondido, com uma lanterna. Mas disse: 'Isso é infantilidade, idiotice'. Tenho que prestar contas ao Ibama, à Cúria, à Igreja. Não pode ir assim."

O comediante também destacou que chegou a beijar os pés do Cristo Redentor durante as gravações do filme Os Trapalhões e o Mágico de Oróz, mas fazia questão de fazer o mesmo nas mãos da estátua.

"Foi difícil conseguir. A nossa chantagem foi que era um programa em benefício das crianças [Criança Esperança]", relembrou, sobre as autorizações.

César Tralli, apresentador e repórter da TV Globo, publicou um texto de despedida do Vaticano após participar da cobertura sobre a morte e o funeral do papa Francisco. Neste domingo, 27, ele fez uma postagem em seu Instagram antes de embarcar em sua viagem na Itália: "Partiu, Brasil!".

"Com as lembranças de tantos abraços, apertos de mão, sorrisos, olhares de afeto e compaixão. A energia boa que vai, volta... Fazer do respeito ao próximo um caminho de paz e tolerância", escreveu.

Em seguida, Tralli concluiu: "Ouvi de uma jovem voluntária de 15 anos, que estava ajudando idosos no funeral do Papa, uma frase que me marcou: 'Não é sobre religião. É sobre ter amor no coração'. Bom domingo, boa semana e muito obrigado pela companhia".