Plano dará lar 'rotativo' a morador de rua em SP

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O prefeito Ricardo Nunes (MDB) encomendou à Secretaria Municipal de Habitação um novo programa de moradias populares que contemple parte da população de rua com unidades privativas e ocupação rotativa, ou seja, sem a entrega da posse definitiva. Segundo o projeto obtido pelo Estadão, os apartamentos poderão ter a partir de 12 metros quadrados - com cozinha, sala e banheiro - e uso estimado de um ano.

Ainda em fase de desenvolvimento, Nunes planeja lançar o projeto piloto no Parque Dom Pedro, região central, ao lado do terminal de ônibus e próximo do Mercado Municipal. Segundo croquis iniciais da pasta, serão cerca de 200 apartamentos divididos em seis blocos de três andares. O custo ainda não está definido, assim com o prazo de lançamento.

Cada vez mais à vontade na cadeira de prefeito, Nunes tem dito a aliados que pretende colocar "ordem na cidade", tomada por barracas nas calçadas. Um novo censo será realizado a partir de outubro e a expectativa, segundo a Pastoral do Povo da Rua, é que ele aponte um número próximo a 35 mil pessoas. Com a crise econômica acentuada pela pandemia, não é raro encontrar famílias inteiras vivendo debaixo de plásticos e tapumes de madeira, até mesmo nos bairros mais nobres.

O terreno escolhido para receber o primeiro conjunto tem quase 6 mil metros quadrados e é bem próximo de onde funcionava uma das tendas criadas pela gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), há mais de dez anos, para servir como um espaço de convivência da população de rua durante o dia, com banheiros, chuveiros e sala de capacitação profissional ou atendimento médico. A política, no entanto, foi desmontada por seu sucessor, Fernando Haddad (PT) que, assim como João Doria (PSDB), apostou em ampliar vagas nos albergues já existentes.

Sem conseguir atrair essa população para dentro dos albergues, a Prefeitura agora pretende apostar em outra estratégia, ancorada na criação de um programa multissetorial executado pelas pastas de Habitação, Assistência Social e Trabalho. Além de oferecer um endereço e uma chave aos selecionados, o objetivo é proporcionar uma aproximação dessas pessoas com seus familiares - por isso, o nome inicial do projeto é Vila Reencontro.

'Gueto'

Referência no atendimento à população de rua em São Paulo, o padre Júlio Lancellotti, que é coordenador da Pastoral do Povo da Rua, considerou o projeto bom, mas demonstrou preocupação com a intenção de estipular um data de saída. "A tentativa é válida, mas esse prazo de 12 meses deve ser flexível. Algumas pessoas vão precisar de menos tempo e outras de mais. Também considero melhor espalhar as moradias, não juntá-las num local só para não virar um gueto", diz.

Para o sacerdote, oferecer um espaço em que a pessoa possa ter autonomia é o caminho. "Ali, ela poderá fazer os seus horários, a sua comida, e ainda ficará responsável pela limpeza, o que também é importante. Mas ainda acho que o modelo ideal é o do aluguel social, em prédios espalhados pela cidade, como hotéis abandonados, e com uma cobrança simbólica. São Paulo tem isso já, mas precisa ampliar."

Segundo a Prefeitura, foram criadas cerca de 1,2 mil vagas no formato defendido por Lancellotti durante a pandemia em hotéis que estavam desativados. O público priorizado neste tipo de atendimento é formado por idosos, famílias e transexuais. O atendimento mais numeroso, no entanto, a pessoas sem-teto, se dá pelo auxílio-aluguel, uma espécie de bolsa paga hoje a 22 mil famílias que aguardam por uma moradia definitiva. A maioria delas foi removida em decorrências de obras públicas, atendimento emergencial em decorrência de desastres ou remoção de moradores por motivos de risco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".