Vendem-se cotas de uma música de Zeca Baleiro

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"É um financiamento coletivo 2.0." Assim Carlos Gayotto, CEO da TuneTraders, define o projeto que lança nesta terça-feira, 31, e que vai oferecer cotas tokenizadas - um registro digital, e uma explicação simplificada - de uma canção inédita composta por Zeca Baleiro, O Tempo Não Espera. Cada cota custará R$ 100. A empresa disponibilizará 1.360 delas em seu site, em 14 dias de campanha.

Quem adquiri-las terá como benefício receber 80% do resultado líquido das receitas geradas pela execução da música nos serviços de streaming - ou seja, cada vez que alguém ouvir O Tempo Não Espera em uma plataforma digital de música, o dinheiro pago pela execução vai para um banco de dados e depois será repartido entre os donos das cotas. É como se o apoiador fosse o coprodutor da gravação, patrocinando a gravação da obra, segundo a empresa.

Os outros 20% ficam para Baleiro, que também receberá um advance, ou seja, parte do dinheiro arrecadado com a venda das cotas. Se a campanha não for bem-sucedida, não atingir a meta, o valor arrecadado volta para os fãs - uma prática comum nos financiamentos coletivos. A empresa ficará com 15% do arrecadado na captação.

A própria TuneTraders será responsável por publicar a música nas plataformas. Depois, por meio da tecnologia blockchain - um livro-razão compartilhado que faz o registro de transações e ativos e o entrega para as empresas -, apresentará para os compradores das cotas relatórios trimestrais e distribuirá os ganhos.

"Diferente do crowdfunding (financiamento coletivo) tradicional, que o apoiador recebe um pôster, uma camiseta - o que onera ainda mais a produção -, eu queria que a contrapartida fosse uma sociedade na obra", explica Gayotto, que fundou a TuneTraders há 2 anos e, no passado, foi sócio do Partiu, site dedicado à captação de recursos para custear atividades artísticas.

Entretanto, há um limite nessa "sociedade". A duração dela é de 3 anos - após esse período, 100% dos royalties voltam para o compositor - e o comprador não ficará de posse dos direitos de autor da música, que continuarão sendo de Baleiro. Caberá ao compositor, por exemplo, autorizar ou não uma regravação. Ou também, no caso de Baleiro, previsto em contrato, receber pelo direito de sincronização da música - quando ela for escolhida para fazer parte da trilha sonora de uma novela, filme ou programa de televisão. A sincronização garante ganhos bem mais polpudos do que os gerados pela execução.

O investidor receberá apenas a quantia que lhe cabe pela execução da obra nas plataformas digitais. Se a música for bem, ótimo para o fã que adquiriu a cota. Se a performance for modesta, pode ser que ele não recupere ou não tenha um ganho robusto com o investimento que fez - os players pagam centavos de dólares cada vez que alguém escuta a música de um artista. Ou seja, é preciso tocar muito.

A empresa de Gayotto já aplicou o modelo com outros artistas. O cantor e compositor Paulo Novaes disponibilizou cotas da música Travo, em parceria com a dupla Anavitória. Joice Terra fez o mesmo com a composição Leveza. Com a parceria com Baleiro, o empresário espera chamar a atenção de outros grandes artistas.

"Queremos encurtar a distância entre artista e fã, que passa a ser um promotor da música. A princípio, nosso trabalho é com singles, que é a grande realidade do mercado musical hoje. No futuro, poderemos levar esse negócio para lives, álbuns inteiros e até carreiras, por meio de um CNPJ virtual no qual vai girar toda a receita que a carreira do artista gerar", diz Gayotto.

Canção

Os apoiadores só conhecerão a música composta por Baleiro ao longo dos 14 dias da campanha, quando ele mostrará alguns trechos em vídeo. A canção, segundo Baleiro, que a assina sozinho, foi feita a partir do convite para participar do projeto.

Segundo ele, O Tempo Não Espera fala do "vazio e da clareira" abertos com a pandemia e o isolamento social, um espaço de reflexão sobre o modo de vida e o estar no mundo. "Resta saber o que ficará de concreto disso. Que rumo a vida moderna vai tomar e que caminho pessoal cada um vai percorrer depois desse tempo estranho, de treva?", diz Baleiro. Ele admite não ter chegado a qualquer conclusão em relação ao assunto. "Eu só lancei a pergunta."

Zeca Baleiro diz que aceitou participar do projeto como uma experiência e que não terá nenhum prejuízo, mas que pode obter ganhos. "Pode ser uma boa abertura, não só para mim, mas também para os meus colegas. É preciso entender esses novos business da música", diz.

Para ele, sempre houve muitos intermediários entre os artistas e os músicos - leia-se aí as gravadoras. "Mesmo com as plataformas digitais ainda existem os atravessadores. A gente trabalha bastante, produz muito, e os ganhos ainda são insuficientes. Nos Estados Unidos, um compositor que tenha 2 ou 3 hits pode se aposentar se quiser. Aqui no Brasil, é preciso fazer um hit por ano e ainda continuar a trabalhar. Eu adoro trabalhar, mas podia ser mais confortável", diz, sobre a distribuição dos direitos autorais.

Outras plataformas. Zeca Baleiro afirma que tem estudado sobre outra nova forma que vem se consolidando no mercado da produção artística, o NFT, que também é uma relação de comercial sem intermediários entre investidores (ou fãs) e artistas.

A sigla NFT significa, em português, algo como "tokens não fungíveis", ou, um ativo não perecível, original, não intercambiável. Artistas como David Bowie (1947-2016), o produtor de música eletrônica canadense Jacques Greene e os brasileiros Toquinho, Paulo Ricardo e Marília Mendonça já disponibilizaram direitos autorais no mercado.

Em linhas gerais, a diferença entre o NFT e o modelo no qual Zeca Baleiro irá participar é que no primeiro as obras adquiridas não são compartilhadas e as transações são feitas em criptomoedas.

Segundo Daniel Campello, fundador e CEO da Orb Music, empresa que atua na gestão de direitos autorais, a procura pelo NFT ou outras formas de aquisições de recebíveis da música ganhou força nos últimos anos pela fome dos investidores por ativos alternativos.

"A indústria da música sempre teve esse gargalo no financiamento da sua operação. Por isso, poucas empresas a dominam, que são as majors Sony, Warner e Universal. Durante muito tempo, só elas corriam o risco do investimento em um artista. Basicamente, o que estamos fazendo agora é mostrar ao mercado financeiro que esse risco vale a pena, pode dar um bom resultado", diz Campello.

O advogado cita o caso da cantora Ludmilla. Segundo ele, a gravadora Warner investiu R$ 1,5 milhão no início da carreira da artista. Hoje, segundo ele, Ludmilla vale R$ 30 milhões e a Warner detém o direito de 80% dos royalties gerados pela cantora.

Para Campello, essa forma de negociar os direitos autorais da música é o futuro da produção fonográfica. "A maior parte dos catálogos que estão sendo negociados é de direitos patrimoniais de autores. Isso porque existe a possibilidade de uma mudança do que recebe o artista e o compositor no digital. Atualmente, de cada R$ 100, R$ 30 ficam para a plataforma, R$ 58 ficam para a gravadora e o artista (intérprete) e R$ 12 ficam para o compositor e a editora (da obra). A aposta é que esses R$ 12 vão aumentar em relação ao R$ 58", explica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

Aline contou à sua antiga dupla, Vinícius, sobre a discussão que teve mais cedo com Diogo Almeida no BBB 25 nesta segunda-feira, 24. Os brothers tiveram um desentendimento ao falarem sobre a divisão de comida na Xepa.

Enquanto ela e Vinícius se preparavam para o Sincerão, Aline chorou ao relembrar o ocorrido. Inicialmente, a sister não quis comentar sobre o assunto, mas afirmou em seguida: "Eu quero falar, porque eu estou sufocada".

A policial militar, então, descreveu a conversa que teve com o ator e citou uma fala de Diogo, que havia dito que Aline não cozinhava na casa. "Ele falou: 'Você nunca fez comida aqui, então você não tem propriedade nenhuma para falar sobre divisão de comida'. Aí eu falei: 'Eu já sei que eu nunca cozinho, você não precisa me dizer isso. Eu estou falando com propriedade da divisão'", disse.

Na ocasião da briga, Aline havia se incomodado com a quantidade reduzida de lentilha na Xepa. Como solução, ela sugeriu preparar uma panela maior de lentilha, iniciativa que não foi tomada por Diogo.

O Sincerão desta segunda-feira, 24, no BBB 25 foi marcado por novas discussões entre Vitória Strada, Camilla e Thamiris, além de Vinícius e Diogo Almeida. Em determinados momentos, a atriz e a trancista chegaram a chorar com os atritos. A briga dominou a casa desde a madrugada.

A dinâmica voltou a ter um júri de ex-BBBs, desta vez com Ana Paula Renault, Ricardo Alface e Naiara Azevedo. A novidade, apelidada de Pipocômetro, começou com Babu Santana, Fernanda Bande e Arthur Aguiar na semana passada.

O papel dos ex-brothers é julgar os argumentos dos participantes com "mandou bem" ou "pipocou". Além disso, nesta semana o júri precisou definir temas que teriam de ser abordados por cada jogador.

Os brothers poderiam escolher um dos três temas decididos pelos ex-BBBs. O líder, João Pedro, teve de escolher os temas "falso", "arrogante" ou "traidor" após uma votação do público do programa.

Ao final, os três também decidiram que Vitória foi a Craque do Jogo. Veja, abaixo, o resumo de como foi a dinâmica.

Diogo Almeida

Tema escolhido: Falsa

Sister escolhida: Camilla

O brother citou o último Sincerão e afirmou que a sister não resolveu "o assunto pendente com a Vitória". "Ontem ela descartou a Vitória como se fosse uma lata de apresuntado jogada no lixo", completou o ator, citando o desentendimento da última madrugada.

Pipocômetro: Mandou bem

Réplica de Camilla

A sister afirmou que "tudo o que o Diogo falou é verdade, mas as pessoas tomam as dores como lhe convêm".

Vitória Strada

Tema escolhido: Decepção

Sister escolhida: Camilla

A atriz citou o desentendimento da madrugada e afirmou que tentou falar com a sister desde então. "Eu jamais iria expor ou deixar na berlinda qualquer aliado meu", disse.

Pipocômetro: Mandou bem

Réplica de Camilla

A sister afirmou não ter tido tempo para "absorver os problemas". "Houve uma discussão no quarto em que a Vitória usou palavras que ela sabia que me tocariam", comentou.

Vilma

Tema escolhido: Influenciável

Sister escolhida: Thamiris

A sister também citou o desentendimento das irmãs com Vitória. "Ontem você foi muito agressiva com a Vitória também. Um dedo na cara dela... Não precisa disso", afirmou.

Pipocômetro: Mandou bem

Réplica de Thamiris

A sister acusou Diogo de ter sido agressivo com Gracyanne Barbosa. "A Vitória está errada, vocês não sabem da missa metade", disse.

Guilherme

Tema escolhido: Traidora

Sister escolhida: Camilla

O brother voltou a citar a fala de Camilla sobre votar em Vitória. "Depois que tudo isso aconteceu, todo mundo percebeu que ela [Vitória] ficou escanteada", disse.

Pipocômetro: Mandou bem

Réplica de Camilla

A sister pediu desculpas por ter votado no brother e que, no primeiro contato com os participantes, teria votado na Vitória.

Camilla

Tema escolhido: Falsa

Sister escolhida: Vitória Strada

A sister citou uma discussão no quarto em que se ofendeu com palavras usadas pela atriz.

Pipocômetro: Pipocou

Réplica de Vitória

A atriz disse estar se sentindo "péssima" com a situação. "Eu só queria uma chance de conversar e de ser ouvida", pediu.

João Pedro

Tema escolhido: Falsa

Sister escolhida: Vitória Strada

O brother afirmou que a sister teria sido "ingrata" com Diogo Almeida no último Sincerão. Ele também pediu desculpas por só ter "ouvido um lado da história" no desentendimento da atriz com as irmãs.

Pipocômetro: Pipocou

Réplica de Vitória

A atriz agradeceu a João Pedro pelo pedido de desculpas e disse que não havia agradecido a Diogo pelo fato de o ator tê-la colocado no paredão.

Diego Hypolito

Tema escolhido: Controladora

Sister escolhida: Camilla

O brother afirmou que "teve questões de não ser ouvido" e também citou o desentendimento com Vitória. "Eu não gostei da maneira como a Vitória ficou vulnerável", comentou.

Pipocômetro: Pipocou

Réplica de Camilla

A sister se emocionou e disse que "nunca se sentiu tão vulnerável". "Eu estou há dias sem dormir", afirmou.

Vinícius

Tema escolhido: Covarde

Brother escolhido: Diogo Almeida

O brother citou nunca ter interferido no relacionamento do ator com Aline por respeito à sister. "Mas é muito importante que, em vez de colocar Vitória como ingrata, você se coloque no seu lugar também", disse.

Pipocômetro: Mandou bem

Réplica de Diogo

O ator disse que queria saber "de forma mais clara" o que ocorreu e que tem uma relação sincera com Aline.

Eva

Tema escolhido: Arrogante

Sister escolhida: Camilla

A bailarina comentou que a sister teria ignorado o "bom dia" de algumas pessoas na casa e disse que não se dá bem com a trancista desde o início do jogo.

Pipocômetro: Mandou bem

Réplica de Camilla

A sister afirmou ter respondido o "bom dia". "Jamais eu ignoraria isso", disse.

Delma

Tema escolhido: Controladora

Sister escolhida: Camilla

A sister disse que Camilla controla as suas alianças desde o início do jogo. "Eu estou fazendo o máximo para não te machucar, mas certas coisas me magoaram", comentou.

Pipocômetro: Pipocou

Réplica de Camilla

A sister disse que sua forma de se expressar é "ruim", que preza pelo respeito e que Delma não tinha abordado o assunto com ela.

Thamiris

Tema escolhido: Decepção

Brother escolhido: Guilherme

A sister citou ter ficado decepcionada com a forma como o brother falou com a irmã. "Camilla é amorosa com todo mundo o tempo inteiro, mas, quando ela precisa se posicionar, ela se posiciona", disse.

Pipocômetro: Pipocou

Réplica de Guilherme

O brother disse que nem Camilla e nem Vitória são frágeis. "Todo mundo vai ter o seu momento de estresse aqui", comentou.

Maike

Tema escolhido: Traidora

Sister escolhida: Vitória Strada

O brother afirmou que a sister não teve "gratidão" com Diogo. "Ninguém gosta de pessoas ingratas", disse.

Pipocômetro: Pipocou

Réplica de Vitória

A atriz disse que nunca teve Diogo como aliado no jogo. "Não tem como trair uma pessoa que não é aliada", afirmou.

Daniele Hypolito

Tema escolhido: Covarde

Brother escolhido: Diogo Almeida

A sister criticou o fato de Diogo ter escolhido Thamiris em vez de Camilla no último Paredão.

Pipocômetro: Mandou bem

Réplica de Diogo

O brother explicou ter escolhido Thamiris por conta do Poder Curinga de Camilla e a chance de ela anular seu voto.

Renata

Tema escolhido: Controlador

Sister escolhida: Camilla

A bailarina citou embates que tem com Camilla desde o início do jogo e afirmou que o desentendimento com Vitória confirmou estratégias da trancista. "Acho que essa é uma atitude controladora", disse.

Pipocômetro: Pipocou

Réplica de Camilla

A sister negou ter se aproximado de seus aliados por conta de votos. "As pessoas que eu tenho embate eu não forço nada", comentou.

Gracyanne Barbosa

Tema escolhido: Covarde

Brother escolhido: Diogo Almeida

A influenciadora voltou a citar a situação em que o ator escolheu Aline em um contragolpe e o criticou por outras atitudes do brother com ela e com a sister.

Pipocômetro: Mandou bem

Réplica de Diogo

O ator disse não ter se sentido ouvido na discussão que teve com a influenciadora na cozinha.

Aline

Tema escolhido: Covarde

Sister escolhida: Renata

A sister voltou a citar a situação em que a bailarina escolheu jogar um voto fora no penúltimo paredão.

Pipocômetro: Pipocou

Réplica de Renata

A bailarina disse entender o ponto de vista da colega, mas que se sente confortável de dividir seu posicionamento "apenas com algumas pessoas".

João Gabriel

Tema escolhido: Traidora

Sister escolhida: Camilla

O brother criticou a forma como a sister se posicionou na briga com Vitória. "Uma coisa que eu não iria fazer era maltratar alguém. É o seu jeito, mas, do meu ponto de vista, não é certo", disse.

Pipocômetro: Pipocou

Réplica de Camilla

A sister criticou a falta de posicionamento no jogo. "É o primeiro Big Brother que eu vejo as pessoas querendo só paz", afirmou.

A defesa do rapper Sean Combs, conhecido como P. Diddy, fez um pedido, neste domingo, 23, para que as provas obtidas por mandados de busca nas propriedades do cantor sejam anuladas. A informação foi confirmada pela revista Deadline nesta segunda, 24.

O pedido vem antes do julgamento de Diddy, marcado para maio. Preso em setembro do ano passado, o rapper é acusado de crimes como agressão, tráfico sexual e abuso. Ele pode enfrentar prisão perpétua.

Os advogados do artista alegam que as provas contra o rapper foram obtidas por mandados de busca "inconstitucionalmente amplos". "Com base na teoria de que toda a vida do Sr. Combs foi um empreendimento criminoso, o governo buscou autoridade praticamente ilimitada para apreender qualquer evidência relacionada a esse 'empreendimento'", diz um trecho do documento assinado pela defesa de Diddy.

Considerado um magnata do hip-hop, Sean Combs é um dos grandes nomes da indústria fonográfica americana. Uma série de acusações contra o rapper veio à tona depois da repercussão do caso.

Promotores federais alegam que ele abusou sexualmente de mulheres e as forçou a participar de festas sexuais movidas a drogas, usando ameaças e violência. Diddy, no entanto, se declara inocente.