Com pandemia, cirurgias eletivas têm queda de 25,9% no 1º semestre no país

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Mesmo com o avanço da vacinação, a covid-19 ainda impacta o andamento das cirurgias eletivas no País. Segundo um levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), os procedimentos tiveram queda de 25,9% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2019, no pré-pandemia.

O pico de infecções, o medo da população e dificuldade para atender a demanda reprimida estão entre os motivos para o problema. Mutirões e pagamentos extras estão entre as estratégias adotadas por Estados e município, como a capital paulista, para tentar reduzir as filas.

Os dados, do Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIA-SUS), mostram que 4.186.892 procedimentos foram realizados nos primeiros seis meses de 2019. Neste ano, foram 3.099.006.

A queda preocupa integrantes do conselho, que alertam para o risco de agravamento de doenças crônicas, até porque a redução também foi notada nas demais etapas do atendimento, como consultas e exames. O levantamento apontou que o direcionamento de leitos para covid e a restrição de acesso aos hospitais resultaram em uma queda de 27 milhões no número desses procedimentos.

"Com uma doença desconhecida altamente contagiosa, houve o temor da população, que deixou de procurar os serviços médicos ficando em casa, mas isso tem um preço, que foi atrasar alguns diagnósticos, principalmente nas áreas de câncer e cardiovascular. Algumas cirurgias eletivas podem ser adiadas por um tempo, como as estéticas, de hérnia, de varizes. Outras não são assim", explica Donizetti Giamberardino, primeiro vice-presidente do CFM.

Na avaliação dele, será necessário um processo de organização para evitar que o quadro se agrave no próximo ano. "Existe a necessidade de o governo se organizar para, em 2022, ver se consegue retomar isso. O que precisamos é que todos os gestores de saúde que têm se empenhado na pandemia se dediquem às outras patologias que não covid. Não pode mais, após um ano e meio, deixar que outras doenças sejam esquecidas."

Um dos exemplos de fila dado pela entidade foi a de cirurgias cardiovasculares, que contabiliza cerca de 60 mil pacientes aguardando por uma operação, de acordo com dados levantados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV).

Outro ponto de preocupação do CFM é com o controle da pandemia e o impacto das variantes. E em como isso poderá continuar interferindo nos atendimentos eletivos e também na saúde dos pacientes com doenças crônicas.

"Se olharmos o cenário atual, podemos vislumbrar que, com a vacinação, podemos ter estabilidade, mas ainda temos um número razoável de pessoas a serem vacinadas. Esse porcentual não vacinado, se infectado pela nova variante, teremos de ver como vai ser a resposta epidemiológica", diz o coordenador do trabalho Hideraldo Cabeça, primeiro secretário do CFM e diretor de comunicação, tecnologia e informação do órgão.

Agravamento

No Rio Grande do Norte, uma das pessoas que estão à espera da retomada dos procedimentos é a dona de casa Ingrid Alcântara. Ela é mãe de Itallo Henrique Tomaz de Lima, de 6 anos. A criança, que tem microcefalia, necessita de duas cirurgias ortopédicas, sendo uma no pé e outra no quadril. Pela intervenção no quadril, ele aguarda há dois anos.

"Já passei por três ortopedistas. Os médicos dizem que não estão fazendo a cirurgia do quadril e é preciso esperar", lamenta. Conforme detalhado por Ingrid, com o passar do tempo o problema de seu filho piorou. O Estado afirmou ao ser questionado que um acordo deverá ser firmado entre a pasta e cooperativas médicas para que as cirurgias eletivas sejam retomadas nos próximos dias.

O Ministério da Saúde informou, em nota, que a definição dos critérios para a realização de procedimentos eletivos compete aos Estados e municípios e que tem oferecido apoio aos gestores do SUS. "A pasta disponibilizou R$ 350 milhões de recursos extras, que são repassados após a comprovação da realização dos procedimentos. Até julho foram repassados aproximadamente R$ 14,6 milhões aos Estados", declarou, citando 15 Estados beneficiados pelos pagamentos.

3 perguntas para Ana Maria Malik, coordenadora do FGV Saúde

1.Quais fatores levaram à queda dos procedimentos eletivos no SUS?

No caso do SUS, os leitos são muito utilizados por meio da regulação. Então, os leitos são demandados e a regulação aloca os pacientes de acordo com a necessidade e disponibilidade. Quando os leitos estão sendo utilizados para uma coisa, não são usados para outra. Além disso, tem muita gente que está com medo de utilizar os serviços e, quando não é urgente, as pessoas acabam preferindo deixar para outra hora.

2.O que é possível fazer?

Não adianta abrir mais leitos neste momento. O leito aberto é caro e o ocioso é mais caro ainda. A pessoa não precisa ficar no sistema de pacientes agudos. Existem países, como Portugal e Inglaterra, que têm os hospitais de transição. Já há diversos no setor privado, mas, no âmbito do SUS, ainda está tendo uma tentativa para transformar a nossa grande quantidade de hospitais de pequeno porte para que eles possam fazer isso.

3.Os mutirões são a melhor solução para o quadro atual?

O mutirão é uma estratégia que, para uma situação bem aguda, funciona. Quando tem fila de catarata ou outro tipo de procedimento que pode ser feito porque é relativamente simples. Consegue dar vazão e resolve a fila. Em outros, é melhor não fazer, porque os procedimentos são menos simples e o pós-cirúrgico pode ser complicado. A demanda reprimida, na verdade, é difícil de lidar porque, com muita frequência, sabe-se apenas de uma pequena parte.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A saga do processo de plágio aberto por Toninho Geraes contra a cantora Adele continua. O músico prestou depoimento nesta semana à polícia do Rio do Janeiro, que investiga um caso de possível falsidade ideológica em um dos documentos do processo. A informação foi confirmada pelo Estadão.

A queixa-crime de falsidade ideológica foi aberta pela defesa de Toninho no início de janeiro deste ano. Os advogados do músico apontam irregularidades na procuração apresentada pela defesa da artista britânica para uma audiência ocorrida em dezembro de 2024. Eles afirmam que a assinatura no documento tinha sinais de adulteração, como rabiscos, riscos e entrelinhas manuscritas.

O documento em questão teria sido emitido para uma audiência de emergência requisitada por representantes da cantora, quando a Justiça determinou a retirada de Million Years Ago das plataformas digitais.

Procurada pela reportagem, a Universal Music não havia se manifestado até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

Em relação ao desdobramento, a defesa relata que Geraes passou três horas prestando depoimento em uma delegacia no Rio de Janeiro. Segundo o advogado Fredímio Biasotto Trotta, o depoimento correu com tranquilidade, mas ainda é cedo para adiantar qualquer novidade.

"Quanto às atividades policiais no Inquérito, não posso, no momento, adiantar qualquer informação, para não prejudicar as investigações, exceto declarar que a Polícia está realmente agindo", afirma.

Relembre o caso

O artista mineiro Toninho Geraes acusa Adele de plagiar a música Mulheres, canção de sua autoria eternizada na voz de Martinho da Vila. O plágio teria ocorrido em Million Years Ago, uma composição de Greg Kurstin. Em dezembro, a Justiça do Rio determinou que a música fosse retirada das plataformas digitais.

Posteriormente, a Universal Music entrou com um recurso contra a liminar, alegando que ambas as obras utilizam um "clichê musical", o que não configura a violação de direitos autorais.

Mesmo após o Oscar, Ainda Estou Aqui segue sendo indicado a premiações no mundo do cinema. Agora, o filme de Walter Salles concorre ao Prêmio Platino, uma das maiores premiações do cinema Ibero-Americano.

Neste ano, o filme recebeu três indicações, incluindo a de Melhor Filme Ibero-Americano. Fernanda Torres disputa na categoria de Melhor Atriz por sua atuação como Eunice Paiva e Walter Salles está concorrendo ao prêmio de Melhor Direção.

Além disso, Ainda Estou Aqui também concorre ao Prêmio do Público nas categorias de Melhor Filme Ibero-Americano de Ficção e Melhor Atriz.

Organizado pela FIPCA (Federación Iberoamericana de Productores Cinematográficos y Audiovisuales) e pela EGEDA (Entidad de Gestión de Derechos de los Productores Audiovisuales), o Prêmio Platino acontecerá no dia 27 de abril, no Palácio Municipal IFEMA de Madrid. O evento será transmitido pela plataforma SmartPlatino TV.

Ainda Estou Aqui se tornou o primeiro filme brasileiro a conquistar um Oscar -- ele foi reconhecido na categoria de Melhor Filme Internacional. Em seu discurso, Walter Salles dedicou o prêmio a Eunice Paiva, a Fernanda Torres e a Fernanda Montenegro. Depois, ele contou que pretendia pronunciar a frase "ditadura nunca mais" no palco, mas que teve que improvisar um discurso após perder suas anotações.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Renata voltou para a casa do Big Brother Brasil 25 na manhã desta sexta-feira, 14, após a dinâmica da Vitrine do Seu Fifi e revelou para a casa algumas das coisas que ouviu do público. A bailarina contou sobre o beijo entre João Gabriel e Thamiris, e o goiano disse não se lembrar do ocorrido.

Renata contou primeiro para Eva e Vilma. "Mostrou o João Gabriel beijando a Thamiris debaixo do edredom. Lembra que teve um dia que eles estavam conversando, que Thamiris era a fim dele, e ele negou?", relembrou a sister. "Eu nem sabia dessa história", disse Eva. "Ela dá em cima dele", opinou Vilma. Renata disse que não ia contar para os gêmeos, mas depois acabou revelando.

Em seguida, a bailarina contou para João Pedro: "Eles mostram tudo. Mostraram até o João Gabriel debaixo do edredom com a Thamiris (...) Beijou, depois ficou negando…", revelou. E Vilma ponderou: "Só que ele se comprometeu com a pessoa que ele tem lá fora." A estudante de nutrição acredita que Thamiris estava dando em cima de João Gabriel de propósito, para prejudicá-lo.

João Pedro contou para o irmão que, constrangido, jurou não se lembrar do beijo. Porém, quando Thamiris, que foi eliminada essa semana, ainda estava na casa e tentou conversar com o brother, ele preferiu não entrar no assunto e pediu para "deixar quieto". Thamiris chegou a contar do beijo para alguns amigos e revelou ter se incomodado com a postura do goiano, mas João Gabriel ainda não havia comentado o ocorrido na casa.

Internautas notaram a contradição de João Gabriel e opinaram também sobre as falas de Vilma.