'Não dialogamos com a morte, como parece fazer o presidente', diz Paes

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Chamado de "projeto de ditador" pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, por obrigar os servidores do município a se vacinarem contra a covid-19, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), respondeu às críticas na manhã desta sexta-feira, 17, durante a divulgação do boletim epidemiológico semanal do Rio. Paes afirmou que, na cidade, "nós não dialogamos com a morte, como parece fazer o presidente da República permanentemente desde que a pandemia começou".

No início da noite de quinta-feira, 16, Bolsonaro usou sua live semanal para criticar a prefeitura do Rio por exigir a vacinação contra a covid-19 de todos os servidores públicos municipais.

O presidente foi além e, mais uma vez, desdenhou da Coronavac, primeira vacina a ser aplicada no País e que tem seu uso liberado pela Anvisa desde o início do ano.

"O prefeito do Rio de Janeiro obrigando o servidor público a tomar vacina. Eduardo Paes, tomar Coronavac... tem alguma comprovação científica tomar Coronavac? Por que você faz isso? Que maldade é essa? São projetos de ditadores no Brasil. Um é o Eduardo Paes no Rio de Janeiro. E nós vimos muitos governadores fazendo coisas terríveis durante a pandemia, como toque de recolher, lockdown, confinamento, prisões e outras barbaridades", disse Bolsonaro, em trecho que Paes fez questão de exibir antes de iniciar sua coletiva de imprensa.

"O que tem nos movido aqui permanentemente é o amor à vida", afirmou o prefeito. "As decisões aqui se dão a partir de gestos de compaixão, de empatia com os cidadãos, com o que vêm passando a população do mundo, especialmente a população brasileira. O que me move aqui, e o que tem levado a minha ação permanente na busca de superar a pandemia, é a solidariedade com as muitas famílias enlutadas neste país. Eu não sei se o presidente da República tem capacidade de se sensibilizar com isso - quero crer que sim."

Paes acrescentou que, além do flagelo de quase 590 mil mortos no Brasil, a pandemia trouxe outras consequências. "Talvez o presidente da República não conheça esses dados, mas o Brasil é um país que tem um conjunto grande de municípios, principalmente pelo interior, nas áreas mais distantes do País, das grandes cidades... Parte da economia é sustentada pela aposentadoria, de aposentados que infelizmente perderam suas vidas. Então nós temos famílias enlutadas, como aliás é o caso da minha, mas também temos famílias que perderam as condições de sua sobrevivência", pontuou.

"A mensagem que eu mando ao presidente da República, sem politizar algo que na minha opinião não deve ser politizado, é que o que vai nos mover aqui é a paixão pela vida, é o respeito pelos servidores do Rio de Janeiro, é o respeito pelo cidadão carioca, aquele que compete a mim cuidar a partir da eleição do ano passado", sustentou o prefeito. "Nós não dialogaremos com a morte na cidade do Rio de Janeiro."

Depois, antes de anunciar que o Rio continuará vacinando adolescentes com mais de 12 anos, apesar de nota técnica contrária divulgada na quinta pelo ministério da Saúde - e a qual o secretário de Saúde do município, Daniel Soranz, afirmou que "falta com a verdade" em alguns de seus apontamentos - Eduardo Paes aproveitou para criticar as decisões do ministério tomadas a partir de ordens do presidente.

"(No Rio) o secretário Daniel Soranz jamais vai tomar uma decisão a partir de uma ligação matinal do prefeito da cidade achando alguma coisa sobre algo que ele desconhece completamente. Desconheço eu, e certamente desconhece o presidente da República, que não tem formação nem especialização neste tema", declarou o prefeito.

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Hollywood encontrou na nostalgia uma fórmula quase infalível para o sucesso, ressuscitando franquias dos anos 1980 e 1990 com remakes, sequências e prelúdios que apelam para fãs antigos ao mesmo tempo em que atraem um novo público. Um título que não será submetido a esse processo de modernização, pelo menos no que depender do roteirista Bob Gale, é De Volta para o Futuro, trilogia dirigida por Robert Zemeckis e lançada entre 1985 e 1990.

Em um evento nos Estados Unidos, Gale disse não entender porque a imprensa frequentemente questiona os envolvidos com a saga sobre novos capítulos da história de Marty McFly (Michael J. Fox). "Eles acham que se falarem sobre isso o bastante, nós vamos fazer?", questionou o roteirista.

"Em toda entrevista eles perguntam 'Bob, quando teremos De Volta para o Futuro 4?' Nunca. 'Quando teremos um prelúdio?' Nunca. 'Quando teremos um derivado?' Nunca", declarou. "[A franquia] está boa do jeito que está. Não é perfeita, mas como Bob Zemeckis diz, 'é perfeita o bastante.'"

Segundo Gale, nem ele, nem Zemeckis e nem o produtor Steven Spielberg planejam retornar a De Volta para o Futuro. "Steve não deixa fazerem outro E.T. - O Extraterrestre, ele respeita o fato de que não queremos fazer mais De Volta para o Futuro. Ele entende e sempre nos apoiou nisso. Obrigado, Steven."

De Volta para o Futuro acompanha as aventuras do adolescente Marty McFly que, ao lado do cientista Doc Brown (Christopher Lloyd), usa um carro modificado para viajar no tempo. Ao longo dos três filmes, ele visita a época que seus pais estavam no Ensino Médio, um futuro em que tem uma família e o Velho Oeste dos Estados Unidos.

Os três filmes da franquia estão disponíveis no Globoplay.

Morreu aos 66 anos o músico galês Mike Peters, mais conhecido como vocalista da banda The Alarm. O artista convivia há 30 anos com um tipo de câncer no sangue.

Diagnosticado inicialmente com Leucemia Linfócita Crônica (LLC) em 1995, Peters enfrentou múltiplos tratamentos nas últimas décadas, mas viu seu quadro de saúde se agravar recentemente e não resistiu às complicações da doença.

No ano passado, o artista precisou cancelar uma turnê de 50 shows nos Estados Unidos após descobrir que a doença havia evoluído, e que ele desenvolveu uma forma agressiva de linfoma. Desde então, ele estava em tratamento na Christie NHS Foundation Trust, em Manchester, na Inglaterra.

No Instagram, o perfil oficial da banda lamentou a morte com uma publicação breve. "Totalmente livre", diz o texto da imagem com o nome do cantor e as suas datas de nascimento e morte.

Vida e carreira de Mike Peters

Nascido em 25 de fevereiro de 1959 no País de Gales, Mike Peters ficou conhecido como o líder da banda The Alarm, cuja música tem influências do new wave e do punk. Após o grupo se dissolver em 1991, ele lançou alguns trabalhos solo, até a banda se reunir novamente em 2000 e permanecer ativa desde então.

Antes do sucesso, no entanto, Peter começou a carreira na música com o grupo Hairy Hippie, formado com colegas de escola na década de 1970 para se apresentar na festa de aniversário de sua irmã. Mais tarde, ele formou o The Toilets após se encantar com uma apresentação do Sex Pistols. O The Alarm veio quando ele se mudou para Londres, em 1981.

O grupo ganhou destaque internacional a partir de 1983, quando participou de uma turnê americana do U2 e lançou seu primeiro álbum, Declaration. Nos anos seguintes, também se apresentaram com Bob Dylan e o Queen e chegaram a vender 5 milhões de discos. Suas faixas de sucesso incluem Sixty Eight Guns, Strength e Rain in the Summertime.

Após receber o diagnóstico de câncer, Mike se tornou uma voz ativa na luta contra a doença, e lançou a organização Love Hope Strength, para conscientizar as pessoas sobre câncer e leucemia, arrecadar fundos para custear o tratamento de pessoas carentes e incentivar a doação de medula óssea.

O astro deixa a esposa, Jules, de 58 anos, e os filhos Dylan, 20, e Evan, 18.

O universo de Miami Vice vai ganhar uma nova adaptação para os cinemas. Segundo informações da Variety, o diretor Joseph Kosinski, responsável pelo sucesso de Top Gun: Maverick, foi escalado para comandar o projeto, que será produzido pela Universal Pictures.

A nova versão terá roteiro adaptado por Dan Gilroy, de O Abutre e O Legado Bourne. Ainda não há detalhes sobre a trama, mas o filme será inspirado na série exibida originalmente entre 1984 e 1989 pela NBC, que acompanhava dois detetives infiltrados no submundo do crime em Miami. No Brasil, a produção também ficou conhecida como Miami Vice.

Em 2006, uma versão da série chegou às telas com Jamie Foxx e Colin Farrell no elenco e direção de Michael Mann, criador da série original.

O elenco da nova versão ainda não foi anunciado. Além da direção, Kosinski também será produtor do projeto por meio da sua empresa, Monolith, ao lado de Dylan Clark (Planeta dos Macacos). A vice-presidente executiva de produção e desenvolvimento da Universal, Sara Scott, acompanhará o filme em nome do estúdio.