Polícia do Rio identifica três supostos envolvidos em sequestro de helicóptero

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro anunciou nesta quarta-feira, 22, ter identificado os dois criminosos que renderam o piloto de um helicóptero, no último domingo, 19, numa tentativa de resgatar um preso que está no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu (zona oeste). Também foi identificado o suposto autor do plano, que acabou frustrado porque o piloto do helicóptero, que também é policial civil, reagiu e chegou a entrar em luta corporal contra os dois criminosos. Eles acabaram desistindo do plano. Todos são integrantes da facção criminosa Comando Vermelho.

Segundo a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), quem alugou o helicóptero foi Marco Antônio da Silva, o Pará, gerente de bocas de fumo na favela do Sabão, em Niterói (Região Metropolitana do Rio), e Khawan Eduardo Costa Silva, que também atua no tráfico de drogas nessa mesma comunidade. Os dois foram reconhecidos pelo piloto e aparecem em vídeos do circuito interno de segurança, enquanto aguardam o abastecimento do helicóptero.

A polícia considera Carlos Vinícius Lírio da Silva, chefe do tráfico na favela do Sabão e detido no presídio Vicente Piragibe, no complexo de Gericinó, como o principal suspeito de ser o mentor do plano de fuga. Ele seria um dos fugitivos - a polícia acredita que outros criminosos poderiam fugir junto com ele.

Segundo a polícia, Pará e Silva exigiram um helicóptero "esquilo", que comportasse cinco passageiros, para fazer o trajeto, o que indica que o plano era resgatar mais de uma pessoa. "Eles queriam uma aeronave de pelo menos cinco lugares. Então, para nós, isso indica que mais de um detento iria fugir", contou o delegado William Pena Júnior, da Draco.

Na noite de terça-feira, 21, a polícia conseguiu localizar o motorista de aplicativo contratado para levar os dois criminosos de Niterói ao heliponto da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, na manhã de domingo. O rapaz recebeu R$ 100 pela corrida.

"Encerramos essa primeira fase da identificação dos que participaram do sequestro. Agora vamos partir para a segunda etapa, identificando os alvos e tentando prender todos eles", afirmou Pena Júnior.

"Não há dúvida de que há um mentor e que era um plano do Comando Vermelho. Durante o voo, depois do resgate frustrado, eles queriam que a aeronave pousasse no Complexo da Penha. Depois desembarcam em outra favela da mesma facção (Morro do Castro), em Niterói", disse o delegado.

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A derrota do Oscar de Melhor Atriz e Melhor Filme por Fernanda Torres e Ainda Estou Aqui para a americana Mikey Madison e Anora, filme independente dirigido pelo norte-americano Sean Baker, ainda tem abalado os ânimos dos brasileiros e é tema central do carnaval de rua em 2025. Ainda Estou Aqui ganhou na categoria "Filme Internacional".

Nesta terça, 4, os foliões adaptaram a marchinha Aurora, escrita por Mário Lago e Roberto Roberti em 1941, para calibrar o clima de rivalidade. (Veja o vídeo abaixo)

"Se você fosse sincera, ô ô ô ô, Anora. Devolvia o nosso Oscar, ô ô ô ô, agora", canta um grupo de pessoas em um bloco de rua não identificado. O vídeo viralizou nas redes sociais.

Na adaptação, é pedido que Anora entregue os prêmios aos brasileiros. Boa parte do público ficou revoltada com a escolha da Academia pelo filme independente e pela jovem atriz Mikey Madison, de 25 anos.

A torcida do Brasil era para que, principalmente, Fernanda Torres levasse o título de "Melhor Atriz" na maior premiação do cinema. A própria atriz se pronunciou dizendo que o resultado foi justo e pedindo para que fãs não enviem mensagens de ódio a Mikey Madsona.

A vitória do filme Ainda Estou Aqui no Oscar 2025 foi um momento de grande emoção para Ana Lúcia Paiva. Presente na cerimônia em Los Angeles, Nalu revelou que usou um colar que pertenceu à sua mãe, Eunice Paiva, durante o anúncio da categoria de Melhor Filme Internacional, vencida pelo longa brasileiro.

"Na hora do anúncio, eu estava com a mão no peito, porque estava com o colar da minha mãe antes e não consegui tirar, porque deu um nó. Então pensei: 'Vou ficar com esse colar, porque mamãe não quer me deixar, quer ir comigo para o Oscar'", contou Nalu ao Gshow. No momento da vitória, ela segurou o colar, beijou a pedra e chorou de emoção.

Filha de Eunice e Rubens Paiva, Nalu Paiva ainda destacou a importância do discurso do diretor Walter Salles, que homenageou sua mãe ao receber o prêmio. "Foi um momento maior do que eu, que representa nossa história. Walter, meu amigo de sempre, homenageando minha mãe na frente do mundo, isso é muito lindo", celebrou.

O escritor e poeta brasileiro Affonso Romano de Sant'Anna morreu na manhã desta terça-feira, 4, aos 87 anos. O autor, que morava no Rio de Janeiro, foi diagnosticado com Alzheimer em 2017.

O escritor, que estava acamado havia quatro anos, era casado com a também escritora Marina Colasanti. Ela morreu em janeiro deste ano, também aos 87 anos. Affonso deixa uma filha, a atriz e cineasta Alessandra Colasanti, além de um neto.

Nascido em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, o autor escreveu mais de 60 livros ao longo de seis décadas de carreira. Entre suas obras de destaque, estão os três volumes de poesias e crônicas reunidas - além de Como Andar no Labirinto (2012), Tempo de Delicadeza (2007) e Intervalo Amoroso (1998).

Affonso também teve forte atuação na academia, atuando como professor e dirigindo o departamento de Letras da PUC-Rio entre 1973 a 1976. Também lecionou no exterior, em faculdades dos Estados Unidos, Alemanha, Portugal e França.

Na área da educação, presidiu a Biblioteca Nacional durante a década de 1990, sendo um dos responsáveis pelo Programa Nacional de Incentivo à Leitura, que está ativo até hoje.

Na imprensa, atuou como cronista do Jornal do Brasil, de O Globo, Estado de Minas e Correio Braziliense. Também foi crítico literário.

O velório do escritor será realizado nesta quarta-feira, 5, das 11h às 14h. O evento ocorre na Capela Histórica do Cemitério da Penitência, na cidade do Rio de Janeiro.