Criado por Oscar Garcia, podcast 'O Prazer de Ler' extrapola muros da escola

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Quando Oscar Garcia, de 45 anos, voltou a trabalhar presencialmente no ano passado, depois do primeiro susto do coronavírus, ele encontrou a escola vazia. Na biblioteca, um silêncio como o de antigamente. A molecada que costumava passar por ali para pedir uma dica de leitura, ler um livro, pesquisar, ouvir uma história ou pegar alguma coisa para ler nos intervalos ou em casa não tinha voltado, e demoraria a voltar.

Bibliotecário em duas escolas do Sesi, ele começou a participar das aulas online, mas sentia que faltava algo. "Faltava a proximidade com os meus estudantes", ele conta agora, por telefone - e no fundo é possível ouvir vozes de crianças, aquela baguncinha da hora do recreio. É um momento diferente daquele quando, pensando em novas formas de incentivar a leitura e de fazer o seu trabalho estando distante das crianças, ele idealizou o podcast O Prazer de Ler.

Oscar começou gravando a leitura de um conto infantil de André Neves, Lino, em maio de 2020. Lá pelo segundo ou terceiro episódio, teve a ideia de convidar os autores para participarem. Funciona assim: Oscar lê uma história - para crianças, mas não só - e depois o autor ou o ilustrador do livro escolhido conta um pouco como surgiu a ideia e revela seu processo criativo, por exemplo. Heloisa Prieto foi a primeira convidada e falou, no quarto episódio, sobre o conto A Loira do Banheiro.

"Acho que essa foi a grande sacada. Deu muito certo. Como eu conheço muitos autores por levá-los ao Sesi - nesses mais de 10 anos já levei cerca de 130 -, tenho uma boa rede de contatos e todo mundo foi topando", diz. Para ele, essa proximidade faz toda a diferença. "Quando um autor visitava uma escola, era incrível ver como aumentava o fluxo de estudantes na biblioteca e como disparava o número de empréstimos."

De maio do ano passado para cá, algumas coisas mudaram. A pandemia está longe de acabar, mas as crianças puderam voltar para a escola - e para a biblioteca. E o podcast, idealizado sem grandes pretensões e com foco nessas crianças que Oscar deixou de encontrar presencialmente por causa do coronavírus, agora ganhou o mundo - disponível nas principais plataformas, ele é ouvido em 30 países dos cinco continentes.

"Começou com um boca a boca, um foi passando para o outro, os autores foram divulgando e o podcast tomou uma proporção que eu nunca imaginei. Nunca imaginei, por exemplo, que ele seria ouvido no Camboja ou na Indonésia. Não tem mais fronteira, as pessoas querem histórias, querem o contato com a língua-mãe, quem mora em outros países quer que os filhos ouçam histórias em português para não perderem a conversação", comenta, e conta que iniciou uma parceria com a Fundação Dorina Nowill. "Eu não tinha pensado nisso, mas o podcast literário é uma forma de aproximar a leitura também do deficiente visual e de quem tem baixa visão."

Oscar lança um episódio por semana. Na primeira temporada, foram 49. Esta segunda já está no 26º e deve encerrar em 45. Os mais curtos têm cerca de 13 minutos. Os mais longos ultrapassam os 40. Tudo é feito de casa com um celular, que não é novo, e um computador, que é velhinho também, em suas palavras. Às vezes o cachorro do vizinho late, ou a campainha toca. E é preciso gravar mais uma, duas, três, dez vezes. No fim dá certo. Aos poucos, ele vai dando uma incrementada no roteiro. A novidade desta temporada foi a criação da seção Minhas Inspirações. Nela, escritores, ilustradores, bibliotecários e grandes leitores contam quais são os seus livros preferidos.

Por falar em grandes leitores, Oscar é um. Ele está sempre lendo. Literalmente. Só este ano ele já leu 112 livros - e não entram na conta os infantis. Tem sempre pelo menos um livro na mão, outro no celular, mais um no Kindle e um último no fone. Um parêntese: segundo a pesquisa Retratos da Leitura, o brasileiro lê em média 4,95 livros por ano - desses, 2,55 são terminados e 0,87 são leitura obrigatória da escola.

Oscar lê de tudo, menos livro religioso e de autoajuda. E vai lendo e já pensando o que pode ficar legal e funcionar no podcast, no qual procura ter todos os gêneros e obras de autores não só daqui. José Jorge Letria, de Portugal, e João Fernando André, de Angola, já participaram, bem como autoras da Argentina e Irlanda - nesses casos, com tradução.

O bibliotecário gostou da experiência, tem participado de muitas lives sobre leitura e considera que há muito espaço para crescer neste ramo de podcast literário voltado para educação. "Dá para fazer muita coisa legal e vejo isso como um apoio pedagógico para professores", comenta este paulistano da zona norte que começou a vida como office-boy, foi dono de fliperama, viveu um tempo em Londres e Lisboa e que desde sempre foi frequentador assíduo de bibliotecas, sebos e livrarias.

Oscar é leitor porque em algum momento se encantou com o livro. Não houve influência em casa nem de nenhum professor, ele conta. Mas a biblioteca da escola, que em sua época era uma sala fechada e vista como um lugar de castigo, era, para ele, um outro mundo. "Lembro de ficar doido para ir à biblioteca e não podia. Eu aprontava alguma só para ir para lá. Aprontava, me diziam que eu ia ficar de castigo na biblioteca, eu fazia cara de triste, mas estava feliz da vida. Essa é uma lembrança muito nítida da infância, do período que seria hoje o Ensino Fundamental."

Já naquela época, lia tudo o que caía em sua mão. O Gênio do Crime, de João Carlos Marinho, foi uma leitura que o marcou. Como não havia livros em casa nem biblioteca perto, o jeito era dar uma espiada na banca de jornal - e, assim, se tornou também leitor de quadrinhos.

Com seu histórico e sabendo que se sentia melhor quando estava cercado por livros, a faculdade de biblioteconomia foi um caminho natural. Hoje, ele se divide entre duas escolas do Sesi, em Osasco e Cotia, e tenta fazer desses espaços de leitura o lugar mais agradável da escola. Isso, para ele, significa que ela será aconchegante e acolhedora, estará sempre de portas abertas e terá, na medida do possível, livros novos. Oscar acredita que isso e seu entusiasmo pelo livro poderão ajudar a aproximar as crianças das histórias. E ele faz uma brincadeira com elas: quem emprestar mais livros durante o ano ganha um exemplar novinho escolhido pelo bibliotecário.

"Sempre falo para os alunos: leia porque quem lê vai falar melhor, vai se expressar melhor, vai organizar melhor o pensamento, vai escrever melhor e não vai ser ludibriado por qualquer conversa fiada por aí. A leitura é fundamental e libertadora. Podem tirar tudo deles, menos o conhecimento. O livro, a leitura, a literatura podem mudar as pessoas para mudar o mundo, para torná-lo um lugar mais justo", comenta.

"E, como diz o escritor Júlio Emílio Braz, quem lê só vai ter um problema: vai ficar muito inteligente", finaliza o bibliotecário que volta e meia recebe alunos procurando livros de autores que eles conheceram por meio do podcast. E a lista dos que passaram pelo programa vai crescendo a cada semana: Pedro Bandeira, Ilan Brenman, Lúcia Hiratsuka, Roseana Murray, Edyr Augusto... Se depender do sonho de Oscar, logo estarão por lá também Drauzio Varella e Ignácio de Loyola Brandão.

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Carl Dean, marido da cantora Dolly Parton e inspiração para o clássico country Jolene, morreu nesta segunda-feira, 3, aos 82 anos, na cidade de Nashville, no Tennessee (EUA). A causa da morte não foi divulgada.

"Carl e eu compartilhamos muitos anos maravilhosos juntos. Palavras não podem expressar o amor que vivemos por mais de 60 anos. Obrigada pelas orações e pelo carinho", escreveu Dolly Parton em uma publicação no Instagram.

A cerimônia de despedida será privada e restrita à família.

Dean era empresário do setor de pavimentação. Ele e Parton se conheceram em 1964, quando ela se mudou para Nashville. Eles se casaram dois anos depois, em uma cerimônia discreta na Geórgia. Além de Parton, Carl deixa duas filhas, Sandra e Donnie.

Reservado, Dean sempre evitou os holofotes. Ele inspirou diversas canções da rainha da música country, assim como o seu álbum mais recente, Rockstar, lançado em 2023.

Nas redes sociais, Dolly Parton compartilhou lembranças ao lado do marido, e nos comentários, fãs enviavam mensagens de carinho e apoio, desejando força à cantora.

A noite desta segunda-feira, 3, no Big Brother Brasil 25 foi marcada por um novo atrito entre Aline e Renata, após a dinâmica do RoBBB Seu Fifi no Sincerão.

Durante a atividade, os participantes tiveram a chance de descobrir quem fez as declarações reveladas mais cedo. Renata, ao descobrir que Aline foi uma das autoras de falas sobre ela, iniciou uma discussão sobre sua suposta participação em conversas estratégicas dentro da casa.

Veja como foi a briga

O impasse surgiu quando Aline afirmou que Renata sempre esteve presente em discussões sobre o jogo, algo que Renata negou. Durante o intervalo do programa, Renata insistiu que nunca fez parte desses debates e que evitava interferir nos diálogos dos demais participantes sobre estratégia.

"Eu entro no quarto para pegar minhas coisas e saio. Nunca fiquei ali para ouvir nada sobre jogo", afirmou. Aline, no entanto, discordou: "Todas as vezes que falamos sobre jogo e você estava presente, nós não mudamos o assunto. Você estava lá."

Renata reforçou que sempre teve o cuidado de se retirar quando percebia que o tema era estratégia de jogo. "Sabe quando você entra em um ambiente e sente que as pessoas seguraram o assunto? Eu sou a primeira a sair, porque não quero ser inconveniente", explicou.

Já Aline rebateu que a percepção de Renata não correspondia ao que os outros participantes observavam. "Isso não é só minha impressão, outras pessoas também já perceberam", disse.

O desentendimento escalou quando Aline mencionou que estava digerindo algumas questões em relação a Renata. "Se eu tenho um bloqueio em relação a você, é algo que eu preciso de tempo para tratar. Não é automático, porque eu só vou fazer isso com uma pessoa que eu realmente quero ter uma relação 100%", afirmou. Renata respondeu diretamente: "Agora ficou claro que você não quer ter uma relação 100%".

Desentendimento anterior

A troca de farpas entre as sisters já havia começado mais cedo. No Quarto Anos 50, Renata acusou os aliados de Aline de mudarem de assunto sempre que ela se aproximava, o que a ex-policial negou. "Eu já senti que, às vezes, eu entro no quarto e vocês param ou disfarçam o assunto", disse Renata. "Se fosse para mudar de assunto, seria porque nós estaríamos articulando para votar em você e, nesse momento, não é a nossa opção", rebateu Aline.

A tensão aumentou quando Aline sugeriu que a ida de Renata ao Paredão poderia estar relacionada ao fato de sua dupla, Eva, ter uma boa relação com os demais participantes. A afirmação irritou Renata, que desabafou com seus aliados: "Eu acho chato. A pessoa está vendo que eu estava chorando, querendo desabafar, senta na roda e fala isso? É só para terminar de chutar, eu já estou mal."

Renata enfrenta o Paredão contra Camilla e Vilma, o resultado será divulgado no programa ao vivo da próxima terça-feira, 4.

Nesta segunda-feira, 3, o músico Tony Bellotto anunciou que foi diagnosticado com um tumor no pâncreas e que se afastará temporariamente dos palcos para realizar um procedimento cirúrgico. Os Titãs confirmaram que o guitarrista Alexandre de Orio será o substituto nos próximos shows da banda.

Quem é Alexandre de Orio?

Com uma carreira que mistura heavy metal, jazz e pesquisa acadêmica, Alexandre de Orio tem um histórico consolidado na música. Foi guitarrista da banda Claustrofobia, um dos principais nomes do thrash e death metal nacional, e participou de turnês pela Europa e América Latina.

Além do palco, o músico também atua no meio acadêmico. Graduado pela Faculdade de Artes Alcântara Machado (FAAM), com pós-graduação em Estrutura e Linguagem Musical, ele leciona na Swarnabhoomi Academy of Music (SAM), na Índia, onde ministra aulas sobre a fusão do metal com ritmos brasileiros. O tema também rendeu o livro Metal Brasileiro: Ritmos Brasileiros Aplicados na Guitarra Metal - Volume 1 - Samba Metal.

Experiência internacional e projetos paralelos

Alexandre de Orio já colaborou com nomes conhecidos do rock nacional, como Sérgio Britto (Titãs), Digão (Raimundos) e Egypcio (ex-Tihuana, atual Cali). Também é membro do Kroma Electric Guitar Quartet, projeto experimental de guitarras elétricas, e diretor musical da School of Rock Guarulhos.

O guitarrista também se manifestou sobre a substituição de Bellotto. Em suas redes sociais, desejou força ao músico e afirmou que fará o seu melhor durante os shows com os Titãs.

"Tony, como nos falamos esses dias, ficam aqui minhas energias positivas, força. Em breve, você estará de volta. Enquanto isso, darei o meu melhor. Boa recuperação", escreveu.

A banda seguirá com a agenda de apresentações enquanto Bellotto se recupera. Segundo o comunicado oficial, o guitarrista retomará suas atividades assim que possível.