Saúde anuncia reserva de vagas de mestrado e doutorado para o Mais Médicos; entenda

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Profissionais do Mais Médicos vão ter vagas reservadas para o programa de pós-graduação profissional da Rede Nordeste em Saúde da Família (Renasf). Serão 48 vagas de doutorado e 120 de mestrado. As inscrições vão de 9 a 23 de novembro.

A reserva é fruto de parceria com o Ministério da Saúde, que busca trazer atrativos na nova versão da política que leva profissionais a regiões onde há escassez ou ausência deles. A manutenção dos médicos no programa, principalmente em áreas de difícil acesso, é um desafio. Por isso, a retomada de editais neste ano já previu bônus salariais por fixação em cidades vulneráveis, e o governo prometia mais oportunidades de capacitação.

"Os médicos externavam essa vontade de ter mais oportunidade de formação. Incluir o mestrado nessa nova etapa de retomada do programa é um ponto fundamental, inclusive para estimular a sequência dos médicos no programa, que é um objetivo importante dessa retomada", diz Felipe Proenço, secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde. Levantamento da secretaria revelou que 41% dos participantes do Mais Médicos desistiam do posto de trabalho por estarem em regiões remotas e sentirem a necessidade de sair à procura de capacitação e qualificação.

Por ser um programa de educação para o trabalho, os dois primeiros anos do médico já são dedicados a uma especialização em saúde da família e da comunidade. Trata-se de uma pós-graduação lato sensu oferecida pela Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS). O mestrado e o doutorado são considerados stricto sensu, ou seja, há um maior aprofundamento no campo do saber ao qual se destina.

Pós-graduação profissional

Mesmo para entrar no mestrado, o médico vai precisar já ter concluído essa formação lato sensu ou residência na área de saúde da família e da comunidade. Por isso, inclusive, a ideia da gestão era só fazer a oferta de vagas nesse tipo de programa a partir de 2025, com a conclusão dos primeiros dois anos desses profissionais. No entanto, conforme Proenço, os planos foram adiantados pois já há médicos que cumprem os pré-requisitos.

Ao contrário dos mestrados e doutorados acadêmicos, os profissionais são menos teóricos e têm foco no mercado. Segundo Proenço, o trabalho de conclusão inclusive terá de envolver um problema da sua equipe ou da comunidade onde atua.

"Vamos supor que o médico avalia que uma das dificuldades dentro da equipe de saúde da família é consolidar as informações que são necessárias para planejar as atividades. Então, durante o mestrado, vai estudar tudo o que tem de referência sobre esse sistema, como usar dados em saúde, como planejar as atividades de uma equipe para acompanhar melhor as gestantes, como identificar a situação de vacinação das crianças e acompanhar os hipertensos e diabéticos. E, nesse trabalho de conclusão, fará uma proposta de como melhorar isso", exemplifica.

Nordeste

A Renasf é uma das iniciativas da Fiocruz Ceará, em parceria com instituições de ensino e pesquisa da região, com as secretarias estaduais e municipais de Educação, Saúde, Ciência e Tecnologia. A rede oferece o programa de pós-graduação em saúde da família de forma descentralizada, com participação de 11 instituições para o mestrado e três para o doutorado dividas em seis estados do Nordeste brasileiro.

As linhas de pesquisa em saúde da família e da comunidade foram priorizadas devido ao papel dessa área da medicina para o SUS. Ela atua na porta de entrada da saúde pública ao acompanhar famílias da área de abrangência de uma unidade de saúde, com foco de promoção da saúde, além de prevenção e acompanhamento de doenças.

As aulas de mestrado e doutorado serão presenciais e divididas entre as instituições da Rede Nordeste. Segundo Proenço, por se tratar de um programa profissional, há uma "concentração periódica" das atividades para que os médicos consigam conciliar os estudos com o trabalho.

Não há uma proibição que impeça profissionais do Mais Médicos alocados em outras regiões de fazerem parte do programa de pós-graduação, no entanto, a necessidade de deslocamento para as aulas presenciais pode ser um impeditivo. Por isso, a pasta trabalha para que haja reserva de vagas em mestrados e doutorados em outras regiões. As tratativas estão "avançadas", conforme Proenço.

Residência

Em maio deste ano, o Estadão já havia conversado sobre o assunto com Proenço, em uma reportagem que apresentou as novidades do programa. Ele comentou que o bônus salarial e a possibilidade de pós-graduação eram uma "resposta importante", mas a pasta entende que só isso não resolve o problema de fixação e má distribuição regional. "É bastante complexo. Depende também da oferta de residência", diz.

A reportagem questionou o secretário sobre o planos nesse sentido. "A residência tem um calendário muito 'fechadinho'. Propostas podem ser apresentados até junho e todos os programas de residência têm que começar no dia 1° de março", disse.

"Já fizemos incentivos neste ano. A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação está preparando edital para apoiar os programas de residência, mas como esse calendário da residência é muito fechado ao longo do ano, a gente só consegue fazer os anúncios nessas datas. Então ainda está sendo preparado", completou.

Editais

O edital para mestrado está neste link

O edital para doutorado está neste link

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Marcelo Rubens Paiva, autor de Ainda Estou Aqui, irá lançar um novo livro, chamado o novo agora. A obra será publicada pela editora Alfaguara, selo da Companhia das Letras, em 22 de abril, e já está em pré-venda.

O novo livro aborda os anos mais recentes da vida de Marcelo, falando sobre o nascimento de seus filhos, crise em seu casamento, a pandemia e alguns de seus projetos profissionais.

Esse será o terceiro volume da saga autobiográfica de Marcelo Rubens Paiva. O primeiro livro é Feliz Ano Velho, lançado em 1982, em que o autor relata como se tornou tetraplégico ainda jovem. Em 2015, ele publicou Ainda Estou Aqui, que conta a história de sua mãe, Eunice Paiva, e como ela lidou com o desaparecimento de Rubens Paiva, seu marido, durante a ditadura militar.

A sinopse de O novo agora revela que o livro começa em 2014, quando ele se tornou pai pela primeira vez e sua vida mudou rapidamente. Com escrita alternando entre o presente e o passado, ele tenta resgatar lições e registros deixados por seus pais para educar seus filhos.

Após alguns anos, ele se sente boicotado pelo governo de direita no Brasil e tem que lidar com seus projetos sendo cancelados. Em 2020, o escritor se encontra em isolamento social, com duas crianças para cuidar e uma família em crise para administrar.

Leia a sinopse

Escritor, pai depois dos cinquenta anos, cadeirante e considerado inimigo pelo governo vigente: assim Marcelo Rubens Paiva se descreve, neste livro franco e emocional, sequência autobiográfica de Feliz Ano Velho e Ainda Estou Aqui -- cujo filme, dirigido por Walter Salles e com Fernanda Torres no papel principal, foi vencedor do prêmio de melhor roteiro do Festival de Veneza e candidato ao Oscar de melhor filme.

Nas obras anteriores, ele fala sobre o acidente que o deixou numa cadeira de rodas aos vinte anos, o desaparecimento do pai, Rubens, durante a ditadura militar, e a luta da mãe, Eunice, para cuidar sozinha dos cinco filhos, se tornar uma defensora dos direitos indígenas e, por fim, enfrentar o Alzheimer. Desta vez, em O novo agora, é o próprio Marcelo quem está no papel de pai.

Às vezes bem-humorado, em outras melancólico, Marcelo mergulha nas agruras da paternidade, ao mesmo tempo em que recorda períodos especialmente duros do país: primeiro, a guinada política que atinge em cheio sua família e artistas. Depois, a pandemia. E, em meio a isso, a lenta fragmentação do casamento.

A escrita avança e recua no tempo, retoma memórias de infância e relatos de seus pais e, aos poucos, constrói um retrato complexo de uma família atravessada por crises em diferentes níveis, incerta quanto ao futuro, mas que, aos poucos, aprende a sobreviver. E a sair do outro lado refeita.

Ficha técnica

Título: o novo agora

Autor: Marcelo Rubens Paiva

Editora: Alfaguara

Número de páginas: 272

Preço: R$ 79,90 (livro físico) - R$ 39,90 (e-book)

Data de lançamento: 22 de abril

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Mari Palma usou suas redes sociais nesta quarta-feira, 5, para expor um episódio desconfortável que passou enquanto estava em um hotel no Rio de Janeiro.

A jornalista explicou que estava relaxando na piscina do local quando um homem a reconheceu e a abordou, fazendo um comentário sobre sua aparência.

"Do nada, chegou um cara perto de mim e perguntou: 'Você é a Mari?'. E respondi como sempre faço, com um sorriso, esperando que ele fosse falar algo sobre meu trabalho. Aí falei: 'Sim, sou eu'. Ele olhou para mim na piscina, sentada de biquíni e disse: 'Nossa, na televisão você parece muito mais magrinha'. E saiu", explicou.

A comunicadora relatou ter ficado sem reação após o comentário do homem, julgando a atitude como "inesperada e absurda".

"Custei a acreditar que aquele era o único comentário dele. Ele não falou em nenhum momento sobre o meu trabalho, apenas sobre o meu corpo. O meu trabalho é público, o meu corpo não."

Mari afirmou que mulheres não podem aceitar isso e finalizou seu discurso pedindo para que pessoas parem de comentar sobre a aparência dos outros sem serem solicitadas.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Deborah Secco falou sobre sua relação com Hugo Moura após um ano do divórcio. Os dois foram casados por nove anos, de 2015 a 2024, e são pais de Maria Flor, de nove anos.

Em entrevista à Quem, a atriz revelou que mantém uma boa relação com o diretor de cinema, que se mantém afastado dos holofotes.

"O Hugo é uma pessoa que cada vez mais escolhe viver de forma discreta, então eu tenho respeitado muito isso. Mas ele é um grande pai, eu acho que é o melhor pai que ela [Maria Flor] poderia ter. É muito incrível ver a relação dos dois e a cumplicidade dos dois", disse.

Ela também afirmou que pai e filha sempre estarão juntos e manterão contato por conta do laço familiar.

"Ela é a coisa mais importante da minha vida e tenho certeza que é a coisa mais importante da vida dele também [...] Só prefiro não falar muito, porque sei que ele está querendo ficar cada vez mais discreto", finalizou.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais