'Vai na Fé' coloca em foco temas essenciais

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Uma novela que chega com o objetivo de colocar foco em questões atuais e sensíveis, que mexem com a sociedade, como racismo, cotas, etarismo e a força feminina. Vai na Fé estreia nesta segunda-feira, 16, no horário das 7 na Globo, com elenco multirracial e mulheres sobressaindo em personagens centrais. Rosane Svartman é a autora da trama e em conversa com o jornal O Estado de S. Paulo revela o que vai além do lado observador na hora de criar seus personagens.

"O autor de novela observa o que está acontecendo no mundo a sua volta e com sensibilidade procura entender quais são os temas latentes na sociedade, o que ela quer discutir", analisa a dramaturga.

Entre os vários núcleos criados na trama, terá a batalhadora Sol (Sharon Menezzes), uma mulher negra, batalhadora que levanta cedo e vai à luta vender quentinhas para se manter e a sua família. Ela é a mãe de família como muitas o são no Brasil real, tem força suficiente para encarar os desafios diários.

Sob o mesmo está sua mãe, Marlene (Elisa Lucinda), o marido, Carlão (Che Moais), e as filhas Duda (Manu Estevão) e Jenifer (Bella Campos). Essa última, inclusive, dá um passo além na história familiar ao ser a primeira universitária da família.

Nesse núcleo dos estudantes, onde a cenografia montou uma verdadeira universidade, os jovens estarão no centro de debates sociais.

Rosane afirma ter um olhar especial para esse público jovem, que se sentirá conectado com esses personagens que estudam nessa instituição de excelência.

"Vamos poder tratar de vários temas da juventude, alguns, claro, naturais dessa faixa etária, mas também falar de questões como justiça, meritocracia, privilégio, bolsas de estudo, como personagens de origens distintas se encontram e convivem", explica a autora.

Segundo ela revela, para compor esse segmento, foi a campo, conversou com universitários e contou com a ajuda de Pedro Alvarenga, "que foi aluno de cota no ensino superior para trazer a própria experiência e agregar à nossa pesquisa".

Realidade

Bella Campos interpreta a sonhadora Jenifer, uma garota cheia de convicções e ideais. "Ela acredita nos estudos, no poder da justiça e dedica seu tempo para ser uma ferramenta de mudanças não apenas no mundo, mas em sua família também", conta a atriz.

Para ela, será "uma grande oportunidade para mostrar que a meritocracia é uma ilusão, as coisas não são fáceis para todo mundo. A Jenifer dentro da universidade, contrastando com os colegas, mostra muito essa diferença de oportunidade que se dá para pessoas de pele clara, de pele escura, classes sociais diferentes, principalmente. É uma oportunidade de colocar as cartas na mesa e ajudar a sociedade a refletir sobre isso."

Outro personagem universitário será Yuri, que é interpretado por Jean Paulo Campos. Ator estreia na Globo após marcar toda uma geração vivendo o Cirilo, da novela infantil Carrossel, no SBT.

"O Yuri é um jovem de muita força e com certeza a chama da justiça é muito presente nele", conta Jean Paulo.

No cotidiano universitário, a vida de Yuri não será muito fácil e terá de lidar com conflitos "com relação a etnia e condição financeira", diz.

Jean Paulo conta ainda que será também um núcleo que misturará drama e humor. "Essa é uma das coisas que mais me encantam na novela, a abordagem de temas importantíssimos mas alternando com momentos de leveza, pois acredito que a própria vida é assim."

Clara Serrão será mais uma universitária, a Bela. Para a atriz, viver essa personagem que tem ligação direta com a realidade é "interessante justamente por ser tão real". "Eu sinto isso na pele, por ser uma jovem negra que já viveu no ambiente universitário", diz. "Entendo bem alguns sentimentos vividos pela personagem, além das questões de autoestima que vão ser abordadas e que também me atravessam, é muito importante contar essa história porque certamente assim como eu muitas meninas vão se identificar."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A pianista Betsy Arakawa, mulher do ator Gene Hackman, morreu em decorrência da síndrome pulmonar por hantavírus, segundo aponta o laudo da autópsia divulgado nesta terça-feira, 29, pela Associated Press. O documento revela que os pulmões de Betsy estavam "pesados e congestionados", e que ela apresentava acúmulo de líquido na cavidade torácica.

Aos 65 anos, Arakawa testou negativo para covid-19 e gripe, e não havia sinais de trauma. O exame toxicológico também não apontou presença de álcool ou drogas intoxicantes no organismo, apenas traços de cafeína. A autópsia também indicou leve enrijecimento dos vasos sanguíneos que irrigam o coração e o corpo.

A doença que causou a morte de Betsy é rara e potencialmente fatal, sendo transmitida por fezes de roedores infectados. Ela foi encontrada morta em 11 de fevereiro na casa que dividia com Hackman, no Estado do Novo México, nos Estados Unidos.

Dois dias antes da divulgação do laudo de Arakawa, autoridades já haviam liberado os resultados da autópsia de Gene Hackman. O ator, vencedor de dois Oscars, morreu aos 95 anos por complicações cardíacas, agravadas por um quadro avançado de Alzheimer. O relatório também apontou que Hackman provavelmente estava em jejum prolongado, mas testou negativo para hantavírus.

Durante a investigação, registros revelaram que Arakawa havia feito buscas na internet e ligações em busca de informações sobre covid-19, sintomas gripais e técnicas de respiração. A polícia chegou a retornar à casa do casal em março para buscar o laptop de Betsy e outros itens que pudessem ajudar na apuração.

Linn da Quebrada anunciou no Instagram, nesta terça-feira, 29, seu retorno aos palcos após uma pausa na carreira para cuidar da saúde mental. A cantora se apresenta nos dias 10 e 11 de maio, no Sesc 14 Bis, em São Paulo.

"É com grande alegria e com um friozinho na barriga que eu boto a mão no coração, tomo fôlego, sonho e vou cantar! Sim, mulher, sou eu. Lina, a cantora! Acordei e vou cantar", escreveu, empolgada.

Aproveitando a data comemorativa de Dia das Mães, celebrada no domingo de sua apresentação, Linn convocou seu público: "Quero todas minhas filhas lá cantando comigo".

Os ingressos para o show de Linn da Quebrada já estão à venda no aplicativo Credencial Sesc SP, pelo site da instituição e presencialmente nas bilheterias da rede Sesc SP.

Arlindo Cruz está internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do hospital Barra D'Or, no Rio de Janeiro. O cantor, de 66 anos, foi diagnosticado com pneumonia. A informação foi confirmada por meio de nota oficial publicada no perfil do artista e também compartilhada por sua mulher, Babi Cruz, nesta terça-feira, 29.

Segundo o comunicado, Arlindo permanece clinicamente estável, com sinais vitais preservados, mas recebe cuidados intensivos em razão de sua condição de saúde já considerada delicada. O cantor enfrenta sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico desde 2017, vive com traqueostomia e é alimentado por gastrostomia.

"O caso inspira cuidados redobrados, sendo acompanhado de perto por sua equipe médica", diz a nota. "Agradecemos o carinho, as orações e o respeito de todos os fãs, amigos e da imprensa neste momento."

A última internação de Arlindo havia ocorrido em julho de 2024, quando ele foi hospitalizado para tratar um quadro de bradicardia. Na época, Babi Cruz relatou que o sambista estava em casa e reagia bem à recuperação: "Ele quer viver, ele tem força para viver, ele quer ficar por aqui", disse.