Transportadora e empresa de fachada: como agia grupo que teve 17 t de maconha apreendidas

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Uma operação desencadeada nesta terça-feira, 31, pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul cumpriu 33 mandados de prisão contra suspeitos de integrar uma quadrilha especializada na remessa de grandes quantidades de maconha para outros Estados.

A droga, adquirida em países produtores da fronteira, como o Paraguai, era armazenada em galpões logísticos em Campo Grande e arredores da capital sul-mato-grossense e ficavam sob vigilância das quadrilhas. O transporte para o destino final era feito por transportadoras de fachada, em meio a cargas lícitas.

A investigação que deu suporte à Operação Entrepostos, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), já resultou na apreensão de 17 toneladas da droga. Outros 15 suspeitos de participação no esquema já haviam sido presos durante as investigações.

Além de Campo Grande, a quadrilha tinha colaboradores em Ponta Porã, cidade da fronteira com o Paraguai, e nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

O grupo criminoso adquiria cargas de drogas em cidades sul-mato-grossenses situadas na fronteira com o país produtor e mobilizava uma extensa rede, que incluía, motoristas de caminhão, batedores, auxiliares para carga e descarga e proprietários dos depósitos, para consumar o tráfico interestadual da droga. A maconha era enviada principalmente para os Estados de São Paulo e Minas Gerais, onde também foram cumpridos mandados de busca, apreensão e prisão.

A estrutura diferenciada da quadrilha, segundo o Gaeco, consistia no uso de transportadoras de cargas atuantes no mercado e empresas de fachada para levar a droga a seus destinos. Os criminosos contratavam o frete de cargas lícitas, como grãos e madeira, que serviam para ocultar os entorpecentes e dificultar que órgãos de repressão descobrissem o estratagema em eventual fiscalização nas estradas.

O esquema passou a ser investigado após uma operação realizada em 2022 para investigar um sequestro em Uberlândia. O MP descobriu que os autores do sequestro eram integrantes do chamado "tribunal do crime" da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

A prisão de cinco suspeitos levou à localização de um entreposto com sete toneladas de maconha, o que levou à Operação Entrepostos. Nesta terça, três dos investigados foram presos na cidade mineira.

Em outra categoria

A derrota do Oscar de Melhor Atriz e Melhor Filme por Fernanda Torres e Ainda Estou Aqui para a americana Mikey Madison e Anora, filme independente dirigido pelo norte-americano Sean Baker, ainda tem abalado os ânimos dos brasileiros e é tema central do carnaval de rua em 2025. Ainda Estou Aqui ganhou na categoria "Filme Internacional".

Nesta terça, 4, os foliões adaptaram a marchinha Aurora, escrita por Mário Lago e Roberto Roberti em 1941, para calibrar o clima de rivalidade. (Veja o vídeo abaixo)

"Se você fosse sincera, ô ô ô ô, Anora. Devolvia o nosso Oscar, ô ô ô ô, agora", canta um grupo de pessoas em um bloco de rua não identificado. O vídeo viralizou nas redes sociais.

Na adaptação, é pedido que Anora entregue os prêmios aos brasileiros. Boa parte do público ficou revoltada com a escolha da Academia pelo filme independente e pela jovem atriz Mikey Madison, de 25 anos.

A torcida do Brasil era para que, principalmente, Fernanda Torres levasse o título de "Melhor Atriz" na maior premiação do cinema. A própria atriz se pronunciou dizendo que o resultado foi justo e pedindo para que fãs não enviem mensagens de ódio a Mikey Madsona.

A vitória do filme Ainda Estou Aqui no Oscar 2025 foi um momento de grande emoção para Ana Lúcia Paiva. Presente na cerimônia em Los Angeles, Nalu revelou que usou um colar que pertenceu à sua mãe, Eunice Paiva, durante o anúncio da categoria de Melhor Filme Internacional, vencida pelo longa brasileiro.

"Na hora do anúncio, eu estava com a mão no peito, porque estava com o colar da minha mãe antes e não consegui tirar, porque deu um nó. Então pensei: 'Vou ficar com esse colar, porque mamãe não quer me deixar, quer ir comigo para o Oscar'", contou Nalu ao Gshow. No momento da vitória, ela segurou o colar, beijou a pedra e chorou de emoção.

Filha de Eunice e Rubens Paiva, Nalu Paiva ainda destacou a importância do discurso do diretor Walter Salles, que homenageou sua mãe ao receber o prêmio. "Foi um momento maior do que eu, que representa nossa história. Walter, meu amigo de sempre, homenageando minha mãe na frente do mundo, isso é muito lindo", celebrou.

O escritor e poeta brasileiro Affonso Romano de Sant'Anna morreu na manhã desta terça-feira, 4, aos 87 anos. O autor, que morava no Rio de Janeiro, foi diagnosticado com Alzheimer em 2017.

O escritor, que estava acamado havia quatro anos, era casado com a também escritora Marina Colasanti. Ela morreu em janeiro deste ano, também aos 87 anos. Affonso deixa uma filha, a atriz e cineasta Alessandra Colasanti, além de um neto.

Nascido em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, o autor escreveu mais de 60 livros ao longo de seis décadas de carreira. Entre suas obras de destaque, estão os três volumes de poesias e crônicas reunidas - além de Como Andar no Labirinto (2012), Tempo de Delicadeza (2007) e Intervalo Amoroso (1998).

Affonso também teve forte atuação na academia, atuando como professor e dirigindo o departamento de Letras da PUC-Rio entre 1973 a 1976. Também lecionou no exterior, em faculdades dos Estados Unidos, Alemanha, Portugal e França.

Na área da educação, presidiu a Biblioteca Nacional durante a década de 1990, sendo um dos responsáveis pelo Programa Nacional de Incentivo à Leitura, que está ativo até hoje.

Na imprensa, atuou como cronista do Jornal do Brasil, de O Globo, Estado de Minas e Correio Braziliense. Também foi crítico literário.

O velório do escritor será realizado nesta quarta-feira, 5, das 11h às 14h. O evento ocorre na Capela Histórica do Cemitério da Penitência, na cidade do Rio de Janeiro.