Prefeito de SP fala em contribuição voluntária para ajudar a enterrar fios

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Sem ter a energia 100% restabelecida na capital, cinco dias após um temporal que levou à queda de árvores e fios e interrupção de energia, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sugeriu uma contribuição voluntária para ajudar no processo de enterrar fios na capital paulista. "O contribuinte já paga um valor na sua conta de energia. Vamos usar parte desse recurso para fazer enterramento de fios. Se alguém quiser apresentar um projeto na sua região, a Prefeitura está disposta a contribuir para agilizar", disse à Globo News.

Ele buscou desmentir a ideia de que teria defendido uma taxa para isso. "Em hipótese alguma teremos taxa." Segundo afirmou, suas declarações foram tiradas de contexto na noite de segunda-feira, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), após reunião com representantes de concessionárias, entre elas a Enel, responsável pelo fornecimento de energia na capital. "Tiraram do contexto essa gravação, que vai um pouco mais para a frente, mas não quero polemizar", afirmou Nunes.

Na segunda-feira, ele afirmou que a cidade possui R$ 200 milhões de um fundo com esse fim. O valor, no entanto, não é suficiente. Uma estimativa para o enterramento dos fios é de R$ 20 bilhões apenas na região central. "Pela regulação, você já tem a possibilidade de fazer a cobrança de uma taxa de serviço chamada contribuição de melhoria. As primeiras reuniões foram feitas em outubro e estamos desenvolvendo um plano para apresentar para a sociedade alguns casos onde o contribuinte, o morador, o munícipe, pode aceitar pagar uma taxa de contribuição. Eu não farei de forma obrigatória", disse. "A ideia é fazer com que possa pegar um quarteirão de um bairro qualquer e fale: 'Tenho essa opção, você deseja aderir? Se houver uma maioria, uma parte a Prefeitura entra, uma parte o munícipe entra, e a gente consegue acelerar um pouco a questão do enterramento."

Já ontem afirmou que "a Prefeitura nunca fará, nunca pensei em fazer, não existe a mínima hipótese de estipular uma taxa obrigatória". "A taxa teria de ser enviada para a Câmara. Não tem isso. Não tem minuta, não tem discussão sobre isso."

Ele frisou que não houve um recuo, até porque já conversou a respeito com concessionárias. "Talvez tenha usado o termo errado. Quando você fala em taxa, você fala em obrigação. Tem de mandar para a Câmara. Vira uma lei. Não vai existir isso. Enquanto for prefeito, não vai existir taxa para isso."

Lei

Por uma lei municipal, a distribuidora seria obrigada a enterrar seus cabos, mas há um impedimento judicial para que a regra seja cumprida, explicou Nunes. Como a concessão do serviço de distribuição de energia é federal, as prestadoras utilizam decisão judicial que as desobriga de cumprir essa norma municipal. "Se não houvesse essa decisão judicial, já estaríamos fazendo o aterramento."

Marta e polêmica

Faltando menos de um ano para a eleição, a discussão de uma taxa, mesmo facultativa, já seria polêmica em São Paulo. A ex-prefeita Marta Suplicy (2001-2004) chegou a ser apelidada de "Martaxa" pela criação de contribuições em seu governo.

A criação da Taxa de Resíduos Sólidos Domiciliares, apelidada de "taxa do lixo" e da Contribuição Para Custeio da Iluminação Pública (Cosip), além da taxa para recolhimento de resíduos de saúde, fizeram praticamente dobrar a arrecadação com contribuições em seu governo. A "taxa do lixo" foi suspensa posteriormente. Em 2012, o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que era chefe de gabinete da Secretaria de Finanças, alegou que na época "a cidade estava quebrada" e precisava de recursos. A taxa, porém, era amplamente criticada por parte da população - como ocorreu com a cobrança de inspeção veicular nos anos seguintes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".