Opep: sugestões da AIE para zerar carbono simplifica questões e difama indústria de energia

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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) criticou a posição da Agência Internacional de Energia (AIE) defendida no relatório sobre as indústrias de petróleo e gás em meio à transição energética. O cartel afirmou que o discurso de que o setor precisa "escolher entre alimentar a crise climática ou abraçar a transição para energia limpa" simplificaria extremamente os desafios presentes e subestimaria questões como segurança energética e acesso a energia. "Isso também difama injustamente a indústria como causadora da crise climática", defendeu-se, em nota publicada nesta segunda-feira, 27.

"É irônico que a AIE, uma agência que alterou repetidamente as suas narrativas e projeções de maneira regular nos últimos anos, se dirija agora à indústria do petróleo e do gás e diga que este é um 'momento da verdade'", falou o secretário-geral da AIE, Haitham Al Ghais. "A forma como a AIE tem infelizmente utilizado as suas plataformas de redes sociais nos últimos dias para criticar e instruir a indústria do petróleo e do gás não é, no mínimo, diplomática. A própria Opep não é uma organização que diria aos outros o que deveriam fazer".

Para Al Ghais, as propostas da AIE para empresas petrolíferas alinharem suas metas com o objetivo de zerar emissões de carbono é uma "ferramenta destinada a restringir as ações e escolhas soberanas dos países em desenvolvimento produtores de petróleo e gás, através de pressão sobre as suas Companhias Petrolíferas Nacionais". O dirigente também disse que a proposta contradiz a abordagem "bottom-up" (de baixo para cima) do Acordo de Paris, que permite que cada país decida sua própria meta de contribuição para o objetivo de redução de gases de efeito estufa.

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A derrota do Oscar de Melhor Atriz e Melhor Filme por Fernanda Torres e Ainda Estou Aqui para a americana Mikey Madison e Anora, filme independente dirigido pelo norte-americano Sean Baker, ainda tem abalado os ânimos dos brasileiros e é tema central do carnaval de rua em 2025. Ainda Estou Aqui ganhou na categoria "Filme Internacional".

Nesta terça, 4, os foliões adaptaram a marchinha Aurora, escrita por Mário Lago e Roberto Roberti em 1941, para calibrar o clima de rivalidade. (Veja o vídeo abaixo)

"Se você fosse sincera, ô ô ô ô, Anora. Devolvia o nosso Oscar, ô ô ô ô, agora", canta um grupo de pessoas em um bloco de rua não identificado. O vídeo viralizou nas redes sociais.

Na adaptação, é pedido que Anora entregue os prêmios aos brasileiros. Boa parte do público ficou revoltada com a escolha da Academia pelo filme independente e pela jovem atriz Mikey Madison, de 25 anos.

A torcida do Brasil era para que, principalmente, Fernanda Torres levasse o título de "Melhor Atriz" na maior premiação do cinema. A própria atriz se pronunciou dizendo que o resultado foi justo e pedindo para que fãs não enviem mensagens de ódio a Mikey Madsona.

A vitória do filme Ainda Estou Aqui no Oscar 2025 foi um momento de grande emoção para Ana Lúcia Paiva. Presente na cerimônia em Los Angeles, Nalu revelou que usou um colar que pertenceu à sua mãe, Eunice Paiva, durante o anúncio da categoria de Melhor Filme Internacional, vencida pelo longa brasileiro.

"Na hora do anúncio, eu estava com a mão no peito, porque estava com o colar da minha mãe antes e não consegui tirar, porque deu um nó. Então pensei: 'Vou ficar com esse colar, porque mamãe não quer me deixar, quer ir comigo para o Oscar'", contou Nalu ao Gshow. No momento da vitória, ela segurou o colar, beijou a pedra e chorou de emoção.

Filha de Eunice e Rubens Paiva, Nalu Paiva ainda destacou a importância do discurso do diretor Walter Salles, que homenageou sua mãe ao receber o prêmio. "Foi um momento maior do que eu, que representa nossa história. Walter, meu amigo de sempre, homenageando minha mãe na frente do mundo, isso é muito lindo", celebrou.

O escritor e poeta brasileiro Affonso Romano de Sant'Anna morreu na manhã desta terça-feira, 4, aos 87 anos. O autor, que morava no Rio de Janeiro, foi diagnosticado com Alzheimer em 2017.

O escritor, que estava acamado havia quatro anos, era casado com a também escritora Marina Colasanti. Ela morreu em janeiro deste ano, também aos 87 anos. Affonso deixa uma filha, a atriz e cineasta Alessandra Colasanti, além de um neto.

Nascido em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, o autor escreveu mais de 60 livros ao longo de seis décadas de carreira. Entre suas obras de destaque, estão os três volumes de poesias e crônicas reunidas - além de Como Andar no Labirinto (2012), Tempo de Delicadeza (2007) e Intervalo Amoroso (1998).

Affonso também teve forte atuação na academia, atuando como professor e dirigindo o departamento de Letras da PUC-Rio entre 1973 a 1976. Também lecionou no exterior, em faculdades dos Estados Unidos, Alemanha, Portugal e França.

Na área da educação, presidiu a Biblioteca Nacional durante a década de 1990, sendo um dos responsáveis pelo Programa Nacional de Incentivo à Leitura, que está ativo até hoje.

Na imprensa, atuou como cronista do Jornal do Brasil, de O Globo, Estado de Minas e Correio Braziliense. Também foi crítico literário.

O velório do escritor será realizado nesta quarta-feira, 5, das 11h às 14h. O evento ocorre na Capela Histórica do Cemitério da Penitência, na cidade do Rio de Janeiro.