BB lança editais voltados a mulheres negras e retoma projeto de reflexão sobre racismo

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O Banco do Brasil lançou nesta segunda-feira, 27, um edital de seleção pública para projetos de empoderamento socioeconômico de mulheres negras. Através da Fundação BB, serão destinados R$ 12 milhões a ações voltadas a esse público. Além disso, a Fundação resgatou o projeto "Racismo e Sexismo: O Olhar de Lélia Gonzalez", de reflexão sobre os dois temas na sociedade.

O edital selecionará projetos com orçamento individual entre R$ 200 mil e R$ 250 mil, inscritos por organizações sem fins lucrativos, de direito privado, constituídas no Brasil, que atuem no terceiro setor e que possuam mulheres negras no quadro diretivo. As inscrições vão de 28 de novembro deste ano a 19 de fevereiro do ano que vem.

As propostas terão de atender aos seguintes eixos temáticos: mulheres negras rurais e urbanas - empoderamento social, cultural e educacional; mulheres negras rurais - empoderamento e empreendedorismo; mulheres negras urbanas - empoderamento e empreendedorismo.

O edital é fruto do protocolo de intenções assinado pelo BB e pelo Ministério da Igualdade Racial em julho deste ano, para ampliar ações afirmativas de raça e gênero. "O objetivo desta seleção pública é ampliar a capacidade produtiva e criativa de mulheres negras empreendedoras, dentro de um propósito maior de redução de desigualdades sociais, combate ao racismo e promoção da igualdade racial", diz em nota a presidente do banco, Tarciana Medeiros.

Os termos de seleção passaram por uma oficina de consulta participativa, em outubro, com representantes da sociedade civil, de movimentos sociais e de grupos e coletivos. Houve a participação ainda de representantes do governo federal e de funcionárias do grupo de diversidade do banco.

"O lançamento do edital é uma ação promovida pela Fundação BB em apoio à diversidade e à inclusão racial, voltada especialmente a pessoas que integram público priorizado pela instituição formado, entre outros, por mulheres e jovens de comunidades tradicionais, catadoras, ribeirinhas, quebradeiras de coco babaçu, agricultoras familiares, integrantes de coletivos urbanos", afirma o presidente da Fundação BB, Kleytton Morais.

Resgate

A Fundação retomou ainda o projeto que utiliza o legado da escritora e ativista Lélia Gonzalez, morta em 1994. O objetivo é incentivar a reflexão e a conscientização sobre a estrutura e o funcionamento do racismo e do sexismo na sociedade, de acordo com o BB.

O Projeto Memória foi criado pela Fundação BB para preservar a vida, o pensamento e a obra de importantes personagens brasileiros. Além de Gonzalez, que foi a homenageada da última edição, realizada em 2015, também já foram retomadas as obras de personalidades negras como João Cândido, Marechal Rondon e Josué de Castro.

Na retomada, o projeto tentará fomentar a crítica e o combate a atitudes racistas a partir da identificação e do reconhecimento destas atitudes no cotidiano. A ideia é produzir livros e audiolivros, além de um site do projeto para apoiar atividades em escolas de capitais como Brasília, Salvador, São Luís, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Belém.

Serão destinados R$ 3,5 milhões pela Fundação para a iniciativa. "Lélia é e continuará sendo o grande exemplo que inspira o labor desta geração de guerreiras, que marca e demarca a trajetória da luta contra o racismo e o sexismo no Brasil. Ao legado de Lélia Gonzalez, o movimento negro e o Brasil devem muito", diz Morais.

A presidente do BB afirma que o resgate é parte do compromisso do banco com a causa. "Ao promover a releitura do Projeto Memória de Lélia Gonzalez, a Fundação BB contribui para o compromisso do Banco do Brasil de reconhecimento e valorização da diversidade étnico-racial brasileira, por meio de práticas pedagógicas inclusivas", diz Medeiros.

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Marcelo Rubens Paiva reprovou um comentário de Ana Furtado durante entrevista com Selton Mello no tapete vermelho do Oscar 2025. O escritor classificou como "sem noção" uma comparação incitada por ela entre os cinemas brasileiro e argentino.

Ana falou sobre a Argentina enquanto Selton declarava que Ainda Estou Aqui já era um filme vitorioso independentemente do resultado que viria no decorrer da noite - mais tarde, o longa conquistaria o Oscar de Melhor Filme Internacional. Na hora da entrevista, ela recordou algo que Selton havia dito no dia anterior, durante uma rodada de entrevistas com a imprensa brasileira em Los Angeles.

"Chupa, Argentina!", exclamou Ana, explicando: "Ele ontem estava falando da rivalidade entre Brasil e Argentina". No mesmo instante, o ator contextualizou: "Argentina tem dois [Oscars] de melhor filme internacional, a gente não tem nenhum. Como assim?"

O comentário de Ana repercutiu mal nas redes sociais, e o autor do livro que inspirou o filme foi um dos críticos. Vale lembrar que Ainda Estou Aqui foi o quinto longa latino-americano a conquistar o Oscar de Melhor Filme Internacional. Os demais são:

- A História Oficial (1985), da Argentina

- Uma Mulher Fantástica (2007), do Chile

- O Segredo dos Seus Olhos (2009), da Argentina

- Roma (2018), do México

Procurada pelo Estadão para comentar sobre o episódio, a equipe da apresentadora Ana Furtado não se manifestou até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

A cerimônia do Oscar 2025 obteve a maior audiência dos últimos cinco anos, com um total de 19,7 milhões de espectadores, de acordo com os números finais de audiência ao vivo no Estados Unidos fornecidos pela Nielsen. Este número, que inclui visualizações de dispositivos digitais como celulares, PCs e tablets, é um pequeno aumento de 1% em relação ao ano passado, quando o evento teve 19,5 milhões de telespectadores.

Embora os números iniciais apontassem uma queda de 7% em comparação com a cerimônia de 2024, que teve 19,5 milhões de espectadores, as atualizações nas medições indicaram um significativo aumento de público. Além disso, o Oscar 2025 marcou um crescimento notável na faixa etária de 18 a 49 anos, alcançando uma avaliação de 4,54 nesta demografia, o que representa um aumento de 19% em relação ao ano anterior.

Em termos de desempenho entre os jovens de 18 a 34 anos, a cerimônia também teve um destaque, marcando 3,05 de avaliação - um crescimento de 28% em relação ao ano passado, o que coloca este Oscar como o mais assistido neste público desde 2019.

As redes sociais também foram uma parte significativa do sucesso da noite, com 104,2 milhões de interações durante a transmissão, superando outros grandes eventos como o Super Bowl, que registrou 62,4 milhões de interações, e o Grammy, com 102,2 milhões de interações.

Brasileiros reagem nas redes sociais

Nas redes sociais brasileiras, os internautas se dividiram entre a comemoração pela vitória de Ainda Estou Aqui na categoria de Melhor Filme Internacional e a derrota de Fernanda Torres na disputa por Melhor Atriz. No X (antigo Twitter), memes e mensagens exaltando a conquista do País e o talento da atriz brasileira tomaram conta da plataforma.

O cantor Klaus Hee, ex-integrante da famosa boy band brasileira Dominó, morreu aos 50 anos após enfrentar um tratamento contra um câncer agressivo. A notícia foi compartilhada pelo produtor musical Ricky Colavitto, que se despediu do artista nas redes sociais, lembrando de eventos que realizaram juntos e desejando condolências à família e amigos.

Klaus Hee começou sua carreira artística ainda jovem, trabalhando como modelo e assistente de palco em programas de TV, como o Passa ou Repassa, do SBT, na mesma época em que a atriz Paolla Oliveira também estava na atração. O cantor ingressou na boy band Dominó em 1999, para substituir Rodrigo Phavanello. Ele permaneceu no grupo até 2005, quando formou a banda Kilométrico Cubo, que deixou cinco anos depois.

O velório de Klaus foi realizado nesta quarta-feira, 5, às 11h, no Cemitério Getsemani, no Morumbi, em São Paulo.

Alex Gil, ex-integrante do grupo Polegar, também fez uma homenagem emocionada ao amigo, dizendo: "Hoje, perdemos o nosso querido amigo Klaus Hee que estava lutando contra um câncer agressivo. Estávamos torcendo por sua recuperação, mas infelizmente Deus o levou para descansar do sofrimento. Que Jesus o receba em seus braços e conforte sua família e amigos mais próximos. A vida é realmente um sopro, não temos como prever até quando estaremos por aqui, portanto aproveite a sua vida da melhor maneira possível."