Esperança de vida ao nascer vai a 75,5 anos em 2022, em recuperação parcial pós-covid, diz IBGE

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A explosão na mortalidade da população nos anos de pandemia reduziu abruptamente a expectativa de vida do brasileiro, após anos seguidos de avanço gradual. A esperança de vida ao nascer desceu de 76,2 anos em 2019, no pré-crise sanitária, para 74,8 anos em 2020, caindo a um piso de 72,8 anos em 2021, recuperando-se apenas parcialmente para 75,5 anos em 2022.

Os dados são das Tábuas Completas de Mortalidade 2022, divulgadas nesta quarta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento atual incorpora dados preliminares do Censo Demográfico 2022 e informações atualizadas de registros de óbitos no País.

No ano de 2021, o mais mortal da pandemia, a expectativa de vida caiu 3,6 anos entre os homens (para 69,2 anos) em relação a 2019, no pré-covid, e 3,2 anos para as mulheres (para 76,5 anos). Na média da população, a perda foi de 3,4 anos de esperança de vida entre 2019 e 2021.

A expectativa de vida do brasileiro chegou a encolher em mais de quatro anos se comparada às projeções anteriores à crise sanitária. As projeções para a população futura do País - calçadas nos contingentes populacionais do Censo 2010 e revistas em 2018, que ainda não consideravam a mortalidade provocada pela covid-19, mas sim a tendência natural de aumento da longevidade - apontavam que o brasileiro teria uma expectativa de vida ao nascer de 77,2 anos em 2022, ou seja, 1,7 ano maior do que o constatado agora.

"Com os anos de pandemia, fica claro o aumento das mortes e o efeito que isso tem contrário: quanto mais mortes você tem, menor é a esperança de vida ao nascer de uma população", apontou a técnica responsável pela pesquisa do IBGE, Izabel Guimarães Marri.

A esperança de vida ao nascer para mulheres foi de 79,0 anos em 2022, enquanto para os homens ficou em 72,0 anos. Isso significa 1,7 ano a menos de vida para as mulheres do que o projetado antes da crise sanitária, e também 1,7 ano a menos para os homens.

A maior perda ocorreu em 2021, ano de pico de mortalidade por covid-19, quando a esperança de vida ao nascer foi de 72,8 anos para os brasileiros (76,5 anos para as mulheres e 69,2 anos para os homens). A projeção anterior indicava uma esperança de vida média de 77,0 anos para 2021 (80,5 anos para as mulheres e 73,5 anos para os homens). Sem as mortes por covid, a esperança de vida projetada era 4,2 anos maior que o constatado (4,3 anos superior para os homens e 4 anos maior para as mulheres).

A diferença entre o projetado e o verificado atualmente também foi significativa para o ano de 2020, primeiro ano de pandemia: a expectativa de vida foi de 74,8 anos para o total da população, sendo 78,6 anos para as mulheres e 71,1 anos para os homens. O resultado significa quase 2 anos a menos que o projetado antes da crise, sendo 1,7 ano a menos para elas e 2,2 anos a menos para eles.

Pico

Segundo o IBGE, o envelhecimento da população já vinha resultando num aumento gradual nos registros de óbitos no Brasil, passando de menos de 1 milhão de mortes registradas no ano 2000 para cerca de 1,349 milhão em 2019.

"No caso brasileiro, espera-se um aumento no número de óbitos registrados ao longo das décadas, tanto pelo envelhecimento da estrutura etária da população, quanto pela melhoria na cobertura dos óbitos registrados", justificou o instituto.

No entanto, o número absoluto de óbitos registrados saltou a 1,556 milhão em 2020, subindo ainda a um ápice de 1,832 milhão em 2021. Em 2022, foram registrados 1,542 milhão de óbitos, "valores ainda elevados em relação à tendência histórica pré-pandemia".

"Ela (mortalidade) sobe muito em 2020, sobe mais ainda em 2021, que foi o que mais teve aumento de óbitos por conta da pandemia de covid, e aí reduz em 2022, tendendo a se reduzir ainda mais em 2023", estimou Izabel Guimarães Marri. "Esses anos são marcados visivelmente pelo excesso de óbitos da pandemia de covid."

Segundo Marri, se a crise que gerou o pico de óbitos for controlada sem efeitos duradouros nos próximos anos, a tendência é que haja um retorno do crescimento da esperança de vida do brasileiro ao longo do tempo.

"Quantos anos viveria um recém-nascido, em média, se ele experimentasse aquelas taxas (de mortalidade) observadas no ano de pandemia? Só que, na prática, ninguém acha que a gente vai viver por um longo período essas taxas de mortalidade em todas as idades observadas em ano de pandemia", ponderou o pesquisador do IBGE Gabriel Mendes.

"Para os próximos anos, espero que haja uma recuperação da esperança de vida ao nascer no Brasil, com uma redução desse excesso de óbitos que a gente teve em 2020, 2021 e 2022", corroborou Marri.

Fator Previdenciário

O IBGE divulga, anualmente, as Tábuas Completas de Mortalidade para o total da população brasileira, com data de referência em 1º de julho do ano anterior, em cumprimento à legislação, conforme o Artigo 2º do Decreto Presidencial nº 3.266, de 29 de novembro de 1999. As informações sobre a expectativa de vida do brasileiro são usadas como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

Em 2022, a esperança de vida média de um brasileiro de 60 anos de idade foi de 21,9 anos, sendo de 23,5 anos para as mulheres e de 20,0 anos para os homens. Já a expectativa de vida para quem tivesse 65 anos de idade era de 18,1 anos, sendo de 19,5 anos para as mulheres e de 16,5 anos para os homens.

O IBGE divulgou ainda a taxa de mortalidade infantil, que aponta para 12,9 óbitos de crianças de 0 a um ano de idade incompleto a cada mil nascidas vivas em 2022. A mortalidade infantil foi de 11,7 por cada mil meninas de 0 a um ano incompleto, e de 13,9 meninos em cada mil.

Embora a covid-19 tenha provocado mais óbitos entre idosos do que entre jovens, a esperança de vida é afetada em todas as faixas etárias, incluindo o indicador de taxa de mortalidade infantil. Os resultados mais detalhados, com informações por Unidades da Federação, ainda dependem da divulgação de novas informações do Censo Demográfico 2022, comunicou o IBGE.

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Após uma confusão que envolveu o seu e o trio elétrico de Daniela Mercury no carnaval de Salvador, o cantor Tony Salles pediu desculpas à artista nesta segunda-feira, 4. Na ocasião, o artista se apresentava em mais um bloco da capital baiana.

Tony afirmou "ter um carinho muito grande" por Daniela. "Me perdoe pelo que aconteceu ontem, porque não foi intencional. Estávamos atrasados, com toda a correria do carnaval, tínhamos outro show para fazer... Infelizmente, aconteceu aquele fato", descreveu.

O cantor disse que "nunca na vida" quis criar problemas com a artista. "Uma referência da nossa música baiana, uma referência do axé, em pleno ano de comemoração dos 40 anos do axé", disse sobre Daniela.

Tony comentou que "em momento algum" citou o nome da cantora durante o desentendimento. "Existe uma coisa que eu aprendi com a minha mãe que se chama respeito. Eu respeito, principalmente quando se tem uma coisa chamada hierarquia. Hierarquia é para isso: é para você respeitar quem está lá na frente, quem chegou primeiro."

Entenda o que aconteceu

Daniela Mercury e Tony Salles se desentenderam na madrugada desta terça-feira no circuito Dodô (Barra-Ondina). A cantora reclamou publicamente da proximidade do trio elétrico do cantor, que interferiu na qualidade do som de sua apresentação.

A situação aconteceu por volta da 1h, quando Daniela interrompeu a música Maimbê Dandá e encarou o trio de Tony Salles antes de se manifestar. "Muito feio encostar na gente assim, viu? Carnaval não pode ser assim não, viu, Tony? Respeite que não sou moleque, rapaz. Ficou feio, viu bicho", reclamou a cantora.

O marido de Scheila Carvalho, por sua vez, respondeu sem citar o nome da artista. Ele explicou que seu trio precisou acelerar o percurso por causa de atrasos na programação.

"Estamos um pouco corridos hoje. Eu peço mil desculpas a vocês, porque atrasou muito a saída lá e vocês precisam de uma explicação. O percurso é para ser feito dentro de um tempo e as pessoas, às vezes, acabam segurando o percurso e atrasa", disse ao público.

O cantor também criticou a retenção dos trios ao longo do circuito e mencionou que ainda tinha um show para realizar em um camarote na mesma noite. "O trio precisa andar. Foi feito para andar. Não é porque sou uma banda de pagode, que sou periférico, suburbano, que é para me desrespeitar", afirmou.

O que disse Daniela Mercury

Procurada pelo Estadão, a equipe da cantora informou que o posicionamento da cantora está no depoimento escrito por sua esposa, Malu Verçosa. Leia na íntegra:

"Sou da época do encontro de trios, da festa da música no Carnaval de Salvador, da magia da percussão e da nossa cultura. Mas a cena que vi no desfile dessa segunda no circuito Barra Ondina foi de desrespeito, principalmente com o público, mas também com a minha artista.

O cantor Tony Salles chegou atrasadíssimo no Farol da Barra e o fiscal nos pediu para passar na frente, já que estávamos prontos. Passou o artista Guga Meira e, em seguida, Daniela, tamanho o atraso dele. Aliás, é assim que tem que ser para o carnaval não parar e não atrasar o desfile. Registre-se que seguimos o fluxo do desfile respeitando a distância do trio da nossa frente.

O trio do cantor Tony Salles veio colado no nosso trio a partir do Cristo da Barra até Ondina, atrapalhando o desfile ao ponto de fazer Daniela parar de cantar em alguns momentos. Ao ponto da Band noticiar isso (que vergonha). E ele justifica dizendo que estava atrasado para o show no camarote. Chegasse no horário então. Quem tem compromisso, não atrasa. Coisa feia. E sabe o que é pior? Encerramos o desfile e ele, que estava atrasado, ainda ficou mais meia hora cantando. Respeite a rainha, Tony Salles."

No fim da tarde desta terça, 4, Camilla fez reflexões sobre sua participação no Big Brother Brasil 25 e caiu no choro. Emparedada, a trancista estava ansiosa com a possibilidade de ser eliminada e Thamiris foi se juntar à irmã.

As irmãs conversaram sobre a relação com Vitória Strada, que está ainda mais abalada depois de terem falas expostas no Sincerão. Thamiris opinou: "Eu acho que a Vitória tem um público muito forte, sempre achei." A trancista concordou: "Eu também acho, principalmente o público teen. Ela é muito princesinha". E a irmã alertou: "Agora, eu não sei como ficou a briga, entendeu? Porque eu não acho que você tenha feito nada demais nessa parada, mas dentro da briga, não sei como isso ficou, entendeu? Eu sempre falei pra ela que eu achava que ela era uma das queridas. Porque ela é muito fofa mesmo."

Ansiosa com a possibilidade da eliminação, Camilla refletiu sobre seu jeito e sua relação com as pessoas na casa: "Eu não sei forçar. E tipo assim, se eu tiver que toda semana ser votada, um abraço, porque eu não vou forçar. Eu vou ter que ir pro paredão toda semana. É isso que eu tô pensando, sabe? Se eu voltar, eu vou pro paredão sempre, porque eu não consigo ficar fazendo média com os outros", desabafou a carioca.

Gracyanne Barbosa se uniu às irmãs, perguntando como Camilla estava e ela respondeu: "Tô ansiosa, tô doida pra anoitecer logo. Ou vai ou racha. Uma ansiedade da p***. Mas assim, não ansiedade de estar se sentindo mal, mas trabalhando ali na cabeça. Várias possibilidades, várias coisas lá fora. Não de coisas ruins, mas de muita coisa mesmo, muita informação na cabeça", disse Camilla.

E continuou, refletindo sobre sua permanência ou não na casa: "Meu jeito é esse, não querer mudar meu jeito, mas quero melhorar algumas coisas."

Em seu primeiro Paredão, Camilla enfrenta Vilma e Renata.

A atriz Demi Moore comentou sobre sua derrota no prêmio de Melhor Atriz no Oscar no último domingo, 2. Mikey Madison foi a grande vencedora da categoria - e Demi também aproveitou para parabenizá-la.

"Mal posso esperar para ver o que você fará a seguir", escreveu ela sobre Mikey em uma postagem no Instagram na segunda, 3. Demi ainda falou sobre a sua trajetória com A Substância, filme que lhe rendeu a indicação, e se disse "honrada" por ter trabalhado com a diretora Coralie Fargeat e a atriz Margaret Qualley.

"Eu estou cheia de gratidão por essa jornada", afirmou Demi. "Tem sido a viagem de uma vida inteira e estamos apenas começando."

Na segunda, Fernanda Torres também falou sobre Mikey e pediu para que as pessoas "mandem só amor" à atriz. "Aquela mulher é muito legal", disse Torres em um evento para a imprensa em um hotel em Los Angeles - e acompanhado pelo Estadão.