Metrô de SP pede indenização milionária a sindicato por causa de greve

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O Metrô de São Paulo entrou com ação na Justiça na quinta-feira, 30, pedindo reparação de R$ 6.418.871,72 ao Sindicato dos Metroviários por danos materiais causados pela greve da terça-feira, 28, que envolveu também funcionários da saúde, educação e ferroviários. Representantes do sindicato afirmam que as ações questionam o direito de greve dos trabalhadores previsto na Constituição Federal.

O prejuízo material de mais de R$ 6 milhões do Metrô foi calculado a partir da queda da receita ao longo do dia por causa da baixa quantidade de passageiros, com prestação parcial do serviço no plano de contingência.

A empresa cita ainda o descumprimento da decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que ordenou o funcionamento mínimo de 80% dos serviços das linhas de metrô nos horários de pico.

De acordo com a empresa, "os danos morais serão analisados pelo Judiciário".

No dia da greve, o governo informou que 88% dos metroviários haviam cruzado os braços e aderido à paralisação.

Essa é a segunda ação movida pelo Metrô neste ano reivindicando o ressarcimento de prejuízos pelas paralisações. Em outubro, a Justiça recebeu pedido de indenização ainda maior, no valor de R$ 7.129.589,31 pelos danos da greve do dia 3 de novembro. Outra ação semelhante foi ajuizada no valor de R$ 3.846.158,25 por uma greve realizada em 2021. Todas as ações estão em tramitação.

Sindicato vê ameaça ao direito de greve

Funcionários do Metrô e da CPTM interromperam as atividades em protesto à privatização da companhia de saneamento básico (Sabesp) e à concessão das linhas metroferroviárias, duas das principais promessas de Tarcísio durante a campanha eleitoral de 2022. A Linha 7 (Rubi) deve ser a primeira a ser entregue à iniciativa privada na atual gestão no projeto "Trem das Cidades" chegando até Campinas.

"Essa é a terceira ação que o Metrô move, na Justiça comum, alegando o tema das indenizações. Eu acho que essa postura pede que o Poder Judiciário e as instituições do País abram os olhos sobre a existência ou não do direito de greve. Ou existe direito de greve ou a gente tem que pagar R$ 6 milhões de indenização", diz Camila Lisboa, presidente do sindicato. "A ação me parece uma tentativa de utilizar o Poder Judiciário para tentar estrangular financeiramente as entidades. Todo mundo sabe que o Sindicato dos Metroviários não tem esse dinheiro. Estamos vivendo numa democracia. O direito de greve existe. Esse tipo de movimentação ameaça a Constituição do País", afirma.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".