Quem é Diego Dirísio, suspeito de armar facções brasileiras como PCC e Comando Vermelho?

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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 5, uma megaoperação, batizada Dakovo, contra um esquema "complexo e multimilionário" que teria as principais organizações criminosas do Brasil - Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) - como destino final em uma rota de tráfico internacional de armas.

Como mostrou o Estadão, o grupo sob suspeita teria movimentado, em três anos, cerca de R$ 1,2 bilhão. Foram comercializadas nesse período aproximadamente 43 mil armas, entre pistolas e fuzis.

- Os investigadores já prenderam 19 alvos, mas há ainda um importante foragido: o argentino Diego Hernan Dirísio, apontado como o dono da empresa que teria importando as armas ao longo dos últimos anos. Conforme a PF, elas foram adquiridas em pelo menos quatro países europeus: Turquia, Eslovênia, República Tcheca e Croácia.

- O dono da importadora de armas baseada em Assunção, no Paraguai, era responsável pela coordenação das operações de compra e venda de armas, ainda segundo a corporação. O inquérito indica que ele fazia as tratativas ciente de que os armamentos estavam sendo destinados ao crime organizado, abastecendo as principais facções brasileiras.

A Polícia Federal aponta dois eixos financeiros ligados à organização: um deles usado pelas facções criminosas para pagar armas ilegais sob encomenda e outro que envolvia o repasse de valores aos fabricantes, feito pela empresa importadora comandada por Hernan Dirísio.

Os investigadores narram que a companhia baseada em Assunção usava um sistema de lavagem de dinheiro centralizado em Miami: o dinheiro era transferido para empresas de fachada nos Estados Unidos. Depois, uma outra companhia fictícia fazia os repasses para os fabricantes na Europa.

Importação de armas ocorre há mais de uma década, diz PF

A PF ressaltou que a empresa no centro do esquema de tráfico importa armas há mais de uma década. Inicialmente, seus fornecedores ficavam baseados nos Estados Unidos, mas os fabricantes americanos suspenderam as vendas após identificarem que a empresa de Hernan desviava os armamentos para o crime organizado.

Em razão do bloqueio, o argentino recorreu a fornecedores na Europa, a começar por fabricantes da Croácia. Os investigadores revelam que, após a quadrilha entrar na mira da PF, os fornecedores croatas também suspenderam as vendas. A medida fez a organização buscar armamentos em outros mercados europeus, baseados na Turquia, República Tcheca e Eslovênia.

Conforme o Ministério Público Federal (MPF), a estimativa é que, desde o início das investigações, a empresa investigada importou cerca de 43 mil armas para o Paraguai, movimentando cerca de R$ 1,2 bilhão em um período de três anos.

No Brasil, foram realizadas 67 apreensões nesse período, que totalizam 659 armas apreendidas no território brasileiro. Elas ocorreram em dez Estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Ceará.

Diego Hernan Dirísio é alvo de um mandado de prisão preventiva com fins de extradição. Ele é suspeito de coordenar 30 operações de tráfico internacional de armas, além de participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro. Os agentes da Polícia Federal seguem buscando por ele no Paraguai.

A reportagem do Estadão não conseguiu localizar a defesa de Diego Hernan Dirísio. O espaço segue aberto para manifestação.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".