Incêndio em acampamento do MST matou ao menos 9 pessoas no Pará

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Um incêndio matou ao menos nove pessoas no Acampamento Terra e Liberdade, em Parauapebas (PA), na noite do sábado, 9. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) informou, em uma rede social, que o acidente foi provocado pela explosão de um transformador que ficava próximo ao local onde estavam famílias.

Segundo o MST, famílias relataram que técnicos trabalhavam em uma rede de internet próxima ao acampamento.

A explosão do transformador levou fogo à rede de energia e atingiu barracos no local. O movimentou informou que a coordenação do acampamento chamou equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

"Dois barracos pegaram fogo e foram totalmente destruídos pelas chamas", afirmou o movimento.

Em vídeo publicado no Instagram, Jorge Neri, da coordenação estadual do MST, afirmou que o Instituto Médico Legal (IML) havia confirmado a morte de nove pessoas no local.

Segundo o MST, seis pessoas eram integrantes do movimento e outras três eram funcionários da empresa G5 de Internet. "Agora nós estamos reorganizando o acampamento", disse. "Acompanhando as famílias que sofreram a perda de seus parentes. Nosso acampamento está profundamente abalado com isso."

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e ao presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), César Aldrighi, para irem ao acampamento, no Pará.

Em nota, os órgãos se solidarizaram com familiares e amigos das vítimas.

Teixeira e Aldrighi viajam neste domingo, 10, para o Estado para "acompanhar o caso de perto e levar todo o apoio do Governo Federal às famílias das vítimas dessa tragédia".

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A derrota do Oscar de Melhor Atriz e Melhor Filme por Fernanda Torres e Ainda Estou Aqui para a americana Mikey Madison e Anora, filme independente dirigido pelo norte-americano Sean Baker, ainda tem abalado os ânimos dos brasileiros e é tema central do carnaval de rua em 2025. Ainda Estou Aqui ganhou na categoria "Filme Internacional".

Nesta terça, 4, os foliões adaptaram a marchinha Aurora, escrita por Mário Lago e Roberto Roberti em 1941, para calibrar o clima de rivalidade. (Veja o vídeo abaixo)

"Se você fosse sincera, ô ô ô ô, Anora. Devolvia o nosso Oscar, ô ô ô ô, agora", canta um grupo de pessoas em um bloco de rua não identificado. O vídeo viralizou nas redes sociais.

Na adaptação, é pedido que Anora entregue os prêmios aos brasileiros. Boa parte do público ficou revoltada com a escolha da Academia pelo filme independente e pela jovem atriz Mikey Madison, de 25 anos.

A torcida do Brasil era para que, principalmente, Fernanda Torres levasse o título de "Melhor Atriz" na maior premiação do cinema. A própria atriz se pronunciou dizendo que o resultado foi justo e pedindo para que fãs não enviem mensagens de ódio a Mikey Madsona.

A vitória do filme Ainda Estou Aqui no Oscar 2025 foi um momento de grande emoção para Ana Lúcia Paiva. Presente na cerimônia em Los Angeles, Nalu revelou que usou um colar que pertenceu à sua mãe, Eunice Paiva, durante o anúncio da categoria de Melhor Filme Internacional, vencida pelo longa brasileiro.

"Na hora do anúncio, eu estava com a mão no peito, porque estava com o colar da minha mãe antes e não consegui tirar, porque deu um nó. Então pensei: 'Vou ficar com esse colar, porque mamãe não quer me deixar, quer ir comigo para o Oscar'", contou Nalu ao Gshow. No momento da vitória, ela segurou o colar, beijou a pedra e chorou de emoção.

Filha de Eunice e Rubens Paiva, Nalu Paiva ainda destacou a importância do discurso do diretor Walter Salles, que homenageou sua mãe ao receber o prêmio. "Foi um momento maior do que eu, que representa nossa história. Walter, meu amigo de sempre, homenageando minha mãe na frente do mundo, isso é muito lindo", celebrou.

O escritor e poeta brasileiro Affonso Romano de Sant'Anna morreu na manhã desta terça-feira, 4, aos 87 anos. O autor, que morava no Rio de Janeiro, foi diagnosticado com Alzheimer em 2017.

O escritor, que estava acamado havia quatro anos, era casado com a também escritora Marina Colasanti. Ela morreu em janeiro deste ano, também aos 87 anos. Affonso deixa uma filha, a atriz e cineasta Alessandra Colasanti, além de um neto.

Nascido em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, o autor escreveu mais de 60 livros ao longo de seis décadas de carreira. Entre suas obras de destaque, estão os três volumes de poesias e crônicas reunidas - além de Como Andar no Labirinto (2012), Tempo de Delicadeza (2007) e Intervalo Amoroso (1998).

Affonso também teve forte atuação na academia, atuando como professor e dirigindo o departamento de Letras da PUC-Rio entre 1973 a 1976. Também lecionou no exterior, em faculdades dos Estados Unidos, Alemanha, Portugal e França.

Na área da educação, presidiu a Biblioteca Nacional durante a década de 1990, sendo um dos responsáveis pelo Programa Nacional de Incentivo à Leitura, que está ativo até hoje.

Na imprensa, atuou como cronista do Jornal do Brasil, de O Globo, Estado de Minas e Correio Braziliense. Também foi crítico literário.

O velório do escritor será realizado nesta quarta-feira, 5, das 11h às 14h. O evento ocorre na Capela Histórica do Cemitério da Penitência, na cidade do Rio de Janeiro.