Marina sobre discussão de combustíveis fósseis: 'Não queremos uma pororoca de pressão na COP30'

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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu que os países avancem nas decisões a respeito do fim do uso de combustíveis fósseis para que o Brasil não sofra com uma "pororoca de pressão" em 2025, quando o país vai sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). A declaração foi dada durante uma coletiva de imprensa, nesta segunda-feira,11, na COP28, em Dubai.

Minutos antes da fala da ministra, a presidência da COP28 divulgou o rascunho do texto do balanço global sobre o Acordo de Paris. A redação decepcionou especialistas por não incluir a perspectiva de eliminação do uso de combustíveis fósseis. O texto inclui a perspectiva de transição energética com o aumento das fontes renováveis e a redução da produção e do consumo de fósseis "de forma justa" para chegar à taxa zero de emissões até 2050.

A redação ainda é um rascunho e pode ser alterada até a plenária final da COP28, que está prevista para terça-feira,12.

"Desde o começo, todo trabalho que o Brasil vem fazendo é no sentido de que a gente possa assimilar esse tema inadiável em relação ao combustível fóssil no percurso das três COPs: a COP28, a COP29 e a COP30. Nós não queremos uma pororoca de pressão na COP30 de algo que não foi sendo assimilado ao longo do processo", disse a ministra.

Marina afirmou que ainda não tinha conseguido avaliar o texto proposto pela presidência da COP28, mas disse que a marca de sucesso dessa conferência seria estabelecida a partir do modo como a questão dos fósseis fosse tratada. Questionada se caso o tema não fosse tratado a COP seria considerada um fracasso, Marina disse que o resultado poderia ser avaliado em uma escala.

"Eu falei da métrica de sucesso. Você pode fazer uma escala de sucesso, não é? Você pode receber bronze, você pode receber prata, você pode receber ouro", afirmou.

O Brasil tem defendido que o texto contenha a questão dos combustíveis fósseis, mas que o movimento rumo ao fim desses recursos seja liderado pelos países desenvolvidos. O país também defende que haja uma instância para discutir sobre o tema no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudança do Clima (UNFCCC).

Durante o anúncio da confirmação do Brasil como sede da COP-30, após a coletiva, Marina aproveitou para pedir avanços no acordo entre os países em relação a combustíveis fósseis. A ministra afirmou que é preciso sair da COP-28 com o que "todos esperam":

"Uma matriz caracterizada pelo acentuado aumento das fontes renováveis de energia e a simultânea redução da dependência dos combustíveis fósseis", disse.

*A repórter Paula Ferreira viajou a Dubai a convite do Instituto Clima e Sociedade

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Douglas, irmão de Diogo Almeida, que foi eliminado do Big Brother Brasil 25 na noite de terça-feira, 25, falou sobre a trajetória do ator no reality show e avaliou sua relação com Aline dentro da casa.

A declaração foi feita durante sua participação no Encontro desta quarta-feira, 26. Ele explicou que ainda não conseguiu se encontrar com o irmão, mas que viu que o ator jogou de forma "genuína".

"Diogo sempre foi aquele cara tranquilo, bonito, sábio, inteligente. Ali dentro, estava sendo literalmente ele. Ele pensa para fazer toda e qualquer ação", alegou.

Segundo Douglas, Diogo foi eliminado porque o público está "sedento por algo mais viril, mais duro. Um brother que fala e coloca para fora. Para ele, os espectadores desejam que o irmão seja alguém que não é.

Ele revelou não gostar do relacionamento do irmão com Aline, dizendo "não ter desejo nenhum" de que os dois continuem se envolvendo.

Douglas criticou o beijo de Aline e Thamiris. "Ela deixou de ser a pessoa que eu pensava. Me entristeci. Não achei nada agradável, nada legal. Não posso ter uma companheira aqui fora com a qual eu saia para um evento aqui fora e fique preocupado se ela vai beijar um homem ou uma mulher [...] Foi na contramão de tudo o que entendo e penso para a minha vida e de todos ao meu redor. Não posso ter uma pessoa de que tem tenho dúvidas."

O irmão de Diogo Almeida também relembrou o momento em que ele indicou a policial militar ao Paredão. Em sua visão, foi um ato mal pensado.

"Tudo o que foi perto por parte da Vilma e do Diogo tomou uma proporção muito maior que os demais. Ele foi perseguido, ao meu ver, não no ponto negativo [...] E houve essa debandada de acusações", finalizou.

A manhã desta quarta-feira, 26, no BBB 25 começou com uma reviravolta no jogo. O botão misterioso foi ativado, e Vinícius decidiu apertá-lo. O brother teve o poder de vetar alguém da Prova do Líder e escolheu Maike.

A partir disso, Vinícius foi para o Quarto do Desafio. No cômodo completamente escuro, ele precisou encontrar três letras que formavam a palavra "Vip". O resultado da prova determinou o futuro do brother na semana.

Com muita concentração, Vinícius conseguiu cumprir a missão e garantiu um lugar no Vip. Além disso, conquistou imunidade e ainda teve o poder de vetar mais um participante da Prova do Líder. Dessa vez, o brother escolheu Vilma para não participar da Prova.

Confira aqui

O jornalista britânico Tom Phillips, correspondente da América Latina do The Guardian, publicou um artigo de opinião no jornal britânico no qual defende que o longa brasileiro Ainda Estou Aqui deveria vencer o Oscar de Melhor Filme.

No texto, Phillips afirma que a obra de Walter Salles sobre a família Paiva retrata uma realidade sombria que encontra inúmeros paralelos com a situação política vivida pelo mundo em 2025.

"O filme tocou um ponto sensível, no Brasil e no mundo, à medida que o público lida com uma nova era de autoritarismo, liderada por figuras egocêntricas, não muito diferentes daquelas que governaram o Brasil durante o regime militar de 1964-85 retratado em Ainda Estou Aqui", escreveu o jornalista.

No longa, acompanhamos a história de Eunice Paiva (Fernanda Torres) e sua luta para descobrir o que aconteceu com seu marido, Rubens Paiva (Selton Mello), após ele ser raptado pelo regime militar brasileiro.

"O retrato íntimo de Salles sobre as consequências emocionais dessa insanidade calculada tem ecos assustadores nas manchetes de hoje, enquanto homens venezuelanos são levados para Guantánamo para agradar à base de Donald Trump, e as tropas de Vladimir Putin destroem as vidas de inúmeras famílias na Ucrânia."

E prossegue: "Ainda Estou Aqui é um filme sobre os tempos cruéis e inquietantes que mais uma vez varrem o mundo. Se algum filme merece o Oscar de 2025, é este", pontua.

A paixão brasileira por 'Ainda Estou Aqui'

Entre os destaques da produção, Phillips elege "a deslumbrante trilha sonora brasileira, as performances extraordinárias e empáticas, e uma cinematografia comovente" como algum dos motivos que poderiam levar Ainda Estou Aqui ao prêmio mais importante de Hollywood.

O amor do público brasileiro pelo filme, no entanto, ganha um destaque especial na opinião do jornalista. "O país sul-americano apoiou este filme como raramente fez antes, com mais de quatro milhões de pessoas indo aos cinemas para assisti-lo, e críticos o chamando de um dos melhores filmes do Brasil em anos", escreveu.

"Alguns fãs penduraram a bandeira amarela e verde do Brasil em suas salas, como se estivessem se preparando para uma final de Copa do Mundo. Outros produziram fantasias de carnaval em homenagem a Fernanda Torres, a atriz principal do filme de Salles, ou à dourada estatueta do Oscar."