Respostas de governantes à crise no Bailique são apenas emergenciais, criticam cientistas

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A principal dificuldade dos cientistas hoje para avaliar as mudanças observadas na costa oceânica do Amapá é a ausência de investimento em pesquisa científica. Considerada uma das maiores especialistas na costa oceânica do Amapá, a geóloga Valdenira Santos estuda as mudanças no entorno do Bailique há duas décadas. Para ela, o que está ocorrendo na região exige mais do que os dados disponíveis atualmente para ser compreendido.

"Não temos sequer equipamento para medir ao longo da coluna da água, que é um CTD (instrumento oceanográfico utilizado para medir condutividade, temperatura e pressão da água do mar) que custa 85 mil reais, porque não adianta medir na superfície", explica a pesquisadora. O processo correto passa pela exclusão dos sedimentos, que são abundantes no Amazonas. "Eu tenho que saber quanto de sedimento tem porque eu só tiro sal depois que eu limpar a água", diz.

Em março deste ano, a pedido do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MDR), a pesquisadora do Instituto de Pesquisas Científicas do Amapá (IEPA) elaborou um Diagnóstico e Prognóstico de Intrusão Salina e Erosão no Distrito do Bailique.

Trata-se de um plano detalhado que requer investimento público de cerca de R$ 10 milhões em pesquisa científica na região para medir a taxa de erosão e a intrusão salina, identificar pontos de entrada, até onde se estende e os períodos de maior intrusão do mar. O investimento prevê ainda mapear a população em risco e elaborar um modelo científico do que está acontecendo nessa região para responder para onde mover as comunidades.

Desde julho, quando entregou o plano ao ministério, comandado pelo ex-governador do Amapá Waldez Góes, Valdenira não teve mais notícias sobre o que será feito pelo governo federal. "A resposta que eu tenho tido é que é importante, que alguém tem que financiar, mas não vem financiamento de lugar nenhum", conta a geóloga. Procurada, a assessoria do ministro disse que entraria em contato para falar sobre os planos do governo federal, mas não deu mais retorno.

Governador do Amapá por quatro mandatos (2002-2006, 2006-2010, 2014-2018 e 2018-2022), Góes conhece bem a realidade dos moradores do Bailique. Ao longo de suas gestões, os problemas de erosão e avanço do mar na costa oceânica do estado foram se agravando. A reação do governo estadual, no entanto, foi sempre a mesma, alternando decretos de estado de emergência ou de calamidade pública sucessivamente, além do envio de água potável, distribuição de alimentos, reparos e construção de passarelas, reconstrução de blocos escolares e substituição de postes de energia derrubados pela erosão. Foi assim em 2017, 2018, 2021, 2022.

O problema é que as medidas adotadas concentram-se sempre "na demanda política do momento e não existe nada feito para o longo prazo", afirma o engenheiro Alan Cunha, da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). Como Valdenira, ele se queixa que os pesquisadores não são ouvidos e os debates são feitos sem verificação ou estudos que indiquem se o investimento a ser feito vai valer a pena.

Neste ano, novamente o governador Clécio Luis (Solidariedade) recorreu a um decreto de estado de emergência no Bailique para enviar kits de alimentos, água mineral, caixas d'água e água potável para os moradores do arquipélago. Procurada pela reportagem, a assessoria do governador respondeu que ele não poderia dar entrevista devido à viagem para participar da COP28, em Dubai.

Sem equipamentos qualificados para realizar medições confiáveis da intrusão salina no rio Amazonas e da taxa de erosão nas ilhas, Valdenira avisa que qualquer medida ou política será apenas emergencial. "Se você pegar a Escola Bosque nos dias de hoje, foram jogados no mato R$ 3 milhões, entendeu? Então é tudo nesse imediatismo. E agora tem uma ideia de uma super balsa flutuante para tratamento de água, né? De novo, quase R$ 10 milhões com medições que eles fizeram de água superficial", alerta Valdenira.

A Escola Bosque, mencionada pela geóloga, foi criada na gestão de João Capiberibe e foi a primeira a adotar uma metodologia socioambiental. As instalações de madeira, cercadas pelo rio Amazonas e pela floresta, foram erguidas sobre palafitas para enfrentar o período das chuvas. "A erosão destruiu toda a escola, praticamente não existe mais", lamenta Capi, como o ex-governador é chamado.

Em 18 de novembro, em visita ao Bailique, o governador Clécio Luís anunciou que a Escola Bosque será reconstruída para atender cerca de 450 alunos na Vila Progresso. As obras começarão em janeiro de 2024, prometeu o governador. De acordo com a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinf) e a Secretaria de Estado da Educação (Seed), as obras e serão executadas 250 metros da margem da ilha, em estrutura removível.

Na comunidade Livramento, atualmente são as marés que determinam a duração das aulas na Escola Nair Cordeiro Marques, localizada na ilha de Santo Antonio. "As crianças vêm dependendo da maré, então isso afeta a educação, né? Porque fica uma situação bem particular, as crianças só vêm quando a maré enche", conta a professora Érica dos Santos Lopes, 32. A seca que atinge a região permite que Érica dê, no máximo, três horas de aula por dia.

A merendeira Francinete Ferreira, 41, nasceu e cresceu na mesma comunidade e não hesita em dizer: o rio mudou muito. "Aqui na frente, o rio era bem fundo e a água não era salgada. Agora, tem dia que não dá nem uma hora e meia de aula por causa da maré", conta.

* Esta reportagem foi apoiada pelo Edital Conexão Oceano de Comunicação Ambiental, promovido pela Fundação Grupo Boticário.

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A noite desta segunda-feira, 3, no Big Brother Brasil 25 foi marcada por um novo atrito entre Aline e Renata, após a dinâmica do RoBBB Seu Fifi no Sincerão.

Durante a atividade, os participantes tiveram a chance de descobrir quem fez as declarações reveladas mais cedo. Renata, ao descobrir que Aline foi uma das autoras de falas sobre ela, iniciou uma discussão sobre sua suposta participação em conversas estratégicas dentro da casa.

Veja como foi a briga

O impasse surgiu quando Aline afirmou que Renata sempre esteve presente em discussões sobre o jogo, algo que Renata negou. Durante o intervalo do programa, Renata insistiu que nunca fez parte desses debates e que evitava interferir nos diálogos dos demais participantes sobre estratégia.

"Eu entro no quarto para pegar minhas coisas e saio. Nunca fiquei ali para ouvir nada sobre jogo", afirmou. Aline, no entanto, discordou: "Todas as vezes que falamos sobre jogo e você estava presente, nós não mudamos o assunto. Você estava lá."

Renata reforçou que sempre teve o cuidado de se retirar quando percebia que o tema era estratégia de jogo. "Sabe quando você entra em um ambiente e sente que as pessoas seguraram o assunto? Eu sou a primeira a sair, porque não quero ser inconveniente", explicou.

Já Aline rebateu que a percepção de Renata não correspondia ao que os outros participantes observavam. "Isso não é só minha impressão, outras pessoas também já perceberam", disse.

O desentendimento escalou quando Aline mencionou que estava digerindo algumas questões em relação a Renata. "Se eu tenho um bloqueio em relação a você, é algo que eu preciso de tempo para tratar. Não é automático, porque eu só vou fazer isso com uma pessoa que eu realmente quero ter uma relação 100%", afirmou. Renata respondeu diretamente: "Agora ficou claro que você não quer ter uma relação 100%".

Desentendimento anterior

A troca de farpas entre as sisters já havia começado mais cedo. No Quarto Anos 50, Renata acusou os aliados de Aline de mudarem de assunto sempre que ela se aproximava, o que a ex-policial negou. "Eu já senti que, às vezes, eu entro no quarto e vocês param ou disfarçam o assunto", disse Renata. "Se fosse para mudar de assunto, seria porque nós estaríamos articulando para votar em você e, nesse momento, não é a nossa opção", rebateu Aline.

A tensão aumentou quando Aline sugeriu que a ida de Renata ao Paredão poderia estar relacionada ao fato de sua dupla, Eva, ter uma boa relação com os demais participantes. A afirmação irritou Renata, que desabafou com seus aliados: "Eu acho chato. A pessoa está vendo que eu estava chorando, querendo desabafar, senta na roda e fala isso? É só para terminar de chutar, eu já estou mal."

Renata enfrenta o Paredão contra Camilla e Vilma, o resultado será divulgado no programa ao vivo da próxima terça-feira, 4.

Nesta segunda-feira, 3, o músico Tony Bellotto anunciou que foi diagnosticado com um tumor no pâncreas e que se afastará temporariamente dos palcos para realizar um procedimento cirúrgico. Os Titãs confirmaram que o guitarrista Alexandre de Orio será o substituto nos próximos shows da banda.

Quem é Alexandre de Orio?

Com uma carreira que mistura heavy metal, jazz e pesquisa acadêmica, Alexandre de Orio tem um histórico consolidado na música. Foi guitarrista da banda Claustrofobia, um dos principais nomes do thrash e death metal nacional, e participou de turnês pela Europa e América Latina.

Além do palco, o músico também atua no meio acadêmico. Graduado pela Faculdade de Artes Alcântara Machado (FAAM), com pós-graduação em Estrutura e Linguagem Musical, ele leciona na Swarnabhoomi Academy of Music (SAM), na Índia, onde ministra aulas sobre a fusão do metal com ritmos brasileiros. O tema também rendeu o livro Metal Brasileiro: Ritmos Brasileiros Aplicados na Guitarra Metal - Volume 1 - Samba Metal.

Experiência internacional e projetos paralelos

Alexandre de Orio já colaborou com nomes conhecidos do rock nacional, como Sérgio Britto (Titãs), Digão (Raimundos) e Egypcio (ex-Tihuana, atual Cali). Também é membro do Kroma Electric Guitar Quartet, projeto experimental de guitarras elétricas, e diretor musical da School of Rock Guarulhos.

O guitarrista também se manifestou sobre a substituição de Bellotto. Em suas redes sociais, desejou força ao músico e afirmou que fará o seu melhor durante os shows com os Titãs.

"Tony, como nos falamos esses dias, ficam aqui minhas energias positivas, força. Em breve, você estará de volta. Enquanto isso, darei o meu melhor. Boa recuperação", escreveu.

A banda seguirá com a agenda de apresentações enquanto Bellotto se recupera. Segundo o comunicado oficial, o guitarrista retomará suas atividades assim que possível.

Uma nova rivalidade está começando a ser desenhada no BBB 25? Nesta segunda-feira, 3, Aline e Renata voltaram a trocar farpas depois de terem se desentendido durante a madrugada. Renata enfrenta o Paredão após uma indicação da líder Vitória.

Na ocasião, as sisters começaram a trocar acusações no Quarto Anos 50. Renata disse que os aliados de Aline mudam de assunto assim que a bailarina se aproxima, o que foi negado pela ex-policial militar.

"Eu já senti que, às vezes, eu entro no quarto e vocês param ou disfarçam o assunto", disse Renata. "Se fosse para mudar de assunto, seria porque nós estaríamos articulando para votar em você e, nesse momento, não é a nossa opção", afirmou Aline.

Durante a madrugada, as duas já haviam se estranhado depois que a ex-policial militar supôs que a dupla de Renata, Eva, se relacionava melhor com a casa. Aline associou a ida da bailarina ao Paredão a esse motivo.

"Eu acho chato. A pessoa está vendo que eu estava chorando conversando com vocês, querendo desabafar, senta na roda e fala isso?", questionou Renata com aliados. "É só para terminar de chutar, eu já estou mal."

A bailarina disputa a permanência na casa com Camilla e Vilma.