Empresários e sociedade civil pedem que PL do crédito de carbono não seja votado como está

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Empresários e entidades da sociedade civil demonstraram preocupação com a votação, prevista para esta quinta-feira (21/12), do projeto de regulamentação do mercado de crédito de carbono no Brasil.

Em nota divulgada nesta quinta, 21, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, que congrega 370 organizações, "conclama os membros da Câmara dos Deputados a prorrogarem a votação do substitutivo do Projeto de Lei (PL) 412/2022 (apensado ao PL 2.148/2015), que regula o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões".

O entendimento da Coalizão é que, com as "mudanças substanciais à proposta aprovada no Senado Federal", o substitutivo "coloca em risco o potencial de impacto positivo do sistema".

Yuri Rugai Marinho, sócio-diretor da Eccon Soluções Ambientais, alerta que a atual versão "pode impactar negativamente todo o segmento de conservação do Brasil". Ele reforça o coro da Coalizão Brasil Clima e defende que a votação seja adiada, para que o projeto não seja aprovado dessa forma. "Estamos diante de um provável enfraquecimento dos instrumentos de conservação, o que coloca em risco a economia brasileira. A votação precisa ser postergada", afirmou o sócio-diretor da ECCON, uma das associadas da Coalizão.

Marinho explica que, como está, o projeto deixa de fora do mercado regulado o REDD (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal), projeto de reflorestamento amplamente utilizado no mundo. Isso porque o parágrafo 2º do artigo 42 do PL determina que atividades de manutenção ou manejo florestal sustentável não podem gerar créditos de carbono.

Como mostrou ontem o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o relatório do deputado federal Aliel Machado (PV-PR) também não entrou em consenso com o próprio Poder Executivo. Aliel Machado se reuniu com a equipe econômica para chegar a uma convergência no texto, mas não houve avanços. Havia também resistência por parte do governador do Pará, Helder Barbalho, ao substitutivo. O governo paraense tem amadurecido seu projeto de REDD.

Além desse impasse, uma das principais dúvidas é se o agronegócio entrará no mercado de carbono regulado. No Senado, o acordo foi deixar de fora o setor até haver metodologia adequada para o segmento.

"É absolutamente necessário e desejável que seja ampliada a escuta e o diálogo com diferentes setores da sociedade e esferas de governo, aumentando a compreensão sobre o assunto e sobre as implicações decorrentes das medidas propostas", diz a nota da Coalizão Brasil Clima.

A Coalizão defende a "célere aprovação do PL 412/2022 na Câmara dos Deputados" e diz que o projeto, aprovado no Senado, representa uma "oportunidade inequívoca para que o país conte com um mercado de carbono com diretrizes e princípios claros". Por conta disso, o movimento considera fundamental a preservação da estrutura do texto, segundo o comunicado divulgado hoje.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".