Morre filho de Pit, miliciano morto em comunidade do Rio

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O filho de 9 anos de Antônio Carlos da Costa Pinto, o Pit, miliciano de 44 anos morto na última sexta-feira, 29, na comunidade Três Pontes, zona oeste do Rio de Janeiro, morreu neste sábado, 30. A criança estava internada em estado gravíssimo no Hospital Municipal Miguel Couto, desde a última sexta, quando ela e o pai foram atingidos por disparos de armas de fogo, no bairro de Paciência, região dominada por grupos milicianos. O óbito foi confirmado pela secretaria de saúde da cidade.

Pit era tratado como possível sucessor de Luiz Antonio da Silva Braga, o Zinho, antigo chefe do grupo criminoso na zona oeste do Rio, que se entregou à Polícia Federal no último domingo, 24. As causas das mortes de Pit e do seu filho, Allef Miguel Martins Pinto, estão sendo investigadas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

Conforme os dados do Instituto Rio de Paz, este é o 14º caso de criança ou adolescente que morre no Estado do Rio de Janeiro por arma de fogo em 2023. Segundo a organização, este ano atingiu o maior número de mortes deste tipo desde 2007, quando a entidade começou a fazer o levantamento. Com o óbito de Alef, o total de vítimas registradas pelo instituto é de 105.

Na última sexta, agentes do 27°Batalhão da Polícia Militar (Santa Cruz) foram acionados para atender uma ocorrência de possível atentado na comunidade Três Pontes, em Paciência. No local, os policiais já encontraram Pit sem vida, dentro de um carro e com marcas de tiro. Alef precisou ser socorrido e recebeu os primeiros cuidados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Paciência, antes de ser transferido para o Hospital Municipal Miguel Couto.

A mesma ocorrência também resultou na morte de outro homem, Leonel Patrício de Moura, de 36 anos, cujo corpo, segundo a Polícia Militar, foi encontrado em Santa Cruz, bairro vizinho de Paciência. A ação também deixou outras duas pessoas feridas, que foram socorridas para hospitais da região. "Foram realizadas perícias nos locais e testemunhas foram ouvidas. Diligências estão em andamento para apurar a autoria e a motivação dos crimes", informou a Polícia Civil em nota.

Sucessão no comando da milícia

Pit vinha sendo apontado como sucessor de Zinho no comando da milícia depois que o antigo chefe se entregou Polícia Federal no último domingo, 24.

Pit foi preso em maio de 2019 pelo crime de organização criminosa e por integrar a milícia da zona oeste do Rio, então capitaneada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, irmão de Zinho, e que foi assassinado em 2021 em confronto com a polícia.

Na época, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) cita que Pit era um dos responsáveis pela região do Complexo do Cesarinho, em Santa Cruz, e que possuía "atuação de destaque na organização criminosa". O miliciano foi solto meses depois.

Após se entregar, Zinho está atualmente preso na Penitenciária de Bangu 1, de segurança máxima. Até a rendição, ele vinha sendo apontado como chefe da milícia da zona oeste do Rio, desde a morte de Ecko. Segundo as investigações, Zinho ascendeu à liderança da milícia muito em função das habilidades que tem com contas e administração do dinheiro.

Em outubro, Faustão, braço direito de Zinho e até então considerado o segundo na hierarquia do grupo, foi assassinado durante confronto com agentes da Polícia Civil fluminense, e do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), na favela Três Pontes, em Santa Cruz.

Em retaliação à morte de Faustão, os milicianos fizeram ataques em série contra veículos nas ruas da zona oeste do Rio no dia 23 de outubro. Na ocasião, ao menos 35 coletivos foram incendiados. Segundo o sindicato das empresas de ônibus do Rio de Janeiro, foi o maior ataque a ônibus da história do município.

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Novo filme da A24, Coração de Lutador - The Smashing Machine ganhou seu primeiro trailer nesta terça-feira, 29. A prévia mostra um irreconhecível Dwayne "The Rock" Johnson na pele de Mark Kerr, um dos maiores lutadores da história do MMA, que enfrenta grandes adversários no octógono ao mesmo tempo em que lida com problemas pessoais e com a fama.

Além de Johnson, o filme conta ainda com Emily Blunt, que interpreta a esposa de Kerr, Dawn Staples. Roberto "Cyborg" Abreu, Ryan Bader e Igor Vovchanchyn, todos atletas do MMA, completam o elenco.

O filme tem direção de Benny Safdie, um dos diretores de Joias Brutas, que assina o roteiro ao lado de Kerr.

Coração de Lutador - The Smashing Machine estreia no Brasil em outubro.

Clique aqui para assistir ao trailer

O cantor Orlando Morais criticou uma suposta falta de destaque a Glória Pires durante o especial de 60 anos da Globo, que ocorreu nesta segunda-feira, 28. Em uma publicação no Instagram, Orlando disse considerar que a emissora foi "injusta" com a trajetória da atriz, que é sua esposa.

O Estadão entrou em contato com a Rede Globo para um posicionamento da emissora sobre a declaração, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Glória encerrou seu contrato de exclusividade com a Globo após 54 anos no ano passado. "Participei dessa parceria linda. Sei que você não vai gostar do post. Não falo aqui como seu amor, como seu marido. Falo como brasileiro", escreveu Orlando.

A atriz apareceu durante uma reunião como vilãs clássicas das telenovelas. Ela interpretou a gêmea má Raquel, de Mulheres de Areia, de 1993. Também houve uma rápida menção a Maria de Fátima, de Vale Tudo, agora vivida pela atriz Bella Campos, atualmente no ar.

Na última quinta-feira, 24, ela comentou, em uma declaração enviada ao Estadão, sobre a sensação de se ver caracterizada novamente como a vilã. "Foi estranhíssimo, esteticamente falando, mas um exercício delicioso de resgatar dentro de mim algo feito há 30 anos", disse.

O último papel de Glória na emissora foi também uma vilã: Irene, de Terra e Paixão. Apesar de ter encerrado seu contrato de exclusividade, a atriz ainda pode ser contratada por obra.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu a cobrança de uma dívida de R$ 1,6 milhão atribuída à apresentadora Ana Hickmann em uma ação movida pelo Banco Sofisa. A decisão considera a possibilidade de sua assinatura ter sido falsificada em contratos firmados com a instituição.

O valor é referente a contratos em nome da empresa Hickmann Moda Fashion, um dos negócios que a apresentadora mantinha com o ex-marido, Alexandre Correa. Em 2023, o banco acionou judicialmente Ana, Alexandre e a empresa, solicitando inclusive a pré-penhora de bens dos três como forma de garantir o pagamento, caso eles não fossem localizados para responder à ação.

Ana afirma ter sido vítima de falsificação de assinaturas em contratos bancários e, em outras ocasiões, chegou a declarar que essas irregularidades teriam sido cometidas por Alexandre. Agora, a Justiça suspendeu a execução da dívida após acolher o argumento da defesa da apresentadora de que sua assinatura pode ter sido falsificada.

O Estadão teve acesso ao processo que corre na 8ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, onde a Justiça suspendeu a execução da dívida de R$ 1,6 milhão movida pelo Banco Sofisa. Em nota, a defesa de Ana Hickmann afirmou que a decisão foi tomada "diante dos indícios de falsificação das assinaturas presentes no contrato". A equipe jurídica acrescentou ainda que outras ações - movidas por Safra, Valecred e Banco do Brasil - também estão suspensas pelas mesmas razões.

Segundo a nota, "perícias grafotécnicas judiciais já comprovaram que assinaturas atribuídas a Ana Hickmann em contratos com o Banco do Brasil e Itaú são falsas. Além disso, o Bradesco decidiu não seguir com uma cobrança contra a apresentadora após reconhecer a falsidade da assinatura".

O Estadão também entrou em contato com a equipe de Alexandre Correa, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações de todas as partes envolvidas.