El Niño vem mais forte em 2024? Veja as previsões de calor e chuva

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O ano de 2024 deve ser ainda mais quente do que o de 2023, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), em consequência das mudanças climáticas em curso somadas à ocorrência do fenômeno El Niño, de aquecimento das águas do Pacífico, que se estenderá até meados do ano.

Novos recordes de temperatura foram batidos em muitos lugares do mundo - inclusive no Brasil - em meio às ondas de calor registradas em 2023. Segundo o novo relatório da OMM, agência da Organização das Nações Unidas (ONU), esses eventos representaram o início do colapso climático. Como o El Niño só deve se dissipar entre abril e junho de 2024, é possível esperar novas ondas de calor.

De acordo com relatório da OMM assinado pelo diretor-geral da organização Petteri Taalas, o principal fator por trás do aumento das temperaturas é o aquecimento global, mas o El Niño "tem impacto na temperatura global, especialmente no ano seguinte ao de sua formação, neste caso, 2024".

"Como resultado das temperaturas recordes da superfície e dos oceanos desde junho, 2023 deverá ser o ano mais quente já registrado até hoje, mas a previsão é de que o próximo ano seja ainda mais quente."

No Brasil, além das ondas de calor e elevação das temperaturas, o El Niño pode provocar alteração no regime de chuvas, causando novos eventos de secas e estiagens intensas, sobretudo no Nordeste e no Norte, e chuvas acima do normal no Sul, a exemplo do que já ocorreu em 2023. Além disso, incêndios florestais no Cerrado e na Amazônia podem ocorrer com mais frequência.

Municípios atingidos

Por causa do fenômeno, em 2023, mais da metade dos 5.568 municípios brasileiros foi afetada por algum evento climático extremo, como tempestades, enchentes e secas. Segundo a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, 2.797 municípios foram reconhecidos em situação de emergência ou estado de calamidade pública. Ao todo, 14.541.438 pessoas foram afetadas e R$ 1,4 bilhão foram gastos na contenção de danos.

O início do ano foi marcado por chuvas intensas em inundações no litoral de São Paulo, que deixaram 64 mortos e resultaram na interdição da Rodovia Rio-Santos. Ciclones extratropicais atingiram a região Sul do País em junho, deixando 49 mortos e mais de cem municípios afetados, sobretudo no Rio Grande do Sul. Também no Rio Grande do Sul, uma forte estiagem levou à situação de emergência em 252 municípios. Na região Norte, 100 municípios registraram escassez hídrica devido à seca histórica.

O aumento da temperatura do planeta deve ultrapassar a simbólica marca de 1,5ºC acima da média registrada antes da Revolução Industrial já a partir de 2024. Em 2023, marcado por ondas de calor e vários recordes de temperatura, a média global ficou 1,4ºC acima da marca pré-industrial. Pelo Acordo de Paris, de 2015, os países signatários se comprometeram a tentar manter o aumento das temperaturas pelas mudanças climáticas abaixo de 1,5ºC. Cientistas vêm alertando que um aumento superior a 1,5ºC deflagraria uma cascata de impactos catastróficos para o planeta, potencialmente irreversíveis.

Segundo o alerta da OMM, a marca será alcançada pelo menos uma vez nos próximos cinco anos. Embora não seja ainda um aumento permanente, representa uma aceleração dos impactos humanos no sistema climático global e lança a humanidade em um "território desconhecido", segundo a agência da ONU.

Temperatura média

Segundo dados da OMM, o ano de 2023 será o mais quente já registrado, com um aumento médio de 1,4ºC, batendo os recordes anteriores, de 2016, com uma elevação de 1,29ºC, e 2020, com aumento de 1,27ºC.

"Não temos como fazer uma previsão exata, mas, se em 2024, teremos condições de El Niño durante parte do ano, temos que nos preparar", afirmou a climatologista Karina Lima, pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. "Independentemente do El Niño, que é um fator que contribui, o aquecimento global é o fator principal e continua escalando. Sabemos que, em um mundo mais quente, a tendência geral é de aumento de frequência e intensidade de eventos extremos."

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Marcelo Rubens Paiva reprovou um comentário de Ana Furtado durante entrevista com Selton Mello no tapete vermelho do Oscar 2025. O escritor classificou como "sem noção" uma comparação incitada por ela entre os cinemas brasileiro e argentino.

Ana falou sobre a Argentina enquanto Selton declarava que Ainda Estou Aqui já era um filme vitorioso independentemente do resultado que viria no decorrer da noite - mais tarde, o longa conquistaria o Oscar de Melhor Filme Internacional. Na hora da entrevista, ela recordou algo que Selton havia dito no dia anterior, durante uma rodada de entrevistas com a imprensa brasileira em Los Angeles.

"Chupa, Argentina!", exclamou Ana, explicando: "Ele ontem estava falando da rivalidade entre Brasil e Argentina". No mesmo instante, o ator contextualizou: "Argentina tem dois [Oscars] de melhor filme internacional, a gente não tem nenhum. Como assim?"

O comentário de Ana repercutiu mal nas redes sociais, e o autor do livro que inspirou o filme foi um dos críticos. Vale lembrar que Ainda Estou Aqui foi o quinto longa latino-americano a conquistar o Oscar de Melhor Filme Internacional. Os demais são:

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Procurada pelo Estadão para comentar sobre o episódio, a equipe da apresentadora Ana Furtado não se manifestou até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

A cerimônia do Oscar 2025 obteve a maior audiência dos últimos cinco anos, com um total de 19,7 milhões de espectadores, de acordo com os números finais de audiência ao vivo no Estados Unidos fornecidos pela Nielsen. Este número, que inclui visualizações de dispositivos digitais como celulares, PCs e tablets, é um pequeno aumento de 1% em relação ao ano passado, quando o evento teve 19,5 milhões de telespectadores.

Embora os números iniciais apontassem uma queda de 7% em comparação com a cerimônia de 2024, que teve 19,5 milhões de espectadores, as atualizações nas medições indicaram um significativo aumento de público. Além disso, o Oscar 2025 marcou um crescimento notável na faixa etária de 18 a 49 anos, alcançando uma avaliação de 4,54 nesta demografia, o que representa um aumento de 19% em relação ao ano anterior.

Em termos de desempenho entre os jovens de 18 a 34 anos, a cerimônia também teve um destaque, marcando 3,05 de avaliação - um crescimento de 28% em relação ao ano passado, o que coloca este Oscar como o mais assistido neste público desde 2019.

As redes sociais também foram uma parte significativa do sucesso da noite, com 104,2 milhões de interações durante a transmissão, superando outros grandes eventos como o Super Bowl, que registrou 62,4 milhões de interações, e o Grammy, com 102,2 milhões de interações.

Brasileiros reagem nas redes sociais

Nas redes sociais brasileiras, os internautas se dividiram entre a comemoração pela vitória de Ainda Estou Aqui na categoria de Melhor Filme Internacional e a derrota de Fernanda Torres na disputa por Melhor Atriz. No X (antigo Twitter), memes e mensagens exaltando a conquista do País e o talento da atriz brasileira tomaram conta da plataforma.

O cantor Klaus Hee, ex-integrante da famosa boy band brasileira Dominó, morreu aos 50 anos após enfrentar um tratamento contra um câncer agressivo. A notícia foi compartilhada pelo produtor musical Ricky Colavitto, que se despediu do artista nas redes sociais, lembrando de eventos que realizaram juntos e desejando condolências à família e amigos.

Klaus Hee começou sua carreira artística ainda jovem, trabalhando como modelo e assistente de palco em programas de TV, como o Passa ou Repassa, do SBT, na mesma época em que a atriz Paolla Oliveira também estava na atração. O cantor ingressou na boy band Dominó em 1999, para substituir Rodrigo Phavanello. Ele permaneceu no grupo até 2005, quando formou a banda Kilométrico Cubo, que deixou cinco anos depois.

O velório de Klaus foi realizado nesta quarta-feira, 5, às 11h, no Cemitério Getsemani, no Morumbi, em São Paulo.

Alex Gil, ex-integrante do grupo Polegar, também fez uma homenagem emocionada ao amigo, dizendo: "Hoje, perdemos o nosso querido amigo Klaus Hee que estava lutando contra um câncer agressivo. Estávamos torcendo por sua recuperação, mas infelizmente Deus o levou para descansar do sofrimento. Que Jesus o receba em seus braços e conforte sua família e amigos mais próximos. A vida é realmente um sopro, não temos como prever até quando estaremos por aqui, portanto aproveite a sua vida da melhor maneira possível."