Mulher do 'Faraó dos Bitcoins' é presa em Chicago

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A venezuelana Mirelis Diaz, mulher do 'Faraó dos Bitcoins' Glaidson Acácio dos Santos, foi presa em Chicago em razão da 'ilegalidade de sua permanência' nos Estados Unidos. Ela era considerada foragida da Operação Kryptos, que a tinha na mira por suposta constituição de 'extensa rede para lavagem de dinheiro' que movimentou R$ 38 bilhões entre 2015 e 2021.

A defesa de Mirelis alega que a irregularidade de seu visto era desconhecida e está 'em vias de ser esclarecido'. Os advogados sustentam que o Superior Tribunal de Justiça declarou 'ilegal' a ordem de prisão expedida contra Mirelis na Operação Kryptos. Nessa linha, dizem 'não imaginar que a ousadia do juízo tenha chegado a mais um descumprimento das ordens' do STJ.

A detenção, resultado de cooperação internacional entre a Polícia Federal e autoridades americanas, foi realizada na manhã de quarta-feira, 24, mas divulgada pela corporação na noite desta quinta, 25.

De acordo com a PF, Mirelis tem contra si mandado de prisão expedido pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro por crimes praticados contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de dinheiro e integração de organização criminosa.

Os autos da Operação Kryptos apontam a mulher do 'Faraó dos Bitcoins' como proprietária de uma empresa de consultoria em Cabo Frio, 'em nome da qual, a partir de 2015, foram firmados contratos de prestação de serviços para investimento em bitcoin'

Segundo os investigadores, os contratos prometiam rendimentos fixos mensais em uma quantia específica, sem autorização ou registro junto à Comissão de Valores Mobiliários.

Ex-garçom, Glaidson Acácio dos Santos é fundador da GAS Consultoria Bitcoin e suspeito de operar um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas. Foi preso em 2021 pela Polícia Federal, acusado de crimes como gestão fraudulenta de instituição financeira clandestina, emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE MIRELIS DIAZ

Na data de hoje a defesa de MIRELIS DIAZ foi surpreendida com matérias na imprensa noticiando sua prisão, nos EUA.

Em contato estabelecido por ela, com sua família, o motivo da detenção foi uma irregularidade formal em seu visto, o que era de seu desconhecimento e de seus advogados, e que está em vias de ser esclarecido. Mirelis vive, estudava e sempre esteve legalmente residindo nos Estados Unidos da América. Para as próximas horas esperamos as informações oficiais.

Em 20/12/2023 o Superior Tribunal de Justiça concedeu ordem de habeas corpus a MIRELIS, entendendo que seu decreto de prisão é ilegal e fixando medidas cautelares em substituição à prisão (HC 186358/RJ). A decisão é expressa quanto à identidade das prisões da operação Cryptos e também é expressa em reconhecer que MIRELIS jamais esteve foragida nem ilegal nos EUA:

"...Em que pese a defesa argumente que ela não está foragida, o que é tecnicamente correto, pois foi ao exterior em 30 de junho de 2021, quando ainda não havia sequer uma investigação formal contra ela e a única ordem de prisão está agora sob questionamento…" (...) Resta, no entanto, a análise da adequação da medida de prisão à gravidade do crime, às circunstâncias do fato e às condições pessoais da recorrente, conforme art. 282, inc. II, do CPP. Conforme se verifica dos autos, não se trata de crime que envolva violência ou grave ameaça. A menção à violência é incidental e não tem relação direta com a Recorrente. De outro lado, as circunstâncias do fato, especificamente a residência do exterior, indicam que a prisão preventiva seria inadequada. De outro lado, mostra-se adequada a imposição de outras medidas cautelares diversas da prisão, como forma de satisfazer a mencionada necessidade cautelar à instrução e aplicação da lei penal. Ante o exposto, defiro a medida liminar para suspender a decretação da prisão preventiva até julgamento do mérito do presente RHC…" (STJ, RHC 186.358/RJ, grifos nossos).

O recesso forense impediu a apreciação de embargos de declaração que ponderavam duas questões fundamentais que pendem de manifestação no STJ: 1) a sequência de ilegalidades cometidas pela 3a Vara Federal do Rio de Janeiro; 2) O descumprimento reiterado, por parte do Juízo da 3a. Vara Federal do Rio de Janeiro das decisões do Superior Tribunal de Justiça, fracionando e fabricando eternas acusações e prisões sucessivas, sempre a impedir o cumprimento das decisões das Cortes Superiores.

Portanto, qualquer ordem de prisão eventualmente existente no Brasil, sobretudo "secretas", que violam também decisão da Suprema Corte é absolutamente ilegal. A defesa de Mirelis Diaz confia que o episódio de sua detenção seja efetivamente exclusivamente em razão de qualquer irregularidade sanável quanto ao seu procedimento de migração e não imagina que a ousadia do Juízo não tenha chegado a mais um descumprimento das ordens do Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal. Se este for o caso, certamente mais essa irregularidade será sanada, com a responsabilização dos atores perante as leis brasileiras e normas administrativas que disciplinam a hierarquia dos Tribunais e autoridades constituídas.

Por fim, nenhum ator, advogado ou não, está autorizado a debater em redes sociais tais procedimentos e não falam por Mirelis ou por Glaidson Acácio que recentemente revogou expressamente o mandato de todos os seus advogados, constituíndo em sua defesa os advogados que esta nota subscrevem. Tal circunstância não foi formalizada ainda, perante os tribunais, porque os advogados encontram-se no estudo estratégico do caso. As informações oficiais, relevantes, honestas e seguras sobre Glaidson, Mirelis e Operação Criptos são aquelas publicizadas pelo CHAGAS e HESPANHOL ADVOGADOS.

Brasília, 25 de Janeiro de 2024.

Andre Hespanhol e Ciro Chagas

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Hollywood encontrou na nostalgia uma fórmula quase infalível para o sucesso, ressuscitando franquias dos anos 1980 e 1990 com remakes, sequências e prelúdios que apelam para fãs antigos ao mesmo tempo em que atraem um novo público. Um título que não será submetido a esse processo de modernização, pelo menos no que depender do roteirista Bob Gale, é De Volta para o Futuro, trilogia dirigida por Robert Zemeckis e lançada entre 1985 e 1990.

Em um evento nos Estados Unidos, Gale disse não entender porque a imprensa frequentemente questiona os envolvidos com a saga sobre novos capítulos da história de Marty McFly (Michael J. Fox). "Eles acham que se falarem sobre isso o bastante, nós vamos fazer?", questionou o roteirista.

"Em toda entrevista eles perguntam 'Bob, quando teremos De Volta para o Futuro 4?' Nunca. 'Quando teremos um prelúdio?' Nunca. 'Quando teremos um derivado?' Nunca", declarou. "[A franquia] está boa do jeito que está. Não é perfeita, mas como Bob Zemeckis diz, 'é perfeita o bastante.'"

Segundo Gale, nem ele, nem Zemeckis e nem o produtor Steven Spielberg planejam retornar a De Volta para o Futuro. "Steve não deixa fazerem outro E.T. - O Extraterrestre, ele respeita o fato de que não queremos fazer mais De Volta para o Futuro. Ele entende e sempre nos apoiou nisso. Obrigado, Steven."

De Volta para o Futuro acompanha as aventuras do adolescente Marty McFly que, ao lado do cientista Doc Brown (Christopher Lloyd), usa um carro modificado para viajar no tempo. Ao longo dos três filmes, ele visita a época que seus pais estavam no Ensino Médio, um futuro em que tem uma família e o Velho Oeste dos Estados Unidos.

Os três filmes da franquia estão disponíveis no Globoplay.

Morreu aos 66 anos o músico galês Mike Peters, mais conhecido como vocalista da banda The Alarm. O artista convivia há 30 anos com um tipo de câncer no sangue.

Diagnosticado inicialmente com Leucemia Linfócita Crônica (LLC) em 1995, Peters enfrentou múltiplos tratamentos nas últimas décadas, mas viu seu quadro de saúde se agravar recentemente e não resistiu às complicações da doença.

No ano passado, o artista precisou cancelar uma turnê de 50 shows nos Estados Unidos após descobrir que a doença havia evoluído, e que ele desenvolveu uma forma agressiva de linfoma. Desde então, ele estava em tratamento na Christie NHS Foundation Trust, em Manchester, na Inglaterra.

No Instagram, o perfil oficial da banda lamentou a morte com uma publicação breve. "Totalmente livre", diz o texto da imagem com o nome do cantor e as suas datas de nascimento e morte.

Vida e carreira de Mike Peters

Nascido em 25 de fevereiro de 1959 no País de Gales, Mike Peters ficou conhecido como o líder da banda The Alarm, cuja música tem influências do new wave e do punk. Após o grupo se dissolver em 1991, ele lançou alguns trabalhos solo, até a banda se reunir novamente em 2000 e permanecer ativa desde então.

Antes do sucesso, no entanto, Peter começou a carreira na música com o grupo Hairy Hippie, formado com colegas de escola na década de 1970 para se apresentar na festa de aniversário de sua irmã. Mais tarde, ele formou o The Toilets após se encantar com uma apresentação do Sex Pistols. O The Alarm veio quando ele se mudou para Londres, em 1981.

O grupo ganhou destaque internacional a partir de 1983, quando participou de uma turnê americana do U2 e lançou seu primeiro álbum, Declaration. Nos anos seguintes, também se apresentaram com Bob Dylan e o Queen e chegaram a vender 5 milhões de discos. Suas faixas de sucesso incluem Sixty Eight Guns, Strength e Rain in the Summertime.

Após receber o diagnóstico de câncer, Mike se tornou uma voz ativa na luta contra a doença, e lançou a organização Love Hope Strength, para conscientizar as pessoas sobre câncer e leucemia, arrecadar fundos para custear o tratamento de pessoas carentes e incentivar a doação de medula óssea.

O astro deixa a esposa, Jules, de 58 anos, e os filhos Dylan, 20, e Evan, 18.

O universo de Miami Vice vai ganhar uma nova adaptação para os cinemas. Segundo informações da Variety, o diretor Joseph Kosinski, responsável pelo sucesso de Top Gun: Maverick, foi escalado para comandar o projeto, que será produzido pela Universal Pictures.

A nova versão terá roteiro adaptado por Dan Gilroy, de O Abutre e O Legado Bourne. Ainda não há detalhes sobre a trama, mas o filme será inspirado na série exibida originalmente entre 1984 e 1989 pela NBC, que acompanhava dois detetives infiltrados no submundo do crime em Miami. No Brasil, a produção também ficou conhecida como Miami Vice.

Em 2006, uma versão da série chegou às telas com Jamie Foxx e Colin Farrell no elenco e direção de Michael Mann, criador da série original.

O elenco da nova versão ainda não foi anunciado. Além da direção, Kosinski também será produtor do projeto por meio da sua empresa, Monolith, ao lado de Dylan Clark (Planeta dos Macacos). A vice-presidente executiva de produção e desenvolvimento da Universal, Sara Scott, acompanhará o filme em nome do estúdio.