PF: Cariani e sócia 'tinham controle total' sobre produtos desviados para tráfico

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A Polícia Federal em São Paulo concluiu que o influenciador fitness Renato Cariani e sua sócia Roseli tinham 'total controle sobre a venda, pagamento e saída dos produtos químicos' da empresa Anidrol, pivô de um suposto esquema que desviou 12 toneladas de produtos químicos para produção de drogas - cocaína e crack. A corporação concluiu neste mês o inquérito da Operação Hinsberg e reforçou o indiciamento de Cariani por tráfico equiparado, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro - como mostrou o Estadão em dezembro.

Desde a abertura da ofensiva, Cariani nega irregularidades em sua empresa. Quando as diligências foram cumpridas, em dezembro, o influenciador se classificou como uma outra 'vítima' das fraudes. A reportagem busca contato com a defesa do influenciador. O espaço está aberto para manifetações.

O relatório conclusivo foi encaminhado ao Ministério Público Federal que pode, ou não, denunciar os investigados da Hinsberg. Além de Cariani e sua sócia, foi indiciado Fábio Spinola Mota, apontado como 'amigo' do influenciador fitness. Ele seria responsável, segundo a PF, por 'esquematizar o repasse dos insumos à preparação de drogas'.

"Como resultado da investigação desenvolvida até o momento, confirmaram-se os indícios da efetiva existência e atuação de um grupo criminoso, cujo modus operandi consiste em utilizar interpostas pessoas como depositantes de dinheiro em espécie, sob responsabilidade da LBS, Astrazeneca e Cloroquímica, para a Anidrol e Quimiteste, com vistas a justificar a saída dos produtos químicos para o narcotráfico", escreveu o delegado Vitor Beppu Vivaldi em despacho assinado no último dia 10.

O trio indiciado foi alvo de diligências em ofensiva aberta em dezembro. Na ocasião, a PF chegou a pedir a prisão dos investigados, mas a medida foi negada pela Justiça. À época, a PF narrou que a empresa pertencente a Cariani teria lucrado ao menos R$ 3,7 milhões com a venda de insumos para o tráfico de drogas.

Agora, os investigadores narram a Procuradoria que foi possível 'reunir elementos que evidenciaram a materialidade e indícios de autoria em torno do crime de vender, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, produto químico destinado à preparação de drogas'.

"É fato que os produtos químicos das 60 notas fiscais emitidas, de forma fraudulenta, saíram da Anidrol e Quimietest. Fraudulenta, uma vez que restou comprovado que as pessoas jurídicas que constam nos documentos fiscais como compradoras não participaram das transações e seus dados foram utilizados ilicitamente para promover os desvios. Os produtos foram retirados da sede das empresas vendedoras por pessoas sem a documentação legal exigida tanto para o transporte como para a aquisição dos insumos", narrou a PF.

A corporação destacou como os químicos que contam nas notas fiscais sob suspeita 'são imprescindíveis à preparação de drogas'. "Embora os fármacos possuam fins lícitos, a investigação jogou luz nas ações da associação criminosa que indicam o destino criminoso das substâncias", frisaram os investigadores.

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Hollywood encontrou na nostalgia uma fórmula quase infalível para o sucesso, ressuscitando franquias dos anos 1980 e 1990 com remakes, sequências e prelúdios que apelam para fãs antigos ao mesmo tempo em que atraem um novo público. Um título que não será submetido a esse processo de modernização, pelo menos no que depender do roteirista Bob Gale, é De Volta para o Futuro, trilogia dirigida por Robert Zemeckis e lançada entre 1985 e 1990.

Em um evento nos Estados Unidos, Gale disse não entender porque a imprensa frequentemente questiona os envolvidos com a saga sobre novos capítulos da história de Marty McFly (Michael J. Fox). "Eles acham que se falarem sobre isso o bastante, nós vamos fazer?", questionou o roteirista.

"Em toda entrevista eles perguntam 'Bob, quando teremos De Volta para o Futuro 4?' Nunca. 'Quando teremos um prelúdio?' Nunca. 'Quando teremos um derivado?' Nunca", declarou. "[A franquia] está boa do jeito que está. Não é perfeita, mas como Bob Zemeckis diz, 'é perfeita o bastante.'"

Segundo Gale, nem ele, nem Zemeckis e nem o produtor Steven Spielberg planejam retornar a De Volta para o Futuro. "Steve não deixa fazerem outro E.T. - O Extraterrestre, ele respeita o fato de que não queremos fazer mais De Volta para o Futuro. Ele entende e sempre nos apoiou nisso. Obrigado, Steven."

De Volta para o Futuro acompanha as aventuras do adolescente Marty McFly que, ao lado do cientista Doc Brown (Christopher Lloyd), usa um carro modificado para viajar no tempo. Ao longo dos três filmes, ele visita a época que seus pais estavam no Ensino Médio, um futuro em que tem uma família e o Velho Oeste dos Estados Unidos.

Os três filmes da franquia estão disponíveis no Globoplay.

Morreu aos 66 anos o músico galês Mike Peters, mais conhecido como vocalista da banda The Alarm. O artista convivia há 30 anos com um tipo de câncer no sangue.

Diagnosticado inicialmente com Leucemia Linfócita Crônica (LLC) em 1995, Peters enfrentou múltiplos tratamentos nas últimas décadas, mas viu seu quadro de saúde se agravar recentemente e não resistiu às complicações da doença.

No ano passado, o artista precisou cancelar uma turnê de 50 shows nos Estados Unidos após descobrir que a doença havia evoluído, e que ele desenvolveu uma forma agressiva de linfoma. Desde então, ele estava em tratamento na Christie NHS Foundation Trust, em Manchester, na Inglaterra.

No Instagram, o perfil oficial da banda lamentou a morte com uma publicação breve. "Totalmente livre", diz o texto da imagem com o nome do cantor e as suas datas de nascimento e morte.

Vida e carreira de Mike Peters

Nascido em 25 de fevereiro de 1959 no País de Gales, Mike Peters ficou conhecido como o líder da banda The Alarm, cuja música tem influências do new wave e do punk. Após o grupo se dissolver em 1991, ele lançou alguns trabalhos solo, até a banda se reunir novamente em 2000 e permanecer ativa desde então.

Antes do sucesso, no entanto, Peter começou a carreira na música com o grupo Hairy Hippie, formado com colegas de escola na década de 1970 para se apresentar na festa de aniversário de sua irmã. Mais tarde, ele formou o The Toilets após se encantar com uma apresentação do Sex Pistols. O The Alarm veio quando ele se mudou para Londres, em 1981.

O grupo ganhou destaque internacional a partir de 1983, quando participou de uma turnê americana do U2 e lançou seu primeiro álbum, Declaration. Nos anos seguintes, também se apresentaram com Bob Dylan e o Queen e chegaram a vender 5 milhões de discos. Suas faixas de sucesso incluem Sixty Eight Guns, Strength e Rain in the Summertime.

Após receber o diagnóstico de câncer, Mike se tornou uma voz ativa na luta contra a doença, e lançou a organização Love Hope Strength, para conscientizar as pessoas sobre câncer e leucemia, arrecadar fundos para custear o tratamento de pessoas carentes e incentivar a doação de medula óssea.

O astro deixa a esposa, Jules, de 58 anos, e os filhos Dylan, 20, e Evan, 18.

O universo de Miami Vice vai ganhar uma nova adaptação para os cinemas. Segundo informações da Variety, o diretor Joseph Kosinski, responsável pelo sucesso de Top Gun: Maverick, foi escalado para comandar o projeto, que será produzido pela Universal Pictures.

A nova versão terá roteiro adaptado por Dan Gilroy, de O Abutre e O Legado Bourne. Ainda não há detalhes sobre a trama, mas o filme será inspirado na série exibida originalmente entre 1984 e 1989 pela NBC, que acompanhava dois detetives infiltrados no submundo do crime em Miami. No Brasil, a produção também ficou conhecida como Miami Vice.

Em 2006, uma versão da série chegou às telas com Jamie Foxx e Colin Farrell no elenco e direção de Michael Mann, criador da série original.

O elenco da nova versão ainda não foi anunciado. Além da direção, Kosinski também será produtor do projeto por meio da sua empresa, Monolith, ao lado de Dylan Clark (Planeta dos Macacos). A vice-presidente executiva de produção e desenvolvimento da Universal, Sara Scott, acompanhará o filme em nome do estúdio.