Fundo Amazônia tem R$ 3 bi para utilizar em novos projetos, afirma BNDES

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O Fundo Amazônia tem R$ 3 bilhões em caixa para financiar novos projetos. O número foi anunciado nesta quinta-feira, 1.º, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que administra o fundo, e pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Somente em 2023, o fundo recebeu R$ 726 milhões em doações de países estrangeiros, o montante é um dos maiores desde que foi criado em 2008.

Ainda de acordo com o balanço divulgado nesta quinta-feira, caso todos os projetos protocolados para pedir recursos do fundo e que ainda estão em análise sejam aprovados, haverá a demanda por R$ 2,2 bilhões dos R$ 3 bilhões hoje disponíveis. Criado em 2008, durante o segundo mandato do presidente Lula, o Fundo Amazônia capta recursos estrangeiros para financiar ações de proteção da Floresta Amazônica. A preservação da floresta é uma das principais bandeiras do governo Lula nas agendas no exterior.

Doações concretizadas em 2023:

- Reino Unido: R$ 497 milhões

- Alemanha: R$ 186 milhões

- Suíça: R$ 28 milhões

- Estados Unidos: R$ 15 milhões

Além das doações já recebidas, o Fundo Amazônia aguarda o repasse de R$ 3,1 bilhões anunciados pelos doadores, mas que ainda não foram repassados. Entre os países com recursos a repassar estão os Estados Unidos, a União Europeia, Dinamarca, Reino Unido e Noruega.

"Doações de países são sempre complexas, demoram sempre muito tempo, porque têm uma tramitação nos países. Na realidade o que está claro é que os países estão trabalhando para viabilizar", afirmou o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco.

O Fundo Amazônia foi retomado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ano passado, após ter sido suspenso pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Depois de ficar sem aprovar novos projetos nesse período, o Fundo Amazônia financiou no ano passado R$ 1,3 bilhão em recursos para projetos e chamadas públicas específicas. O valor foi o maior desde a criação do mecanismo. Antes disso, o maior montante tinha sido utilizado em 2017, quando foram empregados R$ 693 milhões.

"É praticamente 4 vezes e meia a média histórica do Fundo Amazônia. Isso se deve exatamente ao fato de a gente ter construído uma estratégia que permitiu que a gente desse esse salto necessário", disse a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.

Mesmo com o financiamento recorde, no mês de outubro o Amazonas teve 3.858 focos de incêndio, o maior número para o mês desde 1998, quando começou a série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia. Os amazonenses sofreram em 2023 com a maior seca em 121 anos. O transporte fluvial foi interrompido e nuvens de fumaça tomaram Manaus, causadas pelo recorde de queimadas no Estado.

O agravamento da seca no 2º semestre por causa do El Niño já era projetado pela comunidade científica internacional. O governo, porém, não conseguiu estruturar um planejamento à altura do problema ao longo do ano. Também motiva críticas sobre a necessidade de preparar melhor o País para eventos climáticos extremos.

Pressionado pela crise ambiental, o Comitê Orientador do Fundo Amazônia chegou a aprovar a ampliação dos recursos disponíveis para os nove Estados da Amazônia Legal atuarem no combate a incêndios florestais e queimadas ilegais. O total empenhado passou de R$ 315 milhões para R$ 405 milhões.

Recursos para BR-319

As autoridades também foram questionadas a respeito de uma declaração dada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, de que pretendia captar recursos do Fundo Amazônia para financiar obras da rodovia BR-319, que cruza a Floresta Amazônica. A obra é contestada por ambientalistas por causa dos possíveis impactos nocivos ao meio ambiente. A diretora afirmou, no entanto, que no seu entendimento os recursos do fundo não podem ser utilizados nesse tipo de iniciativa.

"Na nossa avaliação ela é inadequada inclusive para o perfil dos recursos do Fundo Amazônia", disse "São ações ou de enfrentamento ao desmatamento, ou de restauro florestal ou de geração de emprego e renda sustentável para manter a floresta em pé. Então, não seria adequado e necessário."

Em outra categoria

Preta Gil usou suas redes sociais nesta segunda-feira, 28, para se declarar ao pai, Gilberto Gil. Os dois se apresentaram juntos no final de semana e cantaram Drão, música escrita em homenagem a Sandra Gadelha, mãe da cantora.

Atualmente, o cantor está em sua turnê de despedida, chamada de Tempo Rei. Os dois dividiram palco no Allianz Parque, em São Paulo.

"No palco, de mãos dadas com meu pai, cantando Drão, foi impossível não me emocionar. Drão fala sobre o amor que permanece, mesmo depois das grandes transformações da vida", escreveu Preta.

A artista ainda disse que o momento viverá para sempre em sua memória. "Cantar essa música com você, pai, foi sentir na pele tudo o que vivemos: o amor, a música e a história que carregamos juntos."

Ela finalizou o texto agradecendo ao pai pelos ensinamentos sobre o amor e afirmou que a música dos dois é a maneira mais bonita de eternizar isso.

Lady Gaga desembarcou no Brasil na madrugada desta terça-feira, 29, para iniciar os preparativos do show que fará no sábado, 3, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Até então, Gaga só tinha visitado o País uma única vez, em 2012 - e foi o suficiente para ir embora com uma tatuagem nova.

A artista nutre carinho especial pelos little monsters brasileiros e, naquela ocasião, resolveu marcar na pele a palavra "Rio". Gaga recebeu um desenho de fãs durante a passagem pela capital fluminense e decidiu tatuá-lo na nuca, com a letra I estilizada em formato de cruz, em referência ao Cristo Redentor.

O responsável pelo traço foi o tatuador Daniel Tucci, que tinha um estúdio entre Copacabana e Ipanema. "Era um domingo, eu estava almoçando com o meu filho, à época com 4 anos, e a produção dela me ligou e disse: 'É hoje, vamos nessa!', contou Tucci em entrevista ao g1.

Gaga estava acompanhada de amigos, que ficaram cerca de 3 horas bebendo cerveja e conversando no estúdio. Tara Savelo, então maquiadora da artista, também acabou tatuando o Cristo. "Foi tudo muito tranquilo, ela é muito gente boa. Foi uma tarde divertida", lembra o tatuador. Ele ainda revelou que a cantora pediu por "uma coisa meio tosca, uma tatuagem estilo cadeia".

Em uma postagem no Facebook, a estrela explicou que "a fonte foi criada a partir das assinaturas de três fãs, todos de bairros e idades diferentes" do Rio. "Representa como a música nos une", escreveu.

Naquele ano, Gaga fez três shows da turnê Born This Way Ball no Brasil, no Rio, em São Paulo e em Porto Alegre. Em 2017, ela retornaria ao País para participar do Rock in Rio, mas precisou cancelar de última hora por questões de saúde. A cantora sofre de fibromialgia e enfrentava dores intensas.

Nas redes sociais, ela publicou uma foto da tatuagem e relembrou os fãs da homenagem. "Por favor, não se esqueçam do meu amor por vocês. Lembram quando tatuei 'Rio' no pescoço, anos atrás? A tatuagem foi desenhada por crianças das favelas. Vocês têm um lugar especial no meu coração, eu te amo", escreveu Gaga.

A escritora alemã Alexandra Fröhlich, de 58 anos, foi encontrada sem vida na casa flutuante em que morava em Hamburgo, na Alemanha. Segundo informações da polícia local, o corpo foi descoberto na última terça-feira, 22, por um dos filhos da autora. Até o momento, não há informações sobre suspeitos; a polícia investiga o caso.

"De acordo com as informações atuais, um membro da família encontrou a mulher de 58 anos sem vida na sua casa flutuante e alertou os bombeiros, que conseguiram confirmar sua morte", diz um comunicado da polícia de Hamburgo. Agora, os investigadores estão em busca de possíveis suspeitos e qualquer testemunha que possa fornecer informações relevantes.

Autora de romances e jornalista

Considerada uma das romancistas de maior sucesso dos últimos anos na Alemanha, Fröhlich começou a carreira como jornalista na Ucrânia, onde fundou uma revista feminina na capital, Kiev, e começou a ficar conhecida. Mais tarde, já na Alemanha, trabalhou como escritora e repórter freelancer para algumas publicações voltadas para o público feminino.

Em 2012, Alexandra publicou seu livro de estreia, Minha Sogra Russa e outras Catástrofes (em tradução livre). A obra é inspirada em suas próprias experiências com a sogra e vendeu mais de 50 mil cópias, figurando na lista dos mais vendidos da revista semanal Der Spiegel.

Nos anos seguintes, ela lançou mais três livros: Viajando com Russos (2014), sequência de seu primeiro romance, As Pessoas Sempre Morrem (2016) e Esqueletos no Armário (2019). Lançadas em outras países como França, Rússia e Inglaterra, nenhuma das obras tem edição lançada em português - as traduções dos títulos são livres.

A imprensa alemã descreve o texto de Fröhlich como bem-humorado e ao mesmo tempo profundo, mesclando temas como romance policial e suspense psicológico dentro da ficção. Ela deixa três filhos.