Dia D contra a dengue: Prefeitura de SP testa drone para combater focos do Aedes aegypti

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A Prefeitura de São Paulo apresentou neste sábado, 3, um protótipo de um drone agrícola adaptado para o combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti. O equipamento foi exposto durante uma agenda do Dia D de Combate à Dengue, com a expectativa de compra de ao mais cinco unidades nas próximas semanas. Valores, quantia e prazos não foram definidos, com a licitação ainda em elaboração.

Esse tipo de tecnologia já foi testada na cidade em 2016, porém voltada à identificação de possíveis criadouros. No caso atual, o município está utilizando o equipamento para aplicar diretamente o larvicida em locais a que não têm acesso. O Estado de São Paulo teve uma alta de 26,7% nos casos de dengue em relação ao mesmo período do ano passado.

"Existem muitos imóveis que às vezes estão fechados e, para a Vigilância Sanitária adentrar, tem toda uma burocracia e precisa ter todo um cuidado para manter aquele patrimônio preservado. Isso demanda muito tempo e energia", justificou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante agenda pública do Dia D.

O protótipo foi utilizado em alguns dos bairros com mais casos de dengue na cidade, como Itaquera, na zona leste, e Vila Jaguara, na oeste. "A utilização de um drone específico, capaz de fazer a aplicação do larvicida, vai agilizar bastante. Identificando o local onde existe um criadouro, a gente sobe o drone e faz a aplicação do larvicida, para ter o controle", explicou Nunes.

A Prefeitura pretende manter ao menos um drone para cada uma das seis Coordenadorias Regionais de Saúde, porém a quantia definitiva ainda está em estudo. "É um teste. Nas próximas semanas será concluída a fase de pesquisa e a cidade passará a ter um maior número de drones", apontou Luiz Artur Vieira Caldeira, coordenador de Vigilância em Saúde.

O custo estimado ainda não foi informado. "Como se trata de uma licitação, vamos abrir para várias empresas e a que der o melhor preço é a que vai participar", afirmou o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.

A Prefeitura também diz ter dobrado de 30 para 60 o número de veículos utilizados em pulverização e aumentado, de 2 mil para 12 mil, o número de agentes de fiscalização.

Neste Dia D, todos os postos de saúde estão abertos, das 8h às 17h, com a realização de testes rápidos de dengue. A testagem também estará disponível durante a semana, com o resultado estimado em cerca de 15 minutos. Além disso, o mutirão envolve ações de controle nas residências, com a identificação de pontos com água parada e a aplicação de larvicidas.

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A atriz espanhola Karla Sofía Gascón, protagonista de Emilia Pérez, se manifestou nesta terça-feira, 4, em seu Instagram e respondeu às piadas feitas às suas custas durante a cerimônia do Oscar. No evento, o comediante Conan O'Brien brincou com as polêmicas envolvendo falas antigas e preconceituosas da artista.

"Anora usa a 'palavra com F' [um palavrão em inglês] 479 vezes. São três a mais que o recorde atingido pelo agente de Karla Sofía Gascón", falou o apresentador. No começo de fevereiro deste ano, publicações preconceituosas da atriz ressurgiram na internet e danificaram a reputação do longa francês. Indicado em 13 categorias, o musical saiu com somente duas estatuetas - Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Canção Original.

"Obrigado aos membros da Academia pela nomeação como melhor atriz principal, pelo convite para a gala; gostei muito, muito divertido e divertido, especialmente seu anfitrião fabuloso Jimmy Kimmel, ele é fantástico. A cada dia, ele se parece mais com o grande Conan O'Brien", brincou a atriz.

A piada de Karla se refere a outra brincadeira de O'Brien. Durante o seu monólogo, ele provocou novamente a atriz espanhola. "Karla, se você for reclamar do Oscar, lembre-se: meu nome é Jimmy Kimmel", disse o comediante, citando o antigo apresentador do Oscar.

Karla Sofía Gascón chegou a ser indicada ao prêmio de Melhor Atriz, tornando-se a primeira mulher trans a alcançar tal feito. Ela, no entanto, perdeu para Mikey Madison, protagonista de Anora.

Emilia Pérez foi derrotado por Ainda Estou Aqui na categoria de Melhor Filme Internacional e por Anora em Melhor Filme.

A atriz mexicana Salma Hayek comemorou, nesta terça-feira, 4, a premiação de Ainda Estou Aqui no Oscar no último domingo, 2. O filme de Walter Salles foi o grande vencedor na categoria de Melhor Filme Internacional.

"Eu te amo, Brasil", escreveu Salma em uma publicação do Instagram que trazia o cartaz do longa. Ela também parabenizou Walter, Fernanda Torres e a equipe do filme "por fazerem história e levarem a primeira estatueta dourada ao Brasil". "Bravo, muito merecido", disse, em português.

Ainda Estou Aqui disputou a categoria com Emília Pérez, longa tido, inicialmente, como o favorito ao prêmio. A trama é ambientada no México e recebeu críticas de mexicanos por, supostamente, estereotipar o país.

Zoe Saldaña, que atua no filme, chegou a responder às críticas após receber o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. "Fizemos um filme sobre quatro mulheres, e essas mulheres poderiam ser russas, dominicanas, negras, israelenses, de Gaza", disse.

Salma Hayek também chegou a ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz em 2003 por seu papel como Frida Kahlo em Frida. À época, a vencedora foi Nicole Kidman.

Confira a publicação aqui

A derrota do Oscar de Melhor Atriz e Melhor Filme por Fernanda Torres e Ainda Estou Aqui para a americana Mikey Madison e Anora, filme independente dirigido pelo norte-americano Sean Baker, ainda tem abalado os ânimos dos brasileiros e é tema central do carnaval de rua em 2025. Ainda Estou Aqui ganhou na categoria "Filme Internacional".

Nesta terça, 4, os foliões adaptaram a marchinha Aurora, escrita por Mário Lago e Roberto Roberti em 1941, para calibrar o clima de rivalidade. (Veja o vídeo abaixo)

"Se você fosse sincera, ô ô ô ô, Anora. Devolvia o nosso Oscar, ô ô ô ô, agora", canta um grupo de pessoas em um bloco de rua não identificado. O vídeo viralizou nas redes sociais.

Na adaptação, é pedido que Anora entregue os prêmios aos brasileiros. Boa parte do público ficou revoltada com a escolha da Academia pelo filme independente e pela jovem atriz Mikey Madison, de 25 anos.

A torcida do Brasil era para que, principalmente, Fernanda Torres levasse o título de "Melhor Atriz" na maior premiação do cinema. A própria atriz se pronunciou dizendo que o resultado foi justo e pedindo para que fãs não enviem mensagens de ódio a Mikey Madsona.