Colleen Hoover lidera lista de livros mais vendidos no Brasil

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Colleen Hoover é a autora do livro mais vendido no Brasil em 2022: É Assim Que Acaba, um romance para jovens adultos sobre relações abusivas publicado em 2018.

Mas não só. A assistente social americana de 43 anos, que estreou na literatura em 2012 com um livro autopublicado, aparece ainda com outros quatro títulos no ranking dos 20 maiores best-sellers do ano. Ela está em 7.º lugar (Todas as Suas (im)Perfeições), em 15.º (Verity), em 17.º (É Assim Que Começa) e em 19.º (Até o Verão Terminar).

Um detalhe: É Assim Que Começa, a continuação de seu livro mais famoso, foi lançado em outubro. Ou seja, em menos de dois meses ele já mostrou sua força.

Outro detalhe: a lista de livros mais vendidos, feita pela Nielsen Book Data a pedido do Estadão e revelada agora com exclusividade, inclui os álbuns da Copa do Mundo do Catar. Eles não são livros propriamente ditos, mas têm ISBN e ocupam nada menos do que três posições do Top 20: a 2.ª (versão brochura), a 3.ª (capa dura) e a 12.ª (kit com figurinhas).

O levantamento da Nielsen não considera as vendas da semana do Natal nem desta. Segundo a empresa, nada vai mudar nas 10 primeiras posições (veja abaixo). Dependendo de alguma ação promocional, um ou outro livro entre a 11.ª e 20.ª posição podem trocar de lugar (veja a lista expandida no portal).

Colleen Hoover é um fenômeno mundial e muitos fatores ajudaram em sua trajetória. Primeiro, ela tem ampla experiência como assistente social, e isso tem ajudado a compor seus personagens. A experiência pessoal também conta. É Assim Que Acaba é uma história de amor que se revela uma relação abusiva entre uma florista e um neurocirurgião. A mãe dela passou por isso nas mãos do pai de Colleen.

Além disso, quando os livros começaram a estourar, ela já tinha outros publicados, e isso ia alimentando os fãs ávidos por suas histórias que falam ainda sobre outras questões sociais, como drogas ou saúde mental, ou por seus thrillers.

A pandemia também ajudou. Naqueles dias em que artistas faziam lives, editoras ofereciam e-books e por aí vai, ela liberou cinco livros. E os leitores fisgaram a isca e acabaram comprando todo o resto. Com o boca a boca nas redes sociais (que segue), sua carreira, que já era ascendente, foi para outro patamar.

Os números ajudam a visualizar esse caminho, aqui. Colleen veio para a Bienal do Livro do Rio em 2015. Já tinha um bom fã-clube, e recebeu seus leitores na Livraria da Travessa de Ipanema (algo impensável hoje). Em 2017, ela vendeu 42 mil livros. Em 2018, 61 mil. Em 2019, na sequência do pedido de recuperação judicial da Saraiva e da Cultura, a venda caiu um pouco: 51 mil. E então 98 mil em 2020, 473 mil em 2021 e 1,7 milhão em 2022. Contando apenas venda de livros físicos.

Em 2022, somando impressos e e-books, Colleen Hoover vendeu, no Brasil, 1,8 milhão de cópias. Só de É Assim Que Acaba, foram 516 mil exemplares agora ante 20 mil em 2018, ano do lançamento.

O segredo do sucesso, segundo Sônia Machado Jardim, presidente do Grupo Editorial Record, que publica Colleen Hoover desde antes do estouro, está na emoção que ela desperta e na identificação. "São histórias de vida dramáticas e as pessoas se emocionam. O grande autor sabe passar a emoção", diz a editora, dona de 13 títulos, fora os boxes.

Depois do álbum

O quarto livro mais vendido no Brasil em 2022 foi lançado originalmente em 1926. O Homem Mais Rico da Babilônia, de George S. Clason, ganhou uma edição em 2017 pela HarperCollins Brasil, figurou em outras listas e nos últimos 12 meses vendeu 200 mil exemplares. "É a clássica história com dicas sobre prosperidade, que já tinha vendido bem e que, neste ano, alinhando estratégias de marketing e comerciais e uma boa colocação nas livrarias, conseguimos resultados ainda melhores", explicou Leonora Monnerat, diretora executiva da HarperCollins Brasil - que cita ainda que livros com caráter financeiro interessaram bastante os brasileiros em 2022. Thiago Nigro, com Do Mil ao Milhão, que já esteve no topo, fechou o ano em 10.º. Outros livros na linha de desenvolvimento pessoal conquistaram os leitores, que também investiram na leitura de obras de ficção.

"Se olharmos os livros mais vendidos de ficção ou não ficção talvez possamos concluir que as pessoas estão buscando desenvolvimento pessoal ou profissional, porque vejo uma certa similaridade entre as questões das obras", comenta Dante Cid, presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livros.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".