Rua da Consolação, no centro de SP, tem trecho interditado após pista ceder

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Um solapamento na Rua da Consolação, na pista sentido centro de São Paulo, junto à Rua Piauí, na noite desta segunda-feira, 5, causou interdição parcial do trecho, que se estende até a manhã desta terça-feira, 6. O problema ocorreu, de acordo com a Sabesp, por conta de danos na rede de distribuição de água.

Técnicos da empresa estão no local trabalhando no reparo, mas ainda não há previsão de retorno à normalidade. A CET opera desviando os veículos para rotas alternativas.

"A Sabesp informa que está trabalhando no reparo da rede de distribuição de água no local. O serviço foi iniciado na segunda-feira, 5, às 20h e se estenderá ao longo desta terça. O abastecimento de água na região não está prejudicado. A Sabesp pede desculpas pelos transtornos e segue à disposição pelos canais de atendimento ao cliente pelo telefone 0800-055-0195 (ligações gratuitas) ou também pela Agência Virtual", diz a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Na manhã desta terça-feira, apenas uma faixa está liberada na rua no sentido centro e os agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) seguem no local direcionando os veículos para os desvios: pelas Ruas Dona Antônia de Queiroz e Augusta ou Avenidas Nove de Julho e Angélica, no sentido do centro. "As informações sobre o bloqueio foram incluídas nos painéis de mensagens, como alerta para os motoristas que circulam pela região", diz a CET.

Em relação às linhas de ônibus da região, a SPTrans informa que as 24 linhas que passam pelo trecho atingido pelo acidente na Rua da Consolação trafegam normalmente desde às 4h desta terça-feira. "Não há desvios de itinerários", afirma a companhia.

Confira as linhas que passam pelo trecho:

- 178L/10 LAUZANE PAULISTA - HOSP. DAS CLÍNICAS

- 669A/10 TERM. STO. AMARO - TERM. PRINC. ISABEL

- 701A/10 PQ. EDU CHAVES - METRÔ VL. MADALENA

- 701U/10 METRÔ SANTANA - CID. UNIVERSITÁRIA

- 702C/10 JD. BONFIGLIOLI - METRÔ BELÉM

- 702U/10 CID. UNIVERSITÁRIA - TERM. PQ. D. PEDRO II

- 702U/22 METRÔ BUTANTÃ - TERM. PQ. D. PEDRO II

- 7267/10 APIACÁS - PÇA. RAMOS DE AZEVEDO

- 7272/10 MERCADO DA LAPA - PÇA. RAMOS DE AZEVEDO

- 7281/10 LAPA - PÇA. RAMOS DE AZEVEDO

- 7282/10 PQ. CONTINENTAL -PÇA. RAMOS DE AZEVEDO

- 7411/10 CID. UNIVERSITÁRIA - PÇA. DA SÉ

- 7545/10 JD. JOÃO XXIII - PÇA. RAMOS DE AZEVEDO

- 7545/ 21 CDHU BUTANTÃ - PÇA. RAMOS DE AZEVEDO

- 778R/10 COHAB RAPOSO TAVARES - TERM. PRINC. ISABEL

- 7903/10 JD. JOÃO XXIII/EDUC. - PÇA. RAMOS DE AZEVEDO

- 8700/10 TERM. CAMPO LIMPO - PÇA. RAMOS DE AZEVEDO

- 8700/21 LGO. DO TABOÃO - PÇA. RAMOS DE AZEVEDO

- 8700/ 24 LGO. DO TABOÃO - PÇA. RAMOS DE AZEVEDO

- 8705/10 SHOP. CONTINENTAL - ANHANGABAÚ

- 8705/51 PQ. CONTINENTAL - ANHANGABAÚ

- 8707/10 RIO PEQUENO - TERM. PRINC. ISABEL

- 875A/ 10 AEROPORTO PERDIZES

- 909T/ 10 TERM. PINHEIROS - TERM. PQ. D. PEDRO II

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O corpo da cantora Nana Caymmi será velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 2, a partir das 8h30. O enterro ocorrerá às 14h, no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo.

Uma das principais cantoras do Brasil, Nana morreu na noite desta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, depois de ficar nove meses internada na Casa de Saúde São José, no Rio, para tratar uma arritmia cardíaca. De acordo com nota divulgada pelo hospital, a causa da morte de Nana foi a disfunção de múltiplos órgãos.

Ao Estadão, o irmão de Nana, o músico e compositor Danilo Caymmi, afirmou que, além da implantação de um marcapasso para corrigir a arritmia cardíaca, Nana apresentava desconforto respiratório e passava por hemodiálise diariamente. Nana também sofria de um quadro de osteomielite, uma infecção nos ossos, que lhe causava muitas dores. Segundo ele, Nana esteve lúcida por todo o tempo, mas, no dia 30 de abril, entrou em choque séptico.

Filha do compositor Dorival Caymmi, Nana começou a carreira no início dos anos 1960, ao lado do pai. Após se afastar da vida artística para se casar - ela teve três filhos, Stella, Denise e João Gilberto -, Nana retomou a carreira ainda na década de 1960, incentivada pelo irmão Dori Caymmi.

Nos anos 1970 e 1980, gravou os principais compositores da música brasileira, como Milton Nascimento, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Sueli Costa, Ivan Lins, João Donato e Dona Ivone Lara.

Em 1998, conheceu a consagração popular ao ter o bolero Resposta ao Tempo, de Aldir Blanc e Cristóvão Bastos, incluído como tema de abertura da minissérie Hilda Furacão, da TV Globo.

Nana gravou discos regularmente até 2020, quando lançou seu último trabalho, o álbum Nana, Tom, Vinicius, só com canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.

A cantora Nana Caymmi, que morreu na noite desta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, fez aniversário no último dia 29 de abril. Internada desde julho de 2024, Nana recebeu uma mensagem da também cantora Maria Bethânia, de quem era amiga.

Bethânia escreveu: "Nana, quero que receba um abraço muito demorado, cheio de tanto carinho e admiração que tenho por você. Querida, precisamos de você e da sua voz. Queremos você perto e cheia de suas alegrias, dons e águas do mar na sua voz mais linda que há. Amor para você, hoje, seu aniversário, e sempre. Rezo à Nossa Senhora para você vencer esse tempo tão duro e difícil. Peço por sua voz e por sua saúde. Te amo. Sua irmã, Maria Bethânia".

Nana e Bethânia tinham uma longa relação de amizade e gravaram juntas no álbum Brasileirinho, de Bethânia, lançado em 2003. Bethânia afirmou mais de uma vez que Nana era a maior cantora do Brasil.

De acordo com informações divulgadas pela Casa de Saúde São José, onde Nana estava internada há nove meses para tratar de problemas cardíacos, a cantora morreu às 19h10 desta quinta-feira, em decorrência da disfunção de múltiplos órgãos.

Morreu nesta quinta-feira, 1° de maio, Nana Caymmi, aos 84 anos, em decorrência de problemas cardíacos. A morte foi confirmada pelo irmão da artista, o também músico e compositor Danilo Caymmi. Ela estava internada havia nove meses em uma clínica no Rio de Janeiro.

"Eu comunico o falecimento da minha irmã, Nana Caymmi. Estamos, lógico, na família, todos muito chocados e tristes, mas ela também passou nove meses sofrendo em um hospital", disse Danilo Caymmi.

"O Brasil perde uma grande cantora, uma das maiores intérpretes que o Brasil já viu, de sentimento, de tudo. Nós estamos, realmente, todos muito tristes, mas ela terminou nove meses de sofrimento intenso dentro de uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital", acrescentou o irmão, em um vídeo publicado no Instagram.

Nas redes, amigos e admiradores também prestaram homenagens à cantora.

"Uma perda imensa para a música do Brasil", escreveu o músico João Bosco, com quem Nana dividiu palcos e microfones. Bosco também teve canções interpretadas por Nana Caymmi, como Quando o Amor Acontece.

O cantor Djavan disse que o País perde uma de suas maiores cantoras e ele, particularmente, uma amiga. "Descanse em paz, Nana querida. Vamos sentir muito sua falta, sua voz continuará a tocar nossos corações."

Alcione também diz que perdeu uma amiga e que a intérprete, filha de Dorival Caymmi, tinha "a voz". "Quem poderá esquecer de Nana Caymmi?"

"Longe, longe ouço essa voz que o tempo não vai levar! Nana das maiores, das maiores das maiores", postou a cantora Monica Salmaso, que já tinha prestado uma homenagem para Nana na última terça, quando a artista completou 84 anos. "Voz de catedral", descreveu Monica na ocasião.

O escritor, roteirista e dramaturgo Walcyr Carrasco disse que, nesta quinta, a música brasileira deve ficar em silêncio em respeito à partida da artista. "Que sua voz siga ecoando onde houver saudade. Meus sentimentos à família, amigos e admiradores!"

A deputada federal e ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina (PSOL-SP) disse que Nana Caymmi tinha umas das vozes "mais marcantes da música popular brasileira" e que a cantora deixa um "legado extraordinário" para o Brasil por meio de interpretações "únicas e carregadas de emoção". "Que sua arte siga viva, e que ela descanse em paz", disse a parlamentar.

A artista Eliana Pittman diz que se despede com tristeza de Nana Caymmi, a quem descreveu com uma das uma "das maiores vozes" que o Brasil já teve, e elogiou a cantora pela irreverência e forte personalidade.

"Nana nunca se curvou a convenções: cantava o que queria, do jeito que queria - e por isso, marcou gerações", disse Eliana, que também fez elogios qualidade técnica da intérprete. "Sua voz grave, seu timbre inconfundível e sua forma tão particular de existir na música deixam um vazio irreparável".

O Grupo MPB4 postou: "Siga em paz, querida Nana Caymmi! Nosso mais fraterno abraço para os amigos Dori Caymmi, Danilo Caymmi (irmãos de Nana Caymmi) e toda a família".