Whoopi Goldberg se desculpa após retomar falas ofensivas sobre o Holocausto

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A atriz Whoopi Goldberg voltou a se desculpar após retomar falas ofensivas que fez sobre o Holocausto. A artista já havia feito declarações afirmando que a perseguição a judeus por nazistas "não se tratava de raça" e voltou a discutir a questão durante uma entrevista publicada no jornal britânico The Times para promover o filme Till - A Busca por Justiça.

Na ocasião, Whoopi afirmou que o Holocausto "não era originalmente sobre raça". "Meu melhor amigo disse: 'Não é à toa que não existe nenhum consenso sobre a raça judaica. Isso me leva a acreditar que provavelmente não somos uma raça'", pontuou.

Quando lembrada que os nazistas consideravam os judeus como uma raça, a artista argumentou que "o opressor estava dizendo quem eles eram". "Por que acreditar neles? São nazistas. Não era originalmente [sobre raça]. [...] Eles estavam matando quem eles consideravam mentalmente inferiores", questionou a atriz.

Em um comunicado enviado à revista Variety, Whoopi se disse arrependida pelas novas falas e revelou acreditar que o Holocausto se tratava de uma questão de raça. "Tentei transmitir ao repórter o que eu havia dito e por quê. [...] Nunca foi a minha intenção parecer que eu estava retomando comentários ofensivos, especialmente depois de conversar e ouvir pessoas como rabinos e novos e velhos amigos", ressaltou.

Ela disse ainda estar aprendendo e disposta a ouvir críticas. "Minhas mais sinceras desculpas novamente, especialmente àqueles que pensaram que eu estava retomando o assunto. Eu juro que não foi", pontuou.

Por fim, Whoopi afirmou que tem um compromisso contra o antissemitismo. "Em tempos de um crescente antissemitismo, quero ser clara quando digo que sempre estive com o povo judeu e sempre estarei. Meu apoio a eles não vacilou e nunca vacilará", afirmou.

Presidente da Liga Antidifamação caracterizou falas como 'ofensivas e ignorantes'

Após a repercussão das novas falas da atriz, Jonathan Greenblatt, presidente da Liga Antidifamação (ADL), que luta contra o antissemitismo, caracterizou os comentários como "profundamente ofensivos e incrivelmente ignorantes".

Em uma publicação realizada no Twitter nesta terça-feira, 27, Greenblatt ressaltou que o Holocausto era "inerentemente racista". "Os nazistas começaram a exterminar os judeus, aqueles que eles consideravam inferiores à 'raça superior ariana'", escreveu.

Ele disse não ser coincidência a reafirmação de uma suposta "raça superior" por grupos neonazistas. "Os comentários de Whoopi mostram uma completa falta de consciência da composição multiétnica e multirracial da comunidade judaica. Ela precisa se desculpar imediatamente e realmente se comprometer a se educar sobre a verdadeira natureza do antissemitismo", pontuou.

Em outra categoria

Lexa falou sobre a morte de sua filha, Sofia, fruto de seu relacionamento com Ricardo Vianna, em entrevista ao Fantástico deste domingo, 23. A bebê nasceu em 2 de fevereiro e morreu três dias depois. A cantora estava internada desde 21 de janeiro com um quadro de pré-eclâmpsia.

"Eu lembro que sentia uma dor de estômago muito forte, a dor de cabeça não passava, minha mão estava de uma maneira que não fechava mais, o fígado começou a entrar em falência. Não tinha mais para onde ir. Nem pra mim, nem pra ela", disse a cantora.

Em seguida, continuou: "Minha filha nasceu com todas as coisas que eu estava sentindo, os rins comprometidos, o fígado, a pressão alterada. Muito pequenininha, mas muito linda."

Lexa ainda relatou que o problema de saúde veio mesmo com o planejamento da gravidez: "Foi um sonho muito calculado, muito quisto, muito mentalizado, realizado, todo o processo. Segui o pré-Natal à risca." Ela fez um exame que indicou o alto índice de risco para pré-eclâmpsia após constatar anormalidades na sua pressão.

"No fim, tudo que eu podia [fazer, eu fiz]... Às vezes a gente quer se culpar de alguma maneira, mas eu paro, às vezes, [e penso]: não tinha mais o que fazer. Não tinha mais", disse a cantora.

"Estou vivendo a minha dor e ela é grande, mas é um processo. Acho que preciso juntar meus cacos, meu quebra-cabeça sem peça e continuar. Voltar a fazer meu trabalho, fazer o que me faz feliz. O final não é do jeito que eu queria. Aprendi que na vida a gente não tem controle sobre o amanhã. Mas creio que coisas boas acontecerão", finalizou.

O SAG Awards divulgou sua lista de vencedores na noite deste domingo, 23, no Shrine Auditorium, em Los Angeles, nos Estados Unidos. No Brasil, foi possível assistir ao vivo através do streaming Netflix.

Entre as cinco categorias que premiam filmes de cinema, cinco longas diferentes receberam a estatueta. Conclave levou como melhor elenco. Timothée Chalamet (Um Completo Desconhecido) talvez tenha sido a maior surpresa da noite, superando Adrien Brody (O Brutalista) como melhor ator.

Demi Moore (A Substância) levou como atriz principal, e Zoe Saldaña (Emília Pérez) como coadjuvante. Kieran Culkin (A Verdadeira Dor) foi condecorado como melhor ator coadjuvante em filme.

Xógum se destacou vencendo todas as categorias das séries de drama, com Hiroyuki Sanada e Anna Sawai. Only Murders In The Building se saiu bem entre as comédias, conquistando o melhor elenco e ator, com Martin Short.

A premiação é organizada pelo Screen Actors Guild (Sindicato dos Atores de Tela de Hollywood) e, por isso, possui apenas categorias de atuação, divididas entre filmes, séries de drama e séries de comédia, além de minisséries, havendo também prêmios coletivos além dos individuais.

SAG Awards e Oscar

Apesar de ser considerado como um "termômetro" do Oscar pelo fato de parte dos votantes também votar no outro prêmio, os resultados nem sempre são os mesmos. Por isso a presença de Pamela Anderson (The Last Showgirl) no lugar de Fernanda Torres (Ainda Estou Aqui).

No ano passado, por exemplo, Lily Gladstone (Assassinos da Lua das Flores) ganhou o SAG Awards como Melhor Atriz, enquanto o mesmo prêmio do Oscar ficou com Emma Stone (Pobres Criaturas).

SAG Awards 2025

A cerimônia, apresentada por Kristen Bell, contou com a presença de diversos atores apresentando os prêmios, e também algumas ausências entre os premiados. Martin Short e Jean Smart, que venceram como melhor ator e atriz em série de comédia, por exemplo, estiveram entre os que não compareceram.

Jane Fonda, que recebeu um prêmio pelo conjunto da obra de sua carreira, recebeu uma das maiores aclamações da noite. Outro momento marcante foi o tradicional In Memoriam, que homenageia artistas que morreram desde o último SAG Awards.

Houve um número musical bem-humorado mostrando as primeiras aparições de diversos atores na TV e no cinema. Em outros momentos, homenagem ao corpo de bombeiros de Los Angeles - recentemente, a cidade e a região de Hollywood sofreram com grandes incêndios.

Os vencedores do SAG Awards 2025

Confira abaixo a lista completa com todos os indicados e os vencedores (em negrito) de cada uma das categorias do SAG Awards em 2025.

Melhor elenco em filme

- Um Completo Desconhecido

- Anora

- Conclave (vencedor)

- Emilia Pérez

- Wicked

Melhor ator em filme

- Adrien Brody (László Tóth) - O Brutalista

- Timothée Chalamet (Bob Dylan) - Um Completo Desconhecido (vencedor)

- Daniel Craig (William Lee) - Queer

- Colman Domingo (Divine G) - Sing Sing

- Ralph Fiennes (Lawrence) - Conclave

Melhor atriz em filme

- Pamela Anderson (Shelly) - The Last Showgirl

- Cynthia Erivo (Elphaba) - Wicked

- Karla Sofía Gascón (Emilia/Manitas) - Emilia Pérez

- Mikey Madison (Ani) - Anora

- Demi Moore (Elisabeth) - A Substância (vencedora)

Melhor ator coadjuvante em filme

- Jonathan Bailey (Fiyero) - Wicked

- Yura Borisov (Igor) - Anora

- Kieran Culkin (Benji Kaplan) - A Verdadeira Dor (vencedor)

- Edward Norton (Pete Seeger) - Um Completo Desconhecido

- Jeremy Strong (Roy Cohn) - O Aprendiz

Melhor atriz coadjuvante em filme

- Monica Barbaro (Joan Baez) - Um Completo Desconhecido

- Jamie Lee Curtis (Annette) - The Last Showgirl

- Danielle Deadwyler (Berniece) - The Piano Lesson

- Ariana Grande (Galinda/Glinda) - Wicked

- Zoe Saldaña (Rita) - Emilia Pérez (vencedora)

Melhor elenco em série de drama

- Bridgerton

- O Dia do Chacal

- A Diplomata

- Xógum: A Gloriosa Saga do Japão (vencedor)

Slow Horses

Melhor ator em série de drama

- Tadanobu Asano (Kashigi Yabushige) - Xógum: A Gloriosa Saga do Japão

- Jeff Bridges (Dan Chase) - The Old Man

- Gary Oldman (Jackson Lamb) - Slow Horses

- Eddie Redmayne (The Jackal) - O Dia do Chacal

- Hiroyuki Sanada (Yoshii Toranaga) - Xógum: A Gloriosa Saga do Japão (vencedor)

Melhor atriz em série de drama

- Kathy Bates (Madeline Matlock) - Matlock

- Nicola Coughlan (Penelope Featherington) - Bridgerton

- Allison Janney (Vice President Grace Penn) - A Diplomata

- Keri Russell (Kate Wyler) - A Diplomata

- Anna Sawai (Toda Mariko) - Xógum: A Gloriosa Saga do Japão (vencedora)

Melhor elenco em série de comédia

- Abbott Elementary

- O Urso

- Hacks

- Only Murders In The Building (vencedor)

- Shrinking

Melhor ator em série de comédia

- Adam Brody (Noah Roklov) - Ninguém Quer

- Ted Danson (Charles Nieuwendyk) - Um Espião Infiltrado

- Harrison Ford (Paul) - Shrinking

- Martin Short (Oliver Putnam) - Only Murders In The Building (vencedor)

- Jeremy Allen White (Carmen "Carmy" Berzatto) - O Urso

Melhor atriz em série de comédia

- Kristen Bell (Joanne) - Ninguém Quer

- Quinta Brunson (Janine Teagues) - Abbott Elementary

- Liza Colón-zayas (Tina) - O Urso

- Ayo Edebiri (Sydney Adamu) - O Urso

- Jean Smart (Deborah Vance) - Hacks (vencedora)

Melhor ator em um filme para televisão ou minissérie

- Javier Bardem (Jose Menendez) - Monstros: A História de Lyle e Erik Menendez

- Colin Farrell (Oz Cobb) - Pinguim (vencedor)

- Richard Gadd (Donny) - Bebê Rena

- Kevin Kline (Stephen Brigstocke) - Disclaimer

- Andrew Scott (Tom Ripley) - Ripley

Melhor atriz em um filme para televisão ou minissérie

- Kathy Bates (Edith Wilson) - The Great Lillian Hall

- Cate Blanchett (Catherine Ravenscroft) - Disclaimer

- Jodie Foster (Det. Elizabeth Danvers) - True Detective: Night Country

- Lily Gladstone (Cam Bentland) - Under The Bridge

- Jessica Gunning (Martha) - Bebê Rena (vencedora)

- Cristin Milioti (Sofia Falcone) - Pinguim

Melhor conjunto de dublês em um filme

- Deadpool & Wolverine

- Duna: Parte Dois

- O Dublê (vencedor)

- Gladiador II

- Wicked

Melhor conjunto de dublês em uma série de televisão

- The Boys

- Fallout

- A Casa do Dragão

- Pinguim

- Xógum: A Gloriosa Saga do Japão (vencedor)

As famosas sandálias Birkenstock não podem ser consideradas obras de arte - a decisão foi anunciada na quinta-feira, 20, por um tribunal da Alemanha. A sentença representa uma derrota para a marca, que entende o produto como "obra de arte" e estava buscando uma garantia legal de direitos autorais para seus produtos.

É uma pendência que vem desde maio de 2023, quando a fabricante de calçados processou os varejistas alemães Tchibo e shoe.com e também a dinamarquesa Bestseller.

A Birkenstock os acusou de vender modelos semelhantes aos seus e exigiu que fossem retirados de venda e destruídos. Foi derrotada no Tribunal de Apelações de Colônia em 2024 e, em instância superior, por um tribunal federal.

O tribunal manteve a decisão anterior, determinando que as sandálias não podem ser consideradas "obras de arte aplicáveis à proteção de direitos autorais". "Para que a proteção de direitos autorais seja aplicada, deve haver um grau de 'design' tal que o produto exiba alguma individualidade", sentenciou o tribunal. "Artesanato puro usando elementos de 'design' formal não é suficiente para ser considerado arte", acrescentou.

Hippie

Fundada em 1774, por Johann Adam Birkenstock, em Neustadt, na Renânia, região da Alemanha, a empresa Birkenstock Holding tornou-se conhecida por suas sandálias produzidas com tiras de couro e solas de cortiça. Nos anos 1970, ela foi lançada nos Estados Unidos e se tornou uma das marcas do movimento hippie. Em 2021, foi adquirida por um fundo de investimento associado à líder mundial em artigos de luxo LVMH.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.